segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Fidelidade em Tempos de Crise

Fidelidade em Tempos de Crise

Texto Áureo

“Se te mostrares fraco no dia da angústia, é que a tua força é pequena.” Pv. 24:10

Verdade Aplicada

Inevitavelmente, todo ser humano poderá ser visitado por manifestações súbitas, seja no plano físico, psicológico ou espiritual, que demandará dele uma fé além das palavras.

Objetivos da Lição

Desfazer o falso pensamento de que o justo não enfrenta crises e contratempos;
Compreender que por mais que coisas ruins afluam contra o justo, no fim tudo dará certo;
Instruir como agir e como reagir às vicissitudes existenciais da vida.


Textos de Referência

Jó 1:17-20

Esboço da Lição


Introdução

A Palavra de Deus deixa claro que não há quem escape das perplexidades desta vida (Jo 16:33). Mesmo os mais abnegados e dedicados servos de Deus enfrentam crises e contratempos (Sl 55:1-6). Nesta lição, Jó nos servirá como arquétipo de fidelidade. Aprenderemos pela sua experiência avassaladora que os justos, mesmo inseridos em situações de crise, devem manter-se fiéis ao Senhor (Jó 1:22; Hc 3:17 e 18).


1. Fiel, ainda que os relacionamentos estejam afetados.

A Fé deve triunfar sobre todas as questões da vida. A existência humana é composta de relacionamentos interpessoais nos quais poderemos sofrer acusações ou mesmo indiferenças daqueles que fazem parte de nosso círculo mais íntimo.

1.1 A intolerância dos familiares.

Nas situações mais críticas da vida, o que menos precisamos é de alguém que agrave nossa angústia. Nesses momentos, a família deve se tornar o nosso “chão”; mas nem sempre isso acontece, como foi o caso de Jó. Seu lar, o mundo de seus afagos, estava afetado. Mesmo em sua fidelidade, diante dos trágicos acontecimentos ele não encontrou na esposa a palavra que tanto precisava naquele período crítico de sua vida, mas, ainda assim, ele se manteve fiel (Jó 2.8-10; 19.14ª). Seu exemplo inspira a mantermos inarredáveis em nossa fidelidade a Deus. Mesmo quando não encontramos no seio de nossa família o tão esperado apoio. As Escrituras nos revelam que até mesmo Jesus, nossa maior inspiração, sofreu incompreensões de Seus familiares (Mc 3.31, 32).

1.2 As acusações dos amigos.

Uma das lições que aprendemos, quando inseridos nas adversidades, é identificar quem são nossos verdadeiros amigos (Pv 17.17). John C. Collins afirmou que “na prosperidade, nossos amigos nos conhece; na adversidade, nós conhecemos nossos amigos.” Quando os amigos de Jó souberam de sua calamidade foram até ele, em tese para consolá-lo (Jó 2.11-13). A partir do capítulo 3, com uma teologia equivocada, os amigos de Jó começaram a acusá-lo dizendo que o seu sofrimento era reflexo de seus pecados. Jó foi acusado de mentiroso, hipócrita e culpado pela morte de seus filhos (Jó 16.10). Porém, mesmo diante das zombarias, dos desprezos e das acusações, Jó se manteve íntegro.

1.3 O desprezo dos circunstantes.

De respeitado e honrado a desprezado e zombado pela sociedade (Jó 17.2). Essa era a situação de Jó quando inserido na crise aflitiva (Jó 29.7-11). Tamanha era a desolação, que Jó sentia-se como um animal de hábitos noturnos que vivia no deserto em solidão (Jó 30.29). A calamidade de Jó tornara-se assunto de alegria e brincadeira (Jó 17.6; 30.9; Sl 69.12). A perda da prosperidade acarretou a perda dessas homenagens. Aquele que foi lisonjeado em riqueza e sucesso foi cruelmente desprezado no momento da adversidade (Jó 30.1-10). Compreende-se que a vida social de Jó foi afetada quando tudo passou a dar errado no plano horizontal, isto é, entre os homens. Entretanto, mesmo desolado e em meio aos contratempos, no plano vertical ele se manteve fiel ao Senhor, Seu Deus.
Uma constatação na vida cristã é que, em muitos casos, a fidelidade a Deus acarreta em intolerância das pessoas, mesmo aquelas mais íntimas (Mt 10.35). Esse sofrimento não é uma exclusividade de Jó. Muitos, quando mais precisam de um consolo, enfrentam dedos em riste para acusa-los de infidelidade. Contudo, o que mais importa é a consciência tranquila diante de Deus. Assim como o caso de Jó, todo aquele que se encontra sob acusação e desprezo, encontrará em Deus a segurança suficiente (Jó 17.3).


2. Fiel, ainda que as perdas pareçam irreparáveis.

A rapidez e imprevisibilidade de acontecimentos na vida de Jó somente evidenciam como as coisas dessa temporalidade são transitórias. O dia de festa transformou-se em dia de luto. Precisamos saber como enfrentar:

2.1 A separação das pessoas que amamos.

Por mais dolorosa que seja, a morte é uma realidade e, paradoxalmente, é diante da perda que nosso coração tende a ficar melhor (Ec 7.1-3). Todos nós teremos que conviver com essa certeza até que Jesus a descontinue, pois na eternidade com Cristo não haverá mais cortejos fúnebres nem separações (Ap 21.4). Vale a pena nos manter fiéis a Deus, ainda que com os olhos lacrimejando pelas perdas irreparáveis, pois o nosso choro não pode ser o fim da fé, nem o fim da esperança (1Ts 4.13). O próprio Jesus diante da momentânea perda de Lázaro, embora soubesse que iria ressuscitá-lo, não se conteve e chorou (Jo 11.35-44). Jó não foi o único que enfrentou a perda das pessoas que amava. Muitos neste momento poderão estar com os corações dilacerados pela lacuna deixada por alguém que se foi, mas, assim como Jó, devemos sempre nos manter fiéis, pois aquele que deu a vida tem o direito de reavê-la (1Sm 2.6).

2.2 A perda de bens materiais.

Ao enfrentar a realidade da perda de seus bens, Jó se apegou às realidades espirituais e, portanto, não titubeou em sua fé (Jó 13.15). Sua fidelidade não repousava sobre o que Deus faz neste ou naquele momento, mas repousava sobre o que Ele é em todos os momentos. Assim, a efemeridade das propriedades terrenas, bem como a durabilidade das realidades espirituais ficam demonstradas no perpassar do livro. Somente um coração centrado em Deus e em Seus princípios, como era o de Jó, poderá suplantar todos os sentimentos de incredulidade em tempos inesperadamente desfavoráveis (Jó 2.21; Hc 3.17-19).

2.3 A irrefutável realidade das enfermidades.

Não há com o negar que, devido ao pecado, a humanidade está sujeita a todo tipo de males (Gn 3.16-19). Ninguém está livre de ser acometido pelas doenças e enfermidades (Rm 3.23). Todavia, é nessas situações que a verdadeira natureza da fé é aferida (Jó 2.4-6). Como se não bastasse o estado psicológico fragilizado em que estava, Jó agora viu seu estado físico sendo atingido violentamente e sua saúde se esvaindo (Jó 2.7, 8). É no contexto das angústias que se revelará a força ou fraqueza do cristão, se é fiel ou infiel (Pv 24.10). Jó, a despeito de sua dor e sofrimento, sabia que Deus continuava lhe assistindo e defendendo (Jó 16.19). Mesmo nos momentos de maior intensidade de sua dor, Jó permaneceu fiel (Jó 2.10). O livro de Jó nos ensina que o diagnóstico, por mais irrefutável que pareça, não pode contraditar o amor e assistência divina (Sl 46.1).
Paulo asseverou que se nossa esperança for tão somente para esta vida, somos os mais miseráveis dos homens (1Co 15.19). É consolador saber que se tudo nesta vida falhar, as promessas de Deus não falharão (Jó 19.25; 2Co 1.21). Nada poderá nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus (Rm 8.35-39). Portanto, quando acometidos por alguma enfermidade, encontramos em Jó a inspiração para permanecermos inarredáveis em nossa fidelidade a Deus, sabedores que a recompensa virá (Jó 42.10-12).


3. Como manter-se fiel mesmo ante as instabilidades da vida.

Nem sempre é fácil compreender o agir de Deus, mas o discernimento da Sua Palavra e a convicção de que Deus sempre quer o melhor para nós nos manterão estáveis frente às vicissitudes da vida.

3.1 Manter as convicções estabelecidas.

Embora a palavra “fé” não apareça no livro de Jó, ela transparece na vida e no comportamento dele ante a crise que se instalara em sua vida (HB 11.1). Suas convicções sobre Deus e Sua bondade não foram estremecidas (Jó 19.23). Jó nos ensina que, onde a sabedoria de Deus se manifesta como incógnita, o único caminho a ser seguido é o da fé (Hb 11.6). Assim, apre4ndemos que a teologia de um homem influenciará em sua vida, pois as convicções espirituais são as raízes de todas as outras. O que quer que um homem pense sobre Deus e sobre sua fé moldará o seu caráter e delineará o seu destino. Apesar dos pesares, a fé de Jó ancorava em Deus (Jó 13.14-16).

3.2 Não aplicar a teologia da causa e efeito na vida.

Entende-se pelas Escrituras que o sofrimento tenha como causa primária o pecado, todavia, nem todo sofrimento tem como causa imediata o pecado (Gn 3.15-19); Jo 9.1-3). A teologia da causa e efeito transfere a fixidez do mundo físico para o mundo espiritual. Para muitos, o sofrimento é reflexo da ausência de Deus na vida e, consequentemente, pecado oculto. Essa era a mentalidade teológica de Elifaz, Bildade, Zofar e de Eliú (Jó 4.7, 8; 22.5). A fé de Jó não foi abalada porque ele sabia que tragédias podem acometer também a quem conhece a Deus.

3.3 Compreender a soberania divina.

Jó não atribui ao Diabo a causa de suas aflições, como muitos costumam fazer. A certeza da soberania divina deu-lhe serenidade para adorá-Lo no dia da perplexidade (Jó 1.20; Hc 3.17, 18). Ele tinha a consciência que a vontade divina, que é soberana, determina a nossa vinda e nossa ida neste curto período de vida (Jó 1.21; Ec 3.2). Não são poucos os que inseridos na adversidade têm dificuldade de conciliar a bondade com a onipotência de Deus. Indagam: “Se Deus é bom e pode todas as coisas, porque estou sofrendo?” C.S. Lewis, em seu livro “O problema do sofrimento”, nos fala como é difícil, ou até mesmo impossível, saber com certeza o que é bom ou mau nesta vida (Is 55.8, 9).
Jó, José, Davi, Daniel, Paulo, os heróis anônimos de Hebreus e muitos outros, apesar de serem fiéis ao Senhor, foram visitados pelo inesperado e não foram poupados dos sofrimentos. Eram ungidos de Deus, mas também foram afligidos de Deus (Sl 119.67; Dn 6.16: 2Co 11.23-27; Hb 11.35-39). Assim, percebe-se que a experiência humana nos deixa registros de fatos que a princípio causaram sofrimento, mas que sucederam-se bem (Gn 50.20); e de fatos que primeiramente causaram comodidade, mas que por fim produziram males. “Portanto, viver assim demandará de nós discernimento, fidelidade e confiança na soberania divina. Habacuque, quando em crise, disse: “[...] o justo viverá pela sua fidelidade” (Hc 2.4, NVI).


Conclusão

A simultaneidade de acontecimentos trágicos que sobreveio na vida de Jó não o tornou uma pessoa amarga. Ele foi vítima das incompreensões, sofreu grandes prejuízos e ainda assim não perdeu a amabilidade com o próximo e mostrou-se fiel a Deus (Jó 42.10; 1.22). Todo aquele desencadear de aflições que sucedeu em sua vida serviu-lhe de prova e aperfeiçoamento. Jó saiu da crise mais fortalecido, mais lúcido sobre Deus e sobre si mesmo (Jó 42.5, 6). Mesmo fora das fronteiras da compreensão e do amor fraternal dos parentes, amigos e conhecidos, Jó sabia com quem podia contar: Deus.

