domingo, 18 de setembro de 2016

COLECIONAR PECADOS - O hobby não vale a pena

COLECIONAR PECADOS - O hobby não vale a pena

1.    INTRODUÇÃO


Vocês se lembram da parábola do bom samaritano?

Nela Jesus relatou a história de um homem ferido e caído numa estrada, que precisava urgentemente de socorro. O sacerdote que ali passou apertou o passo e não prestou socorro. A omissão foi um erro, não há dúvida, e tal conduta mereceria reprovação de qualquer homem com apurado senso de justiça. A omissão na prestação de socorro, inclusive, é matéria tratada no nosso Código Penal, artigo 135:

Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública:
Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.

Mas a avaliação sobre o que é ou não justo encerra a idéia do que é PECADO? Afinal, todos nós erramos, até de forma automática, no convívio do dia-a-dia, nas relações amorosas, nos contatos no trabalho, no trato com os filhos e também falhamos, muitas vezes, em relação a Deus.

E daí vêm várias perguntas: O que é pecado? Eu tenho pecado? Existe pecado pior ou “melhor”?

Embora não seja do feitio do homem assumir suas falhas, temos que admitir que a preocupação em “atender” às divindades, ou seja, não agir no sentido contrário do interesse dos deuses, remonta à Antigüidade.

Não é sem motivo que sacrifícios humanos ou de animais eram feitos no sentido de evitar calamidades naturais como: não ser atingido pelos raios e vulcões, ter boas colheitas, ou manter a fertilidade.

Paulo, ao visitar o Aerópago, deparou-se exatamente com esse conceito, pois ali existiam altares para uma série de deuses, e, por via das dúvidas, um para O DEUS DESCONHECIDO.

Talvez por isso, qualquer pessoa que tenha um senso de espiritualidade, e não esteja envolvida na falsa idéia de que tudo acaba aqui (Sl 53:1), já meditou sobre o que é pecado... e tal preocupação faz sentido.

O profeta Isaías avalia a posição divina em relação ao homem e afirma que os pecados são a única “barreira” que pode ser interposta entre o humano e o Eterno (Isa 59:1-2).

Esta mesma posição é reafirmada em outros textos (Nm 11:23; Isa 50:2) e o pecado é qualificado no Novo Testamento como o que possui um salário indesejável por qualquer pessoa: “a morte”. (Rm 6:23).

Sendo então o pecado tão devastador, é importante considerar as palavras do sábio Salomão que desafia alguém a “guardar no seu peito o fogo consumidor do pecado” (Pv 6:27-28).

A idéia seria lançar para longe tal entidade peçonhenta, como faríamos com qualquer cobra, escorpião, ou outro ser mortal e venenoso.

Mas será que temos avaliado corretamente como ele é, se comporta e nos afeta?


2.    A AVALIAÇÃO HUMANA DO PECADO


A avaliação do homem quanto à realidade do pecado tem variado ao longo dos séculos, e também oscila nas diferentes regiões do globo, de tal modo que coisas consideradas erradas, tempos atrás, não têm hoje o mesmo peso, e há práticas ocidentais e orientais que se chocam, dependendo do povo que as cultiva ou repele.

Por essa razão, a opinião do homem sobre como Deus vê o seu comportamento é, via de regra, equivocada, envolvendo muitos erros conceituais.

Tendo como base os mandamentos da lei divina, poderíamos lançar em um quadro sintético algumas determinações que fazem parte do mesmo conceito, mas que são vistas de modo diferenciado por nós, seres humanos:

NÍVEIS DE RESISTÊNCIA, REVOLTA E REPÚDIO DO HOMEM PARA DIFERENTES TIPOS DE PECADOS.

RESISTÊNCIA ALTA

Homicídio Ex 20:13
Praticar atos imorais Ex 20:14
Roubar do próximo Ex 20:15

RESISTÊNCIA MEDIANA

Aborrecer ao próximo I Jo 3:15
Pensar imoralidades Jd 23; Cl 3:2; Mt 5:27-28.
Enganar ao próximo II Tm 3:13; I Ts 4:6.


RESISTÊNCIA BAIXA

Odiar ao próximo
IJo 4:20; 2:11; Hb 12:9-15.
Usar palavras torpes Cl 3:8; Ef 4:29.
Cobiçar o que é do outro Ex 20:17; At 20:33.
Ser invejoso e soberbo Tg 3:14-16; 4:2; I Cr 3:3; I Pe 2:1.
Ser mentiroso I Jo 2: 21; Ef 4:25; Ap.


3.    SELECIONANDO PECADOS

Provavelmente diante da dificuldade em entender as coisas espirituais, pois o homem natural não as discerne (I Cor 2:14), as religiões definiram suas próprias regras de conduta.

A Igreja Católica, sem dúvida originária daquela primitiva de Atos dos Apóstolos, foi, ao longo dos séculos, “criando algumas normas” lançadas no “catecismo”, definidas como verdadeiras “leis” para seus fiéis.

Observe quer se um catecismo repete a Bíblia, ele é praticamente desnecessário, pois não possui conteúdo explicativo e, se diverge da Bíblia, torna-se nulo em sua utilidade (Gl 1:8).

Essas adaptações continuam a surgir em todas as organizações religiosas e, infelizmente, fogem da doutrina pura, algo registrado, inclusive, em relação às sete igrejas do Apocalipse, onde a de Éfeso havia deixado seu “primeiro amor” (Ap 2:1-(4)-7).

Dentre as “inovações” introduzidas está a “seleção de pecados” em dois grupos: os veniais e os mortais.

Embora exista alguma polêmica sobre a descrição dos pecados “mortais”, incluindo alguns a ausência à missa ou a não-confissão de erros cometidos ao sacerdote em seu escopo, a listagem clássica envolve os seguintes itens:

LUXÚRIA, ORGULHO, AVAREZA, INVEJA, GULA, RAIVA, PREGUIÇA.

Em absoluto defendemos que tais pecados sejam de menor importância, isentos de resultados de morte eterna, mas entendemos, claramente, que eles podem ser desdobrados, de acordo com a Palavra, formando uma lista bem maior, e que a presente relação possui omissões importantes:

Vamos situar estes pecados no contexto bíblico e verificar seus fundamentos e reflexos:

LUXÚRIA: Identifica-se com uma parte dos frutos da carne, envolvendo os sentidos do homem agindo de forma livre, sem o controle divino, moderação, pureza ou santidade (Prostituição, impureza, lascívia: Gl 5:19). Como a santidade é algo que precisa ser levada à prática para se chegar ao Senhor (sem santidade não se pode: Hb 12:14), isso pode constituir sério entrave.

ORGULHO: Uma outra denominação para a “soberba” uma das “pernas” do “tripé” que sustenta a relação do homem com o mundo, juntamente com a concupiscência dos olhos e aquela da carne (I João 2:16). Como amar o mundo representa não amar a Deus (I João 2:15), certamente se está fazendo uma escolha errada ao se prender ao orgulho.

AVAREZA: O amor ao dinheiro (e não o dinheiro em si mesmo) é a raiz de todos os males (I Tm 6:10), e Jesus nos explicou que não é fácil para alguém cheio de bens estar disposto a deixar tudo e segui-lo, não sendo, contudo, permitido servir, ao mesmo tempo, a Deus e às riquezas (Mt 6: 24; Lc 16:13). Parece que estamos mais diante de um complicador na liberalidade de buscar as coisas eternas do que diante de um pecado mortal.

INVEJA: Boa parte do decálogo trata de não se cobiçar aquilo que pertence ao próximo e isso nada mais é que a inveja (Ex 20:17), sendo que o Novo Testamento também recomenda a não-existência de inveja em nosso coração (Gl 5:21-26; I Cor 12:20; Tg 3:14). Estamos falando, então, de algo que permeia todo nosso agir e tem relação com o estado de espírito do homem, que terá seu coração onde tiver seu tesouro (Mt 6:12).

GULA: Quando os homens não têm expectativas eternas, se firmam absolutamente no que é presente, e, por isso, surge a máxima: “comamos e bebamos porque amanhã morreremos” (I Cor 15:32), sendo inadmissível pensar que “não somente de pão viverá o homem, mas de toda a Palavra que procede de Deus” (Mt 4:4). Isso nos mostra que a moderação é resultado de pensarmos nas coisas lá de cima (Cl 3:22) e não um regime alimentar apropriado, embora a glutonaria seja mencionada por Paulo (Gl 5:21).

RAIVA: A ira, diferentemente do ódio, é uma reação instintiva do ser humano, e, por essa razão, sequer é qualificada como um pecado pela Palavra, que nos orienta: “irai-vos, mas não pequeis, não se ponha o sol sobre a vossa ira (raiz de amargura: Hb 12:15)” (Ef 4:26).

PREGUIÇA: Existem claras recomendações do sábio Salomão a respeito da preguiça, mas não é ela indicada como um pecado direto contra Deus que pudesse levar para a morte eterna, mas sim como algo que gera a pobreza (Pv 6: 1-1).

Se quisermos colocar, lado a lado, dois tipos de situações espirituais, não seria adequado fazê-lo com grandes e médios pecados, mas sim com os frutos da carne e o fruto do Espírito (Gl 5:19-22). FRUTOS DA CARNE versus FRUTOS DO ESPÍRITO.

Interessante seria a comparação de tal listagem com as informações trazidas pelas Escrituras, de modo especial aquelas contidas no texto final da Bíblia, no livro do Apocalipse:

“Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos. E aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicários, e aos feiticeiros, e aos idólatras, e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, que é a segunda morte.” (Ap 21:8).

“Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus?”
“Não erreis, nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus”. (I Cor 6:9-10).

Gal 5:19-21; Ef 5:5; I Tm 1:9

É possível, mesmo à primeira vista, notar que estão faltando alguns itens na lista de pecados cuja conseqüência seria a morte eterna.

Podemos perguntar onde estão:

A MENTIRA
A IDOLATRIA
A FEITIÇARIA
O MEDO POR INCREDULIDADE
A BEBEDICE

Na realidade, as instruções trazidas pelo apóstolo que presenciou a visão     do livro do Apocalipse, em sua primeira carta, não apresentam suporte para uma relação de pecados, mas simplesmente identificam um único pecado “para a morte”, que já havia sido apresentado por Jesus:

“Qualquer que comete pecado, também comete iniqüidade, porque o pecado é iniqüidade.” (I Jo 3:4).

“Toda a iniqüidade é pecado: e há pecado que não é para a morte”. (I Jo 5:17)

“Portanto eu vos digo: Todo pecado de blasfêmia se perdoará ao homem; mas a blasfêmia contra o Espírito Santo não será perdoada aos homens” (Mt 12:31).

I Jo 5:16; Mc 3:28-30; Lc 12:10; At 7:51; Hb 6: 4-6

Sobre o pecado para a morte (aquele para o qual não há perdão), voltaremos a tecer considerações, mas cabe aqui o registro de que as palavras do apóstolo nos remetem à síntese feito por Jesus sobre o cumprimento da lei entregue por Deus a Moisés, quando questionado a esse respeito pelos religiosos da época:

...“Mestre, qual é o grande mandamento da lei?”
“E Jesus disse-lhes: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.”
“Este é o primeiro e grande mandamento”.
“E o segundo semelhante a este é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo”... (Mt 22:34-40).

Mc 12: 28-34; Lc 10:25-27

INIQUIDADE = MALDADE (FAZER MAL) = PECADO = FALTA DE AMOR AO PRÓXIMO = FALTA DE AMOR A DEUS

Amar a Deus passa pelo amor ao próximo, pois ninguém pode dizer que tem um sentimento por Deus, a quem não viu, se não o nutre pelo irmão a quem vê: I João 2: 3-11 e 4:21 e 5:1-2; II João 5.

De certa forma, estamos concluindo que não existem pecados “mortais” e “veniais”, mas que todo pecado implica morte (Rm 6:23).

Tiago nos apresenta uma figura que pode se assemelhar àquela de um ‘jogo de palitos”, onde a pessoa se esforça, mas a falha em pegar uma das peças e destrói o conjunto todo, levando à derrota:

“Porque qualquer que guardar toda aa lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos.” (Tg 2:10)

4. O SOFISTICADO PENSAMENTO DIVINO

    Os homens, com sua mente natural, e envoltos em formalidades religiosas, parecem estar fazendo uma conta de “chegar”, mediante a qual avaliam boas e más ações buscando um resultado final que lhes seja favorável.

    Mas veja que este método matemático respeita somente o que é material e visível e não alcança a mentalidade do Senhor do Universo (Isa 55:6-11), cuja relação para conosco se situa na base da fé (Hb 11:1-6; João 20:29), e cuja perspectiva não aquela da aparência, mas do sentimento interior do coração do homem (I Sm 16:7).

    Deus trabalha de uma forma que pode ser considerada surpreendente, e foi em função disto que Jesus “atualizou” as normas vigentes na Lei Mosaica:

1.    Ele advertiu sobre as “palavras ociosas” (Mt 12:33-37).
2.    Falou sobre conseqüências dos “escândalos” que poderiam deixar alguém fora do Reino de Deus, valendo a pena arrancar um membro para que isso não acontecesse (Mc 9:42-50).
3.    Transformou as “falhas do agir” em “falhas do pensar”, com os mesmos níveis de gravidade diante de Deus (Mt 5: 17-48).

É fácil entender que existem muitas formas de cometermos falhas diante de um Deus que é perfeito e Santo, Santo, Santo (Isa 6:3):

Falhamos por:

a-    Incredulidade (tudo que não é de fé é pecado: Rm 14:23)
b-    Desobediência (exemplo do erro inicial de Adão: Gn 3:1-24).
c-    Desrespeito às ordens diretas de Deus para nós (como agiu Saul sobre os inimigos: I Sm 15: 1-31).
d-    Pretensão e cobiça de poder e fortuna (Acã: Jos 7: 1-26; Eli e seus filhos: I Sm 2:1-36 e 4: 18-22).
e-    Omissão (saber o bem e não fazer é pecado): Tg 4:17, como nos mostra a parábola do bom samaritano, onde os religiosos viram o homem ferido, e passaram ao largo: Lc 10: 25-37).
f-    Descaso ou imprudência com as coisas de Deus (Sansão se deixou levar, mais de uma vez, e acabou derrotado: Jz 16).
g-    Descaso e concupiscência (atingiram Davi, que deixou de sair à guerra com seus homens e acabou por ser levado a dois erros importantes: II Sm 11: 1-26; II Sm 15:24; II Sm 24: 10; Jô 7: 20-21; Pv 28:13; Mq 7:18).
h-    Desobediência e incredulidade (A morte de Uza ao tocar a arca do Senhor foi um ato de incredulidade que seguiu a uma forma de transporte não proposta por Deus, que determinara que a arca seria levada às costas de homens e não em carros, não podendo ser tocada: II Sm 6; Nm 7:9 e 4: 6-15).

