segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

VENCENDO A GUERRA ESPIRITUAL

VENCENDO A GUERRA ESPIRITUAL

A Igreja vive envolta de uma gigantesca guerra espiritual para onde quer que olhe: maridos e esposas endemoniados; filhos rebeldes; familiares religiosos, frequentadores de templos; líderes religiosos e fora do padrão de DEUS; patrões e sociedade em geral contaminados pelo mal. 
Esse é apenas um pequeno quadro da decadência espiritual pela qual passa a humanidade. Tantas portas denominacionais, tantos projetos de fé, tantas estratégias humanas e tantas pessoas mortas e derrotadas espiritualmente. O mais deprimente de tudo isso é vermos o que chamamos de Igreja de CRISTO levando rasteiras sucessivas do inimigo. O que está errado? Como vencer a guerra espiritual? 
Só há duas razões bíblicas para um desafio espiritual se levantar sobre a nossa vida: ou porque somos justos e santos, mas, mesmo assim, DEUS quer provar a nossa fé e a nossa fidelidade a ELE; ou pelos nossos pecados e mau posicionamento espiritual. 
Sobre a primeira razão vou trazer dois exemplos: um bíblico e outro dos tempos atuais. 
Uma grande guerra espiritual se levantou sobre a vida de Jó, homem íntegro e reto diante de DEUS. Mesmo tendo essas qualidades especificadas logo no primeiro versículo do livro que leva o seu nome, DEUS não o poupou das investidas de satanás. Para muitos historiadores e teólogos, a história de Jó é uma das mais antigas das Sagradas Escrituras. Jó não era adepto de religião alguma nem frequentador de nenhum templo religioso. Ele era pura e simplesmente servo do DEUS vivo. O SENHOR quis provar a fidelidade de Jó; e nada melhor do que permitir que o príncipe das trevas o atacasse. Um dia, o inimigo das nossas almas, depois de peregrinar pelo mundo e avistar a devoção de Jó a DEUS, intrometeu-se na presença do Criador, junto com os Seus filhos, e desafiou a DEUS, entrando em Sua santa presença, dizendo que a fidelidade do seu servo era por conta dos bens que possuía (dinheiro, família e saúde). E DEUS aceitou o desafio sabendo que Jó não iria decepcioná-LO. E assim fez satanás: saiu da presença de DEUS e promoveu uma matança sucessiva de todos os filhos de Jó. Eram dez. Em um só dia, dez caixões de madeira enfileirados na casa do servo de DEUS. Era muito prova para um homem acostumado a uma vida de louvor e adoração ao SENHOR e de certa tranquilidade. Depois, toda a prosperidade financeira e material fora abaixo.  Por último, a sua invejável saúde também fora afetada: úlceras malignas da cabeça à planta dos pés. Quem, experimentando uma triste realidade como essa, permaneceria de pé e adoraria a DEUS? Jó fez: “Então Jó se levantou, e rasgou o seu manto, e rapou a sua cabeça, e se lançou em terra, e adorou. E disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o SENHOR o deu, e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR. Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma” (Jó 1:20-22). Mesmo sendo incentivado pela esposa em amaldiçoar a DEUS e depois se suicidar, Jó manteve-se fiel, de pé espiritualmente: “(...) Como fala qualquer doida, falas tu; receberemos o bem de Deus, e não receberemos o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios” (Jó 2:10)
Talvez você esteja aí pensando: “Se essa prova fosse comigo, eu certamente não suportaria, murmuraria automaticamente”. O coração de Jó, embora tivesse sofrido muito, não estava nos bens que possuía, mas em DEUS de sua Salvação. Só murmuramos e negamos a nossa fé, quando não temos plena e absoluta vida sob os cuidados do SENHOR; quando criamos laços afetivos exagerados com coisas ou pessoas, e as colocamos acima de DEUS. Veja, em nosso tempo, quantos murmuraram por tão pouco... Na menor prova, demonstraram que DEUS não é o SENHOR de suas vidas, mas que o Senhorio d`ELE era dividido com a família, com a saúde, com o dinheiro ou qualquer outro bem material. 
DEUS provou a fidelidade do seu servo e ele foi aprovado. 
O segundo exemplo é um belíssimo testemunho de fé e amor a DEUS nos nossos dias. Refiro-me à guerra espiritual vivenciada pelo Pr. Mardiel Santana e sua amada esposa. Por trás de uma questão espiritual desenvolveu-se um emaranhado físico quase sem fim. Da noite para o dia, um jovem casal cristão viu-se envolvido em uma enorme guerra. Ela submeteu-se a 17 cirurgias delicadas na cabeça, fora outros problemas que se manifestaram no mesmo período. Mardiel, jovem e inexperiente, mas bem estruturado espiritualmente, suportou com maestria aqueles momentos difíceis. Perdeu tudo o que tinha, mas não perdeu o principal: a fé e a esperança em DEUS. Toda a guerra fora vivenciada por ele fora de templos, mas de hospital em hospital, de casa em casa, até em um abrigo improvisado nos fundos de uma casa humilde. Paralelo às pioras clínicas da esposa (que chegou a ser dada como um problema sem solução pelos médicos), Mardiel perdeu carros, bens, foi assaltado, viu a cozinha ao lado onde estava a esposa ir para o espaço e, por último, presenciou o fôlego de sua amada ir embora. Sim, ele esteve frente a frente com a morte dela. Mas em tudo, ele se refugiou em DEUS e adorou ao DEUS de sua vida e salvação. E assim como Jó, recebeu as maiores bênçãos e milagres do SENHOR.

Todas as pessoas, bíblicas ou não, que venceram grandes guerras espirituais, só tiveram êxito porque estiveram em um posicionamento espiritual e humano correto. Cobertura espiritual adequada, acompanhamento diário, foco correto e amor a DEUS sobre todas as coisas são fundamentais. Não é frequentando templo que se vence as guerras, até porque elas ocorrem fora desses lugares, nas casas, no trabalho, na rua, no meio da família. 
O que não se pode é querer vencer uma guerra espiritual, especialmente na área familiar, frequentando templo, arrumando-se, perfumando-se, colocando uma melhor roupa e uma Bíblia de luxo embaixo dos braços, principalmente quando se sabe qual a verdadeira posição. As consequências pela omissão são infinitamente mais drásticas do que as consequências por conta da ignorância. O omisso sabe a verdade e ainda coloca uma venda nos olhos para fingir que não sabe, que não aprendeu e, assim, não fazer o certo. O ignorante não sabe, tem a visão espiritual fechada, por isso faz tudo errado. Faça como o Salmista: “Abre tu os meus olhos, para que veja as maravilhas da tua lei” (Salmo 119:18). Dentro de templo, teu marido ou tua esposa vai pedir o divórcio, casar-se com outra (o) e até gerar filhos. E você só verá o pior acontecer. Guerra espiritual se vence fora dos templos. 
 O recado de DEUS para sua vida está dado: coloque-se na posição correta, na brecha, busque acompanhamento, apoio, sujeição e obediência de um pastor ungido pelo SENHOR. Não importa se ele é falho, pecador, se falam isso ou aquilo de ruim dele (cada qual receberá a justa recompensa pelos falatórios inúteis). O importante é as mãos do SENHOR estarem sobre sua vida, como estavam na vida de todos os grandes homens (e pecadores) de DEUS. 

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