segunda-feira, 30 de maio de 2016

Restauração

Restauração
 Texto básico: João 21: 1-19.
   Depois disto, tornou Jesus a manifestar-se aos discípulos junto do mar de Tiberíades; e foi assim que ele se manifestou: estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, Natanael, que era de Caná da Galiléia, os filhos de Zebedeu e mais dois dos seus discípulos. Disse-lhes Simão Pedro: Vou pescar. Disseram-lhe os outros: Também nós vamos contigo. Saíram, e entraram no barco, e, naquela noite, nada apanharam. Mas, ao clarear da madrugada, estava Jesus na praia; todavia, os discípulos não reconheceram que era ele.   Perguntou-lhes Jesus: Filhos, tendes aí alguma coisa de comer? Responderam-lhe: Não. Então, lhes disse: Lançai a rede à direita do barco e achareis. Assim fizeram e já não podiam puxar a rede, tão grande era a quantidade de peixes. Aquele discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: É o Senhor! Simão Pedro, ouvindo que era o Senhor, cingiu-se com sua veste, porque se havia despido, e lançou-se ao mar; mas os outros discípulos vieram no barquinho puxando a rede com os peixes; porque não estavam distantes da terra senão quase duzentos côvados.   Ao saltarem em terra, viram ali umas brasas e, em cima, peixes; e havia também pão. Disse-lhes Jesus: Trazei alguns dos peixes que acabastes de apanhar. Simão Pedro entrou no barco e arrastou a rede para a terra, cheia de cento e cinqüenta e três grandes peixes; e, não obstante serem tantos, a rede não se rompeu. Disse-lhes Jesus: Vinde, comei. Nenhum dos discípulos ousava perguntar-lhe: Quem és tu? Porque sabiam que era o Senhor.   Veio Jesus, tomou o pão, e lhes deu, e, de igual modo, o peixe. E já era esta a terceira vez que Jesus se manifestava aos discípulos, depois de ressuscitado dentre os mortos.   Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes outros? Ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Ele lhe disse: Apascenta os meus cordeiros.   Tornou a perguntar-lhe pela segunda vez: Simão, filho de João, tu me amas? Ele lhe respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Pastoreia as minhas ovelhas. Pela terceira vez Jesus lhe perguntou: Simão, filho de João, tu me amas? Pedro entristeceu-se por ele lhe ter dito, pela terceira vez:Tu me amas? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas, tu sabes que eu te amo. Jesus lhe disse: Apascenta as minhas ovelhas. Em verdade, em verdade te digo que, quando eras mais moço, tu te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias; quando, porém, fores velho, estenderás as mãos, e outro te cingirá e te levará para onde não queres.   Disse isto para significar com que gênero de morte Pedro havia de glorificar a Deus. Depois de assim falar, acrescentou-lhe: Segue-me. (João 21:1-19 RA) 
Amados, a obra do Senhor é sempre completa, Ele nunca deixa de terminar a obra que iniciou. 
Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus. (Filipenses 1:6 RA) 
Segundo o Dicionário Aurélio, restaurar é refazer ou consertar o que foi quebrado, renovando o que foi estragado, tornando-o a deixar como estava no princípio. Para que isso ocorra é necessário encontrar as origens das causas, pois se combatermos tão somente os efeitos, estaremos sempre que tendo que restaurar.
A restauração completa deve começar de dentro para fora, precisamos adentrar nas raízes de nosso caráter, para então partirmos para o que é exterior.
O coração tem de ser restaurado assim como a consciência. O que muitas vezes ocorre é que, embora a consciência seja perfeitamente limpa quanto a certos atos, as raízes de onde esses atos brotam não foram alcançadas ainda. Os atos são vistos no exterior da vida diária, mas as raízes são ocultadas bem no fundo do coração. Elas podem ser desconhecidas para nós mesmos e para outras pessoas, mas estão totalmente desveladas aos olhos d’Aquele com quem temos de prestar contas.
Essas raízes devem ser alcançadas, expostas e julgadas; isso é necessário antes que o coração se encontre numa condição reta aos olhos de Deus.
Essa raiz tinha que ser exposta. Por isso, depois de terem comido, o Senhor disse a Pedro: “Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que estes outros?” (João 21.15). Esta era uma pergunta oportuna e ela foi bater no fundo do coração de Pedro. Três vezes ele havia negado o Seu Senhor e agora por três vezes o Senhor desafia o seu coração – porque a raiz precisa ser alcançada, caso se tenha em vista algum resultado bom e permanente.
Não adianta simplesmente ter a consciência purificada dos efeitos produzidos na vida prática. É necessário que também se faça o julgamento moral daquilo que os produziu. Isto não é suficientemente compreendido e tomado em consideração, e é por isso que as raízes estão sempre brotando novamente, dando os seus frutos com crescente poder. Isto nos dá a mais amarga e penosa obra, que poderia ser toda evitada se as raízes das coisas fossem julgadas e mantidas sob julgamento.
Conhecemos nossas raízes? Sem dúvida que é difícil, muito difícil conhecê-las. Elas são profundas e numerosas: orgulho, vaidade pessoal, cobiça, irritabilidade, ambição. Essas são algumas das raízes do caráter, a origem da motivação das ações sobre as quais uma censura apropriada deve ser praticada. Devemos deixar a natureza saber que o olho juízo próprio está continuamente sobre ela. Temos de continuar com a luta sem interrupção. Talvez ocasionalmente tenhamos de lamentar algum fracasso, mas precisamos manter a luta, porque a luta é um sinal de vida. Precisamos recordar a realidade dos fatos: nenhuma coisa boa habita na carne. Que Deus o Espírito Santo nos fortaleça para esta vigilância contra a carne.