OLHE PARA A VIDA DE JÓ: DEUS ESTÁ PROVANDO A TUA FÉ!

OLHE PARA A VIDA DE JÓ: DEUS ESTÁ PROVANDO A TUA FÉ! 

“Em tudo isso Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma” (Jó 1:22).

        A vida de Jó serve-nos de exemplo para as muitas provas que atravessamos nos dias atuais. Embora a Bíblia afirme, no princípio do livro, que Jó “era maior que todos do Oriente” (Jó 1:3), o que ele veio a passar depois disso, foram dias de grande e incalculável sofrimento. Tanto que, se fôssemos atribuir um título para o livro de sua vida, dos sofrimentos desse homem, talvez o que mais se aproximasse da realidade dele fosse “Livro das Provações”. Pois, no Antigo Testamento, não consigo enxergar outro que tenha passado por tão duras situações como Jó passou. Ele foi provado por DEUS em seus limites, foi machucado, amassado, esteve à beira da morte, mas resistiu a tudo com fé e perseverança: “em tudo isso, Jó não pecou nem atribuiu a Deus falta alguma”. Um “ai, meu Deus” não ecoou da sua boca. Jó suportou tudo, todo o sofrimento, sustentando a fé em um DEUS que era o centro da sua vida: “Não veio sobre vós tentação, senão humana. E fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis resistir, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar” (1 Coríntios 10:13). Parece que o apóstolo Paulo, ao escrever esse versículo, não só estava olhando para si próprio, para os dissabores que atravessava, como também exortou os cristãos em Corinto a olharem para a vida de Jó. É nela que, muitos anos depois, devemos nos espelhar...

        A trajetória desse homem de DEUS inspira lições importantes para a nossa vida. Apesar de ser um livro considerado poético, a existência de Jó é inquestionável e reconhecida pelos estudiosos. Jó existiu. Basta que leiamos o que está escrito em Ezequiel para termos essa certeza: “Ainda que estivessem no meio dela estes três homens, Noé, Daniel e Jó, eles pela sua justiça salvariam apenas sua própria vida” (14:14). Se duvidarmos da existência de Jó, teremos que fazer o mesmo em relação a Noé e Daniel. E além de Jó ter existido, venceu todas as provações pelas quais foi submetido.

        O começo dessa história todos já conhecem: satanás entra na presença de DEUS sem ser convidado e, a partir dali, estabelece-se um diálogo entre ambos:

“Disse o Senhor a satanás:

- de onde vens?
Respondeu satanás:
- de rodear e passear por ela.
Então disse o Senhor a satanás:
- observaste a meu servo Jó? Não há ninguém na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, que teme a Deus e se desvia do mal.
Respondeu satanás ao Senhor:

- teme Jó a Deus em vão! Acaso não O tens protegido de todos os lados a ele, a sua casa e a tudo o que tem? A obra das suas mãos abençoaste, e os seus bens se multiplicaram na terra. Mas estende a tua mão, e toca-lhe em tudo o que tem, e ele certamente blasfemará de ti na tua face!
Disse o Senhor a satanás:
- muito bem, tudo o que ele tem está no teu poder, mas somente contra ele não estenderás a mão (...)” (Jó 1:7-12).

        Desse instante em diante, o escritor narra que satanás saiu da presença de DEUS para executar o seu intento maligno. Afinal, DEUS havia aceitado o desafio feito por satanás e o autorizado a tirar tudo o que, segundo satanás, fazia com que Jó ainda permanecesse de pé na presença de DEUS. Jó foi vítima da sua própria fidelidade a DEUS. E Nosso SENHOR (usando uma expressão bem popular em nossos dias) colocou as Suas mãos na fogueira, confiando de que Jó, mesmo perdendo tudo, não abandonaria a sua fé. DEUS queria saber, em outras palavras, se a fé do Seu servo era forte e segura por causa somente das grandes riquezas que possuía. E essas riquezas não eram apenas bens materiais, mas envolvia também uma outra bem maior: sua família.

        E satanás se incomodou tanto com Jó, a ponto de entrar na presença de DEUS, porque, certamente, Jó zelava pela família dele. Seus filhos viviam entregues ao pecado, talvez gostassem de farras, prostituição e coisas parecidas. Assim Jó imaginava. Por isso, orava continuamente, santificando-os na presença do SENHOR. E o sofrimento de Jó tem início no exato instante em que seus filhos se divertiam em um daqueles banquetes. Primeiramente, os bois e as jumentas foram mortos à espada pelos sabeus. Em seguida, caiu fogo do céu, queimando suas ovelhas e seus empregados. Depois os camelos, mais servos e, por fim, sobreveio uma grande tempestade da banda do deserto sobre a casa, culminando com a vida de todos os seus filhos. Só lhe restaram a saúde e a esposa. Uma sequência de desastres invadiu a vida de Jó de uma hora para outra. Mas como poderia isso ter acontecido, se ele era um homem íntegro, reto, que temia a DEUS e se desviava do mal? Como tal tragédia poderia vir a existir? Talvez fossem essas as perguntas que saltavam da mente da sua esposa: “O Deus a quem tu serves só pode ser extremamente injusto”.

        A primeira atitude que Jó teve após receber as tristes notícias foi a de se levantar, rasgar as suas vestes, rapar a cabeça, lançar-se em terra, humilhado, para adorar ao Nome do SENHOR. DEUS então nesse momento abre-lhe um sorriso de satisfação, de quem as atitudes sinceras de Jó não eram mesmo atribuídas às suas riquezas. DEUS se alegrou imensamente. Observe a breve oração que Jó fez a DEUS de todo o coração: “Nu saí do ventre da minha mãe, e nu tornarei para lá. O Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor” (1:21). No deserto, Jó confiou. Ele tinha plena confiança de que DEUS estava no controle da sua vida, embora não entendesse direito o motivo por estar passando tão grande aflição. Não tenho dúvida de que Jó tenha chorado; mar de lágrimas tenha rompido dos seus olhos. Mas o coração dele estava firme, convicto de que, qualquer que fosse o fim, DEUS estaria executando a Sua vontade pura, perfeita e agradável. Existe algo mais doloroso para um pai, que ama muito os seus filhos, vê-los todos morrerem de uma hora para outra? Existe dor pior que a dor da morte? É a dor por não sentir a fé salvadora em CRISTO JESUS. Pois, como bem Jó apregoava em suas atitudes, o fim com CRISTO é o melhor que pode existir.

        Mas seus dissabores não cessaram por aí. Insatisfeito com a atitude de Jó, satanás então retorna derrotado à presença de DEUS.

“Disse o Senhor a satanás:
- de onde vens?
Respondeu satanás ao senhor:
- de rodear a terra, e passear por ela.
Então o Senhor disse a satanás:
- Observaste o meu servo Jó? Não há ninguém na terra semelhante a ele. Homem íntegro e reto, que teme a Deus e se desvia do mal. Ele ainda conserva a sua integridade, embora me incitasses contra ele, para o consumir sem causa.

Respondeu satanás ao Senhor:

- Pele por pele! Tudo o que o homem tem dará pela sua vida. Mas estende a tua mão, e toca-lhe nos ossos e na carne, e ele certamente blasfemará de ti na tua face!
Disse o Senhor a satanás:
- Pois bem. Ele está em teu poder, mas poupa-lhe a vida” (Jó 2:2-6).

        E satanás faz agora novo desafio a DEUS. Ele queria, de todo jeito, vê Jó abatido, desistir de sua fé. E a proposta dessa vez foi a de tirar-lhe a boa saúde. Doente, Jó não aguentaria nem renderia graças ao SENHOR. Satanás então saiu “(...) da presença do Senhor, e feriu a Jó de chagas malignas, desde a planta do pé até o alto da cabeça” (vers. 7).

        Mais dor, mais sofrimento na vida daquele homem que já tinha perdido quase tudo o que possuía. O drama de Jó parecia não ter fim. Geralmente, as pessoas sofrem por causa da desobediência a DEUS, dos seus pecados. Os discípulos de CRISTO também tiveram essa visão: “Rabi, quem pecou, este ou os seus pais, para que nascesse cego? Jesus respondeu: nem ele pecou nem seus pais, mas isto aconteceu para que se manifestem nele as obras de Deus” (João 9:2-3). No caso de Jó, o sofrimento tinha uma razão totalmente diferente. Ele sofria porque era íntegro a DEUS e porque lutava pela sua família. E DEUS podia confiar na fidelidade do Seu servo. Como seria louvável se aprendêssemos, assim como Jó nos ensinou, a dar glória a DEUS por tudo que nos acontecesse! Paulo também ensinou esse princípio tão importante e indispensável para sermos vitoriosos: “Regozijai-vos sempre; orai sem cessar; em tudo dai graças, pois esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco” (1 Tessalonicenses 5:16-18).

        Agora Jó está doente, sem forças, repleto de tumores malignos pelo corpo. Só lhe restava a mulher. Eis que a sua única companhia, a sua esposa amada, com quem tinha se casado e dividido todos os momentos felizes de sua vida, imbuído de um pensamento maligno, aconselha seu marido desistir de DEUS e se matar: “Ainda conservas a tua integridade? Amaldiçoa a Deus e morre” (Jó 2:9). Que triste! Receber o estímulo da desistência exatamente de quem está mais próximo de nós, de quem deveria ser o nosso oxigênio aqui na terra. Quantos de nós passamos por uma situação parecida! Queremos nos manter íntegros diante de DEUS nas lutas, nas adversidades, precisamos de força e de apoio dos nossos parentes ou amigos mais achegados, porém é exatamente deles que ouvimos a voz dizendo que não há mais jeito, pedindo para pararmos. Se fosse aquela mulher a escolhida por DEUS para se submeter às provas, certamente logo seria reprovada. Jó mesmo assim não se intimida, busca do âmago a força necessária, e do coração a sabedoria para respondê-la: “Como fala qualquer doida, assim falas tu. Receberemos o bem de Deus, e não receberemos o mal? Em tudo isso não pecou Jó com os seus lábios” (Jó 2:10). Satanás ali recebeu o decreto de derrota definitiva na vida de Jó e nunca mais entrou na presença de DEUS para incitá-LO.

        O deserto pelo qual você está atravessando certamente é muito menor que o deserto de Jó. Talvez as circunstâncias em sua frente estejam todas adversas; seus familiares, amigos, irmãos e lideranças da igreja tenham pedido para você desistir, afirmando que não há mais solução para o seu problema. Mas eu te digo com toda a minha fé. O mesmo DEUS que provou a fé de Jó também está provando a sua fidelidade com ELE. “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e eternamente” (Hebreus 13:8). Nunca mudou nem nunca mudará. Não desista! Tome uma só posição diante de DEUS, assim como Jó tomou: “se eu perdi, foi porque o Senhor permitiu, mas na frente ELE me restituirá”. Jó profetizou em meio ao seu maior sofrimento: “Receberemos o bem de Deus...” (verbo no futuro), porque ele sabia que DEUS nunca desamparou os seus filhos fiéis. E assim foi feito: “Mudou o Senhor a sorte de Jó, quando este orava pelos seus amigos. E deu o Senhor a Jó o dobro de tudo o que antes possuíra. (...) Assim abençoou o Senhor o último estado de Jó mais do que o primeiro (...)” (Jó 42:10 e 12). DEUS também te abençoará se tão somente olhares para as atitudes de Jó e conservares a tua fé. DEUS pôs as Suas mãos na fogueira por Jó e elas saíram de lá intactas. Ora, vem, Senhor JESUS!