Temos que levar em consideração que todos nós erramos de forma automática, induzidos por nossa natureza carnal, conforme enfatiza o apóstolo Paulo (Rm 7: 7-25).

Muitas vezes, consideramos os erros que cometemos de forma comparativa com os dos outros. Se todos mentem, eu minto, se todos são imorais serei imoral, se todos são desonestos serei desonesto.

Tal atitude contraria a ordem direta do Senhor, apresentada não hoje, mas há milhares de anos, quando determinava que ninguém deveria “seguir a multidão para pecar” (Ex 23:2).

5. A AMPLITUDE DO ERRO.

De nada adianta ao homem apresentar um álibi sobre a questão do pecado original, ponderando que não havia nascido quando da falha de Adão e Eva:

“Pelo que, como por um homem (Adão) entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram”. (I Cor 15:22-45).

A Palavra especifica que por um homem o pecado atingiu a todos de forma que, diante de Deus, todos pecaram (Rm 3:23).

    Neste instante, poderíamos perguntar: È possível “zerar” pecados? E a resposta seria “NÃO”, uma vez que nada existe na posse do homem que lhe permita “pagar o preço de sua alma” (Sl 49:8).
   
6. PODERIA HAVER UMA SEGUNDA ÉPOCA?
   
    Diante de uma situação tão complexa, é lógico que pretendamos uma segunda chance, como havia na escola antigamente, chamada segunda época, ou hoje denominada “recuperação”.

    A teoria de um purgatório já se apresenta desde a antiguidade, com Platão falando de um lugar subterrâneo de sofrimento pós-morte, Roma admitindo um local de penúria depois da morte, mas sem esperança, e os egípcios realizando procedimentos religiosos pelos mortos de forma bem ligada ao chamado purgatório.

    No “Catecismo”, o mencionado “Purgatório” se apresenta nos seguintes termos:

    “Todos que morrerem     na graça e comunhão com Deus, mas ainda imperfeitamente purificados, têm a garantia da salvação eterna; mas após a morte passam por uma purificação, de forma a obter a santidade necessária para entrar no gozo dos céus. A Igrejas dá o nome de Purgatório a esta purificação final....” (Catecismo pg 268 parágrafo 1030, 1031).

    A teoria do purgatório buscou respaldo na Bíblia utilizando um livro que nem mesmo os católicos aceitam como inspirado, o apócrifo Macabeus.

    Essa concepção de um lugar onde as pessoas irão receber uma “última demão de polimento”, para se santificarem, apoiados, inclusive, por missas solenes e orações dos parentes e amigos vivos, não encontra respaldo na Palavra.

    No Apocalipse, com a aproximação do tempo do fim e a conseqüente apresentação dos habitantes da terra diante de Deus, está registrada uma colocação que mostra não ser possível fazer ajustes de última hora:

    “Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se”. Ap 22:11

    A idéia do purgatório volta a fazer aquela conta de “chegar a tanto”, na idéia de que os pecados são pagos por práticas dos que estão na terra, para assegurar a “salvação eterna”.

    Infelizmente, para aqueles que pensam poder levar a busca da salvação para uma outra vida, a mensagem da palavra de Deus fala outra linguagem:

A-    A salvação é ato de fé, que até gera obras corretas, mas que não pode ser contabilizadas a favor da eternidade do homem (Ef 2:8-9).
B-    Não é o sofrimento humano que propicia a sua redenção, uma vez que “fomos sarados pelos sofrimentos de Jesus” (Isa 53:5).
C-    Para entrar no reino de Deus de forma correta, ou seja, pelas portas, precisamos ter “nossos vestidos lavados no sangue de Cristo” (Ap 22:14).
D-    Os que estão em Cristo, ou em comunhão com Deus, estão completamente “livres de condenação”, grande, média ou pequena (Rm 8:1).
E-    Ao homem compete viver uma única vez e depois disso não vem uma purificação, mas sim o juízo eterno (Hb 9:27).
F-    O lugar dos mortos que dormiram em “graça e comunhão com Deus” é de descanso e nunca um lugar para purgar pecados (Ap 14:13),
G-    Na parábola do rico e do Lázaro, que simboliza a vida após a morte de um ímpio e de um justo, são mostrados dois lugares distintos, de repouso e de punição, sem que exista um alternativo e intermediário (Lc 16: 19-31).
H-    Conforme declara o rei Davi, não há como obter redenção ou perdão para os parentes mediante ações humanas depois de sua morte (Sl 49:7-9).

Não estamos aqui fazendo críticas aos procedimentos da Igreja Católica, cabe aos seus líderes responder sobre isso diante de Deus (Rm 14:12), mas é nossa responsabilidade esclarecer qual a realidade que pode influenciar a salvação da minha e da sua alma.

Esta teoria de se “viver a vida terrena de qualquer modo” e depois, por uma confissão ouricular feita a homens, contrição, e, se não for suficiente, um purgar de pecados na eternidade, é um verdadeiro salto no abismo, do qual ninguém voltará.

A Bíblia Sagrada nos afirma que a salvação não está nos céus, ou em um futuro distante, mas em nossos lábios e presente hoje (Rm 10:8):

“Temamos, por que, por ventura deixada à promessa de entrar no seu repouso, pareça que algum de vós fica para trás...”

“Se hoje ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações” (Hb 4:1-7)


7. E AGORA JOSÉ?

    Esta breve análise da questão dos pecados e de sua possível remissão nos leva a admitir que:

1, O pecado nasce de Adão, pois sua desobediência ao Senhor trouxe como que um efeito genético sobre nós e todos ficaram sob a ação do pecado (Rm 5:14).
3.    O pecado passou a integrar a natureza do homem, de tal modo que ele tem desejo de agir na contra-mão da vontade divina (Gn 6:1-12).
4.    O resultado do pecado é nada mais, nada menos, do que a MORTE (Rm 6:23).
5.    Não há providências materiais do homem que possam lhe garantir superar seus erros (Gl 2:16; Ef 2:9; Rm 3:20).
6.    A questão da remissão da alma tem que ser resolvida agora e não após a morte (At 16:31; Jo 3:18; Mc 16:16; Jo 4: 42).

Este conjunto parece nos levar para um “beco sem saída”, mas, para a nossa felicidade, essa não é a verdade, uma vez que o único que era rico o bastante para comprar nossa redenção, Deus, já tomou a iniciativa.       

Voltando ao texto que nos trouxe a figura de Adão temos as seguintes palavras do apóstolo Paulo:

“Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que receberam a abundancia da graça, e o dom da justiça, reinarão em vida por um só – Jesus Cristo”.(Rm 5: 17-19).;

A atitude divina foi em tudo original e espontânea, não resultado de nosso “bom comportamento”:

“Nisto está a caridade, não em que nós tenhamos a amado a Deus, mas em que Ele nos amou anos, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados”. (I João 4:9-10).

A esta altura, se alguém considera que seus pecados são muito complexos e impossíveis de serem revertidos meramente pela graça divina, esta pessoa deve ouvir a promessa trazida por Deus ao profeta Isaías:

“Vinde então, e argüi-me. Diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã”. (Isa 1:18) (Isa 43:25).

João nos fala sobre a condição de quem anda diante de Deus, por fé, em Jesus Cristo:

“Mas se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todos os pecados”. (I João 1: 7).

Note que não estamos falando de sermos perfeitos, religiosos, ou de purgarmos pecados por sofrimento, mas de andar na luz, ou seja, diante de Jesus, que é a “luz do mundo” (João 8:12).


8. A NOSSA PARTE.

    Se a iniciativa é de Deus, e a Ele cabe o planejar e o realizar (Fp 2:13), não sendo as nossas “boas obras” ou “sacrifícios” algo suficiente. Então, o que nos resta para fazer?

    Na realidade, Deus não impõe qualquer ação ao homem, mas lhe confere o “livre arbítrio” de escolher, aqui e agora. Por essa razão, você deve adotar os seguintes passos básicos:


1.    Não ocultar erros, mas reconhecê-los (Sl 32: 1-4; Isa 29:15).
2.    Confessar erros e pecados a Deus (Sl 32: 5; I João 1:9; Pv 28:13).
3.    Crer em Jesus de coração, confirmando tal fato com a afirmação dos lábios (Rm 10:9-11).
4.    Deixar a ação do Espírito nos guiar por um caminho novo, pois ao crer em Jesus, somos “novas criaturas” (João 3: 3-6; II Cor 5:17; Gl 6:15).

Deus o ama muito.

Quatro aspectos do pecado

Quatro aspectos do pecado

(1JO 1:8) "Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós."

INTRODUÇÃO: A bíblia sagrada nos mostra quatro áreas difíceis de se vigiar. É como se fosse escorregadio, pois quando não caímos num escorregamos no outro. Esses aspectos de que falo refere-se à: pensamentos e palavras, atos e omissões. O Deus a quem servimos é onipotente, onipresente e onisciente. Veremos cada um separadamente.
1. O PECEDO POR PENSAMENTO= Sal 139.2.
a) Deus conhece os nossos pensamentos = Sal 94.11; Mat 9.4.
b) Deus pensa diferente de nós = Isa 55.8,9.
c) Ele nos manda lavar os maus pensamentos = Jer 4.14.
d) Os maus pensamentos vêm do coração =Mat 15.19.
2. O PECADO POR PALAVRAS= Ecl 5.6.
a) A nossa língua intenta o mal = Sal 52.1-4.
b) Afasta-te das palavras falsas = Exo 23.7.
c) Não falar torpezas = Efe 4.29.
d) Evitar falatórios profanos = II Tim 2.16.
e) As más conversações corrompem os bons costumes = I Cor 15.33.
f) Seremos julgados por nossas palavras = Mat 12.36,37.
g) Falai e procedei =Tia. 2.12;3.2;10-12.
3. O PECADO POR ATOS=ISA 1.16.
a) Roubo = I Cor 6.10;    e) homicídio = Mat 5.21,22;
b) prostituição = I Cor 6.18;    f) contendas = II Tim 2.24;
c) adultérios =Mat 5.27,28    g) desonestidades = I Tes 4.11,12;
d) idolatrias =I Cor 10.14;    h) Imundície = I Tes 4.4; II Cor 6.17.
4. O PECADO POR OMISSÃO= Tia 4.17.
a) na oração = I Ts 5.17.    e) no ato de congregar = Hb 10.25.
b) no jejum = Mt 6.16,17.    f) nas contribuições = 2 Co 9.7.
c) no amor e misericórdia = Mt 9.13. g) Na honra aos seus superiores = I Ts 5.12,13.
d) na doutrina = At 2.42. h) Nos compromissos = Rm 8.13.   
CONCLUSÃO: Em qual desses aspectos você foi enquadrado? Se esta palavra falou bem claro com você, não se irrite e nem desanimes, apenas vigie um pouco mais e confesse e deixe, pois quem faz assim alcança misericórdia = Pv 28.13.

I Tim 4.15 Ocupa-te destas coisas, dedica-te inteiramente a elas, para que o teu progresso seja manifesto a todos.

"EU QUERO PECAR!"

"EU QUERO PECAR!"
 
“Vigiai justamente e não pequeis; porque alguns ainda não têm conhecimento de Deus; digo-o para vergonha nossa” (1 Coríntios 15:34).

        A Hamartiologia é a doutrina que explica o pecado. A palavra pecado é aplicada ao conjunto de obras, pensamentos, que desagrada a DEUS, aquilo que transgride a Sua Santa Palavra. Crendo dessa maneira, chegaremos à conclusão de que todos que vêm a esse mundo são transgressores, inimigos de DEUS por natureza. O apóstolo Paulo bem confirmou essa tese: “Porque todos pecaram e destituídos estão da Glória de Deus” (Romanos 3:23). O ser humano possui uma natureza deliberadamente pecaminosa. E há três elementos que contribuem para que ele permaneça nesse estado decaído: a carne, o mundo e os demônios. A carne deseja, o mundo convida e os demônios oprimem a pessoa a executar. Por isso, em toda a Bíblia, os filhos de DEUS são exortados a permanecerem afastados dessas três fontes de perigo e perdição.

        Por sermos destituídos de DEUS, JESUS ensina que devemos experimentar um novo nascimento. Essa nova lavagem espiritual nos faria santos, separados, filhos tementes, aptos a caminhar em busca da santificação, “sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hebreus 12:14). Ora, o novo nascimento nos foi dado pela fé e pela confissão de que JESUS é o Único SENHOR, que morreu e ao terceiro dia ressuscitou. Mas essa nova experiência não nos tornará anjos, seres sem pecado, perfeitos em nossa caminhada cristã, imunes à queda. Ao contrário, um pecador remido, lavado pelo Sangue de JESUS, regenerado, continua sua natureza frágil, imperfeita, porém, agora, com uma grande diferença: temente ao Evangelho da salvação. “Porque sete vezes cairá o justo e se levantará; mas os ímpios ficarão prostrados na calamidade” (Provérbios 24:16) (grifo meu).

        A diferença entre um pecador opresso e um pecador remido está exatamente na reação que cada qual tem da prática pecaminosa. Enquanto o opresso age sem temor e repetidas vezes, ainda que saiba que a atitude dele está ferindo a outra pessoa e o levando à perdição, o remido quando mente, adultera, enfim, faz qualquer coisa que desagrada a DEUS, logo vem o arrependimento, as lágrimas, o abandono. Não tratemos isso de forma mecanizada, como se todos os remidos tivessem o mesmo nível espiritual ou como se todos fossem seres robotizados. Há pessoas que já experimentaram o novo nascimento, mas que ainda não desenvolveram uma maturidade espiritual suficiente para abandonar de vez o pecado que o persegue. Elas vão caindo e se levantando, caindo e se levantando, até alcançarem a plenitude da Graça de DEUS em suas vidas.