Durante o ministério de Jesus, Pedro demonstrara um caráter humano muito forte, ainda o velho homem o dominava e ele se deixava levar pelas emoções, sempre deixando transparecer o seu amor humano pelo Seu Senhor. Ele sempre se opunha ao sofrimento de seu mestre. 
Desde esse tempo, começou Jesus Cristo a mostrar a seus discípulos que lhe era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitado no terceiro dia. E Pedro, chamando-o à parte, começou a reprová-lo, dizendo: Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá. Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens. (Mateus 16: 21-23 RA)
Então, Simão Pedro puxou da espada que trazia e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita; e o nome do servo era Malco. Mas Jesus disse a Pedro: Mete a espada na bainha; não beberei, porventura, o cálice que o Pai me deu? (João 18: 10-11 RA).
Depois, deitou água na bacia e passou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido.Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, e este lhe disse: Senhor, tu me lavas os pés a mim?   Respondeu-lhe Jesus: O que eu faço não o sabes agora; compreendê-lo-ás depois. Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu não te lavar, não tens parte comigo. Então, Pedro lhe pediu: Senhor, não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça. (João 13:5-9 RA). 
Pedro tinha um caráter humanitário muito forte e demonstrava isso em suas atitudes: 
Então, Jesus lhes disse: Esta noite, todos vós vos escandalizareis comigo; porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho ficarão dispersas. Mas, depois da minha ressurreição, irei adiante de vós para a Galiléia. Disse-lhe Pedro: Ainda que venhas a ser um tropeço para todos, nunca o serás para mim.   Replicou-lhe Jesus: Em verdade te digo que, nesta mesma noite, antes que o galo cante, tu me negarás três vezes.   Disse-lhe Pedro: Ainda que me seja necessário morrer contigo, de nenhum modo te negarei. E todos os discípulos disseram o mesmo. (Mateus 26: 31-35 RA). 
Pedro ainda não conseguia entender a amplitude do Amor de Deus. Ele já tivera muitas experiências em que Jesus demonstrara esse tipo de Amor. O Olhar penetrante de Jesus compadecendo-se de Pedro. 
Então, voltando-se o Senhor, fixou os olhos em Pedro, e Pedro se lembrou da Palavra do Senhor, como lhe dissera: Hoje, três vezes me negarás, antes de cantar o galo. (Lucas 22:61 RA). 
Por isso ele chorou amargamente. 
Então, Pedro se lembrou da Palavra que Jesus lhe dissera: Antes que o galo cante, tu me negarás três vezes. E, saindo dali, chorou amargamente. (Mateus 26:75 RA). 
Ele sentira o impacto do túmulo vazio. 
Tais palavras lhes pareciam um como delírio, e não acreditaram nelas. Pedro, porém, levantando-se, correu ao sepulcro. E, abaixando-se, nada mais viu, senão os lençóis de linho; e retirou-se para casa, maravilhado do que havia acontecido.(Lucas 24: 11-12 RA) 
Ouvira o recado especial de Cristo. 
Mas ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que ele vai adiante de vós para a Galiléia; lá o vereis, como ele vos disse. (Marcos 16:7 RA) 
Apesar de ter visto todas as maravilhas que o Senhor Jesus operou diante de seus olhos, ele ainda estava no velho homem e era dominado por ele. Ainda não conseguia entender a profundidade do amor de Deus.
Se atentarmos (para o que nos relata os versículos de João 21: 15-17), onde podemos ver a restauração que o Senhor ia operar em Pedro, veremos que nosversículos 15 a 17 é usada a palavra amor, se formos para o texto original em grego a palavra usada por Jesus nos versos 15 e 16 é άγαπας, que representa o Amor sublime de Deus, ao qual Pedro responde com o amor (φιλεο), fraternal, devocional, humano. Entretanto quando Jesus lhe faz a pergunta usando o amor(φιλεο), então Pedro agora entende a que tipo de amor Ele se refere, e reconhece que só o Senhor Jesus podia amar dessa forma, por ser Ele a essência desse Amor.
Ainda a pouco mostrara o quanto ainda vivia no velho Pedro, dispondo-se a voltar à sua antiga profissão de pescador. Foi Preciso o Senhor Jesus mostrar-lhe que já não lhe era possível voltar a ser um simples pescador, pois, apesar de ser um profissional nada conseguira apanhar nas redes!
Pedro negara a Jesus três vezes: primeiro que estivera com sua presença física, depois que o conhecia e depois negou ser dele. Negando de corpo, alma e espírito; por isso precisava ser restaurado triplamente, para poder ser comissionado a apascentar os cordeiros (dar alimento aos pequeninos), pastorear e apascentar as ovelhas. Só pode apascentar quem é totalmente obediente e coloca o Amor de Deus em primeiro lugar, acima do amor próprio ou do amor que dá ou recebe de alguém. Esse é o amor expresso na integridade do ser, acima do amor que pode devotar a alguém, o Amor verdadeiro que incomoda quem não ama verdadeiramente.
Pedro recebe esse comissionamento do Senhor e o revestimento do Espírito Santo e então se torna apto a sentir esse tipo de Amor! 
A Igreja hoje também precisa ser restaurada. Tudo precisa ser como no princípio e o tempo da restauração se aproxima. Jesus está voltando e restaurará todas as coisas. 
ao qual é necessário que o céu receba até aos tempos da restauração de todas as coisas, de que Deus falou por boca dos seus santos profetas desde a antiguidade.(Atos 3:21 RA) 
 
 
Maranata! Ora vem Senhor Jesus!

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