segunda-feira, 1 de outubro de 2018

A Parábola de Jesus Sobre Remendo Novo, Veste Velha

A Parábola de Jesus Sobre Remendo Novo, Veste Velha


“Ninguém deita remendo de pano novo, em veste velha, porque semelhante remendo rompe a veste e faz-se maior a rotura” Mt 9:16

Quando Jesus falou sobre veste e remendo, Ele estava diante de alguns discípulos de João Batista que o interrogavam sobre jejum. A necessidade de tal pratica também era observada com afinco pelo clero fariseu. Antes de proferir essa parábola, Jesus havia se deparado com fariseus e escribas criticando seu modo de viver: “ Por que come vosso mestre com os publicanos e pecadores? (Mt 9:11) Ele blasfema (Mt 9:3), rogaram para que Jesus se retirasse de seu território ( Mt 9: 34)". Imaginar Jesus salvando vidas com todo amor e bondade de Sua alma e recebendo olhares e palavras ríspidas como recompensa.  Mas Ele não desistia, nem se intimidava com a perseguição, muito pelo contrário, todo o tempo possível era usado para curar corações. Pessoas, vidas, esse era o maior alvo do Mestre.

Costureiras sempre dizem que é mais fácil e prático fazer uma peça nova do que concertar uma antiga. Remendos são soluções provisórias para prolongar a vida útil de uma veste e a palavra grega usada por Jesus sobre remendo foi “Agnaphos”, indicando um tipo de tecido inacabado, de algodão e fibras ainda desalinhadas. Ou seja, um tecido que  precisaria de retoques especiais para poder ser utilizado e nunca em veste velha, caso contrário, com a subsequente lavagem, ou mesmo com a força da linha de costura, o rasgo se tornaria ainda maior. A fraqueza do tecido velho, não suportaria a junção e resistência do novo. Que significado teria essa parábola de Jesus?

Interessante perceber a referência ao tipo de tecido usado para remendo e a contextualização da conversa que girava em torno de fariseus e discípulos de João batista: “ Podem porventura andarem tristes os filhos das bodas , enquanto o esposo está com eles? Dias, porém virão, em que lhes será tirado o esposo, então jejuarão. Ninguém deita remendo  de pano novo em veste velha, porque semelhante remendo rompe a veste e torna ainda maior a rotura” Mt 9: 15:16. O tecido novo  era o próprio Jesus, a Nova Aliança da graça e a roupa velha, era a lei, todo o sistema religioso que dominava os fariseus, escribas e religiosos da época que não compreendiam os requisitos para o Novo Reino: arrependimento, perdão, novo nascimento.

Jesus estava com eles, e Ele era maior que toda e qualquer regra, a santidade consistia em se aproximar Dele e recebê-Lo no coração como novo homem, com nova vida. Era impossível seguir Jesus e continuar servindo ao antigo sistema de obras e tradições. A Nova Aliança, era aquele tecido inacabado, porque Jesus ainda seria morto e ressuscitaria para cumprir definitivamente o plano salvífico. Os filhos das bodas eram os discípulos. Jesus o esposo, O noivo que seria tirado, ou seja, após a ressurreição, seria elevado ao céu (Atos 1:9) para aguardar o cumprimento dos tempos. Apesar da comparação entre antiga e nova aliança, veste velha e remendo novo, Jesus aponta para um futuro em que os corações dos homens seriam comparados a vestes novas, brancas, completas, sem remendos. Uma transformação possível através da fé e não de tradições. Do amor, e não da religião. Da graça que se cumpre com a ação do Espírito santo em nós, pecadores como Saulo que se fez Paulo. Eis o reino de vestes que não precisariam de remendos.

Pode-se fazer uma comparação fiel entre a parábola de Jesus e esses versos de Efésios:
E digo isto, e testifico no Senhor, para que não andeis mais como andam também os outros gentios, na vaidade da sua mente. Entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus pela ignorância que há neles, pela dureza do seu coração; Os quais, havendo perdido todo o sentimento, se entregaram à dissolução, para com avidez cometerem toda a impureza. Mas vós não aprendestes assim a Cristo,  Efésios 4:17-20

O velho homem, de vestes velhas.

É vaidoso, ignorante, duro de coração, separado de Deus, enganado quanto a si mesmo, voltado para imoralidade e sem sentimento.

E quando observei o significado real de “sem sentimento”, pude compreender melhor o estado do homem que vive sem Cristo.  “Sem sentimento” é a tradução para “parar de vigiar, de se preocupar”.  A veste velha é como esse homem que se acostuma ao pecado e já não liga mais para o que Deus pensa sobre ele. Se perde o temor, o amor e procura agradar somente a si mesmo. Os remendos surgem com muitas cores e tamanhos: “idas a igrejas, vida fora de suspeita, evangelho vivido de forma emocional , superficial, mas nada de transformação, de rasgar as antigas vestes e vestir as novas para aguardar a volta do Noivo”.

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Estudo Bíblico O Altar do Incenso

Estudo Bíblico O Altar do Incenso


Êxodo 30:1-7
1. E farás um altar para queimar o incenso; de madeira de acácia o farás. 2. O seu comprimento será de um côvado, e a sua largura de um côvado; será quadrado, e dois côvados a sua altura; dele mesmo serão as suas pontas. 3. E com ouro puro o forrarás, o seu teto, e as suas paredes ao redor, e as suas pontas; e lhe farás uma coroa de ouro ao redor. 4. Também lhe farás duas argolas de ouro debaixo da sua coroa; nos dois cantos as farás, de ambos os lados; e serão para lugares dos varais, com que será levado. 5. E os varais farás de madeira de acácia, e os forrarás com ouro. 6. E o porás diante do véu que está diante da arca do testemunho, diante do propiciatório, que está sobre o testemunho, onde me ajuntarei contigo. 7. E Arão sobre ele queimará o incenso das especiarias; cada manhã, quando puser em ordem as lâmpadas, o queimará.

INTRODUÇÃO

Após uma escravidão de cerca de 430 anos, Deus tira o povo de Israel da terra do Egito, que traduzido significa “terra de Cão”. Então com a saída do povo de Israel daquela terra, O Eterno decide levá-los a uma terra de fartura, a terra que “mana leite e mel”. Mas o povo tendo saído da escravidão começou a murmurar, e assim o Eterno os leva ao deserto e ali eles foram tratados, ficando lá enterrados uma geração de incrédulos. Dizem os sábios Judeus, que quando o povo de Israel saiu do Egito eles estavam com sua vida espiritual muito baixa, e só o deserto para curá-los.

Então o povo sai da terra do Egito, e o Eterno dá uma ordem a Moisés, dizendo para que ele construa um tabernáculo, e seus móveis. Um dos primeiro utensílio a ser ordenado pelo Eterno para que se construa é o ALTAR DO INCENSO.

Diante da ordem de Deus, Moisés chama o seu arquiteto, de nome Bezalel, e dá a ele as medidas e os detalhes para que se construísse o Altar do Incenso.

Este altar tem uma grande importância em nossas vidas, pois o antigo testamento é uma forma oculta e simbólica da pessoa do Senhor Jesus e nós, pois se olharmos o nome do portão do tabernáculo, O CAMINHO, e o nome do espaço de sete passos, que separavam o altar do sacrifício e o portão, A VERDADE, e entendermos que o altar do sacrifício simboliza a VIDA que seria sacrificada, então veremos Jesus decodificando este tabernáculo ao dizer: “EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA (Jo 14:6)”.

Por isso esta mensagem será uma revelação aos nossos olhos. Abra o seu coração e desfrute da revelação da palavra de Deus para sua vida.

A REVELAÇÃO

Tudo na bíblia tem um significado, pois até mesmo uma vírgula está ali pelo desejo do coração de Deus, e se olharmos para o altar do incenso, veremos os desejos do Eterno em que nos aproximemos da Arca, que biblicamente simboliza a presença de Deus.

Do portão do Tabernáculo até a Arca, é espiritualmente, um longo caminho a se percorrer, quando reconhecemos os passos de um verdadeiro adorador. Mas nesta mensagem gostaria que cada irmão soubesse o que o Eterno revelou ao olhar para o altar do incenso, por isso aprenda com a bíblia a conhecer a Deus.

O altar do incenso tinha no conceito de Deus uma única utilidade, que era o de nele se queimar incenso, mas não poderia ser um incenso estranho. Mas qual seria o significado do incenso? Deus revela!!!

OS DETALHES DO ALTAR DO INCENSO

Conheça cada detalhe do altar do incenso e o que cada um desses detalhes significam para nossas vidas.

O PRIMEIRO DETALHE

O primeiro detalhe que Jeová disse a Moisés de que o altar de incenso deveria ter, era que ele fosse feito de madeira de acácia, mas porque não carvalho, palmeira, cedro ou outra madeira qualquer, mas deveria ser de acácia. Então eu te digo!

A acácia era uma árvore de flores lindas, e uma planta resistente à ação de insetos, e pragas, mas o que isso tem a ver com o altar do incenso? Através da figura da acácia vejo o nosso Senhor Jeová nos mostrando que o altar do incenso deveria ser resistente as artimanhas do inimigo, aos ataques do mundo, ficando firmes em perseverantes, imaculados e obedientes a boa palavra do Senhor.

Outra qualidade da madeira de acácia era a sua grande durabilidade, resistência aos efeitos do tempo. Isso tem tudo a ver com o altar do incenso, pois Salomão nos fala que tudo tem seu tempo embaixo do céu (Ec 3:1), há tempo para tudo, por isso a resistência da acácia, esperando o tempo determinado de cada coisa. Então seja o altar do incenso seja resistente ao tempo e aos ataques do mundo e do maligno.

O SEGUNDO DETALHE

A segunda exigência do Eterno, era que o altar fosse quadrado, na largura, na altura e no comprimento. Isso nos mostra o desejo de Deus que a plenitude da perfeição seja uma constante na vida do altar do incenso. Todos nós éramos imperfeitos, pois no momento em que o pecado entrou no mundo, ficamos deformados, agredindo os olhos de Deus quando Ele olhava para a face da terra.

Por acaso você acha que o Eterno Deus nos pediria algo que nós não pudéssemos fazer, NÃO!!!! E se Ele disse a Abraão, que estava com seus noventa e nove anos, anda em minha presença e SÊ PERFEITO (Gn 17:1), então temos condição de sermos perfeito aos olhos do Eterno Deus, pois hoje a presença de Deus é Jesus, e se você tem Jesus e obedece a palavra, ainda que pecador, você é perfeito, pois então veja, Deus também nos disse, “sede santos, por que Eu sou Santo!(Lv 20:7)”, então a santidade não é coisa impossível para cada um de nós. Um altar do incenso deve ser quadrado em suas medidas para agradar os olhos de Deus.

O TERCEIRO DETALHE

Outro detalhe era que o altar do incenso tivesse quatro pontas que eram peças que deveriam ser confeccionadas diretamente da mesma peça, não sendo feitas separadas, mas uma só peça. As pontas ou chifres, conforme algumas traduções, apontavam cada um para um lado, sendo os quatro pontos cardeais, Norte, Sul, Leste, Oeste. Sabe por quê?

Para que se ficasse declarado a universalidade do cristão, que deveria um verdadeiro adorador em qualquer parte do mundo, ou seja, que nós nos portemos como um filho verdadeiro onde quer que estejamos e a qualquer tempo. Por isso meu querido irmão eu sempre digo que ser crente dentro da Igreja é muito fácil, ser um adorador dentro da Igreja não significa que somos dignos de Deus, mas é no mundo a todo tempo que devemos declarar que somos um adorador da Santidade do Eterno e Soberano Deus do céu e da terra. Então vejo as quatro pontas do altar do incenso apontando para um adorador em tempo integral e que independente do local que esteja continua na presença do Eterno.

