segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Aprendendo a suportar uns aos outros

Aprendendo a suportar uns aos outros 
Com toda a humildade e mansidão, com paciência, suportando-vos uns aos outros em amor (Ef. 4 2).

Quando Deus diz suportando-vos uns aos outros é por que a primeira coisa que Deus quer que nós entendamos é que pode haver imperfeições; tanto de uma parte como de outra, o que precisamos é nos colocar no lugar dele, e compreendê-lo e ajudá-lo que é disso que está precisando neste momento.

Para suportar você vai precisar usar a humildade, mansidão, paciência e o amor, é uma oportunidade para nós exercitarmos para podermos crescer no fruto do espírito, a maioria dos cristãos ainda não cresceram no fruto do espírito porque não o exercitam, não usam.

De modo geral as pessoas não suportam as outras, não tolera as fraqueza das outras, com freqüência ouvimos as pessoas dizerem eu não suporto fulano, as vezes uma fraqueza torna-se até motivo de comentários, não é confortável suportar as fraquezas de alguém, mas é fortalecedor e abençoador; é quando crescemos em algumas áreas e ajudamos alguém a crescer.

Suportar é algo que está muito além desta concepção. Significa sustentar, estar debaixo de..., sofrer, etc. Creio que a gravura ao lado melhor define o que verdadeiramente significa, suportai-vos uns aos outros. Muitas vezes somos intolerantes com o nosso próximo, não aceitando suas fraquezas, sua queda.

É suportando o caído que mostraremos o verdadeiro amor. Quantos estão hoje em dia nas igrejas sem forças para vencer o pecado, sem forças para superar suas perdas, com cargas tão pesadas que não pudesse se levantar.

É aí que o Senhor nos chama para "levar as cargas uns dos outros", para "suportar-nos em amor", para servirmos de apoio para aquele que não tem forças para caminhar. Jesus não olhou para nossa condição de pecador quando carregou a cruz pesada, que era para nós mesmos carregarmos. Ele suportou a cruz, Ele suportou os cravos, Ele suportou a dor, e muitas vezes por causa de uma ofensa ou de um desagrado somos incapazes de suportar o próximo. Veja agora o que a Bíblia diz sobre suportar:

O suportar não é apenas um conceito do Novo Testamento. Em Provérbios diz:

“Não digas: Como ele me fez a mim, assim o farei eu a ele; pagarei a cada um segundo a sua obra” (Pv 24.29).

Isso nos dá um exemplo poderoso do presente aviso na vida de David. Ele ficou furioso com desejo de vingança contra um homem mau chamado Nabal. Nabal recusou ajudá-lo, quando Davi precisava. David jurou vingança, mas obedeceu ao conselho de Deus: “Não faça vingança… que o Senhor luta sua batalha“. A situação foi neutralizada a tempo e Davi louvou a Deus por sua intervenção.

Davi teve outra chance de uma vingança fácil quando ele encontrou o seu perseguidor, Saul dormindo em uma caverna em que o próprio Davi estava escondido.

Os homens de Davi o pressionaram, dizendo: “É a vontade de Deus; Ele entregou o teu inimigo em tua mão; Mata-o e seja vingado”; Mas Davi resistiu, e cortando um pedaço do manto de Saul, então, a fim de provar que ele poderia ter matado Saul naquele momento. Estas ações são sábias, pois Deus envergonha os nossos inimigos, que foi o caso quando Davi mostrou a Saul o pedaço de pano. Saul respondeu:

“E disse a Davi: Mais justo és do que eu; pois tu me recompensaste com bem, e eu te recompensei com mal.” (1 Sm 24.17).

Perdoar inclui dois mandamentos:

(1) amar nossos inimigos e
(2) Orar por eles.

“Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejam filhos do vosso Pai que está nos céus” (Mt 5.44).

Um velho sábio pregador disse, “Se você orar por seus inimigos, você pode fazer tudo”. Eu percebi que isso é verdade em minha própria vida.

Jesus nunca disse que seria fácil perdoar. Quando ordenado, “Amai os vossos inimigos”, a palavra grega “amor” não significa “amor”, mas “compreensão moral”. Simplesmente, perdoar alguém não tem nada a ver com emoções, mas se trata sim de tomar uma decisão moral para eliminar o ódio de nossos corações.

1. A importância do perdão

1.1 Perdoar é esquecer

O ser humano é capaz de se recordar de fatos de 20 ou 30 anos de uma mágoa do passado.