O dízimo das primícias

O dízimo das primícias 

“Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.”Mt 6.33.

Os israelitas receberam do próprio Deus a ordem de consagrar a Ele os primeiros frutos do ventre de suas mulheres, do ventre de seus animais e também os frutos da terra. Na hora da colheita, o primeiro feixe pertencia a Deus e deveria ser apresentado perante o Senhor pelo sacerdote.

Ao santificar a primeira parte (a mais importante) você santifica também o resto que vem depois dela. Quando alguém santificava as primícias (primeiros frutos) santificava também tudo o que seria feito depois, incluindo a massa da oferta de cereais e a dos pães que viriam a comer depois.

Este era o entendimento que os judeus receberam da Lei de Moisés: ao santificarem ao Senhor as primícias de sua renda, estavam santificando o restante da renda que ficava em suas mãos. Por isso Deus poderia fazer encher fartamente os seus celeiros e transbordar de vinho seus lagares!

 As Primícias no Velho Testamento

Deus ordenou clara e explicitamente a entrega das primícias (primeiros frutos) por meio de Moisés:

“As primícias dos primeiros frutos da tua terra trarás à Casa do Senhor, teu Deus; não cozerás o cabrito no leite de sua mãe.” Êx 34.26

 As ofertas de Caim e Abel

O diferencial encontrado nas ofertas de Caim e Abel está diretamente ligado à entrega das primícias. Muita gente acha que o erro de Caim foi trazer uma oferta dos frutos da terra, em vez de ofertar um cordeiro (tipo do sacrifício de Cristo).

Esse não era o verdadeiro problema. A Lei das Primícias fazia com que cada um trouxesse os primeiros do seu trabalho, e a Bíblia nos revela qual era o trabalho de cada um deles: Abel foi pastor de ovelhas, e Caim, lavrador (Gn 4.2). Logo, as primícias de Caim teriam que ser do fruto da terra! A Bíblia diz que Deus atentou na oferta de Abel, a oferta correta. E a primeira menção das primícias nas Escrituras é encontrada justamente nesta oferta:

“Aconteceu que no fim de uns tempos trouxe Caim do fruto da terra uma oferta ao Senhor. Abel, por sua vez, trouxe das PRIMÍCIAS do seu rebanho e da gordura deste. Agradou-se o Senhor de Abel e de sua oferta; ao passo que de Caim e de sua oferta não se agradou.” Gn 4.3-5a

Note que Caim trouxe sua oferta NO FIM DE UNS TEMPOS. Independentemente de quais tempos sejam estes a que a Bíblia se refira (tempo de colheita, de ofertas etc.), Caim não honrou a Deus com os primeiros frutos.

A entrega das primícias é uma forma de reconhecer Deus em primeiro lugar. Por outro lado, deixá-lo para o fim significa não dar a Ele o primeiro lugar. E o Senhor não aceitou isto de Caim, como não aceita isto de nós hoje.

Agora veja bem, se Caim não soubesse a forma correta de oferecer algo ao Senhor, não poderia ser culpado, mas ele sabia a forma correta de fazer. Vemos isto na conversa que Deus teve com ele depois de rejeitar sua oferta:

“Irou-se, pois, sobremaneira, Caim, e descaiu-lhe o semblante. Então, lhe disse o Senhor: Por que andas irado, e por que descaiu o teu semblante? Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo.” Gn 4.5b-7

O Senhor falou que Caim sabia que se procedesse bem seria aceito e que se procedesse mal o pecado estava à sua porta. Abel procedeu bem ao fazer de Deus o primeiro e trazer as primícias, enquanto Caim procedeu mal ao deixar Deus por último, para o fim.

 A importância de se entregar o Dízimo

Dízimo libera fé e fidelidade. Deus diz que aqueles que não entregam dízimos, ofertas e primícias, cometem delito espiritual. Qualquer indivíduo que trabalhe na área jurídica diz que delito é infração e agravamento.

Segundo a Bíblia, delito é pecado. Para a justiça, delito é crime. Toda pessoa que comete um crime recebe o nome de criminoso e também um destino: a cadeia, a prisão.

Quem comete delitos entra em cadeias. Se você tem uma empresa e não paga, por exemplo, imposto, você comete um delito e pode ir preso por causa disso. Alguns são presos até com algemas.

Um homem quando se separa e não paga a pensão dos filhos, pode ir preso porque papai foi denunciado por mamãe. Esse crime é chamado inafiançável. A Bíblia diz que pecado é delito.

Se alguém comete delito comete crime e se é criminoso, deve ir para a cadeira. Ora, se isso é verdade no físico, no mundo espiritual, também. Quem não entrega dízimos, segundo a Bíblia, comete pecado, logo está condenado à cadeia, porque é ladrão.

Apesar de muitos só lerem Malaquias 3:10, no versículo 6, a Bíblia mostra que todo ladrão tem o destino de ficar preso e de ter um gafanhoto na sua lavoura. Só há uma solução para expulsar o gafanhoto, que é através dos dízimos e das ofertas.

Caso contrário, você está cometendo um agravante contra Deus e contra você mesmo, pois será você quem colherá os danos, os prejuízos.

Quando você entrega o dízimo, você entrega a Deus a sua fidelidade e a sua fé. Ninguém entrega dízimos se não tiver fé nem for fiel. Quem não tem fé e não é fiel também não é dizimista.

Porque na hora que recebe o salário, não quer entregar o dízimo ao valor correspondente, porque não crê na fidelidade de Deus. Até diz que crê, mas não crê, porque não prova em fé e fidelidade.

Muitos que ganham bem, na hora de entregar o dízimo, murmuram, esperneiam, xingam o Pastor, a mãe do Pastor, os discipuladores; praguejam mesmo, porque não têm revelação e não querem se submeter aos princípios bíblicos.

Meu Deus, quantas pessoas estão na Igreja há longos anos e não conseguem ser dizimistas! Dízimo é questão de fé, de que você cumprirá um princípio e a fé e a fidelidade irão supri-lo e, como resultado disso, virá uma carga de bênçãos sobre a sua vida.

Todos aqueles que se tornam dizimistas fiéis, tornam-se pessoas, discípulos, líderes de fé. Está escrito que Abraão se tornou o patriarca da fé depois que dizimou. Então, a fé não é apelido, é princípio.

Quando alguém é chamado de líder de fé, significa que é um líder, um homem de mudanças. Quando você tem fé, representa que todas as suas realidades mudam, toda a sua geografia muda.

Quem não dizima é chamado de ladrão. Você ser chamado de ladrão por alguém tem um peso. Mas você ser chamado de ladrão por Deus tem um peso muito grande.

Porque quando Deus considera alguém ladrão, Ele tem uma maneira de punir essa pessoa e esse líder. Por isso, Davi disse que era melhor cair nas mãos de Deus do que nas mãos dos homens. Mas a Bíblia também diz que horrenda coisa é cair nas mãos do Deus Vivo (Hebreus 10:31).

O dízimo sinaliza quem eu sou na minha essência. Não pense você que quando você entrega o dízimo, você está apenas cumprindo princípio. Você está fazendo mais do que isso, você está denunciando quem você é na sua essência.

Infelizmente, muitos filhos de Deus ainda não entenderam a revelação deste princípio bíblico. Uma coisa é certa: todos os que cumprem princípios bíblicos têm colhido prosperidade em todas as áreas, porque Deus não mente em Suas promessas.

Como filho de Deus, seja cumpridor deste princípio e tenha toda a sua vida pautada pela Palavra, você só tem a ganhar com isso, pois todo nível de gafanhoto é removido da sua lavoura e você não é encontrado como ladrão, como alguém que deve ser preso em cadeias por cometer delitos, crimes.

Seja fiel e tenha fé. Não tema, pois o Deus que você serve quer abrir as janelas dos céus e derramar sobre você bênçãos sem medidas hoje e sempre. Esse é o legado para os que caminham em fé e são fiéis ao Senhor Todo Poderoso.

Estamos estudando sobre dízimo, oferta e primícia, que são princípios bíblicos que devem ser cumpridos por todos os filhos de Deus. Na última parte deste estudo, aprenderemos sobre Oferta e Primícia.

Eu amado, irmão se quiseres ser abençoado com todas as sortes de bênçãos espirituais, separe primeiro do Senhor e todas as demais coisas te serão acrescentadas para glória de Deus. Amém!

Mesmo que A Figueira Não Floresça...

Mesmo que A Figueira Não Floresça... 

"O Senhor Deus é a minha força, e fará os meus pés como os das cervas , e me fará andar sobre as minhas alturas" Hc 3: 19

Habacuque é um profeta sem pátria e sem sobrenome, pouco se sabe sobre a história deste homem, ele foi contemporâneo ao profeta Naum, viveu por volta do ano 600 a.C. Provavelmente ele estaria envolvido com algum ministério do templo e talvez fosse até mesmo levita.

O que se sabe é que Habacuque testemunhou a transição do domínio Assírio, dos caldeus para o domínio persa babilônico. A Assíria é descrita no texto do profeta como a insaciável e aquela que devora os povos. Aquela que confia na sua própria força e na sua rede como um deus.

São tempos de muita opressão, violência e injustiça. No início do livro o profeta se mostra ansioso clamando por um socorro que não vem. A impressão que o profeta tem é que Deus se esqueceu de fazer justiça ao oprimido e ao seu povo. Mas quando o profeta se prontifica a buscar ao Senhor, ainda que pareça demorada a resposta vem.

O livro do profeta Habacuque é um convite à Esperança, a crer na ação de Deus ainda que ela pareça demorada. Nós podemos confiar que A Palavra de Deus virá como livramento mesmo que pareça que nós pereceremos diante das aflições e amarguras da vida.

Ora, novamente Habacuque utiliza a figura do mar e das águas para falar das nações (v. 15). Do mesmo modo, João na ilha de Patmos utilizou a figura das águas e do mar para fazer referência as nações da terra: "Então o anjo me disse: As águas que viste, onde se assenta a prostituta, são povos, multidões, nações e línguas" (Ap 17: 15).

Ao ouvir a voz do Senhor que marcha entre os povos da terra, o profeta Habacuque sente temor e tremor, visto que a sua carne não suporta a voz do Altíssimo. Por não poder suster-se em pé, Habacuque considera que a podridão acometeu os seus ossos (v. 16).

Apesar de toda Glória revelada, o profeta aguarda a invasão dos caldeus, que prefigura o dia da angústia, o tempo da grande tribulação (v. 16b; Mt 24: 21).

Diante desta revelação maravilhosa, o profeta que estava orando ao Senhor irrompe em adoração. Ainda que as maiores adversidades acometessem a existência de Habacuque, todavia o profeta estaria alegre no Senhor. O exultar do profeta é a Salvação de Deus, apesar dos contratempos desta vida.

Habacuque apresenta um quadro de transtorno das coisas naturais: não florescer a figueira; a vide não produzir frutos; a oliveira não produza; os campos não produzam mantimentos; as ovelhas exterminadas; os currais não tenham gado.

Ora, os homens confiam piamente na natureza, pois ela não os decepciona. Alegram-se quando vêem o que a natureza produz, porém não esperam no Deus da nossa Salvação.

Ao final da sua oração Habacuque bendiz ao Senhor. Por confiar em Deus, Ele tornou-se a força do profeta. Os pés do profeta serão ágeis e forte como os pés das corças. As corças andam por lugares inatingíveis a outros animais do campo, e o profeta, segundo a força do Senhor, trilhará caminhos altos.

Este trecho final da oração de Habacuque é semelhante a fala de Paulo: "Não digo isto por necessidade, pois já aprendi a contentar-me em toda e qualquer situação (...) Posso todas as coisas naquele que me fortalece" (Filipenses 4: 11- 13). O poder de Deus se aperfeiçoa na fraqueza dos homens!

