AS QUATRO VIRTUDES ADMIRÁVEIS E UMA DECISÃO INFELIZ DE UM JOVEM RICO
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Marcos - 10 - 17 : 23. Esse texto fala sobre a história de um homem que possuía características muito peculiares e uma delas era a curiosidade. Ele era uma pessoa que sabia das últimas novidades da região. E a última novidade naquela época era: Jesus está na cidade. Só que ele, além de ser curioso e bem informado, era ainda uma pessoa influente e rica. A Bíblia narra que, quando Jesus encontrou esse homem, Ele o amou, porque viu que havia em seu coração sinceridade. Ele foi tão sincero e tão verdadeiro que Jesus, olhando para o âmago de sua vida, viu a profundidade do seu caráter quando ele disse: Eu guardo os teus mandamentos desde a minha infância. Jesus lhe disse: vai e vende tudo o que tem e dê aos pobres. Porém, ele ficou pesaroso porque era muito rico. Esse jovem de posição, contava que sua riqueza o habilitaria a herdar a vida eterna, mas para Deus não é assim. Ele não estava disposto a se desfazer de sua riqueza, apesar da ordem de Jesus. Não há evidência mais clara de confiança em Jesus do que obedecer ao seu mandamento. Por outro lado, a maior evidência da não confiança no Senhor, está em desobedecê-lo. O jovem rico nada mais representa do que o caminho da filantropia, de “algumas” religiões que a praticam entusiasticamente, achando que agindo assim, poderão ganhar a sua “salvação”. O texto de Marcos 10:17-23 menciona quatro virtudes desse jovem rico, e sua decisão infeliz diante de Jesus. Esse fato aconteceu logo após Jesus ter abençoado as criançinhas. Possivelmente o jovem rico teria visto a bênção dos meninos, e ao ver essa enternecedora demonstração de amor, sentiu-se impulsionado a formular a sua pergunta. É o que iremos ver agora. 1. A PRIMEIRA VIRTUDE - FOI DIRETAMENTE À PESSOA CERTA. Aquele homem foi à pessoa certa, Jesus. Aproximou-se de Jesus, quando este se retirava da cidade (Mc.10.17). O fato do homem chegar correndo a Jesus, reflete a impaciência da juventude, mas quando ele se ajoelha demonstra sinceridade e ternura. Sua atitude foi realmente notável, diferente dos fariseus, que só se aproximavam de Jesus para provocá-lo. Observe que ele não procurou nenhum dos discípulos de Jesus, foi direto à fonte. Essa é uma das características de alguém que tem a vida sedenta de Deus. Uma pessoa sedenta não vai a ribeiros, vai à fonte. A água dos ribeiros pode estar contaminada, mas a água da fonte é sempre límpida. O homem foi a quem poderia responder ao anseio de sua alma. Observamos no texto que ele não bateu cabeça como muitas pessoas que podem até ter as mesmas qualidades que ele, mas lhes falta essa inteligência perceptiva de procurar a pessoa certa. Esse episódio foi marcante, pois dele Jesus aproveita para doutrinar seus discípulos, ensinando que em primeiro lugar deveria vir a abnegação, um requisito super importante para se entrar no Reino dos Céus. Em segundo lugar, está o grande perigo no apego do amor pelo dinheiro!. 