O QUARTO DETALHE

Este detalhe é um tanto curioso, pois o Eterno ordena que depois de feito o altar do incenso de madeira de acácia, este deveria ser coberto, revestido de ouro, mas não era um ouro comum, deveria ser um ouro puro. Talvez você não saiba o que é ouro puro. O ouro puro é o ouro que fica por mais tempo no fogo, pois quanto mais tempo no fogo maior é a pureza do ouro. Então aqui vemos que se por dentro devemos ser como a madeira de acácia, por fora devemos ter ouro puro nos revestindo.

O ouro é o metal mais nobre que existe, por isso a exigência de ser o metal que revestiria o altar. Ainda devemos perceber que o ouro também é símbolo de realeza e poder. Isso nos revela que o Eterno deseja que o altar seja revestido pela realeza da presença do Espírito Santo, pois bem sabemos que o amarelo representa o querido Espírito Santo. É por isso que Jesus disse a seus discípulos que ficassem em Jerusalém até que do alto fossem REVESTIDOS de poder. Ele estava falando o revestimento do Espírito Santo, do qual devemos buscar e pedir que venha sobre nós.
        

O QUINTO DETALHE

Algo interessante era que se fizesse uma coroa no altar, por volta rodeasse o altar e se fundisse com as quatro pontas. Então devemos entender o que uma coroa significa na visão da bíblia. Uma coroa representa um reinado, pois toda vez que alguém era ungido ou escolhido para ser rei, isso só se concretizaria quando este alguém colocasse em sua cabeça a coroa real.

Esta é uma promessa no altar do incenso, a promessa de um rei que viria para reinar em nossos corações. Um Rei que jamais perderia seu reinado para alguém. Um Rei que defenderia seus súditos, seus amados do coração. Mas também devemos nos recordar que no livro das revelações está escrito algo que nos mostra o porquê da coroa em volta do altar. Ap. 2:10- Sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida. E ainda Ap. 3:11-Guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.

Com certeza o altar do incenso deve ter sua coroa, simbolizando sua realeza e as promessas sobre sua vida em relação àquele que estava atrás do véu, pois a coroa tem tudo a ver com o altar, ou então o próprio Deus assim não exigido que fosse feito, que também teria sobre si o ouro.

O SEXTO DETALHE

Este talvez seja um detalhe um tanto oculto a nossos olhos, as varas de acácia cobertas de ouro e as argolas, mas façamos uma relação com os outros detalhes, pois se os demais são o que são, então vejamos.

O tabernáculo era um santuário que quando o povo andava, ele deveria ser desmontado e no próximo local de acampamento montado novamente da mesma maneira, respeitando a santidade e a ordem. Porém se o santuário era desmontado, então o altar do incenso também deveria ser transportado, juntamente com os outros móveis. Então, como todos os utensílios eram santos, ninguém poderia tocá-los, lembre-se de Uzá, amigo do rei Davi (II Sm 6:6-7). Sendo que o único local onde se poderia tocar era nas varas de acácia cobertas de ouro, e passadas nas argolas, que para isso foram feitas. Então vejo aqui as leis do Eterno para as nossas vidas, pois de nada adiantaria um altar para se queimar incenso, se a ele e para ele, não fossem estabelecidas leis. Um altar de incenso deve ter protocolo, regras que respeitem a vontade de Deus e não sejam quebradas, pois quando quebramos nossos votos com o Eterno, o Diabo vem para nos acusar e conseguir legalidade em nossas vidas e nas vidas de nossos familiares. Mas este detalhe deveria estar debaixo da coroa. Entendeu? Era para que ao ser transportado, o altar do incenso fosse bem sustentado e não corresse o risco de cair e tocar o chão, fazendo dele algo impuro.

O SÉTIMO DETALHE

Esta exigência é peculiar, pois o altar do incenso deveria estar defronte do véu que separava a Arca da Aliança que ficava no Santo dos Santos ou lugar Santíssimo. Porém devemos saber que do véu, até a arca eram sete passos, e do altar do incenso até o véu eram sete passos, assim vemos a perfeição da presença de Deus, pois o número sete a isto representa, a divindade de Jeová.

Aqui vejo a necessidade do altar do incenso estar diante do lugar Santíssimo, isto é, sem sairmos da presença de Deus, pois fora dali ele deixaria de ser um altar do incenso, além do que um dia o véu seria rasgado e fora dali o altar de incenso não iria presenciar tal evento. Recordo que a primeira coisa que o cego filho de Timeu viu ao enxergar, foi a Jesus, aquele que é a presença do Eterno na terra.

O altar do incenso deve sempre estar diante do Santo dos Santos, na expectativa e no desejo de entrar na intimidade com a arca do Senhor. Foi por isso que o Eterno ordenou que o altar do incenso estivesse diante do véu, diante da arca. E o Eterno Deus fala do propiciatório, que é a tampa da Arca, mas esta é uma outra mensagem.

O OITAVO DETALHE

Aqui temos a última ordenança do Eterno. Que o sacerdote Arão queimasse o incenso, em cima do altar do incenso. Sabemos que o Sacerdote era diferente do profeta, pois na bíblia vemos três autoridades que regia o povo de Israel, os reis, os profetas e os sacerdotes. Neste momento falarei um pouquinho sobre o sacerdote.

Este grande homem era separado para o ofício pela ordem de Deus, e o sacerdote era aquele que ouvia as lamúrias do povo e levava a Deus, eles olhavam o pecado do povo e pediam o perdão ao Eterno, fazendo o sacrifício pelos pecadores. Eles faziam a ligação do povo para com Deus.

Por isso o Eterno chamou o sacerdote, que neste contesto representa a Igreja de Cristo na terra, que nos faz descobrir as verdades de uma palavra revelada da parte de Deus quando estamos na intimidade da união com os irmãos dentro do templo. É bem verdade que Deus não habita em templos feitos por mãos de homens, mas Ele nos informa que na igreja o óleo santo é derramado e ali a vida é ministrada (Salmo 133).

CONCLUSÃO

Agora veja a revelação do coração do Eterno e receba aquilo que foi preparado para cada um de nós, pois somos o sonho concretizado de Deus na terra.

Veja o que a bíblia nos diz no livro de Salmos, quando Davi, o homem segundo o coração de Deus, na direção do Espírito Santo escreve.

Salmo 141:2 - Suba a minha oração perante a tua face como incenso, e as minhas mãos levantadas sejam como o sacrifício da tarde.

Queridos e amados irmãos, você e eu somos o altar do incenso e nossas orações são o próprio incenso que é oferecido a Deus e para o céu levado pelo Espírito Santo (leia Rm 8:26). Por isso amados, tenham reverência na presença de Deus, pois Ele te chamou para ser UM ALTAR DO INCENSO.

Deus sabia o que estava fazendo ao dar a ordem a Moisés para que fizesse o altar do incenso e o colocasse diante da arca do Senhor. Talvez hoje a sua vida não esteja na presença de Deus. Talvez ao ler esta mensagem você esteja desviado do caminho do Senhor, e você não seja digno de ser chamada de o altar do incenso, por isso acerte sua vida com o Eterno Deus.

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

As sete características do obreiro aprovado

As sete características do obreiro aprovado 

Vamos nesta oportunidade meditar em 2 Tm 2: 15

“ PROCURA APRESENTAR- TE A DEUS, APROVADO , COMO OBREIRO QUE NÃO TEM DO QUE SE ENVERGONHAR, QUE MANEJA BEM A PALAVRA DE VERDADE “.

O obreiro aprovado é aquele que: em primeiro lugar ama a Deus e a Sua Palavra acima de tudo. Sabe que não é ele; mas Cristo em sua própria vida.

O obreiro aprovado entende que foi escolhido, chamado e eleito pelo próprio Deus, de quem recebe o selo das primícias espirituais quando, pela unção do Espírito Santo e através da autoridade do ministério a qual está subordinado, conscientiza-se de que servir a Deus e batalhar pela defesa do Evangelho; implícita submeter-se, obedecer e fazer não aquilo que pensa ou acha, mas, tudo o que for necessário para a continuação da vitória de Cristo.

*
O obreiro é um operário qualificado, que trabalha a serviço do Reino de Deus. Esse trabalho é continuo e sem descanso. Ele nunca se despe do “seu uniforme” de trabalho. Seu uniforme é espiritual, logo, sobrepõe à vestimenta terrena.

Seja um policial, professor, motorista, dona de casa ou estudante. Qualquer que seja sua ocupação secular, sempre estará sobre ele seu uniforme de trabalho espiritual. Deste ele não pode se despir jamais.

A qualquer momento, a farda do policial, o giz do professor, o veículo do motorista, os afazeres da dona de casa ou o material didático do estudante poderão ser substituídos pelas ferramentas ou armas usadas pelo obreiro. Nesse momento, o cidadão comum se torna o soldado da resistência. Apto e disposto a combater o bom combate.

No entanto, existem alguns aspectos que são necessários e fundamentais, a serem observados e vividos pelo obreiro que deseja realmente ser aprovado e servir fielmente seu Senhor.

Deus enviou JESUS CRISTO para mudar a história do planeta terra e de seus habitantes, a terra nunca mais foi a mesma depois da vinda de CRISTO. JESUS partiu para os céus, mas o ESPÍRITO SANTO ficou na terra na vida dos servos de DEUS.

Estes servos de DEUS são aqueles que confiaram em JESUS e se arrependeram de seus pecados, reconhecendo JESUS CRISTO como seu SENHOR E SALVADOR.

A OBRA DE DEUS iniciada no VELHO TESTAMENTO por DEUS através de seus servos JUDEUS continua através dos SERVOS DE DEUS de todas as nações. O trabalho a ser realizado por estas pessoas é a OBRA DE DEUS e as pessoas que a realizam são os OBREIROS.

Neste artigo, vejamos o que Deus tem a nos dizer sobre a tarefa que os servos de DEUS devem realizar para DEUS.

 PROCURA APRESENTAR- TE A DEUS APROVADO

Como obreiro de DEUS PROCURAMOS muitas coisas. Procuramos estudar, procuramos orar, procuramos nos santificar, procuramos servir as pessoas, procuramos freqüentar os cultos, procuramos dizimar, ofertar, procuramos crescer como obreiro.

Tudo isto é importante, mas existe algo mais importante que devemos fazer, devemos PROCURAR nos APRESENTAR A DEUS. É neste detalhe que muitos falham, muitos obreiros se apresentam a sua igreja, a sua denominação, ao seu pastor, ao seu bispo, aos congregados que ele serve, mas as vezes se esquece de se APRESENTAR A DEUS. DEUS é o SENHOR de sua própria obra, ELE é o responsável pela divisão de tarefas de sua obra, é a ELE a quem devemos prestar contas de nossos trabalhos.

O OBREIRO de DEUS deve conversar com DEUS todos os dias, esta comunhão diária proporcionará o aperfeiçoamento do servo de DEUS. Existem “ obreiros “ que não oram, que quase não estudam a bíblia, não se apresentam a Deus, como pode esta pessoa ser bem sucedida na obra de DEUS , que se caracteriza pelas lutas espirituais com as forças do mal?
Paulo diz que o OBREIRO deve se apresentar a DEUS , mas diz também de que maneira este obreiro deve se apresentar a DEUS.

O obreiro deve se apresentar a DEUS APROVADO. O que isto significa? significa que temos que ter a aprovação de DEUS e da Bíblia para o que fazemos. Um obreiro de DEUS deve ser PACIFICADOR e não guerreador.

A luta do obreiro é contras as forças do mal e não contra pessoas. Como obreiros de DEUS temos que respeitar a religião das outras pessoas, pois só podemos apresentar JESUS para as pessoas, provando que o AMOR DE DEUS habita em nós, e o AMOR de DEUS vem acompanhado de RESPEITO a liberdade das pessoas.