"Por isso é necessário fazer-se distinção entre esquecimento emocional e mental. Lembrar da ofensa de tal modo que ela continue a afetar o relacionamento emocional não é perdoar." (Hb 8.12) - Porque serei misericordioso para com suas iniqüidades, E de seus pecados e de suas prevaricações não me lembrarei mais.

1.2 Perdão não é sentimento
(Cl 3.13) - Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também. "Perdão é um ato de fé baseado na ordem de Deus"

1.3 Perdoar não é voltar ao passado
Sempre que voltamos a pensar no que aconteceu, continuamos alimentando um ressentimento, uma amargura. Trazer o passado de volta é uma força destrutiva porque:

1.3.1 Não há nada que se possa fazer para mudar algo que já aconteceu.

1.3.2 Guardar a culpa tira nossa energia de viver (Sl 32.1) - BEM-AVENTURADO aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto.

(Sl 32.2) - Bem-aventurado o homem a quem o SENHOR não imputa maldade, e em cujo espírito não há engano.

(Sl 32.3) - Quando eu guardei silêncio, envelheceram os meus ossos pelo meu bramido em todo o dia.

(Sl 32.4) - Porque de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; o meu humor se tornou em sequidão de estio.

(Sl 32.5) - Confessei-te o meu pecado, e a minha maldade não encobri. Dizia eu: Confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado.

1.3.3 Não desligar do passado e prosseguir tentando fingir que nada aconteceu, é falta de entendimento sobre o perdão de Deus em nossas vidas. Há pessoas que estão sendo destruídas pelo passado.

1.4 Perdão sem exigências

Perdão não é exigir mudanças, por parte da outra pessoa, antes de nosso perdão.

Jesus perdoou mesmo sabendo de antemão que seria humilhado e ferido por nós.

(Lc 6.31) - E como vós quereis que os homens vos façam, da mesma maneira lhes fazei vós, também.

"Quando exigimos mudanças na vida de outra pessoa, nos colocamos no papel de juiz".

2. Aprendendo a perdoar.

2.1 A dificuldade do perdão 
Creio que umas das coisas mais difíceis da vida cristã é perdoar, especialmente quando fomos profundamente feridos. Mas mesmo assim é isto que Deus quer. Você já meditou atentamente no quando custou para Deus perdoar a você e a mim? Custou a vida de seu único filho! Que alto preço!

Perdoar vai custar seu orgulho. É não exigir seus direitos. É não vingar. Na realidade, é deixar a pessoa livre, nada devendo. É não querer que a pessoa pague pelo seu pecado.

Em algum momento da vida, todos já sofreram injustiças, ofensas e pecados.

O perdão seria simples se nós tivéssemos que concedê-lo somente àqueles que vêm pedir com tristeza e arrependimento. A Bíblia nos diz que devemos perdoar incondicionalmente àqueles que pecaram contra nós.

Recusar-se verdadeiramente a perdoar a uma pessoa demonstra ressentimento, amargura e raiva: e nenhumas dessas características são próprias de um cristão.

Na oração do Pai Nosso, pedimos a Deus que nos perdoe de nossos pecados, assim como perdoamos aos nossos devedores (Mt 6.12).

Jesus disse em Mateus 6:14-15: “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas.” À luz de outras Escrituras que falam do perdão de Deus, compreende-se melhor Mateus 6:14-15 como dizendo que as pessoas que se recusam a perdoar ainda não experimentaram, elas mesmas, o perdão de Deus.

Sempre que falhamos desobedecendo a um dos mandamentos de Deus, contra Ele pecamos. Todas as vezes que fazemos mal a outra pessoa, pecamos não somente contra ela, mas também contra Deus.

Quando olhamos a vastidão da misericórdia de Deus em nos perdoar de TODAS as nossas transgressões, nos damos conta que nós não temos o direito de reter esta graça para com os outros. Pecamos contra Deus infinitamente mais do que qualquer pessoa poderia algum dia pecar contra nós.

Se Deus nos perdoa de TANTO, como podemos recusar perdão a outros por tão pouco? A parábola de Jesus em Mateus 18:23-35 é uma poderosa ilustração desta verdade. Deus promete que quando viermos a Ele pedindo perdão, Ele livremente o concede (I Jo 1.9).

O perdão que estendemos não deve ter limites da mesma forma que o perdão de Deus é ilimitado(Lucas 17:3-4).