Confie na resposta do Senhor além do que você vê!

A primeira coisa que eu aprendo com este texto de Habacuque é que Deus não age naquilo que os nossos olhos vêem ou nas circunstâncias que a vida nos diz como elas devem ser, mas Ele age até mesmo nas impossibilidades. Habacuque não conseguia mais ver a flor da figueira, os frutos da videira, nem o óleo produzido pela oliveira. As ovelhas haviam sido roubadas e o gado exterminado, mas ele cria no que o coração dizia existir ou que viria a existir no Senhor. Ele cria na esperança de viver por fé e não por visão.

Mesmo que tudo ao seu redor seja dor, morte e destruição encontrem o lugar do louvor e da adoração a Deus pela certeza de que sua promessa de paz se cumprirá.

A alegria jubilante do louvor é a nossa confiança naquilo que Ele, o Senhor fez, faz e fará em nossas vidas independente das circunstâncias que nos cercam. É por fé e não pelas situações da vida que nos alegramos no Senhor. É a certeza de sua presença poderosa e vitoriosa que enche o coração de celebração. No Novo Testamento, o livro Atos dos Apóstolos relata a experiência de Paulo e Silas quando estavam presos.

Eles haviam recebidos muitos açoites e haviam sido encarcerados porque estavam pregando o Evangelho, mas a esperança da Eterna Glória estava em seus corações. Eles estavam dispostos a morrer naquela prisão se preciso, mas a gratidão que eles ofertaram a Deus em forma de cânticos provocou o poder libertador de Deus a favor deles. As cadeias da morte e da desesperança foram quebradas pelo poder da adoração confiante. Esta é a alegria que não se baseia no que os olhos vêem, mas no que o coração crê para justiça de Deus em nós.

O profeta Habacuque continua confiando em Deus, uma vez que Deus é imutável "Não és desde a eternidade, ó Senhor..." (v. 12). Deus é misericordioso, e não é por causa da profecia acerca da invasão dos caldeus que a misericórdia seria invalidada.

Apesar de a invasão ser certa, contudo a confiança de Habacuque era firme na fidelidade de Deus: "Não morreremos" (v. 12). Habacuque demonstra que a fidelidade de Deus é a causa de Israel não ter sido consumido. Porque Deus é desde a eternidade é que o povo não seria exterminado (não morreremos).

Habacuque continua confiando em Deus, pois o invoca: "Ó Senhor...". Ele entendeu que os caldeus foram estabelecidos para juízo. Eles foram fundados para castigar Israel pela sua desobediência, conforme o predito na lei de Moisés.

O profeta compreende que Deus é puro de olhos, de modo que Ele não coaduna com a opressão (v. 13).

A pureza de Deus era possível ao profeta compreender, porém, não compreendia como Deus poderia levar a efeito o seu propósito se a vara de correção (caldeus) eram homens aleivosos. Como os ímpios podiam ser usados por Deus, se o povo de Israel, segundo a concepção de Habacuque, eram mais justo do que eles?

É possível à concepção humana de justiça, alguém ser mais justo que outro. Porém, segundo a justiça e o juízo de Deus, não há uma gradação de justiça. Ou o homem é justo, ou não é.

Para Deus os caldeus e o judeus eram iguais, ambos condenáveis diante de Deus. Para Habacuque, por serem descendentes de Abraão, por terem as promessas, as escrituras, etc., ele considerava que a nação de Israel era mais justa que as nações em redor.

Habacuque invoca a soberania de Deus para que Ele estabeleça o seu reino, e os homens não mais vivam semelhante aos peixes e répteis, sem quem os governe. É plausível esta consideração de Habacuque? Não! Ele esqueceu de considerar que o domínio da terra foi dado aos homens, e o que é dado por Deus Ele não toma. A Cristo foi dado o domínio de todas as coisas porque ele conquistou. Deus concedeu todo o domínio ao autor e consumador da nossa fé, pois ele conquistou este direito ao morrer e ressurgir dentre os mortos.

Habacuque não duvida da obra maravilhosa revelada, porém, continua em busca de respostas, pois não compreende o modo de Deus trazer correção ao seu povo.

Como Deus aceitava os caldeus abaterem os seus inimigos através do Seu poder, se eles atribuíam as suas conquistas as suas armadilhas e habilidades? (v. 16).

Habacuque procurou elementos para compreender a ação divina, mas os cristãos conhecem que:

• Deus escolhe dentre os homens e dentre os povos quem executará uma obra, porém, isto não significa que o povo ou quem é escolhido será salvo;

• Israel foi escolhido para tornar conhecido o nome do Senhor sobre a terra, porém, individualmente cada descendente de Abraão precisava circuncidar o seu coração, caso quisesse ver a salvação de Deus;

• Ciro e Gideão executaram uma missão, porém, isto não lhes garantiu salvação;

• A salvação dos homens não é segundo uma escolha divina entre quem será ou não salvo, antes é pela fé em Cristo. Uma missão não concede salvação a ninguém.

Os caldeus não eram mais ímpios que os israelitas, visto que a geração dos ímpios é diferente da geração dos justos.

Os ímpios são gerados segundo a vontade da carne, vontade do varão e do sangue. Já os justos são gerados segundo a vontade de Deus (João 1: 12- 13).

A geração dos ímpios é proveniente de Adão, e todos os nascidos em Adão são pecadores, filhos da ira e da desobediência. A geração dos justos é proveniente de Cristo, o último Adão, e todos os que são nascidos de Deus são conhecidos d‘Ele.

O povo de Israel devia compreender o que foi exposto por Moisés: "Sabe, portanto, que não é por causa da tua justiça que o Senhor teu Deus te dá essa boa terra, para a possuirdes, pois és povo rebelde" (Deuteronômio 9: 6). Por que eles eram rebeldes? A resposta está em Isaías: "Teu primeiro pai pecou, e os teus intérpretes prevaricaram contra mim" (Isaías 43: 27).

O povo de Israel era rebelde (ímpio) pelo mesmo motivo que as outras nações: Adão pecou! Se os interpretes de Israel considerassem que todos pecaram em Adão e que foram destituídos da glória de Deus, não teriam prevaricado contra o Senhor.

Eles não diriam que o povo de Israel eram filhos de Deus por serem descendentes de Abraão. Antes demonstrariam que, para serem filhos de Deus, o povo precisava circuncidar o coração, o que só é possível através da fé em Deus, a mesma fé que teve o crente Abraão "Circuncidai, pois, o prepúcio do vosso coração, e não mais endureçais a vossa cerviz" (Deuteronômio 10: 16).

Habacuque considerava que a impiedade do seu povo era proveniente da opressão, da violência, do litígio, das injustiças, porém, esqueceu que os homens são ímpios porque foram gerados e concebidos em pecado.

Ele não atinou que o primeiro pai dos homens (Adão) pecou e por isso todos tornaram-se pecados, e carecem da glória de Deus.

Saiba Encontrar no Senhor a sua fortaleza!

No versículo 16 do livro de Habacuque: "Ouvi-o, e o meu íntimo se comoveu, à sua voz, tremeram os meus lábios; entrou a podridão nos meus ossos, e os joelhos me vacilaram, pois, em silêncio, devo esperar o dia da angústia, que virá contra o povo que nos acomete".

O profeta sente os joelhos se enfraquecerem diante do medo da morte, ele sente como se os ossos estivessem apodrecendo de medo. Mas no versículo 19: "O SENHOR Deus é a minha fortaleza, e faz os meus pés como os da corça, e me faz andar altaneiramente", ele se volta para quem o faz forte. É esta confiança na força de Deus e não na nossa que mudará as perspectivas de nossas vidas.

É o modo como olhamos para a vida que nos fará perceber a alegria da salvação. O Senhor Jesus disse que “se nossos olhos forem bons nossa própria vida será iluminada”.

Existem pessoas que perderam a capacidade de crer, que já não conseguem perceber o poder do Senhor de transformar o medo em confiança, a destruição em possibilidade de reconstrução. Mas o Deus que responde mesmo em meio à dor e à perda nos convida a confiar novamente no seu braço forte.

Qual é a figueira da sua vida que não dá mais flores? Qual é o fruto que foi arrebatado da sua videira existencial? É tempo de redescobrir a fé que nos capacita a ver o mundo pelo avesso, na perspectiva de Deus.


Como diz o nosso amado Reverendo Cáio Fábio: Fé tão grande quanto a de contempla milagres é aquela que mesmo quando eles não acontecem elas continua inteira.

“Que “Deus nos ajude a prosseguir nas pisadas do mestre,” olhando firmemente para Jesus o autor e consumador da fé”. Amém!

A intimidade com Deus

A intimidade com Deus
Desde o passado, Deus tem, à Sua maneira, procurado manter o contato e a comunhão com o homem - obra da Sua criação. A História e a Bíblia nos mostram que com o passar do tempo o homem foi se distanciando cada vez mais de Deus, e não Deus do homem.
Deus falava com Adão no paraíso, na viração do dia. Adão ouvia a Sua voz e ambos travavam um diálogo de perto.
Deus fez conhecer a Noé e sua família sobre o plano de destruir toda a terra com o dilúvio.
Abraão é considerado o amigo de Deus. Deus lhe falava de tão profunda maneira e entre ambos havia tal intimidade que Deus chegou a pedir-lhe que sacrificasse o seu filho Isaque. O que, atendendo, o Senhor retorna a Abraão e diz-lhe não ser necessário o cumprimento de tamanha prova de fidelidade.
Isaque cresceu ouvindo falar dos feitos de Deus na vida de seus pais e também experimentou um grau de relacionamento próximo a Deus.
Jacó viu os anjos de Deus subirem e descerem de uma escada e também era orientado por Ele. A comunhão já não era a mesma de antigamente, mas Deus continuava a falar com Seus servos.
José possuía tamanha comunhão com Deus que mesmo em meio às adversidades enfrentadas, quando vendido pelos irmãos ou quando preso nas cadeias do Egito, Deus se manifestava a ele, preservando-o do perigo. Deus lhe falava e o usava nos sonhos que sonhava.
Moisés foi levantado para libertar o povo hebreu do Egito, e antes de cumprir tamanha missão falou com Deus e Deus falou com Ele.
Sempre de alguma maneira Deus queria falar ao Seu povo. Utilizou reis, falou através dos seus profetas, dirigindo e guiando o Seu povo.
Teríamos muitos exemplos para ver como Deus se manifestava a estes servos que não eram muito melhores do que nós. Elias, Eliseu, Jeremias, Gideão, Balaque e outros são exemplos bíblicos de pessoas que mantinham comunhão com Deus, e o Senhor lhes falava em meio às circunstâncias que viviam. Deus usou um jumento para falar com Balaque. Através de um pedaço de algodão falou com Gideão.
Hoje Ele nos tem falado através do Seu Filho.
Feita esta introdução, vejamos alguns objetivos deste estudo:
  1. mostrar que é possível ter intimidade com Deus - Salmo 25:14.
  2. obter intrepidez para entrar no lugar Santo dos Santos - Hebreus 10:19,20.
  3. reter a graça de Deus para servi-Lo - Hebreus 12:28.
  4. findar com os altos e baixos espirituais - Ef 4:14.
  5. tornar-se uma Pedra Viva - I Pd 2:5.
  6. desenvolver um relacionamento mais real de filho para com o Pai - Rm 8:16.
  7. desenvolver os frutos do Espírito em nossas vidas - Gl 5:22.
  8. tornar-se verdadeiramente um despenseiro dos mistérios de Cristo - I Cor 4:1.