Tem obreiro que gasta tempo em sermão em vídeo , áudio e até em livro , brigando com outros obreiros e brigando com outros religiosos. O povo de DEUS é o povo que representa DEUS , se dissemos que andamos com DEUS , as pessoas esperam ver as virtudes e o caráter de DEUS em nossas atitudes e relacionamentos.

O obreiro para ser APROVADO tem que passar nos testes do ministério. Quando eu quis ser advogado, eu tive que passar no teste do vestibular, depois tive que passar em muitos testes e provas de inúmeras matérias durante 5 anos de bacharelado, depois tive que passar no teste de 1 ano de estágio, depois tive que passar no teste do fórum , enfrentando juízes e funcionários do fórum, depois fiz pós- graduação, tive que enfrentar mais provas e testes durante um ano. Na vida espiritual é assim também, nada vem de graça, DEUS prova as pessoas que chama as provas de fogo constantemente estão diante de nós.

Algumas pessoas se apresentarão em nosso caminho para nos atrapalhar, para nos difamar, para tentar nos parar, mas temos que nos lembrar que fomos chamados por DEUS e portanto temos que nos apresentar somente a DEUS.

 COMO OBREIRO QUE NÃO TEM DO QUE SE ENVERGONHAR... 
Temos muitos motivos para nos orgulhar como obreiro de DEUS . Fomos criados por DEUS, fomos sustentados durante toda a nossa vida por DEUS , fomos salvos por JESUS, o Espírito Santo habita em nosso coração, os ANJOS DE DEUS nos protegem todos os dias, fazemos parte da mesma comunidade que Abraão, Jacó, Elias , Davi, Pedro , Paulo, Débora e de outros servos de DEUS do passado e do presente. Hoje pertencemos a igreja de nossa geração, portanto pertencemos a um grupo de pessoas salvas por JESUS espalhadas em toda a terra, portanto não estamos sós na tarefa que realizamos, temos muitos motivos para nos orgulhar.

Um obreiro de DEUS não deveria ter do que se envergonhar, mas não é isto o que acontece na prática, nós os verdadeiros e sérios obreiros nos envergonhamos de muitas coisas.

Eu me envergonho de ver pregadores COBRANDO e cobrando alto para pregar o que receberam de graça de JESUS, eu me envergonho de ver obreiros brigando com outros obreiros por causa de dinheiro, de membros, de região geográfica, eu me envergonho de ver obreiros que deveriam agir com transparência, usarem o dinheiro sagrado de dízimos e ofertas que o povo de DEUS dá para a obra de DEUS, para uso próprio, comprando mansões, viajando de primeira classe para pregar e comprando até jatinhos de milhões de dólares.

Eu me envergonho de ver tantos obreiros se separando de suas esposas e família, namorando com suas secretárias , assistentes e membros da congregação, e continuam a “ ministrar “ como se nada tivesse acontecido.

Eu me envergonho de ver “ obreiros “ que não conhecem a bíblia e seus personagens, e querem ensinar alguma coisa espiritual ao povo de DEUS. Eu me envergonho de ver gente se rebelando nas igrejas sérias e abrindo milhares de “ igrejas “ com nomes estranho e que causam vergonha aos que seriamente servem a DEUS.

Eu me envergonho de ver no ministério musical das igrejas verdadeiros “ PARAQUEDISTAS ESPIRITUAIS “ gente que nunca pertenceu a igreja, que não faz mais sucesso em suas carreiras, e por saber que o Brasil tem pelo menos 50 milhões de evangélicos, se infiltram nas igrejas, vendendo cds, dvs e outras “ cositas mais “.

Eu me envergonho de ver na época de eleições os púlpitos das igrejas serem usados por oportunistas que só querem o voto e nada tem com DEUS e sua obra. Púlpito é lugar de pregador da palavra de DEUS.

Não tenho tempo para enumerar tudo o que me ENVERGONHA na igreja hoje, mas como eu me preocupo em AMAR E SERVIR a DEUS , eu não me envergonho de ser um servo de DEUS , de ser Cristão, de ser evangélico, de ser crente. Tenho orgulho de pertencer a um grupo vencedor como este, me orgulho de abrir a bíblia e poder entender suas lições, me orgulho de dobrar meu joelho diante daquele que me criou e me salvou, me orgulho de ser um cidadão dos céus.

 QUE MANEJA BEM A PALAVRA DA VERDADE...
*
A Palavra tem poder, ninguém duvida. Podemos falar e estimular uma pessoa ou podemos dizer algo que desanime uma pessoa. A palavra é expressão do pensamento, mas nem tudo o que pensamos devemos dizer. Devemos selecionar cuidadosamente cada palavra que dizemos, pois senão corremos o risco de criar muitos problemas para nós e para as pessoas ao nosso redor. Pior do que dizer uma palavra mal selecionada é dizer MENTIRAS.

A mentira não existe, é uma criação da pessoa, por isto em alguns tribunais jurídicos, para forçar uma pessoa a dizer a verdade, a pessoa deve falar com a mão sobre a bíblia, a pergunta é : “ VOCE PROMETE DIZER A VERDADE, SOMENTE A VERDADE , NADA MAIS DO QUE A VERDADE ? “. Hoje existem detectores de mentiras, para saber se o que a pessoa está dizendo é a verdade.

O obreiro de DEUS é o detentor da verdade. Ele prega sobre o que DEUS é e o que ELE promete para as pessoas, DEUS nunca mente, tudo o que ELE diz é a verdade, o diabo é o PAI DA MENTIRA , portanto não podemos acreditar nele, a verdade não faz parte dele.

É por isto que o obreiro de DEUS deve usar a bíblia como base, o servo de DEUS nunca pode mentir, ele deve manejar bem a PALAVRA DA VERDADE.

A PALAVRA DA VERDADE É a Bíblia sagrada, o obreiro de DEUS deve dominar a bíblia de gênesis a apocalipse, deve conhecer todos os seus personagens, deve conhecer as doutrinas e princípios. Um obreiro de DEUS deve ser transparente em tudo o que faz, como líder deve ser VERDADEIRO na administração financeira da igreja.

Se um agente público dever ter alto grau de honestidade, um servidor de DEUS não pode ser menos avaliado. O obreiro de DEUS deve sempre dizer a VERDADE, PREGAR A VERDADE, VIVER A VERDADE e espalhar a verdade, a verdade sempre prevalece, a mentira tem pernas curtas e logo é descoberta.

I. O OBREIRO DEVE AGIR COMO SOLDADO, ATLETA E LAVRADOR

O contexto do que vamos avaliar aqui é o do:

A. SOLDADO DE CRISTO, dos versos 1 a 4, Paulo fala que o SERVO, E OBREIRO DE DEUS , TAMBÉM é soldado, ou seja para servir a DEUS é preciso se preparar da mesma forma que um soldado vai para a guerra, sabendo que vai encontrar um inimigo preparado, é preciso estar alerta e preparado para ser vitorioso.

Dos versos 5 a 9, Paulo diz que o OBREIRO , tem que ser DISCIPLINADO, e dá como exemplo o ATLETA E LAVRADOR.

Todo atleta precisa ser disciplinado para vencer. Disciplina, significa diariamente exercitar para aprimorar a técnica e manter a forma. O servo de DEUS como atleta deve orar, e praticar com as pessoas diariamente, tudo o que tem aprendido de DEUS.

O LAVRADOR precisa conhecer do tempo, da terra, da semente, da semeadura e colheita. O servo de DEUS LAVRADOR , ao plantar oração, adoração, serviço aos pobres e necessitados, certamente vai colher vidas salvas, libertas e felizes para o reino de DEUS.

Dos versos 11 a 13, Paulo fala que o OBREIRO DE DEUS tem que CONFIAR em DEUS. JESUS morreu e os servos de DEUS morreram com ELE, JESUS ressuscitou, os servos de DEUS vivem com JESUS também.

Quem persevera reinará, quem negar JESUS será negado por ELE, Quem for INFIEL, terá a garantia que JESUS continuará FIEL, JESUS continuará fiel, pois este é um atributo inerente ao próprio JESUS , se ELE deixasse de ser fiel acabaria negando a ELE mesmo. Devemos sempre ser fiel a DEUS e as pessoas, mas se falharmos JESUS continuará sendo fiel.

II. DÁ TESTEMUNHO SOLENE A TODOS PERANTE DEUS, PARA QUE EVITEM CONTENDAS DE PALAVRAS, QUE PARA NADA APROVEITAM, EXCETO PARA A SUBVERSÃO DOS OUVINTES ( v. 14)

O obreiro de DEUS deve entender que a pessoa a quem ele deve prestar contas é DEUS, é verdade que o obreiro serve a igreja, ao pastor, ao ministério, mas quem chamou o obreiro para servir a igreja foi DEUS , portanto tudo o que o obreiro fizer, deve fazer com o objetivo de agradar a DEUS. Paulo diz que o obreiro deve dar testemunho a todos ( PERANTE DEUS ).

Uma qualidade do OBREIRO DE DEUS é que ele deve usar sua capacidade de falar, para PREGAR O EVANGELHO, para ORAR pelos aflitos, para UNIR os outros OBREIROS espalhados na terra.

Um obreiro nunca deve ser elemento de CONTENDAS, nunca deve usar a PALAVRA para contender. É verdade que a obra de DEUS espalha -se sobre a terra em várias denominações, ministérios , e cada um destes grupos tem opiniões diversificadas sobre vários temas, por exemplo os PENTECOSTAIS acreditam que para um crente chegar ao crescimento espiritual máximo , ele deve ser “ BATIZADO COM O ESPÍRITO SANTO e falar em línguas. Os que se consideram TRADICIONAIS não enfatizam os dons espirituais, mas a comunhão com DEUS e o serviço ao necessitado.

Mesmo pensando diferente em alguns temas, o Povo de DEUS vai concordar nos temas principais, como por exemplo , todos concordam que JESUS é o filho de DEUS e SENHOR DA IGREJA , todos concordam que Maria não é intermediária entre os homens e DEUS , mas uma serva de DEUS que cumpriu uma missão especial, a de gerar o filho de DEUS e que por ter tido outros filhos deixou de ser virgem, todos concordam que a Bíblia sagrada, de gênesis a apocalipse é a PALAVRA REVELADA DE DEUS que não pode ser nem tirada nem acrescentada.

Todos os cristãos concordam que a igreja são as pessoas salvas por JESUS e que o templo não é a igreja. O templo é o lugar de reunião dos servos de DEUS.

Vimos então que vamos CONCORDAR nos pontos básicos e discordar em temas que não tem relevância, o mais importante para o servo de DEUS é unir-se com os servos de DEUS de todos os grupos e trabalhar para o crescimento da igreja.

III. O OBREIRO AGE COM SABEDORIA E MANSIDÃO

E repele as questões insensatas e absurdas, pois sabes que só engendram contendas. Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender e sim deve ser brando para com todos aptos para instruir, paciente; disciplinando com mansidão os que se opõem na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade, mas também o retorno à sensatez, livrando-se eles dos laços do diabo, tendo sido feitos cativos por ele, para cumprirem a sua vontade." ( 2 Tm 2.23-26)

Lembre-se do problema dos falsos mestres na igreja de Éfeso. Já estudamos isso anteriormente, que tais mestres ensinavam doutrinas estranhas baseadas em genealogias judaicas e lendas fantásticas, que só desviavam os crentes da verdade.

Havia então um grande risco de Timóteo agir impulsivamente, agir pela carne, afinal os falsos mestres estavam tentando desviar a igreja. Timóteo poderia cair no jogo deles e entrar numa discussão confusa, inútil, que acabaria com certeza em bate-boca, se não acabasse em coisa pior.