2.2 Perdão e ação.

É dar amor quando ela espera ódio. É dar compreensão quando espera raiva, vingança. É recusar buscar sua própria vontade. Para que haja esta reação é preciso tempo, é preciso que o Espírito Santo faça uma obra de restauração no coração e nos preencha das graças de nosso maravilhoso Deus

2.3 Perdoar é substituir
(2 Co 5.21) - Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus. (Jesus substituiu literalmente, toda nossa transgressão para que fossemos feitos justiça de Deus e não nossa)

Só existe perdão quando existe ofensa. Para perdoar, então, é preciso que alguém nos tenha machucado ou prejudicado. Logo, não é preciso nenhum esforço para concluir que perdoar seja coisa difícil de fazer. Se perdoar fosse um assunto fácil, a Bíblia não se preocuparia com ele.

Ora, se perdoar é tão difícil, por que o Apóstolo nos manda perdoar? E mais: perdoar como o Senhor nos perdoou! Uma das razões é que, sem perdão, vivemos dominados pela vingança. É o olho por olho e o dente por dente. Só que, na prática, a vingança não se contenta com justiça. O vingador sempre sente necessidade de ferir mais do que foi ferido.

O outro, por sua vez, também se sente no direito de vingar-se. Chega um ponto em que o ódio predomina e ninguém acha que é suficiente. Só o perdão anula a vingança. Perdoados por Cristo, anulamos a necessidade de vingança. Perdoando como Cristo nos perdoou, construímos um pouco do céu, na Terra.

Leia e medite no que A Palavra de Deus fala sobre o verdadeiro Amor de uns para com os outros:

Jo 13.34; 13.35; 15:12; 15.17;

Rm 12.10; 13.8; 14.13; 15.7; 15.14; 16.16;

1 Co 16.20;

2 Co 13-12ª;

Ef 4.2; 4.32; 5.21;

Cl 3.9,13;

1 Ts 4.9; 4.18; 5.11;

Tt 3.3;

Hb 10.24:

“Tg 5.16;

1 Pe 1.22; 4:10;5.14;1

Jo 3.11,23; 4.7,11;12.

O apóstolo Paulo dá o seu parecer sobre esse assunto Os cristãos de Corinto estavam constantemente se envolvendo em brigas e confusões uns com os outros. Por causa do inchaço e justiça própria, estavam levando seus irmãos aos tribunais seculares para decidir suas disputas. “Paulo então os exorta a não procederem desta forma, dizendo:” Ousa algum de vós, tendo uma queixa contra outro, ir a juízo perante os injustos, e não perante os santos?...Para vos envergonhar o digo.

Será que não há entre vós sequer um sábio, que possa julgar entre seus irmãos? Mas vai um irmão a juízo contra outro irmão, e isto perante incrédulos? Na verdade já é uma completa derrota para vós o terdes demandas uns com os outros.

Por que não sofreis antes a injustiça? Porque não sofreis antes a fraude?"(I Co 6.1 - 7). As palavras de Paulo são tão claras que não exigem interpretação de nenhum douto para saber que é vergonhoso e desonroso a um cristão levar outro a juízo por causa de uma ofensa qualquer. Isto na verdade só mostra de que espírito é este cristão, pois não querendo sofrer com paciência a injustiça e deixar a vingança para Deus, quer fazer-se ele mesmo justiça própria. Que estes "Cristãos" possam meditar nos seguintes versos, antes de ir a um tribunal para processar seu irmão por causa de alguma ofensa cometida:

(V.1) ”Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas”. (Mt 6.15).


2 "E, quando estiverdes orando, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai, para que vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas” (Mc 11.25).

Que Deus nos ajude a negar a nós mesmos e oferecer o perdão àqueles que nos caluniam e nos maltratam, já que cada um de nós somos devedores a Deus e ao nosso semelhante.

Se não perdoarmos aos homens por certo que o nosso pai celestial não perdoará as nossas ofensas.

Na oração do pai-nosso Jesus nos ensinou a orar dizendo: “Perdoa as nossas dívidas assim como nós perdoamos aos nossos devedores” (Mt 6.12); esse principio foi defendido por Ele no transcurso de sua preleção aos seu discípulos.

Já que nós somos os seus seguidores devemos nos moldar por esse padrão por Ele estabelecido.

Fiquem com Deus e que a Paz do Senhor Jesus repouse em cada coração.

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