Certamente que outros objetivos poderiam ser citados, porém vamos nos ater a estes apenas, buscando tirar os maiores ensinamentos possíveis, de tal maneira que possamos obter frutos palpáveis ao final do retiro. Em primeiro lugar é importante reconhecer a situação do homem em relação a Deus.
Situação antes de encontrar-se com Cristo, durante a sua vida cristã aqui na terra e posteriormente após a morte.
Antes do encontro com Cristo

Éramos inimigos - Rm 5:10. Escravos do pecado - Rm 6:17,20. Destinados à morte, não tínhamos escapatória da condenação eterna. A salvação de nossas almas só pôde ser alcançada pela Graça de Deus, sem intermediação de obras humanas. Éramos inúteis espiritualmente, Rm 3:12. A condição a que estávamos submetidos era terrível e sem saída, porém o próprio Deus providenciou uma saída para nós: deu Seu próprio Filho por expiação para morrer em nosso lugar. Fez isso exclusivamente por amor. Sua maior criação, o homem, estava condenado à morte e Ele como o Oleiro dos oleiros, resolve dar mais uma oportunidade ao "vaso", de ser mais uma vez moldado e formado de novo. Chegamos à salvação!
A nossa vida cristã

Ao ingressarmos no Reino espiritual um novo horizonte se descortina para nós. Somos enxertados em uma Igreja, a um novo grupo de amigos, aos quais chamamos de irmãos. Nova conduta de vida nos é submetida. Mudanças ocorrem no nosso dia-a-dia, nos transformamos em novas criaturas (II Cor 5:17) e uma outra realidade se nos abre. Passamos a encarar os problemas e solicitudes da vida como desafios espirituais e nos apresentamos a Deus como Seus servos e Seus filhos.
No entanto, nem todos adentram diante de Deus nesta situação. Colocam-se em uma distância espiritual muito longe, vivendo apenas de rebarbas de bênçãos e migalhas, contentando-se com o pouco de vida espiritual. Vida abundante é só aquela vivida nos momentos seguidos à conversão, chamada de primeiro amor.
Isto não deveria ser assim, mas é. Nos dias atuais os crentes têm se contentado com pouco. Por que? Porque não vivem uma vida em correta posição diante de Deus. É uma questão de colocação, de posicionamento. Para se colocar diante de Deus nesta situação é necessário pagar um preço.
Algumas considerações sobre a posição que devemos tomar:
  • Posição 1 - Mortos para o pecado. Como mortos para o pecado - Rm 6:2. Não pode haver compreensão de que é possível viver uma vida espiritual frutífera vivendo e andando em pecado.
  • Posição 2 - Vivos para Deus. Como vivos dentre os mortos, vivos para Deus - Rm 6:11, 13. O mundo jaz no maligno. Quem ainda não foi alcançado pela graça salvadora de Deus está condenado à morte espiritual. Isto é uma realidade. São aqueles que estão ao nosso lado, são os nossos parentes, são nossos amigos, vizinhos e etc.
  • Posição 3 - Estar debaixo da graça. Colocar-se debaixo da graça de Deus - Rm 6:14. Graça significa um favor imerecido. É a substituição solene da nossa condenação à que estávamos submetidos pela lei, pela salvação providenciada pelo próprio Deus. Estamos mortos para a lei pelo Corpo de Cristo, Rm 7:4. O dom gratuito veio para justificação. Rm 5:16. Estamos livres da lei para servirmos a Deus, para vivermos em novidade de vida, para darmos fruto.
  • Posição 4 - Viver como filhos de Deus. Apropriar-se da condição de filhos, herdeiros de Deus - Rm 8:17. O simples reconhecimento dessa condição já nos enche o coração de paz e segurança. Deus se interpõe, como Pai, em favor de Seus filhos. Rm 8:31 a 39 caracteriza toda uma seqüência de livramentos e bênçãos concedidas por Deus para aqueles que estão sob Sua guarda e proteção. Vejamos algumas situações:
    1. quem poderá se posicionar contra nós?
    2. Deus nos dará com Ele todas as coisas.
    3. quem poderá nos acusar?
    4. quem nos condenará? se é Deus quem intercede por nós.
    5. quem nos separará do amor de Cristo? Nenhuma dificuldade.
    6. em todas estas situações somos mais que vencedores.
    7. nada poderá nos separar do amor de Deus.

    Que promessa maravilhosa!!! Quantos já se apoderaram disso e estão vivendo essa situação?

    Após a morte

    A condição de salvos, justificados perante Deus nos outorga uma viva esperança. Pela fé nos apropriamos da salvação que há de nos ser concedida no final dos tempos. O fim da nossa fé é a salvação de nossas almas. I Pedro 1:3-9.
    Diferentemente de religiões, seitas ou movimentos, a nós cristãos, é nos assegurada a salvação de nossas almas. Glória a Deus por isso! Temos uma viva esperança!
    A intimidade com Deus pela Bíblia

    É possível ter intimidade com Deus. Quem ainda não havia pensado sobre isso? Para quantos aqui presentes o relacionamento com Deus era algo distante e cerimonial? Ao final da palestra esperamos que não haja mais essa visão e sentimento de distanciamento de Deus e das coisas espirituais.
    Salmo 25:14 "O segredo (intimidade) do Senhor é para aqueles que o temem, e Ele lhes fará saber o Seu concerto". Maravilhosa promessa. Conhecer o concerto de Deus, Sua vontade, Seu segredo. O Salmo 25 é atribuído como de Davi. Davi foi considerado um homem segundo o coração de Deus ( I Sm 13:14). Ao receber a unção da parte de Samuel o Espírito do Senhor apoderou-se de Davi.
    Deus viu em Davi, aquele jovem pastor de ovelhas alguém com potencial para estar a frente do povo de Israel. No Salmo 23 vemos a confiança que Davi depositava em Deus, como pastor de sua vida, seu protetor, provedor e maior propósito. O que Davi procurava ser para o seu rebanho, Deus era para ele. Deus conhecia o coração de Davi e atestou isto para Samuel, que diante dos formosos filhos de Jessé pensava que pela aparência de algum deles poderia ver o escolhido do Senhor, porém Deus diz: - eu olho para o coração. Deus está à procura dessa qualidade de coração em você e em mim. A unção de Davi significa a infusão do coração de Deus na pessoa dele. Ao analisarmos a vida e a obra de Davi podemos perceber que sua comunhão com o Senhor era íntima e tremenda. Um coração cheio do coração de Deus. A coragem de Davi para enfrentar ao gigante Golias foi algo sobrenatural. A capacidade para manter-se submisso a Saul quando perseguido por ele, sua fidelidade aos amigos e homens que lutavam ao seu lado, sua lealdade ao rei, sua intenção de unificar o Reino e trazer a Arca da Aliança para Jerusalém, a liberdade para expressar o louvor e a manifestação da misericórdia de Deus em sua vida são alguns dos exemplos mais marcantes da personalidade de Davi selada pela unção do Senhor em seu coração. Mesmo curvando-se à carne, no pecado com Bate-Seba, Davi reconhece seu pecado e clama a Deus por um coração puro, quebrantado, pedindo que o Senhor não tirasse de sobre ele o Espírito Santo (Salmo 51).
    Uma pessoa segundo o coração de Deus é alguém cuja mente, emoções e vontade estão cheios do Cristo vivo. O segredo do Senhor... é para os que o temem. É para aqueles que possuem o coração de Deus.
    Hebreus 10:19,20 "Tendo pois, irmãos ousadia para entrar no santuário, no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que Ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela Sua carne". A morte de Jesus nos abre acesso àquele local destinado anteriormente somente aos sumo sacerdotes. Na primeira aliança, o Tabernáculo era divido em dois lugares de adoração: o Santo Lugar e o Santo dos Santos. Estas dependências eram cobertas por véus. Havia um véu para encobrir o Santo Lugar e outro para o Santo dos Santos. No primeiro, somente estavam autorizados a adentrar os sacerdotes. No segundo, somente os sumo sacerdotes poderiam entrar, uma única vez ao ano, apresentando sangue como oferta pelos pecados de ignorância do povo. (Hebreus 9:1-7). Na Nova Aliança, Cristo entra uma vez por todas no Santo dos Santos, como o sacerdote eterno enviado por Deus, para nos propiciar a redenção. Com a Sua morte passamos a ter acesso a este lugar especial, onde Deus recebia as ofertas dos sacerdotes, manifestava-se com fogo, aceitando aquilo que os sumo sacerdotes haviam oferecido.
    Arão, irmão de Moisés, ao iniciar seu ministério de sacerdote, após oferecer uma oferta perante o Senhor levantou as mãos e abençoou o povo. Com Moisés ele entra na tenda da congregação e juntos abençoam o povo e a glória do Senhor aparece em forma de fogo, consumindo o holocausto trazendo temor à congregação (Lv 9:22-24).
    Nos dias de hoje ao tomarmos consciência da correta dimensão do que seja adentrar ao lugar Santíssimo, nossas vidas são direcionadas à graça de Deus, à uma vida sob a Nova Aliança. É o próprio Deus morando em nossas vidas. Jesus substituiu os feitos que nós teríamos que fazer. Ele carregou a maldição, a doença, o pecado e todas as misérias inerentes à condição humana para a cruz do Calvário, porque nós não poderíamos fazê-lo. Na Nova Aliança Deus coloca Suas leis e Seus entendimentos em nossos corações. Hebreus 8:8-13. Devemos ter ousadia e nos apropriar da Nova Aliança concedida através da morte de Cristo. Quem está disposto a se apresentar diante de Deus no Lugar Santo dos Santos? Um dos mais sérios requisitos para se adentrar diante do altar do Senhor era a santidade: Lv 21:6.
    Quando entramos no lugar Santo dos Santos reconquistamos o privilégio de termos a intimidade com o Senhor.
    Hebreus 12:28 "Pelo que tendo recebido um reino que não pode ser abalado, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus agradavelmente com reverência e santo temor". Se somos exortados a reter a graça é porque há possibilidade dela querer esvair-se de nós. Não pelo Senhor, mas pelos nossos pecados que tentam se impor como uma barreira entre nós e Deus. Reter a graça de Deus é apropriar-se das riquezas dEle, recebidas através da redenção, da remissão dos pecados(Efésios 1:3-9). Aqui há uma revelação maravilhosa: a plena consciência do perdão dos pecados. Voltemos para a Posição nº 1, falada anteriormente, sobre mortos para o pecado. A completa consciência deste fato nos permite receber as riquezas de sua graça, que Ele derramou profundamente sobre nós em toda a sabedoria e entendimento. O coração de Paulo estava cheio de coisas boas ao se dirigir aos efésios (Ef 1:7 e 2:7). Riquezas da graça desvendadas para nos revelar o mistério de Sua vontade para que possamos servi-Lo com reverência e temor.
    Efésios4:14 "Para que não sejamos mais meninos, inconstantes, levados ao redor por todo vento de doutrina, pelo engano de homens que induzem ao erro".
    Muitos cristãos vivem nos dias de hoje uma vida de altos e baixos espirituais. Inconstantes, ora por cima, ora por baixo, sem um padrão contínuo de crescimento. As bênçãos estão limitadas a períodos de suas vidas, bem como os períodos de lutas e tribulações, divididos por uma linha bem definida. Ou estão em completa alegria e em vitória ou estão derrotados e arrasados. Isto é falta de maturidade. A Bíblia chama de inconstância, de crentes carnais, de meninos espirituais. O oposto desta situação é uma vida espiritual em direção ao aperfeiçoamento, visando o ministério para a edificação do Corpo de Cristo (Efésios 4:12-14).
    Como obter comunhão com Deus sob inconstância? É difícil. Deus em Sua infinita misericórdia concede lampejos de Sua glória e alguns acham ser apenas isto o que lhes está destinado no reino. Na parte anterior vimos que o reino é inabalável. Por isso somos chamados ao aperfeiçoamento, à unidade da fé, ao pleno conhecimento, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo para o desempenho de nossa missão no reino de Deus. Para levarmos a bom termo esta missão não pode haver acomodação com uma vida inconstantes e de altos e baixos espirituais. Deus quer Se revelar a cada um de nós. Ele quer se aprofundar na intimidade com cada um.
    I Pedro 2:5,9 "Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus, por Jesus Cristo. Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para Sua maravilhosa luz."
    Neste texto temos outra "pérola" que poucos crentes descobriram: ser uma pedra viva, uma casa espiritual, estar conscientes do sacerdócio, do sacerdócio real, da nação santa, da geração eleita, da condição de adquiridos de Deus. Tudo isto tem que estar bem vívido em nossas mentes e em nossos corações. A confissão plena destas verdades nos leva a buscar uma vida de santidade e temor diante do Pai, para podermos anunciar as virtudes do reino.
    Façamos essa confissão agora: Eu ........ (coloque aqui o seu nome), como pedra viva, sou edificado casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus, por Jesus Cristo, eu sou parte da geração eleita, do sacerdócio real, da nação santa, do povo adquirido, para anunciar as verdades dAquele que me chamou das trevas para Sua maravilhosa luz".
    Deus fala com Sua casa espiritual, Seu sacerdócio santo, Sua geração eleita, Seu sacerdócio real, Sua nação santa, Seu povo...
    Rm 8:16 "O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus". Talvez esta seja a afirmação mais fácil de se entender e de associar à condição de cristãos. O mundo e a origem católica brasileira afirmam que todos são filhos de Deus, porém isso não é verdade. Há um ditado que diz que filho de peixe peixinho é. Filho de crente não é crentinho não, tampouco quem não tem o Espírito de Deus em sua vida não pode considerar-se um filho de Deus.
    É condição ímpar ter o Espírito de Deus. O Espírito na vida do crente lhe dá a certeza da salvação, da remissão dos pecados e de que tudo isto somente é encontrado no Filho de Deus, o Unigênito, que morreu por nós. O Espírito Santo testifica... Não pode haver dúvidas, se houverem é por falta de fé ou por ainda existir uma lacuna na vida espiritual dessa pessoa. A condição especial de filhos de Deus, adotados, nos conduz à uma situação de privilégio, diferente da do mundo. Precisamos nos apropriar também desta verdade. Deus quer desenvolver uma maior intimidade Pai-filhos.
    Gl 5:22 "Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e temperança". Lembro-me ainda da primeira vez que ouvi um estudo específico sobre o Fruto do Espírito. Na época, ainda adolescente, vivendo uma vida de altos e baixos espirituais, foi-me dito que o fruto do Espírito é indizível. Isto é, ou se possui todo o fruto, ou não há a manifestação dele na vida do cristão. Certamente que uma vida espiritual não pode ser concebida com obras do Espírito Santo e obras da carne ao mesmo tempo.
    O Espírito Santo é sensível. Tiago 4:5 diz que o espírito que em nós habita tem ciúmes. Ao olhar para o seu interior e perceber que falta alguma parte deste fruto peça a Deus para trabalhar em sua vida para que Ele lhe conceda todo o fruto. Quando há a manifestação do fruto do Espírito em nossas vidas, o resultado é visto no nosso relacionamento com Deus.
    I Cor 4:1 "Que os homens nos considerem como ministros de Cristo, e despenseiros dos mistérios de Deus". Podemos dizer que este é o ápice da intimidade com Deus. Os cristãos são administradores dos mistérios de Deus. Para que tenhamos uma boa vida espiritual, bons fundamentos, para que a nossa estrutura agüente as adversidades desta vida é necessário que sejamos alimentados pelos mistérios de Deus. Deus quer que conheçamos Seus mistérios, tornando-nos despenseiros e administradores dos mesmos. Em Rm 16:25 Paulo encerra a epístola dizendo: "ora àquele que é poderoso para vos confirmar segundo meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério guardado em silêncio nos tempos eternos".
    Temos que edificar sobre o fundamento já posto em nossas vidas. I Cor 3:10-13 "Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio construtor, o fundamento e outro edifica sobre ele. Mas veja cada um como edifica sobre ele." Se a edificação for feita sobre ouro, prata e pedras preciosas é porque estamos sendo edificados espiritualmente. Mas se for sobre feno, palha e madeira é porque a edificação está indo em direção à carne.
    O reino de Deus também é comparado à um homem que lança a semente na terra e depois dormiu, e ao levantar de dia e de noite vê a sua semente germinar e crescer não sabendo ele como. Marcos 4:26-29. Cada um edifica de acordo com seu fundamento escolhido, a Palavra diz: uns produzindo a cem por um, outros a sessenta e outros a trinta.
    Fazendo uma comparação com os metais preciosos lidos acima, vemos que uma edificação de prata corresponde à produção de trinta por um. É aquela pessoa que recebe ao senhor Jesus, larga os vícios. Se mentia não mente mais, se fumava, não fuma mais, se roubava, não rouba mais, passa a encarar a família de outra maneira, o linguajar agora é outro, aprende a perdoar.
    Ouro tem mais valor. É sessenta por um. É quando se aprende que a carne para nada aproveita, que a vida espiritual é que tem realmente valor, que sua dependência vem do Senhor, que sua suficiência vem de Deus, que recebe tudo isso pela graça de Deus, por fé.
    A manifestação das pedras preciosas no fundamento ocorre quando o cristão aprende que é um despenseiro dos mistérios de Deus. Possui uma confissão de autoridade: eu sei quem sou. Eu sou o que a Bíblia diz que eu sou. Um salvo, um eleito, um redimido, um perdoado, um vencedor... Após passar pelos degraus de prata e ouro, a edificação de brilhantes e diamantes pode encarar a Satanás e não aceitar as suas mentiras e artimanhas, derruba as fortalezas que querem impedir de levar a mente à obediência de Cristo.
    Mas se a vida for edificada ou alicerçada sobre madeira palha e feno, que são coisas superficiais, obras da carne, esforço próprio, pessoal, aparências, somente por fora, o interior está oco, frágil e sem segurança. Alguns cristãos são como os fariseus: túmulos caiados, por fora tudo branco, porém por dentro há mentira, a falsidade, a carne. Por fora apresentam alegria e satisfação, mas por dentro guardam mágoas, angústias e sobretudo incertezas e desesperanças. Às vezes passam 5, 10, 20, 30 anos e nada de novo acontece em suas vidas. O interior está cheio de ossos secos. Os mistérios de Deus estão à nossa disposição, basta-nos edificarmos sobre nossa vida espiritual um fundamento sólido e permanente.
    Muitos outros textos e exposições poderiam ser enquadrados sobre este tema. Partindo agora para o lado prático, podemos perguntar: o que preciso fazer para desenvolver uma intimidade com Deus que me leve ao reconhecimento de tudo isso que foi falado aqui?
    Em busca da intimidade com Deus