        Quero, pois, direcionar este estudo à realidade espiritual do cônjuge opresso. Embora não seja comum ouvirmos de alguém que está em opressão espiritual (considere essa expressão no sentido de tormento espiritual causado pelos demônios), da própria boca (“eu quero pecar!”), o seu coração já fez tal afirmação. Um marido que luta bastante pela restauração do seu casamento, abandonado pela esposa, ouviu dela a seguinte expressão: “eu sei que estou errada, mas eu quero pecar, viver no pecado, ao invés de voltar para você”. Essa já é uma revelação, uma manifestação clara, um indício explícito de uma mente dominada pelo diabo, um recado latente de quem, verdadeiramente, está reinando naquela vida. É o extremo da opressão e da dominação.

        A coleção de várias frustrações adquiridas no casamento e guardada no coração pode fazer uma pessoa passar do estágio de vítima ao estágio de opressa, perturbada, longe de DEUS. Todos os erros, por mais graves que pareçam, cometidos por um cônjuge, criam sentimentos de decepção, de mágoa, de revolta. Esses erros cometidos pelo outro não podem nos afastar da direção de DEUS. Não é porque alguém me decepcionou que eu tenha que pagar na mesma moeda, nem, muito menos, querer mais saber dessa pessoa, como se ela não tivesse conserto algum da parte de DEUS. Quando sofremos pelas atitudes erradas do nosso cônjuge, o que sobe à mente de imediato é que estamos sendo injustiçados, pois julgamos as nossas atitudes perfeitas. É como se o outro fosse sempre retribuir, no mesmo grau de justiça e de amor, aquilo que fazemos por ele. Além de o casamento não ser definido e determinado somente por ações de reciprocidade, sabemos que a realidade não é bem essa. Muitas vezes plantamos amor e recebemos espinhos como recompensa. Às vezes nos dedicamos tanto a um sonho que nutrimos durante anos e nos frustramos amargamente. A amargura e a injustiça também fazem parte do casamento. Mas o que desejo chamar atenção é que o erro de um não pode disseminar nem justificar erros, pecados futuros em quem um dia foi vítima de tudo isso. Uma pessoa que tem a vida escondida em CRISTO aplica o principal elemento à vida dela: o perdão, extensão das misericórdias do SENHOR. E o segundo elemento também: não desistir jamais do casamento. Porque temos que associar sempre o casamento à relação de CRISTO com a igreja, como bem escreveu Paulo na Carta aos Efésios, quando dos deveres de maridos e esposas cristãos: “Vós, mulheres, sujeitai-vos a vosso marido, como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo. De sorte que, assim, como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seu marido. Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, para santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível” (Efésios 5:22-27). Se CRISTO não desiste de nós quando erramos, quando O desagradamos, então, assim também, não devemos desistir do cônjuge. O mesmo olhar que JESUS tem por nós quando O desagradamos (“você tem jeito, sim”), é o mesmo olhar com que devemos olhar para um cônjuge opresso.

        Observe o seguinte: o nível de opressão de um tem que levar a um nível de santidade bem maior no outro. Os dois não podem viver na mesma opressão, senão o casamento perdeu a completa importância e o fôlego de existência. Serão dois mortos espirituais, caminhando com uma cobertura de vivos. Se os dois não querem, DEUS também não vai se envolver nesse negócio. Porém, cada qual vai ser julgado pela decisão que tomar. Quando ambos desistem do casamento é um sinal claro da ação demoníaca, da aceitabilidade do erro. Quem, afinal, passaria o resto da vida sem adulterar, estando longe do marido e da esposa? E, mesmo que conseguisse, estaria correto aos olhos de DEUS viver separado da pessoa que DEUS uniu e abençoou? Querer estar separado (a), distante fisicamente falando, é estado de opressão, de falta de perdão, de impiedade, de coração duro. E, por acaso, um filho de DEUS tem alguma dessas características citadas? Um filho é conduzido segundo a vontade do PAI. Essa é a doutrina básica, inicial, que todo cristão aprende no coração, quando recebe o poder de ser chamado “filho de DEUS”. O primeiro recado que recebi de JESUS no meu novo nascimento foi: “abra mão das suas vaidades, do seu querer, mortifique o seu EU, o seu orgulho; e me siga”. Esse é o “bê-á-bá” da cartilha de DEUS para as nossas vidas.

        Mas se o seu marido ou a sua esposa está opressa, se ele ou ela quer pecar, viver separado (a) da família, como, então, agir, sem sair da presença de DEUS? DEUS dá uma ordem, através do apóstolo Paulo, as pessoas casadas que passam pela separação: “fiquem sem se casar com mais ninguém (...)” (1 Coríntios 7:11), ou seja, “não busquem envolver-se com pessoa alguma, pois você, para mim, permanece casada (o)”. DEUS sabe que o primeiro desejo de uma vida que é repudiada pelo companheiro (a) é a de achar que aquele casamento se desfez, que não há mais solução, e, assim, desejar um novo relacionamento. Essa é a primeira seta que satanás lança nos corações: a de desistir daquela história. Se a pessoa ouve e guarda esse conselho maligno no coração, estará se afastando de DEUS, perdendo a salvação da alma, tornando-se adúltera aos olhos do SENHOR (Romanos 7:2-3; 1 Coríntios 7:39). Alguém que estiver passando pelo vale da separação poderia perguntar a DEUS: “sim, e vou viver sozinha (o) por todo o tempo que me restar?” Então DEUS a (o) responde: “(...) reconcilie-se com o seu cônjuge” (1 Coríntios 7:11). “Mas, como se reconciliar com uma pessoa que afirma categoricamente que não me quer mais?” Aí entra a ação do Espírito Santo. Quando DEUS diz “reconcilie-se com ele (ou ela)”, ELE está, na verdade, mandando guardar essa fé e esse desejo no coração. DEUS também sabe que a pessoa repudiada não tem poderes de convencer o cônjuge opresso em palavras ou em ações, de fazê-lo voltar para o lar. Lidar com a realidade espiritual do outro é respeitar a vontade dele de querer estar no pecado. Respeitar não significa aceitar. Eu posso respeitar a prática pecaminosa de um grande amigo, mas não devo concordar com ela. São atitudes bem distintas. Por exemplo: uma pessoa deve respeitar o direito do outro de querer se divorciar dela, mas jamais aceitar em seu coração o estado de divorciada nem compactuar com o divórcio. Uma pessoa civilmente divorciada permanece casada para DEUS, enquanto o cônjuge viver. Sendo casada para DEUS não pode guardar no coração essa realidade que o diabo construiu na mente e no coração do outro. E como buscar a restauração do casamento sem guardar no coração uma realidade criada por satanás? Seguem algumas instruções básicas: não tirar a aliança do dedo; respeitar a liberdade do outro em se manter afastado; passar a viver de boca fechada, mantendo-se firme na fé; buscar a santificação.

        Uma maneira de respeitar a liberdade de agir da outra pessoa é ignorá-la, desfazendo todo e qualquer vínculo emocional com ela. Afinal, respeitar o que o outro faz não resulta necessariamente em caminhar ou me ligar a essa pessoa. Quem é luz do SENHOR, anda com o Espírito de DEUS, e não deve se envolver com opressão maligna da vida de ninguém, nem mesmo do cônjuge. Ele (ou ela) quer pecar? Respeite-o (a)! E para não sofrer, desvincule-se, passando apenas a orar e a jejuar por essa pessoa. Essa é a maior prova de que somos convertidos, de que praticamos o Amor de DEUS em nós: amar o outro quando ele não merece; não desistir quando vemos nada acontecer. Quando alguém chega para mim e me diz que quer seguir por determinado caminho de pecado, a única coisa que faço é mostrar-lhe que o tal caminho vai lhe trazer destruição. Se a pessoa insistir, não farei mais qualquer objeção para impedir. É caindo, sofrendo, que ela vai ver o tamanho da ferida que causou em si mesma. Há pessoas que têm por maior conselheiro a própria dor.

        Sabendo que todo caminho do pecado é enganoso, aparentemente bom e agradável para quem está nele: “HÁ CAMINHO QUE AO HOMEM PARECE DIREITO; MAS O FIM DELE SÃO CAMINHOS DE MORTE” (Provérbios 14:12). Há práticas que parecem maravilhosas e perfeitas, assim como há pessoas na igreja que parecem salvas e tementes ao Evangelho. Apenas parecem. No interior, são lobos devoradores, cujo final é a perdição, a condenação. Acaso você já leu o que está escrito em Mateus 7, versículo 15 e depois os versículos 21-23? Quem busca o pecado, uma vida dissoluta, embora, no futuro, chegue a se arrepender e a voltar para casa, vai colher as marcas do tempo em que transgrediu. É como uma pessoa que abandonou o cônjuge, não liberou perdão verdadeiro, e ainda por cima tornou-se adúltera no mundo. Nesse tempo se envolveu com outra pessoa (achando que esse caminho era bom) e engravidou (se for mulher) ou engravidou uma terceira (se for homem). A presença daquele filho, fruto da maldição do adultério, as responsabilidades com ele, tudo o que estiver ligado a esse pecado deixará marcas. DEUS perdoa pecado, quando confessado verdadeiramente e abandonado; mas as consequências permanecem. E há consequências que são irreversíveis. Lembro-me de um cidadão que se afastou da esposa, da família, e foi viver com uma mulher adúltera, com quem chegou a ter dois filhos. Adiante, desentenderam-se e se separaram. Ele, desesperado, em total opressão, desferiu tiros contra ela (pois a mesma o ameaçava na Justiça), chegando a matá-la. Em seguida, já preso, arrependeu-se de ter abandonado a esposa e a família, chorando amargamente. Creio que DEUS o perdoou, mas a vida daquela adúltera aquele homem não poderá trazer de volta. Ele só está esperando cumprir a pena, atrás das grades, para procurar novamente a esposa, pedir perdão a ela e voltar de onde jamais deveria ter saído. Filhos, despesas, assassinato e tantas coisas mais, a desobediência a DEUS causou na vida daquele homem. Tantos dissabores, ele poderia ter evitado. Mas, pela dureza do coração, preferiu seguir por caminhos que considerava direitos. Ele preferiu fechar os olhos para a advertência bíblica: “o que adultera com uma mulher é falto de entendimento; destrói a sua alma o que tal faz” (Provérbios 6:32). A esposa não poderia evitar, com a própria força, nada do que aconteceu na vida dele. O que restou a ela, sabiamente, foi orar, esperar, desvincular-se para não sofrer mais do que deveria. O momento fatídico da vida do marido foi quando ele disse ao próprio coração: “eu quero pecar!”. DEUS ouviu e se entristeceu. Satanás sorriu e tratou logo de encarcerá-lo espiritualmente. É certo que a vida pecaminosa chegou ao limite de DEUS, mas o preço pago foi altíssimo.

        A verdade é que DEUS, através do Seu Único Filho, não deseja a morte nem a destruição de ninguém, nem de família alguma. A prova é que ELE aconselha a reconciliação, o perdão, a restauração familiar. DEUS insiste para não desistirmos do milagre que ELE pode e vai fazer em nós, em nosso cônjuge e em nossa família, para que tenhamos um testemunho forte e o Nome DELE seja glorificado através de nossas vidas. Que DEUS nos abençoe!

Práticas de uma vida em santidade

Práticas de uma vida em santidade
 
"E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." - Romanos 12:2


O Apóstolo Paulo disse, no capítulo 12 da sua carta aos Romanos, que a renovação da mente tem o poder de transformar o nosso viver. Estudando a fundo suas palavras, entendemos com clareza que quando nossa mente está ocupada com outras coisas que não são as de Deus, perdemos totalmente Sua visão e, consequentemente, o desejo de andar no centro da vontade Dele abandona gradualmente nossos corações.

A exortação de Paulo aos Romanos também nos ensina uma maneira para que isso jamais aconteça na nossa vida nos dias de hoje: “... transformai-vos pela renovação da vossa mente...”.

Mas o que isso quer dizer?

Renovar a mente significa, de acordo com as Sagradas Escrituras, meditarmos constantemente Nelas. A leitura diária da Palavra de Deus tem o poder imenso de nos mostrar coisas em nossa vida que, se buscássemos somente em nossa própria consciência, jamais conseguiríamos alcançar um mudança significativa.

Esse texto nos mostra claramente uma tênue linha entre a fé emocional e a espiritual. Essa linha é, justamente, objeto deste estudo, pois ela é um estado de vida real e perigoso, onde muitos cristãos de hoje ser encontram.

A Palavra de Deus faz menção, no texto de Romanos 12, de forma muito inteligente a algo totalmente incompreensível à época em que foi escrita. Ela nos aponta à percepção de que sérios problemas humanos têm origem psicológica. Por isso, esse texto jamais perderá sua atualidade, passe o tempo que passar.

Mas como assim “origem psicológica”?

Aprendemos através da Palavra que há diversas formas de brecha que podemos dar em nossa vida para que satanás encontre uma maneira de nos derrubar. Entre elas, as mais comumente exploradas pelo diabo são: a concupiscência dos olhos, a mentira, a maledicência, a murmuração, a desonestidade, a contenda, a ira, a dificuldade em perdão e a ociosidade da mente.

Quando o escritor fala em renovação da mente, deixa claro que a ociosidade da mente é uma terrível porta aberta que dá livre acesso às investidas das hostes espirituais da maldade. Quando ocupamos nossa mente com coisas que não vêm do alto, que não são do interesse de Deus, nos distanciamos Dele, e quando nos distanciamos Dele, passamos a ocupar nossa mente com coisas que não vêm do alto, naturalmente! É, deu pra perceber que isso se torna uma roda vida.

Infelizmente essa roda vida não pára por aí. Na verdade, muito mais que uma roda vida, essa situação se torna uma bola de neve, pois à medida que ocupamos nossa mente com coisas em que o Senhor não está, nos afastamos gradativamente Dele, e à medida que nos afastamos gradativamente Dele, gradativamente também começamos a nos envolver com este mundo, e à medida que começamos a nos envolver com este mundo, começamos a perder a consciência do pecado, e à medida que começamos a perder a consciência do pecado, começamos a perder o interesse pelas coisas de Deus, pois elas se tornam muito chatas e caretas pra nós. Logo começamos a compactuar com coisas que são abomináveis diante de Deus, e começamos até a achar normais alguns desejos que, se nós ao menos parássemos pra nos perguntar o que Jesus acharia deles, não precisaríamos nem ouvir Sua resposta.