Por isso ele deveria ter sabedoria e mansidão. Deveria prezar por uma atitude refletida e não impulsiva ou impensada.

a) Sabedoria para evitar as contendas

Deveria ser sábio para evitar as contendas, pelos seguintes motivos:

• Porque são insensatas – Eram assuntos sobre questões tolas, pois não tinham sentido e distorciam a verdade bíblica;

• Porque são absurdas – Eram assuntos incoerentes e inúteis, porque não edificavam, nem sequer levavam a lugar algum;

• Porque conduzem a brigas – contenda é briga bate-boca, disputa. A igreja, como vimos, deve ser palco da justiça, da fé, do amor e da paz. Mas se há contendas, a igreja vira lugar batalhas, ódio e mágoas, aonde os membros vão se comportar como galos de briga.

Onde acontecem tais coisas a fé se torna medíocre, a igreja fria.

• Porque não é pela força que se convence alguém – não é pela altura da nossa voz que uma pessoa se convence que estava no caminho errado, mas sim por Deus, pelo Espírito Santo (v25,26)

Por essas razoes Timóteo deveria fugir dessas disputas públicas com os falsos mestres.

b) Manso para pastorear a igreja

Mesmo diante de controvérsias, Paulo aconselha que Timóteo tenha uma atitude de mansidão para com a igreja:

• Sendo amável com todos

"Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender e sim deve ser brando para com todos... disciplinando com mansidão os que se opõem," ( 2 Tm 2.24,25)

• Ensinando a verdade bíblica

(2 Tm 2.24)

apto para instruir

Na igreja podem existir pessoas com idéias equivocadas. Nada melhor do que o ensino bíblico para mostrar a estas pessoas aquilo que é certo.

• Exercendo a paciência

(2 Tm 2.24)

paciente;

Sem dúvida, a paciência é indispensável para o líder. Ainda mais na igreja, onde lidamos com vários tipos de pessoas, com diferentes personalidades.

IV. O OBREIRO É CONVERTODO

Significa: mudança de direção, mudança, transformação ou adaptação.
É preciso demonstrar conversão em todas as áreas da vida. No modo de pensar, falar, agir. Na fartura ou na escassez.

Na alegria ou na tristeza. Quando honrado ou quando contrariado. Com saúde ou enfermo. No comando ou sendo subordinado. Amando ou sendo desprezado. Em casa ou em público.

A tempo ou a fora de tempo. A verdadeira conversão é visível. Por isso mesmo, tem a capacidade de impressionar (produzir, deixar uma marca, transformar pela luz) as pessoas a nosso redor e o mundo.

V. É SUBMISSO

Significa: ato ou efeito de submeter-se, obediência voluntária, sujeição.
Reconhecendo a autoridade ministerial e espiritual que está sobre sua liderança, e identificando em seu líder espiritual o caráter de Deus, o obreiro não se sente submisso (que está em posição ou lugar inferior, resignado, conformado). Ao contrário, sente-se honrado e privilegiado em poder obedecer.

VI. É OBEDIENTE

Significa: sujeitar-se à vontade de, cumprir ordens, deixar-se conduzir, estar sob uma força ou influência, ceder.

O obreiro aprovado alegra-se em cumprir todas as ordens ou determinações vindas da direção do ministério. Está sempre pronto a servir. Não questiona, não despreza e nem negligencia. Porque confia no seu Deus, sabe que Ele é fiel.

Quando o obreiro examina e entende o real significado desses três aspectos acima citados; significa que tem consciência do seu chamado.

O próprio Senhor Jesus declara: “Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vos conceda.” (Jo.15:16).

Saber-se escolhido pelo próprio Senhor Jesus, leva o obreiro a desejar conhecê-lo mais intimamente, desejando ser como Ele é. “Sede, pois imitadores de Deus, como a filhos amados;” (Ef.5:1).

Para sermos igual a alguém naquilo que essa pessoa em de melhor, precisamos conhecê-lo. Para sermos imitadores então, precisamos conhecer intimamente, em detalhes; não deixando que nada passe despercebido.

É necessário neste caso, estar no mesmo espírito. Como nossos irmãos da Igreja primitiva. “Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum” (At 2.44).

A visão do obreiro aprovado é de crescimento do ministério. O ide pregado pelo Senhor Jesus, refere-se a sua Igreja estabelecida nos quatro cantos da terra.

Somos comparados a árvore que dá frutos. Vistos por Deus como seu povo no Egito: “... os filhos de Israel frutificaram, e aumentaram muito, e multiplicaram-se, e foram fortalecidos grandemente; de maneira que a terra se encheu deles.” (Ex 1:7).

É preciso estar solidamente firmado e estruturado espiritualmente para ser visto e reconhecido por Deus como um verdadeiro obreiro.

Fincar raízes espirituais implica uma vida de oração; como nos ensina Paulo: “Perseverai em oração, velando nela com ação de graças; .” (Cl 4:2)

A vida de oração, leva a vigilância, que leva a resultados materializados em bênçãos. A vida de oração, não permite que sejamos enganados ou pegos de surpresa. A vida de oração, leva o obreiro a consagração; conforme determinado pelo Senhor Deus: “Portanto, santificai-vos e sede santos, pois eu sou o Senhor, vosso Deus.


E guardai os meus estatutos e cumpri-os. Eu sou o Senhor que vos santifica.” (Lv 20:7,8)
Aqueles que desejam e sinceramente se esforçam em consagrar-se a Deus, são galardoados com o conhecimento da verdade.

Esse conhecimento significa: entre outra coisa; libertação e prosperidade: “Porque em tudo fostes enriquecidos nele, em toda a palavra e em todo o conhecimento.” (1 Co 1:5)

Como na parábola dos talentos (Mt 25:14a), tudo o que recebemos da parte do Senhor, nos é dado para que venhamos multiplicar.

Assim sendo, em relação ao conhecimento da palavra, precisamos fazê-la prosperar em nossas vidas através das nossas próprias experiências. Se recebermos o conhecimento da palavra e não tivermos experiências com ela, se a palavra não for manifestada através da nossa vida (no dia-a-dia); então, seremos como aquele que enterrou o talento que lhe foi confiado.

Viver a palavra em toda sua excelência e plenitude tem o poder de nos lavar de todas as imundícias espirituais e carnais. Por que, por essa palavra também somos sarados: “De todas as suas transgressões que cometeu não haverá lembrança contra ele; pela sua justiça que praticou, viverá.” (Ez 18.22)

Certo estrategista militar certa vez declarou: a melhor defesa é o ataque.

Para o obreiro que tem visão espiritual, sabedor que todos os dias são dias de batalha, atuar na defesa do evangelho para ele é como beber água, comer, dormir; disso depende sua própria vida. Ele sabe que se defender; significa estar sendo atacado.

Sabe que o combate nem sempre se trava no campo de batalha. Sabe que algumas vezes, se luta também na retaguarda. Sabe que nem sempre se usam as armas convencionais.

Conhece que as calúnias, traições e afrontas também fazem parte do arsenal bélico usado pelo nosso adversário. O apóstolo Paulo, sofreu esse tipo de ataque: “Temos achado que este homem é uma peste e promotor de sedições entre todos os judeus, por todo o mundo, e o principal defensor da seita dos nazarenos;...” (At 24)

Por isso, é necessário ter certeza absoluta e firme convicção quanto a causa pela qual se está lutando. A dúvida leva ao medo, que leva a covardia, que leva a perseguição, que leva a fraqueza, que leva a fuga, que leva a derrota, que leva a escravidão.

Estar no campo de batalha, gera desconforto, privações, sofrimentos e experiências desagradáveis. Tudo isso só será superado se acreditarmos na causa pela qual estamos lutando. se por ela decidimos dar nossa própria vida.

Neste caso, ainda uma vez recorremos ao apóstolo Paulo; para confirmação da nossa fé: “... por cuja causa padeço também isto, mas não me envergonho, porque eu sei em quem tenho crido e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele Dia.” (2Tm 1:12)

Para se crer inabalavelmente na palavra de Deus; que nos leva a ter fé; é necessário ter visão espiritual. Somente com os olhos da fé, podemos enxergar o que não pode ser visto com nossos olhos carnais. Mas não basta apenas ter visão ou revelação espiritual.

É necessário estar em íntima e santa comunhão com Deus; para que aquilo que nos for dado; sejam visões, sejam revelações, profecias ou ensinamentos, venhamos revelar-las aos homens.

Entre os anos de 740/710 AC, um homem de Deus; o Profeta Miquéias recebeu e nos revelou uma das mais lindas promessas feita por Deus a humanidade: “E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.” (Mq 5:2)

De tudo o que aprendemos até agora, e com toda importância que possa ter e significar em nossa vida espiritual; valor ou proveito algum terá se o Senhor Deus não receber de nossa parte como oferta (aproximação) de sacrifício e renúncia.

O valor do obreiro aprovado, está em desistir de algo que o agrada ou convém; voluntariamente. Renegar, rejeitar o que está em nós ou no mundo, por amor a Cristo. Dispor-se a desistir de sonhos, projetos, renegar costumes, vontades, tradições. Rejeitar o cômodo, o certo, o vantajoso.

Recomeçar fundamentado naquilo que não se vê; mas se crê. Seguindo os passos do Mestre quando Ele diz: “E, chamando a si a multidão, com os seu discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me.” (Mc 8:34)

VII. O obreiro aprovado é ético. 

O significado de ética: Ética é o estudo da moralidade. Consiste da analise da natureza da vida humana, como os padrões do "certo" e "errado”, pelos quais a conduta possa ser guiada.

A palavra Ética é originada do grego ethos: modo de ser, caráter. Através do latim mos (ou no plural mores) costumes; de onde se derivou a palavra moral. Em Filosofia, Ética significa o que é bom para o indivíduo e para a sociedade, e seu estudo contribui para estabelecer a natureza de deveres no relacionamento indivíduo.

Contudo a ética de Deus é diferente dos homens, pois Deus não precisa de padrões éticos e morais a seguir. A ética humana muitas vezes confunde o certo e o errado a luz e as trevas, o doce com o amargo, o moral e o imoral. Este tipo de padrão ético muitas vezes é diabólico, pois promove ou defende ações que vão contra a palavra de Deus. Infelizmente muitas igrejas estão vivendo tais padrões éticos e morais.

Este trabalho visa o aprimoramento de todos nós que temos a tarefa de ministrar a palavra do Senhor no altar. De quem deseja fazer a obra com ousadia e conhecimento, a fim de agradar aquele que nos chamou para esta boa obra.

Quando nós obreiros estamos pregando a palavra do Senhor devemos tomar alguns cuidados. Detalhes que devem ser levados a sério e com certeza são a diferença entre a boa e má pregação. Tais como:

1 - Oração: É o caminho da unção divina. Uma vida de constante oração é dever daquele que aceita o chamado para a obra de Deus. Aceite isso com o coração aberto, orar antes da pregação ou no momento de tribulação não é o bastante para o obreiro que deseja ser aprovado.

2 – Administração do tempo: O pregador deve administrar o tempo enquanto ministra a palavra de Deus. É necessário valorizar o tempo e não gastá-lo com: saudações, louvores e orações prolongadas.

3- Cuidado com as ilustrações: Usar outras histórias de exemplo é bom, entretanto devem ser pertinentes ao assunto, e o foco deve ser a palavra de Deus (a Bíblia) e não a outra história contada.

4 – Não desabafar: Cuidado o altar é lugar de adoração. O pregador deve edificar a igreja com a palavra de Deus; e nunca usá-la para seu próprio interesse e jamais para resolver problemas pessoais.

5 – Utilizar palavras simples: Não adianta estudar muito e utilizar expressões que não serão compreendidas pela igreja, ou seja, não adianta estudar demais e a igreja não compreender o que foi dito. Neste caso a pregação foi inútil.

6 – Microfone:

- Não precisa gritar, fale normalmente que o equipamento de som faz o resto; se a igreja não te ouve a culpa não é sua, é de quem manipula o equipamento de som.