    São necessárias duas palavras de ordem: educação e disciplina.
    EDUCAÇÃO - II Tm 2:15

    Em primeiro lugar o cristão deve se educar para colocar sua vida espiritual em um patamar de constante busca do conhecimento das coisas espirituais. II Tm 2:15 " Procura apresentar-te diante de Deus aprovado, como obreiro que não tem que se envergonhar e que maneja bem a Palavra da verdade".
    A busca de conhecimento trará os seguintes frutos:
    • maturidade cristã - até que Cristo seja formado em nós. Isto é um processo (Gl 4:19).
    • santificação - é o aperfeiçoamento moral, é a Palavra de Deus trabalhando no homem (Jo 17:17).
    • desenvolvimento intelectual - a Palavra de deus nos torna sábios (Salmo 119:98).

    DISCIPLINA - I Cor 9:25

    Um dos exemplos mais clássicos de disciplina voluntária é aquela desenvolvida pelos atletas e desportistas. Para se tornarem campeões precisam passar horas e horas treinando arduamente, mesmo contra adversidades seja de temperatura, de ambiente, físicas e outras.
    Um crente espiritualmente disciplinado deve possuir um sistemático estudo da Bíblia. O estudo da Palavra vai lhe proporcionar:
    1. uma nova vida, I Pedro 1:23, - regenerados para uma nova vida.
    2. um alimento diário, Mateus 4:4 - não é só de pão que vive o homem.
    3. crescimento espiritual - gradativo, deixar a situação e posição de meninos para crescermos - I Pedro 2:1-3.
    4. vitória sobre o pecado - pecado é errar o alvo, com a Palavra escondida em nosso coração estamos preparados para rejeitar o pecado. Salmo 119:11.
    5. vitória sobre o inimigo - tomar a espada do Espírito que é a Palavra de Deus. Ef 6:17.
    6. segurança diante de Deus e dos homens - o obreiro aprovado, que maneja bem a Palavra. II Tm 2:15. Saber manejar bem a Palavra da Verdade é um privilégio e só consegue alcançá-lo quem se dispõe a estudar com interesse e com atitudes corretas em relação ao estudo. Manejar a palavra é saber receber a revelação da Palavra como vinda de Deus e não apenas sua lógica; aplicá-la no viver diário; e transmiti-la com fidelidade.

    CONCLUSÃO

    A intimidade com Deus é algo sublime e maravilhoso. O cristão adentra ao lugar Santo dos Santos, passa a ser participante dos segredos e mistérios de Deus, apropria-se das verdades bíblicas da Palavra de Deus para sua vida, edifica sua vida espiritual sobre sólidos fundamentos, produzindo frutos agradáveis a Deus.
    "Que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus".
    Possa o Senhor Deus trabalhar em nossas vidas de tal maneira que adentremos e tomemos posse de tão grande ministério! Amem!