É triste pensar que tudo isso que foi hipoteticamente citado no parágrafo anterior é tido muitas vezes como “perfeitamente normal” na igreja dos dias de hoje. Quantas vezes não nos flagramos comentando “Ah, isso é normal, todo mundo da uma tropeçadinha de vez em quando”. Ta amarrado em nome de Jesus!!! O povo de Deus não pode “dar uma tropeçadinha de vez em quando” não, fora da igreja de Cristo esse pensamento diabólico!

Temos é que nos dar conta que nosso padrão de santidade anda deveras medíocre, bem como o diabo gosta, não é mesmo? Temos que nos dar conta que nossa mente anda muito poluída, é, isso mesmo POLUÍDA! “Ah irmão, como assim se eu não penso em pornografia nem nada, poluída por quê?” Por que ela anda ocupada demais com coisas que não dizem respeito a Deus, e que para Ele não passam de poluição, ora!

Será que alguns irmãos acham que Deus gosta de comer migalha, resto, o que sobra da mesa que nem o cachorro quer? É, eu acho que sim, pois a mente de muitos crentes de hoje anda lotada demais pra incluir Deus, pior que agenda de político em campanha eleitoral:

·    8hs - Ligar a TV pra ver o programa da Ana Maria Braga
·    8h30min - Café da manhã lendo o jornal, claro, por que a Bíblia de manhã cedo da muito sono
·    9hs - Tem que trabalhar, e como o trabalho corrido demais não dá tempo de orar (nem quando vai ao banheiro da pra dobrar o joelho por que eu sou cristão e matar serviço desagrada a Deus)
·    12hs - Oooooba, hora do almoço (normalmente lembra de agradecer pelo alimento lá pela penúltima garfada)
·    13hs - De volta ao trabalho e mais correria (Deus entende, né?)
·    18hs - Ida pra casa (eu até tento orar no ônibus, mas acabo dormindo de tão cansado né Senhor!)
·    19 às 22hs – Espaço reservado pras novelas da Globo (Ah tá né, não me diz que novela também é pecado, se é assim então até o meu pastor ta com o pé no inferno!)
·    23hs – Caminha, né, por que ninguém é de ferro também!

Brincando, brincando esse é o quadro real de muitos e outros tantos crentes por aí a fora! Não se dão conta que estão totalmente aprisionados, sendo jogados pra fora da comunhão com Deus! Deus não se agrada de migalhas, amados! Ele quer as primícias da nossa vida, aquilo que é mais importante pra nós, não o que resta! Não o tempinho que sobra do nosso dia, entenda isso!

É algo triste e revoltante ver a cegueira de alguns irmãos, principalmente dos que têm uma agenda parecida com a descrita acima! Não percebem que, sutilmente, satanás está conseguindo fazer exatamente aquilo que quer em suas vidas: afastá-los dos projetos grandiosos que o Senhor tem, ocupando suas mentes com coisas tão medíocres e passageiras frente àquelas que Deus reserva para aqueles que O amam!

Pelo amor de Cristo, acorda povo de Deus!!! De um basta nessa situação ridícula e tire as pilhas do controle remoto que satanás tem usado pra controlar sua vida e sua mente, meu irmão e minha irmã!

Vamos aprender com essa palavra tão atual eixada pelo apóstolo Paulo aos Romanos, e vamos renovar nossa mente na Santa Palavra de Deus. Vamos ocupar nossos pensamentos com as coisas que vêm do Alto e deixar o Senhor mortificar nossa carne para os desejos desse mundo que só encaminham para a morte!

Vida em santidade não tem segredo, não tem mistério meu querido, minha querida. Ela começa com uma mente saudável, renovada, livre do fermento desse mundo e ocupada em pensar e meditar na Santa Doutrina “...para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus!”

A quem enviarei?

A quem enviarei? 

    TEXTO: Is. 6. 8

    Introdução:

Os meus olhos procuraram os fiéis da terra. Diz o Senhor! Quem são os fiéis? Aqueles que fazem a vontade daquele que nos chamou das trevas para sua maravilhosa luz. E a sua vontade é buscar e salvar aqueles que continuam perdidos, que continuam nas trevas por nossa negligência.

    I - Deus quando nos salvou, fez um cálculo.

    Cada filho resgatará milhares e consolidará milhões. Abreviando assim o arrebatamento, serão conquistadores e consolidadores de almas e farão isso com alegria e excelência. Isso não será um fardo, pois todos eles serão gratos por terem sido tirados das trevas.

    II - Tudo o que Deus faz é perfeito. Portanto, o seu cálculo não pode dar errado.

    Nós podemos fazer aquilo que nós fomos designados a fazer.
    Se o cálculo de Deus não resultou ainda como Ele quer a culpa é minha.

    Diga: eu sou o culpado do cálculo de Deus não se concretizar em minha vida, pois não estou fazendo aquilo que eu vim fazer: conquistar e consolidar vidas.

    III - Deus volta a fazer aquela pergunta que ele fez em Is. 6: 8.

    A quem enviarei a conquistar e consolidar, quem há de ir por “nós”? Esse “nós” que o Senhor se refere eu creio que seja Deus Pai e Deus filho que não podiam vir aqui na terra fazer o que é para mim e você fazer.
    O Senhor está olhando para terra e não está achando quem Ele possa contar, como um conquistador e consolidador de excelência.
    Se todos estivéssemos fazendo como é para ser feito a estrutura de templos não agüentariam o número de pessoas.

    IV - O que nos impede ao fazer uma consolidação excelente?

    1.    O pecado oculto.
    2.    A desordem no mundo interior.
    3.    Desinteresse pelas coisas espirituais (Descaso).
    4.    Falta de amor pelas almas.
    5.    Comodismo e ociosidade.

    Estas coisas estão acabando com o ministério de muitas pessoas. Deus não chamou perdedores. Ele nos chamou para sermos mais do que vencedores em Cristo Jesus. Não importa como e quantas vezes você já errou na tentativa de ser um consolidador, o importante é que você se erga, olhe para o alvo que é a consolidação e continue a corrida cristã, pois nesta corrida a questão não é como você começa e sim como você termina (Hb. 3: 14).

    V Como fazer uma consolidação de excelência?

    Deus criou um ambiente específico para a consolidação. Para conseguirmos a excelência é preciso pagar um preço:
    1.    O preço dos relacionamentos (Lc. 14: 25-33);
    2.    O preço no sofrimento (Lc. 14: 27; 9: 23);
    3.    Renunciar a seus direitos (Lc. 14: 28-32);

    Conclusão:

Deus não deve nada a ninguém. Se você lhe der tudo o que é seu, Ele dará tudo o que é Dele. Um dos motivos pelos quais muitos de nós parece ter tão pouco de Deus é que Ele tem muito pouco de nós. Dê mais para Deus, consolide e não faça nada pela metade, pois não existem atalhos para a consolidação. É difícil e custoso. Mas as recompensas são incríveis, tanto nesta vida como na próxima!

Atitudes que levam ao fracasso

Atitudes que levam ao fracasso
 
Texto: Josué 1:1-9

Introdução:

Certa vez, um rei, mandou seus soldados colocarem um convite em praça pública para todos moradores do seu reino e dos reinos vizinhos, e quem quisesse, comparecer a uma festa incrível que seria dada no castelo.

O povo se alegrou e correram pra se preparar para a festa. Um mendigo que morava na tal cidade, ficou muito feliz, pois há muito tempo não comia decentemente, mas ao se aproximar do cartaz com o convite, seu semblante foi aos poucos se transformando em raiva... onde já se viu! gritava ele, esse rei é um patife!! esbravejou.

No final do convite, tinha uns dizeres que diziam: É obrigatório o uso de vestimentas Especiais.

O mendigo ficou extremamente irritado onde iria conseguir tais roupas? E resolveu falar com o rei.

Logicamente os guardas do palácio barraram sua entrada; e ele da porta do castelo gritava a pleno pulmões: Eu quero falar com o rei eu tenho direito, o rei é um homem que fala pelos dois cantos da boca, e tanto incomodou e tanto incomodou que os guardas sabendo que seu rei era muitíssimo sábio e bondoso resolveram falar com o rei e o rei prontamente mandou que o mendigo entrasse.

Depois que o mendigo apresentou suas razões o rei concordou com ele e disse: O que me pedes é muito justo, roupas limpas... e chamou seu filho, que prontamente atendeu o pai: Pois não meu pai. Leve esse homem ao quarto real e lhe roupas novas! Sim, meu pai.

O mendigo o acompanhou pelo castelo e sua boca estava escancarada! quanta beleza, quanta riqueza!

Chegando ao quarto real, ele era tão grande tão grande que seria capaz de se perder dentro dele de tantas roupas, uma mais linda do que a outra que o mendigo não soube escolher nenhuma, precisando que o filho do rei escolhesse uma para ele, e escolheu uma que era lindíssima!
Ao vestir-se o mendigo pegou sua trouxa de roupas sujas e rasgadas e colocou debaixo do braço e saiu. O filho do rei lhe disse: porque você não joga esses trapos fora? O mendigo respondeu: ah não! deixa assim pois quando essas roupas novas se gastarem eu posso muito bem precisar desses meus trapinhos e vou guardá-los, e saiu.

Durante a festa o mendigo, permaneceu com sua trouxa de roupas debaixo do braço e não podia se servir, nem comer direito, pois a trouxa o atrapalhava e com uma só mão era difícil de se virar, ficou tão irado, que saiu dando pontapés em tudo que tinha pela frente e sem aproveitar da festa saiu sem comer nada, sem dançar, sem participar, por causa das roupas velhas que ele não desgrudava.

Ao sair do castelo, tropeçou na trouxa de trapos e caiu do alto da escada. Uma grande multidão se pos a sua volta todos horrorizados com o ocorrido e isso chegou ate os ouvidos do rei, que se aproximou, olhou e chorou: Não precisava ser assim ele disse.....não precisava....., as roupas que eu mandei te dar, eram as mais especiais, jamais se gastariam.

O Senhor tem nos dado novas vestes, vestes que não se acabam, vestes santas... Você tem conseguido largar a sua trouxa de roupas velhas? Se ainda não largou, largue e começe a usar as roupas novas que o Senhor te dá.

Transição:

O texto básico dá as orientações para que Josué fosse bem sucedido. Ele haveria de ser vencedor se seguisse as coordenadas que Deus lhe havia dado. Diante do fato de muitos fracassarem em sua trajetória, gostaria de falar sobre atitudes que levam ao fracasso, baseado em fatos reais e bíblicos.

Tema: Atitudes que levam ao fracasso

I - Retenção de pecado no coração, “Se eu atender à iniqüidade no meu coração, o Senhor não me ouvirá” (Salmos 66:18);

- O que era para ser fácil se tornou difícil: Josué 7:2 Enviando, pois, Josué, de Jericó, alguns homens a Ai, que está junto a Bete-Áven, ao oriente de Betel, falou-lhes, dizendo: Subi e espiai a terra. Subiram, pois, aqueles homens e espiaram Ai. Josué 7:3 E voltaram a Josué e lhe disseram: Não suba todo o povo; subam uns dois ou três mil homens, a ferir Ai; não fatigueis ali todo o povo, porque são poucos os inimigos. Josué 7:4 Assim, subiram lá do povo uns três mil homens, os quais fugiram diante dos homens de Ai. Josué 7:5 Os homens de Ai feriram deles uns trinta e seis, e aos outros perseguiram desde a porta até às pedreiras, e os derrotaram na descida; e o coração do povo se derreteu e se tornou como água.

- Deus declarou a razão de tamanha incapacidade de seu povo: Josué 7:10 Então, disse o SENHOR a Josué: Levanta-te! Por que estás prostrado assim sobre o rosto? Josué 7:11 Israel pecou, e violaram a minha aliança, aquilo que eu lhes ordenara, pois tomaram das coisas condenadas, e furtaram, e dissimularam, e até debaixo da sua bagagem o puseram. Josué 7:12 Pelo que os filhos de Israel não puderam resistir aos seus inimigos; viraram as costas diante deles, porquanto Israel se fizera condenado; já não serei convosco, se não eliminardes do vosso meio a coisa roubada.

- Deus passou a receita para a cura: Josué 7:13 Dispõe-te, santifica o povo e dize: Santificai-vos para amanhã, porque assim diz o SENHOR, Deus de Israel: Há coisas condenadas no vosso meio, ó Israel; aos vossos inimigos não podereis resistir, enquanto não eliminardes do vosso meio as coisas condenadas.

- O pecado precisa ser confessado custe o que custar: Josué 7:14 Pela manhã, pois, vos chegareis, segundo as vossas tribos; e será que a tribo que o SENHOR designar por sorte se chegará, segundo as famílias; e a família que o SENHOR designar se chegará por casas; e a casa que o SENHOR designar se chegará homem por homem. Josué 7:15 Aquele que for achado com a coisa condenada será queimado, ele e tudo quanto tiver, porquanto violou a aliança do SENHOR e fez loucura em Israel.

- Todo pecado será descoberto: Josué 7:19 Então, disse Josué a Acã: Filho meu, dá glória ao SENHOR, Deus de Israel, e a ele rende louvores; e declara-me, agora, o que fizeste; não mo ocultes. Josué 7:20 Respondeu Acã a Josué e disse: Verdadeiramente, pequei contra o SENHOR, Deus de Israel, e fiz assim e assim. Josué 7:21 Quando vi entre os despojos uma boa capa babilônica, e duzentos siclos de prata, e uma barra de ouro do peso de cinqüenta siclos, cobicei-os e tomei-os; e eis que estão escondidos na terra, no meio da minha tenda, e a prata, por baixo. Josué 7:22 Então, Josué enviou mensageiros que foram correndo à tenda; e eis que tudo estava escondido nela, e a prata, por baixo. Josué 7:23 Tomaram, pois, aquelas coisas do meio da tenda, e as trouxeram a Josué e a todos os filhos de Israel, e as colocaram perante o SENHOR. Josué 7:24 Então, Josué e todo o Israel com ele tomaram Acã, filho de Zera, e a prata, e a capa, e a barra de ouro, e seus filhos, e suas filhas, e seus bois, e seus jumentos, e suas ovelhas, e sua tenda, e tudo quanto tinha e levaram-nos ao vale de Acor. Josué 7:25 Disse Josué: Por que nos conturbaste? O SENHOR, hoje, te conturbará. E todo o Israel o apedrejou; e, depois de apedrejá-los, queimou-os.