- Não aperte: O microfone não vai fugir, apenas segure firme o bastante para não cair no chão.

- Não bata: Para testar o microfone fale nele, bater irá danificá-lo. Pode não parecer, mas é um equipamento sensível.

7 – Outros fatores gerais:

- Tranqüilidade: um pregador nervoso pode pregar a mensagem errada.

- Sensibilidade: um pregador sensível tem melhor compreensão da palavra e do momento que a igreja vive.

- Equilíbrio: o pregador deve se sereno diante da igreja. Demonstrar alegria, raiva ou tristeza pode colocá-lo em descrédito. A mensagem deve tocar a igreja e não o pregador.

Em outras palavras: O palhaço do circo não ri da própria piada, pois o objetivo é que platéia se divirta e não o artista. Talvez a comparação seja fora do contexto igreja, mas o sentido é o mesmo.

Que nós obreiros a cima de tudo sejamos cheio de toda a plenitude de Deus e que tenhamos em nossa vida humildade para fazer a obra de Deus todos os dias de nossa vida. Para ganharmos muitas almas par o reino de Deus (1 Co 1: 10; Ef 3: 20).

Assim Cristo vai habitar em nosso viver, agir e sentir. Quando os homens chegaram para João Batista e falaram que Jesus estava batizando no Jordão esses homens esperavam que João ficasse bravo.

Mas João Batista nos ensinou uma grande lição. “Importa que ele cresça e eu diminua mais e mais” (Jo 3:30). Todos os obreiros sejam unidos na obra de deus (Ef 4:11).Deus deu um cargo conforme a capacidade de cada um, para fazer a obra de Deus.

Que Deus nos abençoe amém!

CINCO PASSOS PARA PREVENIR A MINHA FAMÍLIA DO MAL

CINCO PASSOS PARA PREVENIR A MINHA FAMÍLIA DO MAL
 
TEXTO BIBLICO: Sl.128.1-6
INTRODUÇÃO
FAMILIA: A família é uma instituição divina criada por Deus, no jardim do Édem. (Gn.2.7) E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida; e o homem tornou-se alma vivente. (Gn.2.21.22) Então o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre o homem, e este adormeceu; tomou-lhe, então, uma das costelas, e fechou a carne em seu lugar; e da costela que o senhor Deus lhe tomara, formou a mulher e a trouxe ao homem.

1: É TEMER A DEUS: O dicionário da bíblia Almeida define que temer a Deus é “reverência-l0” (Hb.12.28) Retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus agradavelmente, com reverência e temor; “obedecê-lo” (Ecl.12.13) Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é todo o dever do homem. “amá-lo” (Mt.22.37) Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. (Pv.9.10) O temor do Senhor é o princípio sabedoria; e o conhecimento do Santo é o entendimento. (Pv.28.14) Feliz é o homem que teme ao Senhor continuamente; mas o que endurece o seu coração virá a cair no mal. (Pv.10.27) O temor do Senhor aumenta os dias; mas os anos os ímpios serão abreviado. (Pv.19.23) O temor do Senhor encaminha para a vida; aquele que o tem ficará satisfeito, e mal nenhum o visitará. (Pv.14.27) O temor do Senhor é uma fonte de vida, para o homem se desviar dos laços da morte.

2: É ANDAR NOS CAMINHOS DO SENHOR: (Sl.128.1) Bem-aventurado todo aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos. (Sl.86.10) Ensina-me, Senhor, o teu caminho, e andarei na tua verdade; dispõe o meu coração para temer o teu nome. Porque razão Davi faz está oração. (Pv.10.29) O caminho do Senhor é fortaleza para os retos; mas é destruição para os que praticam a iniqüidade. (Ef.5.15) Portanto, vede diligentemente como andais, não como néscios, mas como sábios. Pv.16.25) (Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele conduz à morte. (1.João.2.6) Aquele que diz estar nele, também deve andar como ele andou. (Ez.20.19) Eu sou o Senhor vosso Deus; andai nos meus caminhos, e guardai as minhas ordenanças, e executai-os.

3: É SEMPRE MEDITAR E VIVER A PALAVRA DO SENHOR: (Ap.3.1) Bem-aventurado aquele que lê e bem-aventurados os que ouvem as palavras desta profecia e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo. (Sl.1.1-3) Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores; antes tem seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e noite. Pois será como a árvore plantada junto às correntes de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cuja folha não cai; e tudo quanto fizer prosperará. (Pv.7.2) Observa os meus mandamentos e vive; guarda a minha lei, como a menina dos teus olhos. Porque Salomão diz assim, veja. (Js.1.8) Não se aparte da tua boca o livro desta lei, antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido.
(Tg.1.22) E sede cumpridores da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos. (Mt.7.24) Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática, será comparado a um homem prudente, que edificou a casa sobre a rocha.

4: É ENSINAR NOSSOS FILHOS O CAMINHO DO SENHOR E SEMPRE O LEVA-LO A IGREJA: (Pv.22.6) Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele. (Dt.6.7) E as ensinarás a teus filhos, e delas falarás sentado em tua casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levantar-te. Porque razão o Senhor faz a nos Pais está recomendação, veja (Sl.127.3) Eis que os filhos são herança da parte do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão. (Pv.9.9) Instrui ao sábio, e ele se fará mais, sábio; ensina ao justo, e ele crescerá em entendimento. Porque levar os filhos a Igreja. (Sl.84.10) Porque vale mais um dia nos teus átrios do que em outra parte mil. (Sl.27.4) Uma coisa pedi ao Senhor, e a buscarei: que possa morar na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do Senhor, e aprender no seu templo. Veja as palavras de Josué, (Js.24. 15) Mas, se vos parece mal o servirdes ao Senhor, escolhei hoje a quem haveis de servir; Porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor.

5: É SERMOS O EXEMPLO DE NOSSA FAMILIA: (Tito.2.7) Em tudo te dá por exemplo de boas obras; na doutrina mostra integridade, sobriedade. (1Pd.5.3) Nem como dominadores sobre os que vos foram confiados, mas servindo de exemplo ao rebanho. (Tito.2.3.4) As mulheres idosas, semelhantemente, que sejam reverentes no seu viver, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras do bem, para que ensinem as mulheres novas a amarem aos seus maridos e filhos, Veja o que disse Paulo em (Fl.3.17) Irmãos, sede meus imitadores, e atentai para aqueles que andam conforme o exemplo que tendes em nós. (1.Tm.4.12) Ninguém despreze a tua mocidade, mas sê um exemplo para os fiéis na “palavra”, no “procedimento”, no “amor”, na “fé”, na “pureza”. (Ef.429) Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas ó a que seja boa para a necessária edificação, a fim de que ministre graça aos que a ouvem. (Pv.18.21) A morte e a vida estão no poder da língua. (1.Pd.1.15) Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em todo o vosso procedimento. (1.João.4.7.8) Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor é de Deus; e todo o que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor. (Tito.2.2) Exorta os velhos a que sejam temperantes, sérios, sóbrios, sãos na fé, no amor, e na constância. (Fl.4.8) Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é [puro], tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai. (Sl.24.3-5) Quem subirá ao monte do Senhor, ou quem estará no seu lugar santo? Aquele que é limpo de mãos e puro de coração; que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente. Este receberá do Senhor uma bênção, e a justiça do Deus da sua salvação.

As 10 características do Verdadeiro Cidadão do Céu

As 10 características do Verdadeiro Cidadão do Céu 

SALMOS: 15
1 SENHOR, quem habitará no teu tabernáculo? Quem morará no teu santo monte?

2 Aquele que anda sinceramente, e pratica a justiça, e fala a verdade no seu coração.

3 Aquele que não difama com a sua língua, nem faz mal ao seu próximo, nem aceita nenhum opróbrio contra o seu próximo;

4 A cujos olhos o réprobo é desprezado; mas honra os que temem ao SENHOR; aquele que jura com dano seu, e, contudo não muda.

5 Aquele que não dá o seu dinheiro com usura, nem recebe peitas contra o inocente. Quem faz isto nunca será abalado.

A Igreja do Senhor é estrangeira aqui nessa terra, nosso objetivo é um dia morar no céu com o Senhor e tornarmos cidadãos do céu. Porém, não se obtém a cidadania celestial sem primeiro apresentarmos os requisitos necessários.

No Salmo 15 encontramos preciosas lições sobre o caráter do verdadeiro cidadão do céu.

I – A Pergunta de Davi (verso 1):

Com esta pergunta o salmista obteve mais que uma resposta para si mesmo. Obteve uma revelação das qualidades necessárias a todos os que querem ir para o céu.

a) QUEM HABITARÁ NO TEU TABERNÁCULO?
- Davi conhecia o tabernáculo terrestre, que fora construído no deserto. ERA UM LUGAR SANTO. Ali, manifestava-se A PRESENÇA DE DEUS. Davi também sabia da existência DE UM TABERNÁCULO MELHOR, ETERNO, NOS CÉUS.

Mas queria saber quem seriam seus habitantes.

Perguntas semelhantes feitas No Novo Testamento:

O Jovem rico: Como obter A VIDA ETERNA? (Lucas 18:18)
O carcereiro de Filipos: O que é necessário fazer para me salvar? (Atos 16:30)

b) QUEM MORARÁ NO TEU SANTO MONTE?

- Em Israel havia muitas cidades e aldeias. Entretanto, era um privilégio morar no Monte Sião (Jerusalém). Cidade dos príncipes.

- No tempo de Neemias, só 10% dos hebreus tiveram o privilégio de morar em Jerusalém. Foram abençoados os que passaram a residir ali:

"Ora, os príncipes do povo habitaram em Jerusalém; e o restante do povo lançou sortes, para atirar um de cada dez que habitasse na santa cidade de Jerusalém, ficando nove nas outras cidades. E o povo bendisse todos os homens que voluntariamente se ofereceram para habitar em Jerusalém". (Ne 11:1-2)

- Jerusalém é uma figura da Igreja Triunfante - Os crentes fiéis estarão para sempre na Nova Jerusalém:

"E vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que descia do céu da parte de Deus, adereçada como uma noiva ataviada para o seu noivo. E ouvi uma grande voz, vinda do trono, que dizia: Eis que o tabernáculo de Deus está com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e Deus mesmo estará com eles". (Ap 21:2-3)

Você já se perguntou se está preparado para entrar no Céu? Quais seriam as qualidades necessárias para entrar no Céu? Como posso viver de tal modo que não seja decepcionado em minhas expectativas e anseios para morar um dia no Paraíso Celeste? De fato, esta é uma grande preocupação, e deve ser respondida, antes que seja tarde demais.

O Salmo 14 ensina a universalidade do pecado: todos são pecadores, e não há quem busque a Deus. Mas, de acordo com o Salmo 15, como poderia um pecador sequer pensar na possibilidade de entrar na presença de Deus? Após a revelação do Salmo 14, é lógico pensar na impossibilidade de termos acesso a Deus.

Entretanto, diz o Salmo 5:7, que é pela riqueza da misericórdia de Deus que entramos na Sua casa, e nos prostramos diante do Seu santo templo, no seu temor.

É pela graça de Deus que somos transformados de pecadores em santos. Somente os santos habitarão no Seu “santo monte”.

O salmo 14 foi escrito para que soubéssemos quão pecadores somos. O Salmo 15 foi escrito para que soubéssemos quão perfeitos podemos ser. O Salmo 14 nos coloca no pó; o Salmo 15 nos coloca na glória. O Salmo 14 humilha o pecador; o Salmo15 exalta o justo. Ele é estimulante e desafiador. Ele nos leva a um profundo exame de consciência e a um desejo de agradar a Deus a fim de podermos estar com Ele. Este é o verdadeiro equilíbrio das Escrituras.