VENCENDO A GUERRA ESPIRITUAL

VENCENDO A GUERRA ESPIRITUAL

A Igreja vive envolta de uma gigantesca guerra espiritual para onde quer que olhe: maridos e esposas endemoniados; filhos rebeldes; familiares religiosos, frequentadores de templos; líderes religiosos e fora do padrão de DEUS; patrões e sociedade em geral contaminados pelo mal. 
Esse é apenas um pequeno quadro da decadência espiritual pela qual passa a humanidade. Tantas portas denominacionais, tantos projetos de fé, tantas estratégias humanas e tantas pessoas mortas e derrotadas espiritualmente. O mais deprimente de tudo isso é vermos o que chamamos de Igreja de CRISTO levando rasteiras sucessivas do inimigo. O que está errado? Como vencer a guerra espiritual? 
Só há duas razões bíblicas para um desafio espiritual se levantar sobre a nossa vida: ou porque somos justos e santos, mas, mesmo assim, DEUS quer provar a nossa fé e a nossa fidelidade a ELE; ou pelos nossos pecados e mau posicionamento espiritual. 
Sobre a primeira razão vou trazer dois exemplos: um bíblico e outro dos tempos atuais. 
Uma grande guerra espiritual se levantou sobre a vida de Jó, homem íntegro e reto diante de DEUS. Mesmo tendo essas qualidades especificadas logo no primeiro versículo do livro que leva o seu nome, DEUS não o poupou das investidas de satanás. Para muitos historiadores e teólogos, a história de Jó é uma das mais antigas das Sagradas Escrituras. Jó não era adepto de religião alguma nem frequentador de nenhum templo religioso. Ele era pura e simplesmente servo do DEUS vivo. O SENHOR quis provar a fidelidade de Jó; e nada melhor do que permitir que o príncipe das trevas o atacasse. Um dia, o inimigo das nossas almas, depois de peregrinar pelo mundo e avistar a devoção de Jó a DEUS, intrometeu-se na presença do Criador, junto com os Seus filhos, e desafiou a DEUS, entrando em Sua santa presença, dizendo que a fidelidade do seu servo era por conta dos bens que possuía (dinheiro, família e saúde). E DEUS aceitou o desafio sabendo que Jó não iria decepcioná-LO. E assim fez satanás: saiu da presença de DEUS e promoveu uma matança sucessiva de todos os filhos de Jó. Eram dez. Em um só dia, dez caixões de madeira enfileirados na casa do servo de DEUS. Era muito prova para um homem acostumado a uma vida de louvor e adoração ao SENHOR e de certa tranquilidade. Depois, toda a prosperidade financeira e material fora abaixo.  Por último, a sua invejável saúde também fora afetada: úlceras malignas da cabeça à planta dos pés. Quem, experimentando uma triste realidade como essa, permaneceria de pé e adoraria a DEUS? Jó fez: “Então Jó se levantou, e rasgou o seu manto, e rapou a sua cabeça, e se lançou em terra, e adorou. E disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o SENHOR o deu, e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR. Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma” (Jó 1:20-22). Mesmo sendo incentivado pela esposa em amaldiçoar a DEUS e depois se suicidar, Jó manteve-se fiel, de pé espiritualmente: “(...) Como fala qualquer doida, falas tu; receberemos o bem de Deus, e não receberemos o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios” (Jó 2:10)
Talvez você esteja aí pensando: “Se essa prova fosse comigo, eu certamente não suportaria, murmuraria automaticamente”. O coração de Jó, embora tivesse sofrido muito, não estava nos bens que possuía, mas em DEUS de sua Salvação. Só murmuramos e negamos a nossa fé, quando não temos plena e absoluta vida sob os cuidados do SENHOR; quando criamos laços afetivos exagerados com coisas ou pessoas, e as colocamos acima de DEUS. Veja, em nosso tempo, quantos murmuraram por tão pouco... Na menor prova, demonstraram que DEUS não é o SENHOR de suas vidas, mas que o Senhorio d`ELE era dividido com a família, com a saúde, com o dinheiro ou qualquer outro bem material. 
DEUS provou a fidelidade do seu servo e ele foi aprovado. 
O segundo exemplo é um belíssimo testemunho de fé e amor a DEUS nos nossos dias. Refiro-me à guerra espiritual vivenciada pelo Pr. Mardiel Santana e sua amada esposa. Por trás de uma questão espiritual desenvolveu-se um emaranhado físico quase sem fim. Da noite para o dia, um jovem casal cristão viu-se envolvido em uma enorme guerra. Ela submeteu-se a 17 cirurgias delicadas na cabeça, fora outros problemas que se manifestaram no mesmo período. Mardiel, jovem e inexperiente, mas bem estruturado espiritualmente, suportou com maestria aqueles momentos difíceis. Perdeu tudo o que tinha, mas não perdeu o principal: a fé e a esperança em DEUS. Toda a guerra fora vivenciada por ele fora de templos, mas de hospital em hospital, de casa em casa, até em um abrigo improvisado nos fundos de uma casa humilde. Paralelo às pioras clínicas da esposa (que chegou a ser dada como um problema sem solução pelos médicos), Mardiel perdeu carros, bens, foi assaltado, viu a cozinha ao lado onde estava a esposa ir para o espaço e, por último, presenciou o fôlego de sua amada ir embora. Sim, ele esteve frente a frente com a morte dela. Mas em tudo, ele se refugiou em DEUS e adorou ao DEUS de sua vida e salvação. E assim como Jó, recebeu as maiores bênçãos e milagres do SENHOR.

Todas as pessoas, bíblicas ou não, que venceram grandes guerras espirituais, só tiveram êxito porque estiveram em um posicionamento espiritual e humano correto. Cobertura espiritual adequada, acompanhamento diário, foco correto e amor a DEUS sobre todas as coisas são fundamentais. Não é frequentando templo que se vence as guerras, até porque elas ocorrem fora desses lugares, nas casas, no trabalho, na rua, no meio da família. 
O que não se pode é querer vencer uma guerra espiritual, especialmente na área familiar, frequentando templo, arrumando-se, perfumando-se, colocando uma melhor roupa e uma Bíblia de luxo embaixo dos braços, principalmente quando se sabe qual a verdadeira posição. As consequências pela omissão são infinitamente mais drásticas do que as consequências por conta da ignorância. O omisso sabe a verdade e ainda coloca uma venda nos olhos para fingir que não sabe, que não aprendeu e, assim, não fazer o certo. O ignorante não sabe, tem a visão espiritual fechada, por isso faz tudo errado. Faça como o Salmista: “Abre tu os meus olhos, para que veja as maravilhas da tua lei” (Salmo 119:18). Dentro de templo, teu marido ou tua esposa vai pedir o divórcio, casar-se com outra (o) e até gerar filhos. E você só verá o pior acontecer. Guerra espiritual se vence fora dos templos. 
 O recado de DEUS para sua vida está dado: coloque-se na posição correta, na brecha, busque acompanhamento, apoio, sujeição e obediência de um pastor ungido pelo SENHOR. Não importa se ele é falho, pecador, se falam isso ou aquilo de ruim dele (cada qual receberá a justa recompensa pelos falatórios inúteis). O importante é as mãos do SENHOR estarem sobre sua vida, como estavam na vida de todos os grandes homens (e pecadores) de DEUS. 

Como se manter em santidade durante o namoro

Como se manter em santidade durante o namoro 

"A vontade de Deus é que vocês sejam santificados: abstenham-se da imoralidade sexual. Cada um saiba controlar o seu próprio corpo de maneira santa e honrosa". (I Ts 4:3-4 )

De acordo com a cultura do “presente século”, o conceito de “namoro saudável” está, em muitos aspectos, distante daquele apresentado na Bíblia Sagrada, de modo que até muitos crentes em Jesus desconhecem os princípios bíblicos que devem orientar este relacionamento. Neste artigo, trataremos destes princípios. Como é o namoro segundo a vontade de Deus?

 Por que Namoro Santo ?

Porque o próprio Jesus falou: Sede santos como meu Pai que está nos céus é Santo.” Isto inclui todos nós e todos nossos atos.

Não é uma meta que se deva desprezar por ser bastante alta, mas perseguir mesmo que nunca a alcancemos em toda sua plenitude.

Há namoro que não é santo? Nem é preciso falar que hoje a maioria dos namoros estão longe de serem santos.

Mas para que serve o namoro, um namoro santo? Um namoro santo é o primeiro passo para um matrimônio santo. É nele que os namorados se preparam para viver um matrimônio santo.

Pensar em matrimônio entre eles , já? Não necessariamente. Pode ser que um namoro não termine em matrimônio, mas é sempre uma preparação para o seu matrimônio.

Se você começa um namoro e sinceramente não consegue imaginar, nem que seja de forma muito superficial aquela pessoa como sua esposa, seu esposo, nem comece, você já está no caminho errado.

Outro dia alguém perguntou que mal havia em “estar” com alguém descompromissadamente, sem pensar num futuro dos dois. E a resposta é a seguinte: amor é uma opção por fazer alguém feliz, é doação, é querer o bem do outro e somente do outro. Este “estar” com alguém soa quase como aproveitar de alguém por um tempo para satisfazer minhas necessidades, minhas carências, mas, sem o mínimo compromisso com essa pessoa.

É algo parecido com o “ficar” só que mais longo, um pouco. Não há compromisso com a pessoa do outro. Eu não me envolvo como deveria, o outro também não se envolve. Satisfazemos nossas necessidades afetivas, sexuais, temos alguém para nos divertir e só isso.

Exatamente, só isso. E por isso não é amor. Não é construção de nada. Não há renúncia de nada em favor do outro, não pode ser, desde o princípio, algo para sempre.

Na celebração do matrimônio o casal promete um para o outro: receber o outro, ser fiel ao outro, amar e respeitar o outro, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, por todos os dias da vida.

É bem exigente essa promessa. E como chegar a fazer esta promessa sem se preparar? Como cumprir esta promessa sem saber o que se está fazendo?

Eu te recebo…

No meu prédio, se alguém vem me visitar, a portaria me liga, antes de deixar o visitante entrar, para ver se eu conheço a pessoa, só então liberam a entrada para que a pessoa chegue e eu possa recebê-la em casa.

A promessa do matrimônio começa com: “Eu te recebo….” , ou seja, pressupõe que eu conheça com quem estou casando.

E como conhecer se não for no namoro? É no namoro que vemos como esta pessoa reage em todas as situações da vida. Mesmo num namoro de adolescentes podemos aprender muito sobre o outro e ir imaginando como será no futuro. Os jovens com mais idade também devem prestar atenção ao seu namorado, sua namorada.

Alguns podem argumentar: “Comigo ele ou ela é uma pessoa maravilhosa.” E eu pergunto: e na escola, no trabalho, na família?

“Mas todo mundo faz!” Também nos relacionamentos todo mundo faz o outro sofrer, todo mundo trai, todo mundo começa pensando em se não der certo parto para outra.

Minha mãe sempre dizia que um bom filho será um bom pai, uma boa filha será uma boa mãe. E tem sua razão. Partindo da idéia que ele poderá ser seu esposo, um dia, e ela poderá ser sua esposa, um dia, que modelo ele ou ela tem de família? Há um bom modelo de mãe a seguir? Há um bom modelo de pai a seguir? Ele ou ela aprenderam a lutar pelo relacionamento em casa? Ou relacionamento é uma loteria na sua vida? Joga-se uns números e o resto é sorte?

É claro que não somos responsáveis pelo relacionamento de nossos pais. E que se o deles não deu certo, não quer dizer que o seu também não dará. Mas este conhecimento sobre a família é um tópico importante para o conhecimento do outro.

É preciso conhecer o outro para poder recebê-lo no sentido da promessa do matrimônio. Não só a parte boa. Quando ele ou ela está com você, apaixonado, todo carinhoso, ou carinhosa. É preciso ver como reage quando não está com você ou em situações difíceis. Isto é conhecer. Não se pode pensar que conhecer é só um pouquinho da pessoa, conhecer é o todo da pessoa.

E como tem gente cega para isso.

“Ele era um pouco mulherengo quando solteiro, mas era tão bonzinho comigo e agora me traiu sem mais nem menos!”

“Ele bebia com os amigos, mas eu pensei que após casarmos isso mudaria!”

“Eu via como ele tratava a mãe quando ela o pressionava, mas comigo era diferente. Só que agora isso virou contra mim.”

E não tem nada que cega mais nossa avaliação de uma pessoa que o sexo. O sexo é algo maravilhoso e bom. Só que na hora certa, dentro do matrimônio. Porque de tão bom e forte que é o sexo, ele nos cega para vermos todas as dimensões do outro.

O namoro é o tempo de seleção. É preciso se conhecer bem e conhecer o outro, no seu comportamento, na sua fé, na sua visão de futuro, nas suas prioridades de vida, nos seus valores.

“Ser fiel…”

É tão comum ouvir que jovens namorados se traem mutuamente, “ficando” com outros sem o menor receio. Como estes jovens, um dia, prometerão ao outro serem fieis? Que garantia terão dessa promessa ser verdadeira se desde o princípio já não há fidelidade?

 E como descobrir isso antes? Desde o namoro?

A fidelidade é uma coisa construída. Treinada. Às vezes com muito esforço para ser mantida, mas é possível. Mesmo que o mundo diga que não.

E fidelidade é compromisso com o outro. Se eu simplesmente “estou” com o outro, sem compromisso não é possível construir a fidelidade e quem sabe no futuro, ao sermos traídos nós pensemos que isso foi injusto. Talvez até seja uma injustiça. Mas foi trabalhada a fidelidade, em nós, desde o princípio dos nossos relacionamentos?

Com essa liberalidade sexual entre namorados se está treinando para a traição e não para a fidelidade. É sim, se você se sente atraído por ele ou por ela. E vão para um motel, toda vez que sentem este desejo, quem garante que quando você estiver grávida, no fim de uma gravidez, ou ele estiver com problemas no emprego e isso tirar seu interesse sexual por um tempo no casamento, não haverá uma atração por outra pessoa? E se houver outra pessoa, como você sempre se acostumou a satisfazer essa vontade, por que não trair com uma aventurazinha de nada?