- Acã significa perturbador: Onde está o perturbador de hoje? Aquele ou aquela que, sem medir as conseqüências, vive trazendo dificuldade ao povo de Deus, a igreja. O Salmo 119:11 traz uma receita para aqueles que querem ser bênçãos em vez de maldição: “Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti”.

- Um testemunho para nos servir de lição: “Feliz aquele cujas maldades Deus perdoa e cujos pecados ele apaga! Feliz aquele que o SENHOR Deus não acusa de fazer coisas más e que não age com falsidade! Enquanto não confessei o meu pecado, eu me cansava, chorando o dia inteiro. De dia e de noite, tu me castigaste, ó Deus, e as minhas forças se acabaram como o sereno que seca no calor do verão. Então eu te confessei o meu pecado e não escondi a minha maldade. Resolvi confessar tudo a ti, e tu perdoaste todos os meus pecados. Por isso, nos momentos de angústia, todos os que são fiéis a ti devem orar. Assim, quando as grandes ondas de sofrimento vierem, não chegarão até eles. Tu és o meu esconderijo; tu me livras da aflição. Eu canto bem alto a tua salvação, pois me tens protegido.” (Salmos 32:1-7)

II - Deixar de cumprir integralmente a ordem de Deus

- A consciência da ordem e vontade de Deus: “Porém o homem de Deus disse ao rei: Ainda que me desses metade da tua casa, não iria contigo, nem comeria pão, nem beberia água neste lugar. Porque assim me ordenou o SENHOR pela sua palavra, dizendo: Não comerás pão, nem beberás água; e não voltarás pelo caminho por onde foste” (1 Reis 13:8-9).

- Até certo ponto houve fidelidade e zelo pela vontade de Deus: “E se foi por outro caminho; e não voltou pelo caminho por onde viera a Betel” (1 Reis 13:10).

- Foi tentado a descumprir a ordem de Deus por um outro colega profeta: “Morava em Betel um profeta velho; vieram seus filhos e lhe contaram tudo o que o homem de Deus fizera aquele dia em Betel; as palavras que dissera ao rei, contaram-nas a seu pai” (1 Reis 13:11). “E foi após o homem de Deus e, achando-o sentado debaixo de um carvalho, lhe disse: És tu o homem de Deus que vieste de Judá? Ele respondeu: Eu mesmo. Então, lhe disse: Vem comigo a casa e come pão” (1 Reis 13:14-15).

- A princípio ele mostrou firmeza diante da vontade de Deus: “Porém ele disse: Não posso voltar contigo, nem entrarei contigo; não comerei pão, nem beberei água contigo neste lugar. Porque me foi dito pela palavra do SENHOR: Ali, não comerás pão, nem beberás água, nem voltarás pelo caminho por que foste” (1 Reis 13:16-17).

- Veja a cilada em que caiu por ignorar a ordem de Deus:

“Tornou-lhe ele: Também eu sou profeta como tu, e um anjo me falou por ordem do SENHOR, dizendo: Faze-o voltar contigo a tua casa, para que coma pão e beba água. (Porém mentiu-lhe.) Então, voltou ele, e comeu pão em sua casa, e bebeu água. Estando eles à mesa, veio a palavra do SENHOR ao profeta que o tinha feito voltar; e clamou ao homem de Deus, que viera de Judá, dizendo: Assim diz o SENHOR: Porquanto foste rebelde à palavra do SENHOR e não guardaste o mandamento que o SENHOR, teu Deus, te mandara, antes, voltaste, e comeste pão, e bebeste água no lugar de que te dissera: Não comerás pão, nem beberás água, o teu cadáver não entrará no sepulcro de teus pais” (1 Reis 13:18-22).

- Resultado do descumprimento total da ordem de Deus: “Foi-se, pois, e um leão o encontrou no caminho e o matou; o seu cadáver estava atirado no caminho, e o jumento e o leão, parados junto ao cadáver. Eis que os homens passaram e viram o corpo lançado no caminho, como também o leão parado junto ao corpo; e vieram e o disseram na cidade onde o profeta velho habitava. Ouvindo-o o profeta que o fizera voltar do caminho, disse: É o homem de Deus, que foi rebelde à palavra do SENHOR; por isso, o SENHOR o entregou ao leão, que o despedaçou e matou, segundo a palavra que o SENHOR lhe tinha dito” (1 Reis 13:24-26).

III - Ficar ocioso em vez de guerrear

- Em plena época de guerra, Davi estava tão tranqüilo como se nada estivesse acontecendo: “Decorrido um ano, no tempo em que os reis costumam sair para a guerra, enviou Davi a Joabe, e seus servos, com ele, e a todo o Israel, que destruíram os filhos de Amom e sitiaram Rabá; porém Davi ficou em Jerusalém. Uma tarde levantou-se Davi do seu leito e andava passeando no terraço da casa real; daí viu uma mulher que estava tomando banho; era ela mui formosa” (2 Samuel 11:1-2).

- A ociosidade é perigosa, pois pode levar-nos às piores ciladas: “Davi mandou perguntar quem era. Disseram-lhe: É Bate-Seba, filha de Eliã e mulher de Urias, o heteu. Então, enviou Davi mensageiros que a trouxessem; ela veio, e ele se deitou com ela. Tendo-se ela purificado da sua imundícia, voltou para sua casa” (2 Samuel 11:3-4 ).

- As coisas pioraram para Davi: “A mulher concebeu e mandou dizer a Davi: Estou grávida” (2 Samuel 11:5 ).

- Na tentativa de encobrir seu erro tirou outro da guerra: “Então, enviou Davi mensageiros a Joabe, dizendo: Manda-me Urias, o heteu. Joabe enviou Urias a Davi. Vindo, pois, Urias a Davi, perguntou este como passava Joabe, como se achava o povo e como ia a guerra. Depois, disse Davi a Urias: Desce a tua casa e lava os pés. Saindo Urias da casa real, logo se lhe seguiu um presente do rei. Porém Urias se deitou à porta da casa real, com todos os servos do seu senhor, e não desceu para sua casa. Fizeram-no saber a Davi, dizendo: Urias não desceu a sua casa. Então, disse Davi a Urias: Não vens tu de uma jornada? Por que não desceste a tua casa? Respondeu Urias a Davi: A arca, Israel e Judá ficam em tendas; Joabe, meu senhor, e os servos de meu senhor estão acampados ao ar livre; e hei de eu entrar na minha casa, para comer e beber e para me deitar com minha mulher? Tão certo como tu vives e como vive a tua alma, não farei tal coisa” (2 Samuel 11:6-11).

- Continuou usando estratégias para encobrir seu erro: “Então, disse Davi a Urias: Demora-te aqui ainda hoje, e amanhã te despedirei. Urias, pois, ficou em Jerusalém aquele dia e o seguinte. Davi o convidou, e comeu e bebeu diante dele, e o embebedou; à tarde, saiu Urias a deitar-se na sua cama, com os servos de seu senhor; porém não desceu a sua casa” (2 Samuel 11:12-13).

- Agiu com injustiça, pois queria encobrir seu erro a todo custo: “Pela manhã, Davi escreveu uma carta a Joabe e lha mandou por mão de Urias. Escreveu na carta, dizendo: Ponde Urias na frente da maior força da peleja; e deixai-o sozinho, para que seja ferido e morra” (2 Samuel 11:14-15).

- O teu pecado te achará: “Então, disse Natã a Davi: Tu és o homem. Assim diz o SENHOR, Deus de Israel: Eu te ungi rei sobre Israel e eu te livrei das mãos de Saul; dei-te a casa de teu senhor e as mulheres de teu senhor em teus braços e também te dei a casa de Israel e de Judá; e, se isto fora pouco, eu teria acrescentado tais e tais coisas. Por que, pois, desprezaste a palavra do SENHOR, fazendo o que era mal perante ele? A Urias, o heteu, feriste à espada; e a sua mulher tomaste por mulher, depois de o matar com a espada dos filhos de Amom. Agora, pois, não se apartará a espada jamais da tua casa, porquanto me desprezaste e tomaste a mulher de Urias, o heteu, para ser tua mulher. Assim diz o SENHOR: Eis que da tua própria casa suscitarei o mal sobre ti, e tomarei tuas mulheres à tua própria vista, e as darei a teu próximo, o qual se deitará com elas, em plena luz deste sol. Porque tu o fizeste em oculto, mas eu farei isto perante todo o Israel e perante o sol” (2 Samuel 12:7-12).

- Estamos em guerra. Você já notou isso? Quem aqui estiver ocioso será responsabilizado diante de Deus, pois a obra não é nossa, mas dele. Fique sabendo que Deus não se zomba: aquilo que semear, isso colherá. “Filhos meus, não sejais negligentes, pois o SENHOR vos escolheu para estardes diante dele para o servirdes, para serdes seus ministros e queimardes incenso” (2 Crônicas 29:11).

IV - Não reconhecer a autoridade constituída por Deus

- O rebelde sempre encontra aliado em seu nível de ministério: “Falaram Miriã e Arão contra Moisés, por causa da mulher cuxita que tomara; pois tinha tomado a mulher cuxita” (Números 12:1). Queriam meter o bico numa coisa particular de seu líder.

- Quer se achar no mesmo direito de autoridade: “E disseram: Porventura, tem falado o SENHOR somente por Moisés? Não tem falado também por nós? O SENHOR o ouviu” (Números 12:2).

- Deus entra em defesa de seu servo: “Logo o SENHOR disse a Moisés, e a Arão, e a Miriã: Vós três, saí à tenda da congregação. E saíram eles três. Então, o SENHOR desceu na coluna de nuvem e se pôs à porta da tenda; depois, chamou a Arão e a Miriã, e eles se apresentaram. Então, disse: Ouvi, agora, as minhas palavras; se entre vós há profeta, eu, o SENHOR, em visão a ele, me faço conhecer ou falo com ele em sonhos. Não é assim com o meu servo Moisés, que é fiel em toda a minha casa. Boca a boca falo com ele, claramente e não por enigmas; pois ele vê a forma do SENHOR; como, pois, não temestes falar contra o meu servo, contra Moisés?” (Números 12:4-8).

- As conseqüências do pecado: “E a ira do SENHOR contra eles se acendeu; e retirou-se. A nuvem afastou-se de sobre a tenda; e eis que Miriã achou-se leprosa, branca como neve; e olhou Arão para Miriã, e eis que estava leprosa” (Números 12:9-10).

- O pecado precisa ser reconhecido e confessado, mesmo sendo revelado por Deus: “Então, disse Arão a Moisés: Ai! Senhor meu, não ponhas, te rogo, sobre nós este pecado, pois loucamente procedemos e pecamos. Ora, não seja ela como um aborto, que, saindo do ventre de sua mãe, tenha metade de sua carne já consumida” (Números 12:11-12).
- Somente o líder pode rogar a cura e a restauração para a pessoa: “Moisés clamou ao SENHOR, dizendo: Ó Deus, rogo-te que a cures” (Números 12:13).

- O atraso que a rebelião causa na obra de Deus é inevitável: “Respondeu o SENHOR a Moisés: Se seu pai lhe cuspira no rosto, não seria envergonhada por sete dias? Seja detida sete dias fora do arraial e, depois, recolhida. Assim, Miriã foi detida fora do arraial por sete dias; e o povo não partiu enquanto Miriã não foi recolhida” (Números 12:14-15).

- Uma palavra do apóstolo Paulo aos que estão a fim de ver o progresso da igreja: “Irmãos, pedimos a vocês que respeitem aqueles que trabalham entre vocês, isto é, aqueles que foram escolhidos pelo Senhor para guiá-los e ensiná-los. Tratem essas pessoas com o maior respeito e amor, por causa do trabalho que fazem. E vivam em paz uns com os outros. Pedimos a vocês, irmãos, que aconselhem com firmeza os preguiçosos, dêem coragem aos tímidos, ajudem os fracos na fé e tenham paciência com todos” (1 Ts 5:12-14).

Conclusão:

Você vai continuar sendo o mesmo de sempre com as mesmas atitudes? Se continuar com a mesma visão míope, só poderás enxergar as coisas como sendo pequenas. Mude suas atitudes e serás um vencedor. Faça o que tem que ser feito.

Ilustração: Um casal vivia a melhor fase da sua vida. Casados há dois anos e sem filhos. Acabaram de mudar para sua nova casa. Tomavam juntos o café da manhã quando a esposa olhou pela vidraça e viu o lençol da vizinha estendido: - veja isso, querido: o lençol da vizinha está sujo; ela colocou pra secar e nem lavou direito. Que relaxo! – deixe a moça, disse o marido, cada um vive como quer. No dia seguinte a cena se repetiu: - querido olha de novo: os lençóis da vizinha estão imundos; não posso acreditar que alguém possa ser tão sujo assim! Vou lá falar com ela. – Deixe a moça, querida! É a vida, e o lençol é dela; e não devemos arrumar encrencas com o vizinho. No terceiro dia a esposa vê pela vidraça e diz: - querido veja: hoje os lençóis estão perfeitos. Você falou alguma coisa pra ela? O marido, um pouco constrangido, explicou: não foi bem isso que aconteceu... sabe, querida, hoje acordei mais cedo e limpei as vidraças.

Tire a trave dos teus olhos. Busque uma mudança na sua vida e a igreja será melhor. Vista a camisa da igreja. Chame para si a responsabilidade daquilo que Deus propôs para você. “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão” (1 Coríntios 15:58).

OS QUATRO SINTOMAS DE UM CRENTE PARALÍTICO

OS QUATRO SINTOMAS DE UM CRENTE PARALÍTICO
 
Atos 9.32-35
Introdução
Lida ficava no cruzamento da estrada que ia do Egito à Babilônia. Esta cidade havia sido evangelizada por Pedro. Já no século II, uma forte igreja cristã acabou surgindo ali. Pedro referiu-se aos cristãos de Lida como “santos”. O termo acabou tornando-se sinônimo dos cristãos da Igreja Primitiva e salientou o fato de que Deus os declarou santos e justos aos seus olhos e os havia separado para os seus propósitos. É em Lida que encontramos um homem chamado Enéias, que se encontrava já há oito anos paralítico estendido numa cama. Estava imóvel, sem esperanças, sem perspectivas, apenas esperando chegar o dia de sua morte. Era levado de um lado para outro. Vivia dependente da ajuda de todos. Não podia trabalhar e muito menos produzir.