Este salmo é mais uma jóia da Inspiração que usou o poeta Davi para nos presentear com a sabedoria divina. Aqui estão as qualidades do verdadeiro cidadão do Céu. Portanto, trata-se de um assunto essencial, a fim de que não fiquemos desavisados de nossas obrigações espirituais e sociais para com Deus e nosso semelhante.

Quem é cidadão da pátria celestial tem pelo menos 1O características benéficas.

1.    Integridade:

ser íntegro significa ser inteiro, ou seja, não ter faltas ou não ser faltante, como era o caso de Belsazar, que foi achado em falta (Dn 5.27);

Quando o cristão começa sua jornada de guiar outras pessoas percebe-se tendo que encarar sentimentos, impulsos e limitações que nunca imaginou que enfrentaria quando chegasse a tal posição.

Há uma relação direta entre ser um cristão e apontar o caminho para outras pessoas. Por isso nos referimos a cada cristão como um líder.

As tentações não se materializam como grandes desafios éticos, mas sim em pequenas coisas que estão ao alcance do líder em seu dia a dia. O amadurecimento de um cristão começa quando ele aprende a lidar com suas pequenas fraquezas e também a compreender a fraqueza dos outros.

Sabemos que não se pode medir o nível de Integridade de uma pessoa. É uma avaliação subjetiva.

Mas podemos dizer que existe uma linha imaginária que a mede e que as pessoas, de maneira geral, vêem esta linha e respondem a ela. Esta linha é medida inconscientemente pelas pessoas quando percebem a distância entre fazer o que se fala e falar o que se faz.
Quanto maior a Integridade de um cristão mais ele pode fazer o que fala e falar o que faz.

Muitas pessoas, quando em público, são doces e amorosas, mas em sua vida pessoal são vistas como algozes impiedosos.

Freqüentemente não somos a mesma pessoa em nossa vida pessoal e na vida privada. É claro que sua privacidade não precisa ser invadida a todo o momento mas vale lembrar que um dia ela será e tudo o que está oculto em sua vida será descoberto.
Então a vida cristã e o caráter cristão são uma só experiência.

Experiência essa marcada pela frustração e pela busca de socorro em Deus.

A Integridade dá:
Poder às nossas palavras.
Força aos nossos planos.
Impacto às nossas ações.
Quando se estabelece a Integridade muito pode ser feito. Mas se há uma dúvida quanto à Integridade de um líder ou de uma Igreja, quase nada pode ser feito.
Tito 2; 7-8
7 Em tudo te dá por exemplo de boas obras; na doutrina mostra integridade, sobriedade,
8 Linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se confunda, não tendo nenhum mal que dizer de nós.
Um dos primeiros ataques a um cristão ou a qualquer líder é quanto à sua Integridade, depois quanto à legitimidade de sua liderança.

Estes ataques não acontecem “fora das muralhas”, advindos da estratégia do inimigo, mas sim de dentro de nossa sala mais íntima e segura, transbordando daqueles com quem dividimos o pão.

Esta maldição se manifesta sem que ninguém perceba o seu poder de corrosão. Um reino não pode prevalecer quando está dividido e a falta de confiança no líder gera a divisão e a rebelião.
Tome cuidado com as pequenas coisas
Mt.25.21

Disse-lhe o seu senhor: Muito bem, servo bom e fiel; sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.
Nos pequenos detalhes, no segundo olhar, nas pequenas e inocentes provas que parecem sem risco algum... nos detalhes quebramos a relação de intimidade com Deus. Integridade só é conseguida na relação de amor e dependência de Deus.

Diga não à tentação... o mais rápido possível.
I Tm 6.11
Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão.

Não deixe sua mente negociar. Uma das cenas mais sutis do filme “O Advogado do Diabo” o jovem advogado está conversando com o dono do escritório de advocacia sem saber que ele e o próprio diabo e pergunta: “Você está negociando?” e o diabo responde: “Estou sempre negociando!”

I Sam 15.30
Ao que disse Saul: Pequei; honra-me, porém, agora diante dos anciãos do meu povo, e diante de Israel, e volta comigo, para que eu adore ao Senhor teu Deus.

Em qualquer dúvida diga não! Sua consciência é seu bem mais valioso e deve ser treinada para fazer o que é certo tendo como base princípios e não quantidades ou quantias.

Mantenha sua consciência limpa.

Atenção para motivos escusos.

Quando assumimos o nosso papel como cristãos e como líderes, estamos querendo que as pessoas nos sigam e elas não seguem idéias, seguem pessoas. Quando a pessoa não é fidedigna, ninguém a seguirá. Seja transparente diante dos homens e de Deus.
At 24.16

Por isso procuro sempre ter uma consciência sem ofensas diante de Deus e dos homens.
Não se permita caminhar com pendências em nenhuma área de sua vida.

A Palavra de Deus nos convoca a limpar as pendências com os irmãos antes de fazer o mais sagrado: ofertar no altar do Senhor. Se algo é levantado contra a imagem ou o ministério de um líder, não é suficiente que ele tenha boas justificativas.

É necessário que ele saiba lidar com o processo por detrás da queixa.


Se é algo a ser consertado, reparado ou resgatado, resolva com o irmão.
Se é uma insurreição dentro da Igreja ou do ministério, dissolva as causas.

Se é uma armadilha do diabo, resista e lute dentro da Palavra de Deus.

Mas em todos os casos entenda que há um chamado de Deus para um conserto, portanto humilhe-se diante do Pai, e Ele te exaltará diante dos homens.

2.    justiça:

ser justo tanto tem a ver com praticar a justiça como ter sido justificado, ou seja, remido pelo sangue do Cordeiro. Ser justo não tem a ver com ser justiceiro, fazer justiça com as próprias mãos;

3.    veracidade:


ser verdadeiro não está em moda atualmente, quando a maioria das pessoas quer levar vantagem em tudo. Dizer a verdade quando isso lhe põe em situação difícil é pedir para ser taxado de “trouxa”, mas lhe garante a cidadania eterna;

4.    bendicência:

ser detentor da cidadania celeste implica em não ser um difamador da reputação alheia, não lançar má fama sobre alguém, pelo contrário, bendizer e não ser desrespeitoso. Difícil entender isso? Claro que não, mas por que isso não é posto em prática com a mesma facilidade?

5.    benignidade

Uma qualidade excelente. Benignidade é a “qualidade daquele que é benigno”. Benigno quer dizer “suave, brando, agradável; não perigoso nem maligno” (Dic. Aurélio). Esses são os significados que encontramos no dicionário sobre a palavra benignidade. É a qualidade daquele que só faz o bem. Uma pessoa benigna é agradável.
Quem dela se aproxima sente-se bem. É diferente de uma pessoa maligna, cuja presença faz mal. Às vezes, uma pessoa maligna consegue usar uma máscara, e engana a muitos.

Mas, no meio cristão, existem recursos poderosos, sobrenaturais, que nos levam a identificar aquele que é maligno, disfarçado de benigno. De um lado, há o dom de discernir os espíritos. De outro, há o discernimento que Deus concede a muitas pessoas para que percebem a presença ou a atuação de um maligno.

A Bíblia diz: “o que usa de engano, não permanecerá dentro da minha casa”. Sabendo disso, devemos procurar sempre ser benignos para com os nossos irmãos e para com os de fora.

significa, em outras palavras, ser benigno, desejar o bem às pessoas. Também pode significar não guardar mágoas e ressentimentos, pois quem faz isso, automaticamente, não consegue desejar o bem a quem o magoou.

6.    bondade: significa ser bondoso, ou seja, fazer o bem aos outros. É a complementação do item anterior, benignidade. Fazer o bem não é tão difícil, dependendo de para quem for feito, não é mesmo? Mas, o texto permite acepção de pessoas? É, essa é a parte difícil…

7.    imparcialidade: ser imparcial, nos dias de hoje, não é coisa das mais fáceis. Não sei se, no passado, foi alguma vez fácil. Por que ser imparcial não é fácil? Quer um exemplo? Tratar o rico e o pobre da mesma forma, sabendo que um pode fazer algo por você, e o outro não. É uma tentação ou não é? Tratar o patrão e o subordinado, proporcionalmente, com o mesmo respeito, outro exemplo.

8.    confiabilidade: ser uma pessoa de palavra, atualmente, quando a regra é a flexibilidade das promessas e quebra dos votos mais sagrados, é remar contra a maré, ir na contramão do que o mundo faz. Mas, cidadão do céu tem que ser diferente mesmo de cidadão mundano. Qual você deseja ser?

9.    generosidade: essa característica é facilmente entendida como o contrário da cobiça. Se Jesus disse: “de graça recebestes, de graça dai”, está claramente exposto o princípio da generosidade. A cobiça é meia-irmã da inveja e, convenhamos, um cobiçoso ou invejoso não se sentiria bem na pátria celestial, onde tais sentimentos não poderiam aflorar, concorda?

10.    honestidade: a definição mais simples é não se deixar corromper. Os jornais estampam, diariamente, situações desonrosas de pessoas corrompendo e se deixando corromper, tornando a corrupção regra, e a honestidade, exceção. Quer morar no céu? Saiba que lá, corrupto não entra.

Conflito de consciência: ser ou não ser um cidadão do céu?
E então, passou no teste, ou ainda está em falta com alguma característica?
É fácil conquistar essas qualidades? Não, é quase impossível. Somente com a ajuda do Espírito Santo conseguimos cultivar essas qualidades, e fazê-las florescer em nossas vidas, para colher seus frutos na eternidade.

Aqui temos a promessa de Deus para todos os que seguem os passos de Jesus Cristo e estão se preparando para entrar no Céu e habitar no monte Sião, junto a Deus e os santos anjos.

Estamos no limiar da eternidade, e muitos vivem em uma falsa segurança. Somente os que são íntegros poderão entrar nos portais das mansões celestes.

Temos nós buscado a Deus a fim de que esse caráter possa ser visto em nós? Se nós buscarmos sinceramente a Jesus Cristo, Ele nos dará o Seu Espírito abundantemente, a fim de transformar a nossa vida, perdoando os nossos pecados e nos levando à integridade e perfeição.

Desse modo, jamais seremos abalados, “ainda que a terra se transtorne e os montes se abalem no seio dos mares”. (Sl 46:2).

Que Deus nos abençoe e nos guarde em nome de Jesus, amém.

segunda-feira, 11 de junho de 2018

Os Sete passos do filho pródigo para a vitória

Os Sete passos do filho pródigo para a vitória 

(Lc 15.11-17)

Após o filho pródigo abandonar a casa do Pai resolvendo cujo final redundou em uma trajetória de fracassos e dissabores, chegou a conclusão que a sua rebeldia tinha lhe custado um alto preço. Esta situação serviu de instrumento para quebra da casca do orgulho e soberba fazendo com que surgisse em seu interior o desejo de retornar à casa do pai, de onde nunca deveria ter saído. A quebra da casca faz surgir o lado sensível que ainda não havia sido atingido levando o filho pródigo cair em si.

Esta obra somente é feita através do Espírito Santo que convence o mundo do pecado da justiça e do juízo – Jo 16.8.

O CAMINHO PARA A VITÓRIA:

1 – Seu despertar – caiu em si – v.17

2 – Sua reflexão – eu aqui morro de fome – v.17

3 – Sua decisão – levantar-me-ei – v.18

4 – Sua confissão – eu pequei – v.18

5 – Sua declaração – eu não sou digno – v.19

6 – Sua prontidão – abrir mão de tudo – v.19

7 – Seu regresso – levantou-se e foi – v.20 a

A parábola certamente é uma das mais conhecidas entre os cristãos e também entre os não crentes. Por ser uma das mais conhecidas, corre também o risco de ser uma das mais mal interpretadas. Para ilustrar seu ponto de vista, ele cita 2 exemplos:

1. A parábola não fala da ira ou da justiça do pai ao receber o filho, mas descreve seu amor. Logo, poderíamos concluir que o Pai não tem ira nem justiça, mas tão somente amor e aceitação.