Ser fiel exige renúncia. Renúncia exige treino.
“Na alegria ou na tristeza…”

Na alegria e na tristeza. Esta frase significa que não vamos agradar o outro todos os dias de nossas vidas. Significa que haverá dias em que não gostaremos do outro. Mas isso não quer dizer que nestes dias o deixemos de amar. É preciso uma decisão em favor do outro.

Gostar, alegria, tristeza, são sentimentos e amor é mais que sentimentos. Esta frase na promessa do matrimônio é sábia e pena que poucos a compreendem em sua total dimensão.

Amor é uma decisão pelo outro. Decisão que deve existir mesmo quando não é gostoso estar com o outro. O gostar fala de mim. Fala de como eu me satisfaço nesta ou naquela situação. Amor tem que dizer respeito ao outro.

Amar com bons sentimentos é o ideal, mas nem sempre é possível o tempo todo.
“Na saúde ou na doença…”

Esta parte da promessa do matrimônio é bem parecida com a promessa de cima, mas ao invés de falar de sentimentos, fala do físico. Será que nossos corpos serão os mesmos durante toda a nossa vida? Será que se hoje eu baseio o meu relacionamento na qualidade física do outro, o relacionamento vai acabar se após uma gravidez a mulher tiver estrias na barriga? Se ele engordar e cultivar uma bela barriga?

“por todos os dias de minha vida”

Esta é a parte mais profunda da promessa do matrimônio. E como todos nós estamos contaminados com o conceito de descartável, em nossas vidas “modernas”, este é o ponto mais frágil dos matrimônios ou uniões atuais.

Desde o namoro a idéia de que é fácil trocar é muito mais presente que a vontade de lutar por um relacionamento. É preciso cultivar sonhos de amor e ir tentando realizá-los durante toda a vida.

Casais que param de sonhar, perdem o sentido de estarem juntos. E é no namoro que esse “para sempre” começa. Sonhar juntos é preciso sempre. Desde o sonho de irem um dia a um show ou a um restaurante.

De poderem um dia comprar um carro juntos, de terem os filhos e amá-los, de terem um lugar só deles para morar, de ver o crescimento dos filhos, sem nunca deixar de lembrar do amor que os une. De estarem preparados para ajudar um ao outro nas dificuldades, nas suas lutas do dia a dia.

Sonhar, mesmo que sonhos “impossíveis”, como a certeza que estarão juntos mesmo daqui a 50 anos. A união do casal depende desses sonhos que vão se realizando ao longo da vida. Mesmo que sejam sonhos profissionais de um que se tornam dos dois. De maternidade ou paternidade, mas que ambos sonham juntos.

Como vemos o namoro tem uma influência enorme para o sucesso ou fracasso dos matrimônios. E só há mais um detalhe que já mencionei de leve, mas que é a chave de tudo na vida, nos namoros e nos futuros matrimônios.

Não falei matrimônio em todo este texto por acaso. Matrimônio é um sacramento em que duas pessoas se unem com a benção de Deus. Aí está a chave do sucesso. Relacionamento a dois não dá certo. Desde o namoro.

O relacionamento tem que ser a três. Deus quer estar com vocês. Deus quer mostrar seu amor para nós para ser modelo de nosso amor. E com Ele no relacionamento, desde o namoro, a vida do casal tem muito mais chance de terem cumpridas todas as promessas feitas no dia de seu matrimônio.

 A ORIENTAÇÃO BÍBLICA

Diz a Escritura: “Não é bom que o homem viva sozinho. Vou fazer para ele alguém como se fosse a sua outra metade” (Gn 2:18 ).

Com a criação de Eva, Deus deu a Adão alguém com quem ele pudesse se relacionar, conversar, dividir alegrias, descobertas, etc. O casamento é plano de Deus! Pois bem, o primeiro passo rumo a esta união é o namoro. É importante encará-lo com seriedade. Quem erra o primeiro passo, pode se complicar mais à frente.

Cerca de 75% dos problemas que os casais enfrentam têm origem na época do namoro e do noivado. Um namoro problemático, fora dos padrões estabelecidos por Deus, é danoso e pode machucar os envolvidos. Para que isso não aconteça, vejamos alguns princípios orientadores para o namoro, contidos nas Escrituras.

1. A escolha certa no namoro: 

O que o crente em Jesus precisa levar em conta, antes de escolher alguém para iniciar um namoro? Paulo dá um conselho eficaz, em II Coríntios: “Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos” (6:14a).

Você sabe o que é o “julgo desigual”? De acordo com o contexto desta passagem, colocar-se em jugo desigual significa ter ligação com uma pessoa que é totalmente diferente.

“Neste texto está relacionado a uma pessoa que não é membro da família da fé e que pode fazer com que um crente quebre a sua aliança com Deus”. Parece que o que está em questão é separar a religião pagã da religião cristã.

Veja que Paulo é contundente na seqüência: “porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas? Ou que união, do crente com o incrédulo?” (2 Co 6:14-15).

Na hora de escolher com quem namorar, o cristão precisa levar essa orientação das Escrituras a sério. É preciso conversar com a pessoa com quem se deseja namorar, saber quais são seus objetivos, seus propósitos, seus sonhos; conhecer a família. A fé que professa.

Depois de tudo isso, é indispensável perguntar se vale mesmo a pena namorar. Será que não é roubada? Afinal, se namorar determinada pessoa significa risco de quebrar a aliança com Deus, é uma tremenda fria! É bom pensar, repensar e orar. Um namoro santo começa com uma escolha certa! “Por acaso andarão duas pessoas juntas, se não estiverem de acordo?” (Am 3:3).

2. O propósito real do namoro:

Existe uma razão para namorar. A idéia de “namorar”, simplesmente por “namorar”, deve ser descartada. Por quê? Traga a sua mente o início da história humana: a união de um homem com uma mulher, por meio do casamento, conforme já dissemos, foi idéia de Deus.

Foi ele quem disse: “Portanto, o homem deixará o seu pai e sua mãe e se unirá a sua mulher” (Gn 2:24). Não se apresse a ler este texto. Medite: O que Deus criou, aqui em Gênesis? O casamento, isso mesmo! Deus não criou o namoro. O namoro é o primeiro passo para o casamento.

Se Deus nunca tivesse instituído o casamento, o namoro também não existiria.
“Ah! Mais então quando duas pessoas começam a namorar, elas são obrigadas a se casar?”

3. O cuidado físico no namoro:

O namoro deve ter limites físicos muito bem estabelecidos. Pensemos num princípio bíblico relevante, neste sentido. A Bíblia diz: “A vontade de Deus é que vocês sejam santificados: abstenham-se da imoralidade sexual. Cada um saiba controlar o seu próprio corpo de maneira santa e honrosa” (I Ts 4:3-4 .

Essa orientação do apóstolo Paulo é escrita numa época em que o mundo greco-romano era um verdadeiro caos sem lei. Parecia que a vergonha havia “sumido da terra”. A igreja surge dentro deste contexto pervertido. Orientações sobre a vida sexual precisavam ser dadas.

Paulo mostra que o crente em Jesus deve saber controlar o seu corpo em santidade e honra. Mais que isso: ele indica a maneira, através de uma expressão interessante, no versículo 6: “e que, nesta matéria, ninguém ofenda nem defraude a seu irmão”.

Atente para a palavra “defraudar”. Ela significa “despertar um sentimento ou desejo no outro que não pode ser licitamente satisfeito”, ou “utilizar como se fosse sua a propriedade de outra pessoa”.

É por isso mesmo que quem namora deve tomar cuidados físicos redobrados. Evitar a todo custo provocar o desejo sexual no outro através do contato físico exagerado ou por meio de roupas sensuais e etc. Intimidade sexual, sem compromisso sério, é “defraudar”.

O corpo do (a) namorado (a) não pertence à namorada (o) enquanto eles não se casarem.

Lamentavelmente, neste aspecto (e em muitos outros), a mídia faz um total desserviço. Vivemos numa época em que os “senhores” do mercado, os “poderosos” da mídia, querem nos convencer de que não podemos viver sem sexo.

Eles o apresentam semelhante a mais um item numa prateleira de supermercado “a ser consumido”. Deste modo, dizer que praticar o sexo fora dos laços do matrimônio é “defraudar” soa meio “antiquado”.

Mas não se esqueça: esse é o padrão de Deus. Ele é irrevogável. Portanto, é necessário obedecer-lhe.

Na seqüência, continuando a nossa busca por princípios bíblicos que devem orientar o namoro, veremos o que deve, de fato, acontecer neste relacionamento.

 Quem namora, precisa aperfeiçoar a capacidade de se relacionar.

Você já ouviu falar em “namoro virtual”? Pois é, a cada dia que passa, cresce o número da lista de pessoas que se inscrevem em sites de relacionamentos, em busca de um “namoro” assim.

Mas acontece que relacionamentos “exigem muita dedicação e habilidade”. São poucos os que estão interessados em desenvolvê-los com seriedade. O namoro virtual pode até ser “bom” para o bolso, mas priva “casal” de uma das maiores oportunidades oferecidas pelo namoro: a capacidade de aperfeiçoar os relacionamentos.

É grande o número de pessoas que relacionalmente são um desastre. Tanto no ambiente familiar como em outros locais, são inseguras, afoitas ou até mesmo estouradas, explosivas.

Quem não sabe se relacionar, só tem a perder. A Bíblia diz que duas pessoas juntas podem lucrar muito mais do que uma sozinha (Ec 4:9 . Pois bem, o namoro pode ser “um período de grande crescimento e descoberta nesta área”.

 Quem namora, precisa desenvolver a capacidade de se controlar.

O namoro tanto pode ser um tempo de muita bênção e alegria, quanto pode ser um período triste, a fazer parte de um passado a ser esquecido e enterrado.

Tudo vai depender da forma com que é encarado. Quanto o casal avança os limites estabelecidos por Deus, o risco do namoro se tornar um tempo de frustração é muito grande. É preciso autocontrole.

Se quer agradar a Deus, quem namora, precisa desenvolver esta virtude. O ato de protelar a relação sexual até o casamento serve para isso. É pedagógico.

Mostra que o “relacionamento e a verdadeira preocupação com o outro são mais importantes que a satisfação pessoal e a expressão sexual”. Quando esse princípio é levado a sério, o namoro se torna uma ótima oportunidade para se exercitar o autocontrole ou domínio próprio, uma das características do fruto do Espírito (Ef 5:23).

 Quem namora, precisa aumentar a capacidade de se comunicar.

Quanto tempo o casal de namorados passa conversando? Geralmente, muito pouco. Isso é um sinal de alerta! Não adianta se iludir se, no namoro, não existe diálogo, no casamento não existirá também.

Em Provérbios, o “controle da boca” é uma virtude desejável a ser perseguida, pois o que controla a sua boca preserva a vida (13:3a).

“Controlar a boca” não é ficar sem falar, mas falar na hora certa: “como é bom uma palavra na hora certa!” (Pv 15:23).

Meditar no que responder: “O coração do justo medita sobre o que se deve responder” (Pv 15:28).

Todas essas práticas precisam ser exercitadas no namoro: “Palavras suaves são como favos de mel, doçura para alma e saúde para o corpo” (Pv 16:24).

Você que está terminando de ler estas palavras, deve saber o quanto o casamento é importante para Deus. Sabe que ele deve ser uma união indissolúvel: “o que Deus uniu não separe o homem” (Mt 19:6b).

Pois bem, o sucesso no casamento, depende, em muitos fatores, do sucesso no namoro.

Então, se você for pai ou mãe, oriente seus filhos sobre o namoro segundo a vontade de Deus.

Não tenha medo de falar! E, se você for jovem, ou uma pessoa que está namorando ou pensando em namorar, não adie: conduza seu relacionamento de acordo com os princípios das Escrituras Sagradas. Vale a pena.