Queridos Irmãos - A paralisia é uma doença terrível. Ela confina a pessoa a uma cama, impedindo-a de andar, correr, trabalhar, se divertir, e chega até a paralisar nossos sonhos. Depois de certo tempo, começam a se formar as escaras pelo corpo. São crostas de feridas que não saram mais, e causam mau cheiro. Literalmente, a pessoa começa a apodrecer! Interessante que o nome Enéias vem do grego que significa “Glorioso”. Enéias, que deveria ter orgulho do seu nome, agora está acamado, doente e imóvel!. Uma grande ironia na sua vida!

É exatamente isso que nosso inimigo quer fazer com as pessoas. Ele é um zombador, escarnecedor e gosta de debochar das pessoas. Cada um de nós foi criado por Deus e chamado para ser vencedor e refletir a Sua glória neste mundo. Deus não nos criou para a inatividade, para a paralisia!. Ele nos projetou para crescer, romper os limites, prosperar, e frutificarmos em tudo que colocarmos nossas mãos e nossos pés!.

Amados irmãos – Fico comovido e cheio de tristeza, mas sinto dizer, que infelizmente, muitas pessoas no meio evangélico estão paralisadas como Enéias. Elas até sabem que têm decreto de vitória para sua vida, um nome no mundo espiritual, mas estão vivendo miseravelmente. São paralíticos no espírito e alma, embora não necessariamente, no físico. A estratégia do inimigo é sempre querer nos paralisar. Uma vez neutralizados, não representaremos mais ameaças a ele. Os paralíticos não conquistam e nem promovem mudanças. Vivem de forma monótona e passiva, são apáticos em relação a todos os acontecimentos que giram ao seu redor. Não tem iniciativas, planos e nem projetos.

A vida do paralítico espiritual também é marcada pela sua extrema imobilidade. Vive em estado de dormência, anestesiado, entorpecido, e em completo desânimo. É um morto vivo!.

Por isso veremos Quatro Características, que por negligência do crente, acabam afetando e abalando a sua vida espiritual. Essas quatro particularidades invadem de maneiras diferentes, desestruturando por completo a vida espiritual do crente. Quando não negamos ou rompemos de vez com esses sintomas, eles se manifestarão com o intuito de desencorajar, impedir e afastar o servo dos caminhos do Senhor.

E quem se detém por esses sinais, um dia encontrará as portas do céu fechadas.! Por isso, veremos como é o comportamento do crente que sofre de paralisia espiritual. Que possamos aprender e ficar atentos, tomando uma atitude de alerta quanto a esses sintomas.

O PRIMEIRO SINTOMA - SÓ SABE ANDAR EMPURRADO

O crente que só anda empurrado, só sabe viver na sombra dos outros e não na presença de Deus. Só se move se alguém levá-lo. Só responde a estímulos externos, não têm opinião própria, não têm personalidade. Acredita em tudo o que os outros falam. São chamados de crente “piolho”, pois só andam pela cabeça dos outros. Não refletem, só tomam decisões pela influência da maioria. Não demonstra interesse de andar nos caminhos de Deus. Rejeita os conselhos de seus líderes, e só vai à igreja por mero costume. Não tem autoridade para dar um testemunho, por isso não produz frutos. Sabe muito bem é criar problemas para o seu pastor. O crente empurrado convive diariamente com certas ilegalidades, achando que tudo é normal.

Em Gênesis, do capítulo 12 até o 19 – encontramos o maior exemplo de um crente que só sabia andar empurrado. Seu nome é Ló. Esse personagem é o tipo de crente quieto e acomodado. Em todos os lugares que Abraão andava, Ló seguia também. Só que Abraão andava com Deus, e Ló vivia na sombra de Abraão. Abraão ouvia e seguia a voz de Deus, Ló só sabia ouvir e seguir a voz de Abraão. O crente que só sabe andar empurrado se interessa mais pela sua prosperidade na terra do que pela sua salvação!.

O SEGUNDO SINTOMA – É LEVADO PELAS CIRCUNSTÂNCIAS

Se ao seu redor está tudo bem, então ele está bem; se o ambiente está em crise, ele também entra em crise. O clima é que determina seu humor, a sua alegria e o seu ânimo. Não têm forças para lutar. Fica sem reação aos ataques do inimigo, por isso se torna vulnerável! É isso que o inimigo promove para poder manipular e fazer o que quiser. Cai facilmente em engano, em qualquer conto do vigário. Tais pessoas não conseguem se firmar espiritualmente. O seu pensamento está sempre navegando por águas turvas, por isso sua visão é superficial!.

Só se importa com mesquinharias, sua ganância é maior que sua fé. Seus passos são dirigidos pelo olhar, e não pela fé. Ló era um crente assim!. Um crente que se deixava ser levado pelas circunstâncias, ou seja, pelo momento. A sua ambição sempre falava mais alto. Certa vez, ao olhar para uma campina verdejante, foi tomado pelo desejo ardente de morar naquele lugar. Era uma região onde havia abundancia de águas. Ló ficou deslumbrado com a fertilidade da terra, mas não considerou o caráter dos homens daquela cidade (Gn.19). Viu e não se importou que bem à sua frente, ficavam as pecaminosas cidades de Sodoma e Gomorra. A grande falha de Ló foi amar as vantagens pessoais, em vez de abominar a iniqüidade.

Os olhos de Ló o enganaram facilmente. Sua ganância era maior do que ter um compromisso com Deus. Resolver sua situação era mais importante que viver em santidade!. Sua visão distorcida foi traída pela circunstância, pelo lugar, e pelo momento. Crente que só olha para as circunstâncias, é ágil para cair em pecado, como também é lento para sair dele!. Foi o que aconteceu com Lò!. Caminhou em direção do pecado e da condenação (Gn.13.12-13). O crente que é levado pela circunstancia, não se importa com as aparências e nem com as escolhas.

O TERCEIRO SINTOMA – SUA ALMA É CHEIA DE FERIDAS

As escaras espirituais começam a tomar conta da alma. A inatividade faz com que tenha tempo para nutrir ressentimentos e pensamentos maus, como vingança, ódio, inveja. Tem tempo para olhar e achar os defeitos dos outros, por isso passa a criticar e julgar as pessoas. Sua alma é cheia de ódio, rancor, falsidade, e possui um forte caráter de insubmissão. Vive uma vida longe de Deus por causa de sua atitude rebelde.

Na Bíblia encontramos esse personagem. É o tipo de crente que gostava de agir exatamente assim. Seu nome: Absalão. Em II Samuel, a partir do capítulo 13 em diante, encontramos Absalão iniciando o seu declínio espiritual. Essa é a história de um homem que tinha um coração emocionalmente enfermo pelo ódio. Alimentava em sua alma um feroz pecado: destruir seu próprio pai. Nunca houve no seu coração o desejo de viver bem ao lado de seu pai. Assim é o crente cheio de feridas, não tem prazer de estar junto ao Pai Celestial.

Suas atitudes, o levaram a se distanciar de todos, e de Deus. Em momento algum Absalão sentiu pesar no coração. Não percebia o erro que estava praticando. Com o coração endurecido foi com seus homens maquinar a derrubada de seu pai na porta da cidade. Tem muitos crentes que quando o coração está cheio de feridas, a primeira coisa que procura fazer é ir para a porta da igreja para querer destruir a imagem de seus irmãos, da liderança e até de seu pastor. Está na igreja de domingo a domingo, mas o evangelho não consegue mais reviver o seu estado de paralisia espiritual. Se você está vivendo dessa maneira, Deus tem um recado para você. É simples, porém duro. Volte para Ele ou irá Morrer longe D’Ele. Deus não quer que você fique indiferente, insensível, insensato, vivendo essa vida de total paralisia espiritual.

O QUARTO SINTOMA – SÓ ANDA NA DIREÇÃO CONTRÁRIA DE DEUS

É aquele crente que acha que tudo que faz, tem aprovação de Deus. Tem a visão fosca, apagada, e limitada das coisas de Deus. Acha que não tem tanta obrigação em servir e obedecer a Deus. A paralisia já degenerou e atrofiou a sua mente pelo conformismo e com a situação que vive. Gosta mesmo é de viver uma vida espiritual passiva com tudo e com todos. Sua vida espiritual é decadente, ociosa, não conquista, não luta, não age, por isso nunca vai para frente. Não tem vontade de orar, rejeitar, ou libertar o seu estado de marasmo. Acha que os planos de Deus nem é tão bons assim para a sua vida. Crente que é salvo, tem a obrigação também de salvar!. Crente não pode ser reservado, nem tampouco se recusar em fazer a obra.

É conformado, acha normal viver uma vida espiritual rebelde e cheia de indecisão. Não se alegra mesmo tendo a visão de conquista e vitórias que Deus lhe dá. Na Bíblia achamos outro personagem. Seu nome era Jonas. Jonas foi um profeta assim. Até que um dia Deus “pegou no pé dele.” Jonas simboliza o tipo de crente que é até capaz de se “esforçar” para frustrar a vontade divina e fugir da tarefa que o Senhor lhe confiou.

Jonas foi para Nínive de má vontade. Lá a mensagem dele deu resultado. O povo se arrependeu, mas Jonas não fica muito feliz!!. Jonas é o crente que só vê o lado negativo das coisas. Quer que Deus faça tudo por ele, mas não gosta de fazer nada por Deus. Deus sempre apreciou a atitude do homem que se propõe a fazer a vontade D’Ele. Então podemos dizer que o verdadeiro servo é aquele que age, luta, produz, enfrenta, avança, conquista, e se deixa ser usado por Deus. Portanto, fuja dessa paralisia enquanto é tempo!. Não fique justificando o seu estado de “sono anestésico”, achando que uma vez salvo, salvo para sempre. Quem sabe um dia Deus poderá “pegar no seu pé” também!.

Conclusão

Há quanto tempo você está paralisado? Pedro chamou pelo nome: “Enéias, Jesus Cristo te cura”. Enéias recebeu esta palavra. Ele não duvidou. Não esperou primeiro sentir alguma coisa. Pedro renovou o decreto que estava sobre ele e a fé brotou em seu coração. Imediatamente se levantou! O decreto de Deus é maior do que a circunstância que nos prende. Por que Pedro mandou que Enéias arrumasse sua cama? Foi para despertar a fé de Enéias, de que aquela cama não mais lhe domaria!.

Os paralíticos precisam ser libertos das circunstâncias que os confinam. Enéias, que era levado pelo leito, passou a levar o leito. Se Enéias se levantou, Jesus quer te levantar também! Alguém, como Pedro, está sendo usado por Deus para lhe dar este decreto: “Levanta-te e arruma o teu leito”. Não espere algo acontecer, mas faça acontecer pela sua reposta de fé a esse decreto. Deus tem um projeto para você. Ele quer que você seja um canal da glória neste mundo. Não deixe que a paralisia espiritual lhe domine. Receba hoje o teu decreto de vitória. Os sintomas de paralisia que queriam te dominar, já foram anulados e cancelados.

Caíram por terra em nome de Jesus!.

A preguiça leva à miséria

A preguiça leva à miséria
 

Preguiça: Aversão ao trabalho; negligência, indolência, ociosidade, inatividade.


O preguiçoso envergonha os pais

As mãos preguiçosas empobrecem o homem, porém as mãos diligentes lhe trazem riqueza. - Aquele que faz a colheita no verão é filho sensato, mas aquele que dorme durante a ceifa é filho que causa vergonha.
Provérbios 10. 4,5 (nvi)

O filho sábio, que alegra a seu pai e a sua mãe (vs.1), terá, entre as suas boas características, a diligência no trabalho, de modo que possa sustentar a si mesmo, e não precise depender de seus pais. Ele terá seu próprio lar; sua própria família; seu próprio trabalho; seu próprio salário. Metafórica ou literalmente, ele colherá a sua própria colheita, tendo trabalhado arduamente durante a primavera e o verão em sua plantação. Ou talvez seja um agricultor, mas aja como fazendeiro diligente. (ati)

O preguiçoso é irritante

Como vinagre para os dentes, como fumaça para os olhos, assim é o preguiçoso para aqueles que o mandam.
Provérbios 10. 26 (arc)

Cada dia tem 24 horas repletas de oportunidades para crescer, servir e ser produtivo. Ainda assim é muito fácil desperdiçar tempo, deixando a vida escapar de nós. Rejeite a preguiça, a ociosidade e fique longe de alguém que desperdiça as horas designadas para o trabalho. Veja o tempo como um presente de Deus, e aproveite suas oportunidades para viver diligentemente para Ele. (beap)

O preguiçoso e suas desculpas

O preguiçoso diz: ?há um leão lá fora!? ?Serei morto na rua!?
Provérbios 22.13 (nvi)

Este provérbio contem a maior desculpa ?e se...? de todos os tempos. ?Se eu sair, talvez encontre um leão na rua e seja morto por ele!?. Que probabilidade haveria de alguém encontrar um leão nas ruas de uma cidade antiga? Praticamente nenhuma. Seria o mesmo que ser atropelado por um elefante nas ruas de alguma cidade hoje -possível, mas bastante improvável. Até mesmo a distante possibilidade é tudo que o preguiçoso precisa como desculpa para evitar qualquer trabalho.

Você às vezes é tentado a usar a possibilidade do perigo como desculpa para a preguiça? Em caso positivo, o que Deus desejaria que você fizesse em vez disso? (br)

O preguiçoso é desperdiçador

O preguiçoso não assará a sua caça, mas o bem precioso do homem é ser diligente.
Provérbios 12. 27 (arc)

O diligente faz um sábio uso de seus recursos materiais e de seus dons; o preguiçoso os despreza. O desperdício se tornou um estilo de vida para muitos que vivem em uma terra abundante. Não seja escravo do comodismo e não despreze o que tem. Faça bom uso e valorize tudo aquilo que Deus lhe deu! (beap)

O preguiçoso é atribulado

O caminho do preguiçoso é cheio de espinhos, mas o caminho do justo é uma estrada plana.
Provérbios 15. 19 (nvi)

O homem preguiçoso permite que os espinhos cubram o seu caminho e, assim, sente-se constantemente vexado por eles. Mas ele é por demais preguiçoso para limpar o caminho dos espinhos.