2. A parábola não fala de um intermediador entre o pródigo e o pai, apenas fala do filho indo ao pai. Logo, poderíamos deduzir que Jesus não é necessário para nos conciliar com o Pai.
Por estas e outras razões é que se faz necessário olharmos para as parábolas (e também para a Bíblia) a partir de uma visão geral e ampla, sempre considerando o todo de sua verdade infalível. Quando começamos a relativizar o ensino bíblico, caímos nos laços liberais, partimos para a heresia e anulamos a sã doutrina.

Nesta parábola, Jesus responde a declaração que os fariseus e seus mestres fizeram a ele quando disseram: "Este homem recebe pecadores e come com eles". (15.2) Lucas já havia registrado no capítulo 5, versículo 31 quando Jesus dissera: "Não são os que tem saúde que precisam de médico, mas os doentes. Eu não vim chamar justos, mas pecadores ao arrependimento". É mister notarmos que Jesus não estava dizendo a eles que existem pessoas que são naturalmente justas e outras que são pecadoras, mas sim, fazia uma distinção entre os fariseus (que se achavam justos) e os "pecadores" (o restante do povo que à vista dos fariseus não cumpria todas as ordenanças impostas por eles).

Alguns versículos antes, Jesus havia dito: "Se alguém vem a mim e ama... até sua própria vida mais do que a mim, não pode ser meu discípulo". 14.26 Temos neste versículo o retrato perfeito do que aconteceu ao filho pródigo. Ele havia pedido sua herança ao seu pai, saiu de casa para desperdiçar seus bens e acabou por desperdiçar boa parte de sua vida.

A Bíblia de Estudos de Genebra comenta que não era comum o pai entregar o patrimônio aos filhos. Informa-nos também que o filho mais velho tinha direito a 2/3 da herança, logo, o filho mais moço (o pródigo) recebera 1/3 dela. Quando o pai entregava o patrimônio aos filhos, ele retinha o usufruto da renda, ou seja, o pai não podia se desfazer do patrimônio (pois já era de seus filhos), mas os filhos podiam vendê-lo. Contudo, caso os filhos vendessem a parte que lhes era devida, o comprador não podia tomar posse antes da morte do pai. Tal feito era muito incomum durante aqueles dias.

Nosso quadro então está pintado com um filho que acabara de receber sua herança, que acabara de ter recebido a parte que lhe era devida. A Bíblia nos diz que esse jovem "foi para uma região distante; e lá desperdiçou os seus bens vivendo irresponsavelmente".(v.13) Este filho que tinha a herança em suas mãos, que tinha a oportunidade de fazer bons negócios e de ampliar sua riqueza, agora resolve sair e desperdiçar sua preciosa herança. Não bastasse tê-la desperdiçado e tê-la empregado em situações que não lhe convinham, este filho sequer matutou na possibilidade de poupar um pouco de seus bens, para o caso de lhe sobrevir alguma necessidade. Eis então que depois "de ter gasto tudo, houve uma grande fome em toda aquela região, e ele começou a passar necessidade". (v. 14)

Amados, aqui temos o exemplo de um péssimo de filho. O exemplo de alguém descuidado, o exemplo de alguém que achava que suas riquezas durariam para sempre, o exemplo de um filho que pensou que nunca iria ter falta de coisa alguma! Este filho tinha tudo para se dar bem na vida, mas se deixou levar pelas suas paixões e não reconheceu o devido valor da casa de seu pai. Atentemos para que o texto nos diz claramente que este pródigo "foi para uma região distante".

Provavelmente ele se dirigiu a alguma cidade maior, a algum lugar onde pudesse extravasar e saciar os seus desejos mais íntimos, um lugar longe da casa de seu pai, um lugar onde ele achava que poderia ser dono de si mesmo!

Em seu desprezo vivencial, em sua necessidade pelas coisas mais básicas da vida, pela simples comida que sustenta diariamente o homem, ele agora resolve ser empregado como todos os outros daquela região. Este jovem que é filho de um homem que tem propriedades, que de nada sentia falta, que morava na casa de seu pai e era sustentado por ele e seus criados, agora se encontra à beira da amargura. Sua situação não melhora, como talvez ele imaginasse, mas piora drasticamente quando seu empregador lhe designa para cuidar de porcos (v.15).

Lembremos novamente que Jesus está contando esta parábola para os fariseus. Para o judeu, comer carne de porco era comer um animal imundo. A lei de Deus em Levítico 11.7 havia classificado o porco como criatura imunda, imprópria para o consumo; quanto mais sua criação! A Bíblia de Estudos de Genebra comenta que os rabinos (líderes da congregação judaica) consideravam as pessoas que criavam porcos como amaldiçoados.

A narrativa bíblica não nos diz para qual "região distante" este pródigo havia ido, mas podemos deduzir duas possibilidades: A primeira é de que essa região distante fosse uma região judaica, mas que havia se apartado das leis do Senhor (pois criavam porcos, algo contrário à lei). A segunda diz respeito a uma região gentia (não-judaica), cujo modo de vida não era regido pelas leis do Senhor.

Seja como for, os fariseus estão diante do pai terrível relato que poderiam ouvir. Sabemos que tais fariseus eram judeus, zelosos pela lei do Senhor, acreditavam que seriam para sempre o único povo escolhido, tratavam com desprezo as pessoas de outras nações e esperavam um messias de cunho político. Não bastasse estarem diante do suposto messias, agora lhe ouvem falar coisas totalmente contrárias àquilo que sempre pensaram! Estes homens não podiam se dobrar diante de tal parábola "absurda"! Ora, o jovem pródigo havia se rebelado contra seu pai, havia feito mal uso de sua herança, estava falido e procurava por migalhas.

Era visto também como um amaldiçoado! De igual modo os fariseus viam que Jesus arrebanhava pessoas de "outros apriscos" e ainda por fim ouvem-no dizer que o pai recebeu o pródigo de volta em sua casa! Era demais para estes homens suportarem.

A narrativa nos conta que o pródigo estava padecendo das necessidades mais básicas da vida. "Ele desejava encher o estômago com as vagens de alfarrobeira que os porcos comiam". (v.16) O filho do dono de propriedades agora suplica para que fosse sustentado tal qual um porco, mas nem isso ele consegue.

Amado, você tem visto semelhança entre este jovem e a sua própria conduta? Ao olhar para ele, você tem se encaixado em tal descrição? Tal qual esse filho mais moço, você já experimentou a fartura de bênçãos espirituais e hoje se encontra afastado da casa do Pai? A narrativa nos trouxe até aqui e nos tem mostrado que falta muito pouco para que este pródigo venha a falecer e nunca mais possa ter comunhão com seu pai.

Pv 16.18 diz: "O orgulho precede a ruína". O jovem pródigo se orgulhou, achou que poderia viver longe da casa de seu pai e longe de seus cuidados. Mas ele caiu, "e foi grande a sua queda".

O relato de hoje nos leva a refletir acerca do que temos feito com nossas vidas. Alguns de nós nasceram em meio à igrejas, famílias cristãs e foram rodeados de amigos cristãos. Outros talvez não tiveram tal regalia, mas já experimentaram a "boa, perfeita e agradável vontade de Deus" (Rm 12.2).

Veremos mais adiante que foi pela graça de Deus que este pródigo foi levado de volta à sua casa. Mas é mister notarmos que até o momento ele se encontra em total estado de perdição. Sua vida logo se irá e nos braços do Pai, não irá mais ficar. Oremos e não deixemos para amanhã a volta para a casa do Pai.

Nosso texto de hoje continua dizendo: "Caindo em si, ele disse:". (v.17) Encontramos grande perigo em tão afirmação. Ao lermos tal declaração podemos cogitar que o "cair em si mesmo" foi uma atitude do homem, podemos deduzir que foi devido ao livre-arbítrio do jovem pródigo que ele chegou ao arrependimento; mas a bíblia não nos permite tal feito. Em Efésios 2.1 lemos que: "Vocês estavam mortos em seus delitos e pecados". No mesmo capítulo, mas nos versículos 4 e 5 lemos: "Todavia, Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, deu-nos vida com Cristo, quando ainda estávamos mortos em transgressões - pela graça vocês são salvos".

Ao discorrer sobre o livre-arbítrio do homem, Lutero escreveu: "Se algum homem, de alguma maneira, atribuir a salvação ao livre-arbítrio do homem, mesmo que a ínfima parte, nada sabe sobre a graça e não conheceu Jesus Cristo corretamente". Certamente essas palavras nos soam quase que como agressivas, mas sabemos que não podemos suavizar a mensagem do evangelho.

Temos visto em nossos dias as mais variadas correntes teológicas crescendo e ganhando forma. A teologia aos poucos tem se tornado antropocêntrica em vez de ser cristocêntrica. É importante notar que quando a igreja faz distinção entre arminianismo e calvinismo, não é para criar brigas (ou não deveria ser) tolas, mas para mostrar que enquanto o primeiro sistema se baseia na autonomia humana, o segundo reconhece a soberania de Deus em absolutamente todas as coisas.

A passagem de Efésios que lemos anteriormente nos mostra a situação em que o filho pródigo se encontrava: morto. Aquele jovem estava desejoso da comida de porcos, mas nem isso conseguia obter (v.16). Aquele jovem que outrora havia desfrutado de banquetes e regalias na casa de seu pai, agora está na rua da amargura e em completo desespero - está completamente morto.

Então, Deus em um toque de graça, o traz à vida, abre os seus olhos e o seu entendimento, e ele passa a perceber sua situação miserável. Ele diz: "Quantos empregados de meu pai têm comida de sobra, e eu aqui, morrendo de fome! Eu me porei a caminho e voltarei para meu pai, e lhe direi: Pai pequei contra o céu e contra ti. Não sou mais digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus empregados’".

(v. 17-19) Aqui temos o retrato do mais miserável dos homens. Além de tudo que já havia perdido da casa de seu pai e de sua herança, agora passara a reconhecer seu estado lastimável. Amados, como nos é triste e doloroso o momento em que reconhecemos nosso estado de podridão e falta para com Deus.

Na narrativa anterior ao versículo 17, nada fala sobre o reconhecimento do pródigo acerca de seu estado de miséria. Mesmo enquanto ele desperdiçava seus bens, quando já havia gasto tudo o que possuía, houvera se empregado no mais terrível trabalho aos olhos de um judeus; ainda não sabia onde estava.

Tal qual esse pródigo, talvez você já tenha experimentado a abundância de vida na casa de Deus e já tenha tido tempo de dedicação para com a palavra do Senhor. Quem sabe já houve tempos em que você se dedicou a oração e a perseverança nas coisas do reino, mas hoje se acha em falta - encontra-se na mais terrível anorexia espiritual.

Tiago 4.14 nos diz: "Vocês são como a neblina que aparece por um pouco de tempo e depois se dissipa". Muitos tem deixado para amanhã o dedicar-se as coisas de Deus. Muitos jovens tem desperdiçado suas vidas achando que são apenas os idosos ou os imprudentes do trânsito que vem a falecer. Lembremo-nos que a maioria das pessoas não morre feliz e deitada em suas camas com o sentimento de missão cumprida. A maioria que morre achou que poderia deixar para amanhã o que poderia fazer hoje, achou que viveria tempo suficiente para empenhar-se em seus projetos, mas não houve tempo. Quando menos esperavam, a morte os tragou e sua vida se esvaiu.