Esse versículo, além de ter a vereda do homem preguiçoso coberta de espinhos, também a apresenta como cheia de covas e armadilhas. O homem cultiva esse tipo de vida por sua inação e em breve se vê avassalado por tribulações, obstáculos e ansiedades, tudo auto-infligido. (ati)

O preguiçoso mendigará

O preguiçoso não lavrará por causa do inverno, pelo que mendigará na sega e nada receberá.
Provérbios 20. 4 (arc)

Você já deve ter ouvido advertências semelhantes a essas. Se não estudar, será reprovado no teste; se não economizar, não terá dinheiro quando precisar. Deus quer que fiquemos precavidos contra as necessidades futuras, a fim de que possamos evitá-las. Não podemos esperar que o Senhor nos resgate quando causamos nossos problemas por falta de planejamento e ação. Ele nos ajuda, mas também espera que sejamos responsáveis. (beap)

O preguiçoso morre desejando

O desejo do preguiçoso o mata, porque as suas mãos recusam-se a trabalhar.
Provérbios 21. 25 (arc)

O desejo avassalador do homem preguiçoso, que quer descanso e lazer e só deseja o caminho fácil de saída, para evitar o trabalho, finalmente o matará; por causa de sua imensa inércia, ele deixará até de comer, para, finalmente desaparecer. Vários filósofos estóicos antigos, para mostrar quão desinteressados (apáticos) se sentiam a respeito da vida, simplesmente paravam de comer e deixavam a natureza tomar o seu curso. Assim sendo, um preguiçoso apático pode seguir o caminho do suicídio. (ati)

Conclusão:

A preguiça consiste na indisposição para fazer qualquer esforço, na indolência, no ócio. A pessoa preguiçosa é um dos casos humanos mais lamentáveis que existem. Ela não se deixa inspirar por qualquer idéia; ameaças de nada adiantam para torná-la ativa. O preguiçoso não se envolve em qualquer ocupação, e olvida-se de qualquer propósito na vida. Com freqüência, o preguiçoso é apenas um parasita que pensa que outros precisam sustentá-lo. Ele se queixa quando suas acomodações não são de primeira classe, e critica a outros de egoísta quando não é servido como pensa que deveria. Quando algum trabalho precisa ser feito, ele se ausenta naquele dia. Mas, quando há qualquer festa e há alimentos gostosos em abundância, o preguiçoso está sempre presente.

Algumas pessoas preguiçosas são forçadas a trabalhar, ou pela simples pressão social, ou, então, por grave necessidade econômica. O indivíduo preguiçoso chega tarde ao trabalho; sai cedo de seu emprego; faz longas interrupções somente para tomar o cafezinho; entrega-se muito à maledicência; goza os feriados um dia antes e um dia depois dos mesmos, acaba adoecendo de tanto comer, mas fica bom miraculosamente, quando alguém fala em levá-lo a passeio; pensa que a terra é um lugar de lazer e prazer; pensa que o céu é um lugar fácil de ser obtido, porque sempre poderá aplicar o seu famoso ?jeitinho?.
O indivíduo preguiçoso nem se inspira por nada e nem inspira a outros. Paulo mostrava-se definidamente avesso à preguiça. Disse ele: ?Se alguém não quer trabalhar, também não coma? (2 Tes. 3.10). 

Conheça as dez dicas para vencer a lascívia

Conheça as dez dicas para vencer a lascívia 
 
Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus a Paz do Senhor!

Estamos apresentando nesta oportunidade um magnífico estudo bíblico sobre a santidade.
Além de explicar o significado da palavra lascívia você poderá encontrar pelo menos dez dicas para vencê-la. Vamos acompanhar!

Ora, as obras da carne são conhecidas e são: Lascívia... (Gl 5:19)

Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: ...Paixão lasciva... (Cl 3:5)

A lasciva é um pecado que geralmente passa meio que despercebido em meio à igreja, porém é listado como um dos frutos da carne em Gálatas, e, na Epistola aos Colossenses é descrito como, comum à natureza humana.

Mas, o que significa? Na prática, onde encontramos a lascívia na igreja? É comum entre os crentes?

Primeiro, a definição, segundo o Dicionário Aurélio:

Lasciva: Sensualidade; lúbrica; desregrado (Devasso, libertino); libidinagem(Relativo ao prazer sexual, ou que o sugere; voluptuoso, Que procura constantemente e sem pudor satisfações sexuais); Luxúria.

Nos dias atuais, o pecado da lascívia tem entrado na vida dos crentes de uma forma muito natural; isto devido à velha natureza pecaminosa que insiste em sobreviver (“Porque as pessoas que vivem de acordo com a natureza humana têm a sua mente controlada por essa mesma natureza.” Rm 8.5); espaços são abertos e sem a devida vigilância, o diabo, na sua grande astúcia desperta nos corações desejos contrários aos princípios determinados por Deus ao Seu povo. Nasce no íntimo à vontade de agir e ou mostrar-se à semelhança do mundo.

Paulo nos passa essa acepção da palavra quando escreve: "Os quais, tendo-se tornado insensíveis, se entregaram à dissolução" (Ef 4:19). São aqueles que perderam a capacidade de "sentir" o grau da gravidade de seu pecado. O pecado deles não os incomoda mais, e pouco lhes importa quem tome conhecimento. A Versão Revista e Atualizada usa a palavra "insensíveis".

Examinando o contexto desse texto, podemos observar expressões como: a vaidade dos pensamentos, obscurecidos de entendimento, ignorância, dureza de coração. Claramente, a pessoa não está pensando com clareza.

O discernimento entre o certo e o errado ficou escurecido e o pensamento enganoso tomou o comando. Isso no fim resultará na incapacidade de enxergar o erro. Parecerá que está bem, e aceitável ¬ "todo o mundo faz".

A palavra carrega a noção de "licença". Ela transmite a idéia de que uma pessoa dissoluta é alguém que crê ter o direito de fazer o que faz. Em Gálatas 5, Paulo levanta a questão da liberdade. "Para a liberdade foi que Cristo nos libertou" (5:1).

Mas ele adverte: "Não useis da liberdade para dar ocasião à carne" (5:13). Liberdade não é libertinagem. Liberdade implica policiar-nos ¬ restringindo-nos, controlando-nos. Não há lugar para cavalos em disparada aqui.

Propositadamente evitei fazer qualquer aplicação. Agi assim porque quis pintar um quadro o mais abrangente possível do significado dessa palavra. Claro está que sua aplicação encontra-se, sobretudo no âmbito dos pecados sexuais ou sensuais.

É conhecida pelos seus companheiros: orgias, bebedices, promiscuidade sexual (Romanos 13:13); impurezas, fornicação (2 Coríntios 12:21); concupiscências (1 Pedro 4:3). Mas não posso deixar de ressaltar que esses textos, assim como Gálatas 5, mostram pecados como contendas, ciúmes, iras, dissensões, facções, maledicências, difamações, arrogâncias, idolatrias.

Enfim, estou dizendo que a dissolução é a base de muitos pecados. A dissolução, embora seja um pecado específico, deve ser vista como uma postura que temos para com os nossos pecados ¬ sexuais ou de outra ordem. Pode ser designada como uma postura "não me importa,não quero nem saber".

O coração ciumento e a língua difamadora não encontram raízes na cegueira ilimitada no que diz respeito à culpa verdadeira desses pecados? "Se eu fizer, não é fofoca." O que semeia contenda e dissensão não tem a vaidade de pensamentos em que encontram apoio para agir como agem? Não se envergonham desse procedimento desavergonhado.

São arrogantes e voluntariosos por causa da dureza de seu entendimento. "O meu caso é justo." O que fomenta a falsa religião nem pensa em redecorar a casa de Deus. O cavalo segue solto, galopando!

É impressionante que, na tentativa de se livrarem da culpa e da vergonha, tornam-se escravos da pior espécie. Enganados e seduzidos pelos seus desejos, são como escravos do barco amarrados aos remos de seus desejos ¬ remando em direção às suas concupiscências.

Pedro fala dos falsos mestres que "proferindo palavras jactanciosas de vaidade, engodam com paixões carnais, por suas libertinagens . . . prometendo-lhes liberdade, quando eles mesmos são escravos da corrupção, pois aquele que é vencido fica escravo do vencedor" (2 Pedro 2:18-19).

Que devemos fazer? Seria de grande ajuda fazermos um estudo cuidadoso e refletido de 2 Pedro 2. Esse texto trata desse pecado mais que qualquer outro capítulo da Bíblia. Também precisamos ouvir a Pedro, quando diz que o mundo "estranham que não concorrais com eles ao mesmo excesso de devassidão".

Nossas vidas devem ser diferentes. Paulo afirma: "Já é hora de vos despertardes do sono . . . deixemos, pois, as obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz . . . Andemos dignamente . . . e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências" (Rm 13:11-14). Evitar esse pecado não acontecerá por acaso. Requer consciência, esforço concentrado de nossa parte.

E, se nos encontrarmos envolvidos nele, devemos saber que podemos ser perdoados. Arrependa-se! (2 Co 12:21)

O sexo não é mau. Deus o criou e o abençoou. Deus tornou o sexo agradável e definiu um lugar para ele, a fim de proteger sua beleza e poder — ou seja, o casamento entre um homem e uma mulher. Mas o sexo tornou-se corrompido pela queda do homem no pecado. Portanto, temos de exercer restrição e fazer guerra contra aquilo que pode nos destruir.

Posso te dar algumas formas bíblicas de resistir aos pensamentos que podem te levar a situação extremamente degradante sem que você possa perceber:

 Deus deseja que você Evite — evite, com todas as suas forças e tanto quanto possível e sensato, imagens e situações que despertam desejos impróprios. Eu disse "tanto quanto possível e sensato", porque às vezes a exposição à tentação é inevitável.

E usei os termos "desejos impróprios" porque nem todos os desejos por sexo são maus, porém se você não é casado (a) ou não é seu conjugue que está nos seus pensamentos isso é abominável ao Senhor. Conhecemos nossas fraquezas e o que provoca tais desejos. Evitar é uma estratégia bíblica. "Foge, outrossim, das paixões da mocidade.

Segue a justiça" ( 2 Tm 2.22). "Nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências" (Rm 13.14).

 Deus deseja que você diga: Não — diga "não" a todo pensamento lascivo, eu disse todo! Mesmo que para isso você precise analisar seus pensamentos de 5 em 5 segundos. Diga que não é filho (a) das trevas, diga que você não é escravo(a) do pecado e resista a estes pensamentos e diga-o com a autoridade de Jesus Cristo.

"Em nome de Jesus: Não!" Você não tem mais do que cinco segundos. Se passar mais do que esse tempo sem opor-se a tal pensamento, ele se alojará em sua mente com tanta força, a ponto de se tornar quase irremovível. Se tiver coragem, diga-o em voz alta. Vergonha não é ser tentado e todos saberem que você faz de tudo para resistir, vergonha é cair em pecado secretamente quando todos acham que você é extremante santificado (a).

Como disse John Owen: "Mate o pecado, se não ele matará você". Ataque-o imediatamente, com severidade. "Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós" (Tg 4.7).

 Deus deseja que você Volte — volte seus pensamentos à força para Cristo, como uma satisfação superior. Dizer "não" será insuficiente.

Você tem de mover-se da defesa para o ataque. Combata o fogo com fogo. Ataque as promessas do pecado com as promessas de Cristo. A Bíblia chama a lascívia de "concupiscências do engano" (Ef 4.22).

Tais concupiscências mentem. Prometem mais do que podem oferecer. Se você já caiu por causa delas sabe disso, a satisfação prometida nunca foi encontrada por você, somente o desejo de ir a um abismo pior para ver se conseguia receber a satisfação desejada pela sua carne. A Bíblia as chama de"paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância" (1 Pe 1.14).

Somente os tolos cedem a elas. "Num instante a segue, como o boi que vai ao matadouro" (Pv 7.22). O engano é vencido pela verdade.

A ignorância é derrotada pelo conhecimento. E tem de ser uma verdade gloriosa e um conhecimento formoso. Preciso de breves retratos de Cristo para me manter despertado, espiritualmente, para a sublime grandeza do Senhor Jesus.

Temos de encher nossa mente com as promessas e os deleites de Jesus. E volvermo-nos imediatamente para tais promessas e deleites, depois de havermos dito "não" aos pensamentos de lascívia.

 Deus deseja que você Mantenha — mantenha, com firmeza, a promessa e o deleite de Cristo em sua mente, até que expulsem a outra imagem. "Olhando firmemente para... Jesus" (Hb 12.2). Muitos fracassam neste ponto. Eles desistem logo.

Dizem: "Tentei expulsar a fantasia, mas não deu certo". Eu pergunto: "Por quanto tempo fizeram isso?" Quanta rigidez exerceram em sua mente? Lembre: a mente é um músculo. Você pode flexioná-la com violência. Tome o reino de Deus por esforço (Mt 11.12). Seja brutal. Mantenha diante de seus olhos a promessa de Cristo. Agarre-a. Agarre-a! Não a deixe ir embora.

Continue segurando-a. Por quanto tempo? Quanto for necessário. Lute! Por amor a Cristo, lute até vencer! Se uma porta automática estivesse para esmagar seu filho, você a seguraria com toda a sua força e gritaria por ajuda. E seguraria aquela porta ? Jesus disse que muito mais está em jogo no hábito da lascívia (Mt 5.29).

 Deus quer te ver Apreciar — aprecie uma satisfação superior. Cultive as capacidades de obter prazer em Cristo. Uma das razões porque a lascívia reina em tantas pessoas é porque Cristo não lhes é muito cativante, não é empolgante seguir e olhar para Cristo. Falhamos e somos enganados porque temos pouco deleite em Cristo.

Não diga: "Esta conversa espiritual não é para mim". Que passos você tem dado para despertar sua afeição por Cristo. Você tem lutado por encontrar gozo? Não seja fatalista. Você foi criado para valorizar a Cristo — de todo o coração — mais do que valoriza o sexo, o chocolate ou o açúcar.

Se você tem pouco desejo por Cristo, os prazeres rivais triunfarão. Peça a Deus que lhe dê a satisfação que você não tem. "Sacia-nos de manhã com a tua benignidade, para que cantemos de júbilo e nos alegremos todos os nossos dias" (Sl 90.14). E olhe para Aquele que é a pessoa mais magnificente do universo, até que você o veja da maneira como Ele realmente é, ao apreciá-lo tudo o que causa nojo nele, como a lascívia, causará também em você.

 Deus quer que você Mova – mova-se da ociosidade e de outros comportamentos vulneráveis para uma atividade útil. A lascívia cresce rapidamente no jardim da ociosidade.

Encontre algo útil para realizar, com todas as suas forças. "No zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor" (Rm 12.11); "Sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão" (1 Co 15.58). Seja abundante em atividades.

Faça alguma coisa: limpe um quarto, pregue uma tábua, escreva uma carta, conserte uma torneira, estude, trabalhe, ame as pessoas, converse, pregue o evangelho, leia a bíblia, cante louvores.

E faça tudo por amor a Jesus. Você foi criado para administrar e trabalhar. Cristo morreu para nos tornar zelosos"de boas obras" (Tt 2.14). Substitua as concupiscências e paixões enganosas por boas obras.

Infelizmente é comum vermos em algumas igrejas a manifestação deste pecado sem muitas reservas. A lascívia apresenta-se nas pessoas que levadas por sentimentos diversos deixam-se moldar pelos costumes comuns aos ímpios e lançam mão de roupas inadequadas aos servos do Eterno.

É a moda que obriga as mulheres a usarem saias curtíssimas; calças justíssimas; fazerem uso de vestidos curtos e decotes que expõe os seios e costas. É a sensualidade que se manifesta com grande intensidade.(“Portanto, usem o seu corpo para a glória dEle.” 1Co 6.20) Qual o objetivo de está na moda e usar roupas que não condiz com os ensinamentos do Senhor Deus? Com certeza, despertar no próximo uma série de sentimentos “carnais” perturbando-o, chamando para si as atenções e fazendo renascer nos corações a velha natureza.

O exemplo de Paulo deve ser observado, quando ele afirma: “Mas eu me orgulharei somente da cruz do nosso Senhor Jesus Cristo. Pois, por meio da cruz, o mundo está morto para mim, e eu estou morto para o mundo.” Gl 6.14

Se o temor a Deus não foi suficiente para coibir o uso de vestimentas inadequadas na igreja, com certeza, no dia-a-dia, na rua, trabalho e nas obrigações sociais a situação torna-se mais grave.

Geralmente é preciso apresentar-se bem e quando o Espírito Santo não está no controle (“Não vivam como vivem as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês” Rm 12.2), a carne manifesta-se com toda a sua força.

Entra em cena todo um conjunto de roupas e ações sensuais; algumas sentem satisfação em despertar no próximo à cobiça e sentimentos baixos; alegram-se com “cantadas” e insinuações maliciosas feitas por colegas; assemelha-se com os ímpios, impossibilitando visualizar o senhorio de Jesus Cristo na vida (“Mas tenham as qualidades que o Senhor Jesus Cristo tem e não procurem satisfazer os maus desejos da natureza humana de vocês.” Rm 13.14).

A lascívia também encontra lugar nos lares, na intimidade dos casais, que levados por desejos incomuns aos servos do Senhor, procuram fazer uso de diversas práticas mundanas que por sua natureza imunda, afasta o Espírito Santo da vida (“Vocês fazem parte do povo de Deus; portanto, qualquer tipo de imoralidade sexual, indecência ou cobiça não pode ser nem mesmo assunto de conversa entre vocês.” Ef 5.3; “Que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra, não com o desejo de lascívia, como os gentios que não conhecem a Deus.” 1Ts 4.4,5).

É inconcebível que o nosso agir apague o Espírito de Deus em nossa vida, porém, entre as “quatro paredes” muitos têm feito uso de fetiches, tais como: filmes pornôs; revistas de sexo; novelas eróticas; objetos; com o objetivo de despertar e satisfazer o desejo sexual, de forma antinatural.

Amados, somos chamados pelo Senhor para sermos Seus seguidores (“Porque nenhum de nós vive para si mesmo,” Rm 14.7), propriedade exclusiva do Pai(“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus.”1Pe 2:9) e esta condição de vida não nos permite dar lugar aos costumes comuns àqueles que desconhecem os princípios e não obedecem aos preceitos do Senhor (“Porque as pessoas que vivem de acordo com a natureza humana têm a sua mente controlada por essa mesma natureza.” Rm 8.5).

As nossas vestimentas, bem como, todo o nosso agir dever ser equilibrado e santo (“Vocês são filhos queridos de Deus e por isso devem ser como ele.” Ef 5.1). Não é aconselhável à mulher mostrar-se demasiadamente, porém, o uso de roupas extremamente longas desperta no próximo uma rejeição à obra de Deus, portanto, é preciso usar o bom senso e guiados pelo Espírito De Deus, vestir-se de forma adequada e santa.

É preciso que olhem para tua vida e não veja uma mulher/homem sensual, sim, que vejam a imagem do Senhor Jesus Cristo (“Assim já não sou eu quem vive, mas Cristo é quem vive em mim. E esta vida que vivo agora, eu a vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se deu a si mesmo por mim.” Gl 2.20).

Lembre-se disso: Que vejam Cristo em nossa vida diariamente.

Quanto às práticas intimas; quando há o verdadeiro amor dado por Deus entre os casais o desejo mútuo é normal, dispensando o uso de instrumentos pecaminosos e vergonhosos.

“Pelo contrário, sejam santos em tudo o que fizerem, assim como Deus, que os chamou, é santo.” 1Pe 1:15

Assim deve ser o proceder dos verdadeiros servos de Deus, santos no agir; nas conversas; nas amizades; no trabalho; no vestir-se; na intimidade sexual; no namoro e em todos os aspectos da vida.

Quando assim nos portamos, louvamos a Deus e o adoramos através de nossos atos. (“Certamente vocês sabem que são o templo de Deus e que o Espírito de Deus vive em vocês.” 1Co 3.16) Que sobre a carne esteja o controle do Espírito Santo de Deus(Vocês, porém, não vivem como manda a natureza humana, mas como o Espírito de Deus quer, se é que o Espírito de Deus vive realmente em vocês. Quem não tem o Espírito de Cristo não pertence a ele. Rm 8.9).

Estou pensando em homens e mulheres. Para os homens, isto é óbvio. É urgente a necessidade de lutar contra o bombardeamento de tentações visuais que nos levam a fixar-nos em imagens sexuais. Para as mulheres, isto é menos óbvio, porém tal necessidade se torna maior, se ampliamos o escopo da tentação de alimentar imagens ou fantasias de relacionamentos.

Quando uso a palavra “lascívia”, estou me referindo principalmente à esfera dos pensamentos, imaginações e desejos que visualizam as coisas proibidas por Deus e freqüentemente nos levam a conduta sexual errada.

Não estou dizendo que o sexo é mau. Deus o criou e o abençoou. Deus tornou o sexo agradável e definiu um lugar para ele, a fim de proteger sua beleza e poder — ou seja, o casamento entre um homem e uma mulher.

Mas o sexo tornou-se corrompido pela queda do homem no pecado. Portanto, temos de exercer restrição e fazer guerra contra aquilo que pode nos destruir. Em seguida, apresentamos algumas estratégias para lutar contra desejos errados.

Veja agora as Dez formas de vencer a Lascívia.

I. Evitar —
 evite, tanto quanto for possível e sensato, imagens e situações que despertam desejos impróprios. Eu disse “tanto quanto possível e sensato”, porque às vezes a exposição à tentação é inevitável.

E usei os termos “desejos impróprios” porque nem todos os desejos por sexo, alimento e família são maus. Sabemos quando tais desejos são impróprios, prejudiciais e estão se tornando escravizantes.

Conhecemos nossas fraquezas e o que provoca tais desejos. Evitar é uma estratégia bíblica. “Foge, outrossim, das paixões da mocidade. Segue a justiça” ( 2 Tm 2.22). “Nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências” (Rm 13.14).

II. Não — diga “não” a todo pensamento lascivo, no espaço de cinco segundos. E diga-o com a autoridade de Jesus Cristo. “Em nome de Jesus: Não!” Você não tem mais do que cinco segundos. Se passar mais do que esse tempo sem opor-se a tal pensamento, ele se alojará em sua mente com tanta força, a ponto de se tornar quase irremovível.

Se tiver coragem, diga-o em voz alta. Seja resoluto e hostil. Como disse John Owen: “Mate o pecado, se não ele matará você”.1 Ataque-o imediatamente, com severidade. “Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4.7).

III. Voltar — volte seus pensamentos forçosamente para Cristo, como uma satisfação superior. Dizer “não” será insuficiente. Você tem de mover-se da defesa para o ataque. Combata o fogo com fogo. Ataque as promessas do pecado com as promessas de Cristo.

A Bíblia chama a lascívia de “concupiscências do engano” (Ef 4.22). Tais concupiscências mentem. Prometem mais do que podem oferecer.

A Bíblia as chama de “paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância” (1 Pe 1.14). Somente os tolos cedem a elas. “Num instante a segue, como o boi que vai ao matadouro” (Pv 7.22). O engano é vencido pela verdade.

A ignorância é derrotada pelo conhecimento. E tem de ser uma verdade gloriosa e um conhecimento formoso.

Temos de encher nossa mente com as promessas e os deleites de Jesus. E volvermo-nos imediatamente para tais promessas e deleites, depois de havermos dito “não”.

IV. Manter — mantenha, com firmeza, a promessa e o deleite de Cristo em sua mente, até que expulsem a outra imagem. “Olhando firmemente para... Jesus” (Hb 12.2).

Muitos fracassam neste ponto. Eles desistem logo. Dizem: “Tentei expulsar a fantasia, mas não deu certo”. Eu lhes pergunto: “Por quanto tempo fizeram isso?” Quanta rigidez exerceram em sua mente? Lembre: a mente é um músculo. Você pode flexioná-la com violência. Tome o reino de Deus por esforço (Mt 11.12). Seja brutal.

Mantenha diante de seus olhos a promessa de Cristo. Agarre-a. Agarre-a! Não a deixe ir embora. Continue segurando-a. Por quanto tempo? Quanto for necessário. Lute! Por amor a Cristo, lute até vencer! Se uma porta automática estivesse para esmagar seu filho, você a seguraria com toda a sua força e gritaria por ajuda.

E seguraria aquela porta... seguraria... seguraria... Jesus disse que muito mais está em jogo no hábito da lascívia (Mt 5.29).

V. Apreciar — aprecie uma satisfação superior. Cultive as capacidades de obter prazer em Cristo. Uma das razões porque a lascívia reina em tantas pessoas é porque Cristo não lhes é muito cativante. Falhamos e somos enganados porque temos pouco deleite em Cristo. Não diga: “Esta conversa espiritual não é para mim”.

Que passos você tem dado para despertar sua afeição por Cristo. Você tem lutado por encontrar gozo? Não seja fatalista. Você foi criado para valorizar a Cristo — de todo o coração — mais do que valoriza o sexo, o chocolate ou o açúcar.

Se você tem pouco desejo por Cristo, os prazeres rivais triunfarão. Peça a Deus que lhe dê a satisfação que você não tem. “Sacia-nos de manhã com a tua benignidade, para que cantemos de júbilo e nos alegremos todos os nossos dias” (Sl 90.14). E olhe... olhe... e continue olhando para Aquele que é a pessoa mais magnificente do universo, até que você o veja da maneira como Ele realmente é.

VI. Mover – mova-se da ociosidade e de outros comportamentos vulneráveis para uma atividade útil. A lascívia cresce rapidamente no jardim da ociosidade. Encontre algo útil para realizar, com todas as suas forças.

“No zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor” (Rm 12.11); “Sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão” (1 Co 15.58).

Seja abundante em atividades. Faça alguma coisa: limpe um quarto, pregue uma tábua, escreva uma carta, conserte uma torneira.

E faça tudo por amor a Jesus. Você foi criado para administrar e trabalhar. Cristo morreu para nos tornar zelosos “de boas obras” (Tt 2.14). Substitua as concupiscências e paixões enganosas por boas obras.

VII. Evitar lugares que inspirem sensualidade. Uma vez livres do legalismo, cada homem ou mulher deve conhecer suas limitações e jamais provar seus limites. Temos que deixar morrer a nossa natureza terrena(Colossenses 3: 5-8); para isso, o salmista escreveu o salmo 1: “Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores”.

VIII. Escolher bem as amizades. Evitar aqueles amigos que tentam nos desviar não fazendo caso da Palavra de Deus.

IX. Se aconselhar com pessoas crentes e sábias; e não com os ímpios.

X. Elevar os nossos pensamentos a Deus. Meditar dia a dia na Sua Palavra (Salmo 1:2). Fazer nosso culto particular a Deus e encher nossos pensamentos com coisas edificantes. Em Filipenses 4:8, Paulo nos ensina em que pensar: “tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso que ocupe o vosso pensamento”.

 Mude alguns hábitos, tais como:

a) Dormir cedo, evitando assim os programas televisivos noturnos, que, via de regra, possuem conteúdo sexual;

b) não ficar muito tempo sozinho com acesso à internet[5];

b) Ocupar nosso tempo livre (isso não inclui nossa devocional) com atividades esportistas e edificantes;

d) não se envolver em qualquer tipo de conversação (Ef 5: 3-7);

f . Evitar o acesso a revistas, vídeos, programas televisivos e sites pornográficos. Essas coisas pervertem a nossa mente e gradualmente nos afasta de Deus e dos pensamentos acerca de Deus.

g. Estimular o culto doméstico. É sempre bom a família estar unida em torno da Palavra de Deus, isso pode constranger o cristão, pois vai entender que ao pecar, está novamente crucificando o Filho de Deus.

Poderíamos colocar aqui muitas outras formas para ajudar a cada um a fugir da pornografia, mas o mais importante de tudo, muito além de se colocar regras e estabelecer limites, é deixar muito claro que a raiz do problema não é nenhum desses fatores externos, mas o próprio coração do homem, que é depravado e descomprometido com Deus, o Criador de todas as coisas; mas o antídoto é a crença no poder do evangelho de Cristo, que pode e muda o nosso caráter, imprimindo em nós uma nova natureza, essa, regenerada e capaz, pela graça de Deus, de dizer não ao pecado.

Que todos nós possamos dar ouvidos à voz de Deus e buscar a santidade oferecida no Seu sangue. Para encerrar, deixamos o texto de II Coríntios 7:1 que diz: “tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus”.

Que Ele nos ajude a não apenas repudiar, mas, entendendo os perigos que a pornografia nos proporciona, abandonar não apenas o mal, mas até mesmo a aparência do mal.

Que Deus nos abençoe e nos guarde no seu grandioso amor, em nome de Jesus, amém!