"A seguir, levantou-se e foi para seu pai". (v.20) O arrependimento que conduz à vida é uma graça salvadora, operada no coração do pecador pelo Espírito e pela Palavra de Deus, pela qual, reconhecendo e sentindo, não somente o perigo, mas também a torpeza e odiosidade dos seus pecados, e apreendendo a misericórdia de Deus em Cristo para com os arrependidos, o pecador tanto se entristece pelos seus pecados e os aborrece, que se volta de todos eles para Deus, tencionando e esforçando-se a andar constantemente com Deus em todos os caminhos da nova obediência

(Lc. 24:47;

2 Tm 2:25;

Jo 16:8-9;

At. 11:18, 20:21;

Ez 18:30, 32;

Lc. 15:17-18;

Ez 36-31. e 16:61, 63;

Sal. 130:34;

Joel 2:12-13;

Jer. 31:18-19;

II Cor. 7:11;

At. 26:18;

1 Reis 8:47-48;

Ez 14:6; Sl119:

59, 128;

Rm 6:17-18;

Lc 19:8).

Em contraste com o falso arrependimento que não produz mudanças, aqui temos o exemplo de um arrependimento sincero. Não que esse jovem estivesse totalmente comprometido para com a causa de seu pai (lembremos que ele resolveu ir para a cada de seu pai porque estava com fome e não porque o amava), mas houve uma guinada em sua vida.

Quando Deus verdadeiramente toca a vida de um pecador, ele sempre muda sua conduta. Não foi assim com Paulo, Pedro e tantos outros? Ora, acaso Paulo continuou perseguindo os cristãos e ao mesmo tempo pregando as suas boas novas? Porventura, Pedro continuou negando a Cristo durante toda sua caminhada cristã? Tal qual esses homens, o pródigo não continuou desejando a comida de porcos e ao mesmo tempo ansioso pela casa de seu pai - houve uma verdadeira mudança. Todos esses e muitos outros homens poderiam repetir as palavras de Paulo quando disse: "Prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus". Fp 3.14

Observemos atentamente a mudança de vida que aconteceu neste pródigo. "Eu me porei a caminho e voltarei para meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e contra ti". (v.18) Ele não disse que voltaria para a casa do seu pai e pronto. Não falou também que seu pai sempre aceitou os rebeldes de volta e por isso ele poderia voltar, mas ele disse: "Eu me porei a caminho e voltarei para meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e contra ti". (v.18).

Que diferença deste tipo de confissão de pecados daquele feito por faraó! O pródigo não silencia sua fala, mas vai adiante dizendo: "Não sou mais digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus empregados". (v.19) O jovem não titubeou dizendo que achava que não era digno, não vacilou pensando que antes ele não era digno de ser filho, mas agora que verdadeiramente se arrependeu, deveria ser recebido como tal.

Também vemos que em momento algum o jovem cogitou a possibilidade de voltar e ser reconhecido como filho de seu pai, não tomou a resolução de voltar motivado por uma grande festa, por roupas novas ou coisa semelhante, pois sabia da situação deplorável em que se encontrava.

"A seguir, levantou-se e foi para seu pai". (v.20) De modo semelhante a quando éramos crianças e ficávamos temerosos de irmos ao encontro de nossos pais - pois sabíamos que havíamos desobedecido as suas ordens ou que não tínhamos cumprido para com nosso dever - provavelmente esse pródigo se sentia de maneira semelhante. Embora ele não houvesse furtado cousa alguma de seu pai, não houvera dito que não amava mais sua família e por isso iria fugir, tampouco lhes disse que não eram mais importantes para ele, ele sabia que estava perdido e só havia um lugar para onde pudesse ir: a casa de seu pai.

Quando Deus toca na vida de um homem, ele o faz por completo, mudando tudo o que é necessário para o crescimento e amadurecimento do crente, a fim de que "o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra" (2Tm 3.17).

Esta parábola contrasta com a confissão de pecados que faraó fez. Enquanto a confissão de faraó não havia sido acompanhada de mudança, a confissão deste pródigo preencheu tal requisito. "O arrependimento é aquilo que descreve a resposta de converter-se do pecado para Deus. Este é o caráter específico do arrependimento, assim como o caráter específico da fé é receber a Cristo e confiar somente nEle para a salvação.

O arrependimento nos recorda que, se a fé que professamos é uma fé que nos permite andar nos caminhos deste mundo mau, na concupiscência da carne, na concupiscência dos olhos, na soberba da vida e na comunhão das obras das trevas, a nossa fé é apenas zombaria e engano.

A verdadeira fé é permeada de arrependimento. Assim como a fé é um ato momentâneo e uma atitude permanente de confiança e descanso direcionada ao Salvador, assim também o arrependimento resulta em contrição constante. O espírito contrito e o coração quebrantado são marcas permanentes da alma que crê… O sangue de Cristo é o instrumento da purificação inicial, mas é também a fonte à qual o crente pode recorrer continuamente. É na cruz de Cristo que o arrependimento começa; é ali que ele tem de continuar derramando seu coração, em lágrimas de confissão e contrição."

Interessante notarmos que o pródigo não estava confiante e animado pelo fato de fazer uma viagem de volta. A viagem por si mesmo não representava algo fácil ou agradável para o pródigo (pensemos por um breve instante em todas as dificuldades que poderiam assolar e impedirem que esse filho prosseguisse viagem: frio, fome, falta de dinheiro, assalto, doenças, desprezo, angústia, dúvidas constantes...), mas era algo necessário.

A motivação do pródigo não estava em passar por lugares bonitos, apreciar novas paisagens, encontrar velhos amigos ou coisa qualquer - sua motivação estava em voltar para a casa de seu pai.

Devemos então atentar para o fato de que a vida do cristão não deve ser motivada por aquilo que ele vê ou sente, mas por sua firme esperança de uma vida eterna junto à casa de seu pai. Hebreus 11.1nos diz que: "Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos."

"Estando ainda longe, seu pai o viu e, cheio de compaixão, correu para seu filho, e o abraçou e beijou." (v.20b) Notamos aqui que o pai não ficou esperando o filho, sentado em sua cadeira e fazendo pouco caso da volta de seu querido, mas "correu para seu filho, e o abraçou e beijou." Tal qual nessa cena simbólica, na salvação dos homens, o agente ativo é Deus. É Ele quem nos toca, é Ele quem nos perdoa, é Ele quem nos salva, é Ele quem nos leva para sua família! De nada adiantaria o filho ter voltado para a casa de seu pai se não fosse recebido. Diante de tal momento sublime, não podemos nos deixar de lembrar de João 6.37 que diz: "Todo aquele que o pai me der virá a mim, e quem vier a mim eu jamais rejeitarei."

Adiante vemos a atitude correta de um filho que percebeu que não digno de continuar sendo chamado desse jeito. "O filho lhe disse: ‘Pai, pequei contra o céu e contra ti. Não sou mais digno de ser chamado teu filho’" (v.21). Este filho pródigo teve a atitude correta diante de seu pai. Ele sabia que não havia nada de bom em sua vida que pudesse ser usado como mérito para ser recebido de volta.

Isso nos leva a pensar sobre a importância da humildade diante da eleição e da predestinação de Deus. Longe de nos levar a algum tipo de elitismo, a eleição e a predestinação nos levam a ser humildes pela graça recebida, pois "isto não vem de vós, é dom de Deus". Ef 2.8 Também lemos que: "Quem se gloriar, glorie-se em Cristo" (1Co 1.31) De igual modo, Paulo escreve aos gálatas dizendo: "Longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo" (Gl 6.14).

Muitas vezes vemos pessoas tendo a atitude inversa a desse pródigo. Acham que as leis de Deus são ultrapassadas para esse mundo. Olham para as "necessidades" deste mundo moderno e dizem que a bíblia deve se moldar à cultura e aos gostos da geração a ser alcançada.

Algo que nos causa constante espanto é a velocidade com que os padrões deste mundo tem mudado. Não muitos anos atrás, o divórcio era algo proibido no Brasil (o casamento tinha fim apenas com a morte dos cônjuges) e constituía crime, pois o Estado entendia que o casamento era algo primordial para o sustento da sociedade. O que temos hoje é a (quase) mais pura banalização do santo matrimônio.

As mesmas terras tupiniquins que outrora defenderam com vigor a instituição estabelecida por Deus, hoje permite que qualquer casal (mesmo que tenham se casado no dia anterior) - preenchendo certos requisitos legais - se divorcie imediatamente, sem grandes trâmites burocráticos. A nova lei contra a homofobia é também um bom exemplo de como a sociedade tem se deteriorado.

Precisamos entender que a bíblia e suas ordenanças são perpétuas; elas nunca mudarão mesmo em face da mais terrível apostasia. Nós precisamos estar bem fundamentados e firmemente arraigados à rocha que é Cristo Jesus. "Tenham cuidado com a maneira como vocês vivem; que não seja como insensatos, mas como sábios, aproveitando ao máximo cada oportunidade, porque os dias são maus. Portanto, não sejam insensatos, mas procure compreender qual é a vontade do Senhor" (Ef 5.15-17).

O nosso texto passa agora a nos dizer como que o pai recebeu aquele filho. "Mas o pai disse aos seus servos: ‘Depressa! Tragam a melhor roupa e vistam nele. Coloquem um anel em seu dedo e calçados em seus pés. Tragam o novilho gordo e matem-no. Vamos fazer uma festa e comemorar" (v.22,23).

Vemos que o pai se alegrou com a volta do filho! Ele não ficou indiferente quanto a essa situação! Alguns poucos versículos anteriores (falando acerca das duas outras parábolas) enfatizam isso quando nos dizem que "haverá mais alegria no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não precisam arrepender-se... Eu lhes digo que, da mesma forma, há alegria na presença dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende" (vs. 7 e 10). Não sabemos de que forma se dá essa alegria nos céus, mas entendemos que a volta para à casa do pai é um evento de grande importância para Deus.

A Bíblia de Estudo de Genebra comenta acerca dos adornos dados ao filho: "A melhor roupa: um sinal de honra; o anel: autoridade; calçados em seus pés (sandálias): os escravos andavam descalços, as sandálias significam que o filho tinha a posição de um homem livre; o novilho gordo: reservado para ocasiões especiais."

Então o pai passa a expor o motivo de todos esses adornos e festejos: "Pois este meu filho estava morto e voltou à vida; estava perdido e foi achado’. E começaram a festejar" (v.24).

Lembremos que Jesus está respondendo à declaração dos fariseus que disseram: "Este homem recebe pecadores e come com eles" (v.2). Nos tempos antigos, sentar-se à mesa com alguém era sinônimo de amizade, companheirismo e afinidade. Significava haver um vínculo entre aquelas pessoas.

Lembremos das palavras de Jesus: "Vocês serão meus amigos, se fizerem o que eu lhes ordeno. Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz.

Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes tornei conhecido" (João 15.14,15).

O texto de hoje nos mostrou que quando vamos à casa do pai podemos ter a certeza de que ele nos receberá. Assim como as duas parábolas anteriores (a ovelha perdida, vs. 4-6 e a moeda perdida,vs. 8,9), a parábola do filho pródigo também nos mostra que o pai se importa com os seus. Davi expressou muito bem seu sentimento de poder estar diante do seu Senhor quando disse: "Alegrei-me com os que disseram: Vamos à casa de Senhor!" (Sl 122.1)

Que possamos juntos ecoar as palavras do salmista que dizem: "Senhor, tu és a minha porção e o meu cálice; és tu que garantes o meu futuro. As divisas caíram para mim em lugares agradáveis: Tenho uma bela herança! Bendirei o Senhor, que me aconselha; na escura noite o meu coração me ensina! Sempre tenho o Senhor diante de mim. Com ele à minha direita, não serei abalado" (Sl 16.5-8).

Devemos entender o processo de humildade verdadeira que envolve o verdadeiro arrependimento e os benefícios que são colhidos. E que somente em Jesus temos o melhor desta terra (Is 1.19).

Se você amado leitor estiver distanciado da presença do Senhor volte-se para o nosso Deus, pois Ele te espera de braços abertos para te resgatar, em nome de Jesus. Amém!