2. A SEGUNDA VIRTUDE - FICOU NA POSIÇÃO CORRETA Ficou na posição correta porque ao encontrar-se com o Mestre, prostrou-se diante DELE. Tal atitude prova que esse homem possuía em seu coração o desejo de adorar a pessoa certa. Por isso, ao chegar diante de Jesus, foi logo adorando-o. Jesus também nos tem convidado a adorá-lo, além disso, se dispõe a nos aceitar como seus melhores amigos. A adoração a Deus consiste nos atos e atitudes que reverenciam e honram à majestade do grande Deus do céu e da terra. Sendo assim, a adoração deve concentrar-se em Deus e não no ser humano. Aquele jovem nos apresenta uma atitude autêntica e louvável de um adorador, quando jogou-se aos pés de Jesus. É importante dizer para os irmãos que, o simples fato de nós, como cristãos, realizarmos um culto, não nos garante de que há verdadeira adoração, nem que Deus aceite o nosso louvor e ouça as nossas orações, se tudo isso não passar de mera formalidade!. Uma adoração externa, só de aparência, e com o coração longe de Deus, não passa de uma tremenda hipocrisia: Deus nos vê somente um fariseu com capa de CRISTÃO!. 3. A TERCEIRA QUALIDADE - DESCOBRIU A IDENTIDADE CERTA Descobriu a identidade certa. Ele disse: Mestre, reconheço que Tu és bom. Ele reconheceu a identidade de Jesus como sendo o Deus Todo Poderoso. Como um homem curioso, ele descobriu quem era Jesus. Mas não foi além de descobrir e se expressar!. A forma na qual o jovem se dirigiu a Jesus, foi inusitada, incomum, para os padrões da época. Não há na literatura judaica, registro de que alguém tenha chamado de “bom” a um rabino. Todavia aquele jovem reconheceu em Jesus o próprio Deus diante dele!. Sabemos que o jovem possuía uma boa posição e ao que parece gozava da confiança de seu povo (Mt.19.16), portanto tudo indica que ele não chamou Jesus de “Bom Mestre” por ignorância ou descuido. Quando Jesus disse que só Deus era “bom”, talvez tivesse deixado aquele homem perplexo com essa resposta, mas Jesus estava tentando ajudar o jovem a compreender claramente o significado da sua saudação. Jesus vendo a atitude daquele homem, reconheceu a sua perfeita sinceridade e o seu discernimento. Quis somente fortalecer a sua fé fazendo-lhe uma declaração ainda mais clara para o seu parecer: “Ninguém há bom senão um que é Deus”!. Jesus estava dizendo a aquele jovem rico, que a bondade suprema é característica exclusiva de Deus (Sl. 31.19 - 52.1). Jesus não estava negando a sua divindade, como poderia parecer a primeira vista, e sim clarear o pleno significado da afirmação daquele jovem. Em muitas linguagens modernas, “bondade” é um termo um tanto genérico. Seu uso bíblico porem, é bem diferente. Primeiramente, essa palavra referem-se a virtude e a excelência moral de Deus. Pode-se dizer, então, que a bondade faz parte da própria natureza de Deus. Todos os seus atributos – incluindo poder, justiça e sabedoria – são inteiramente bons. No entanto é mais correto descrever a bondade de Deus como expressão do seu amor. A bondade de Deus é uma qualidade ativa, expressa em ações para com os outros. Paulo já dizia que as pessoas se sentem mais atraídas a quem é bondoso do que a um justo (Rm.5.7). Podemos até confiar em um justo que siga fielmente todos os mandamentos da lei; mas quem é bom faz mais do que isso!. Ainda que aquele jovem rico tivesse usado o termo Bom Mestre como título lisonjeiro, Jesus mesmo assim modestamente direcionou toda a glória ao Pai. Somente Deus fornece o único padrão pelo qual se pode determinar o que é bom. Ele é o Doador de “toda boa dádiva e todo dom perfeito” (Tg.1.17) 4. A QUARTA VIRTUDE - FEZ A PERGUNTA CERTA Fez a pergunta certa à pessoa certa. Ele disse: Mestre, o que eu farei para herdar o Reino de Deus? A sua pergunta foi boa, pois nos revela um profundo interesse e uma grande motivação pelas coisas do Reino. Por certo, esse jovem rico fazia o bem aos outros para “alcançar a vida eterna”. No entanto, já sabemos que os filhos de Deus fazem o bem porque dão valor aos seus irmãos e também cuidam bem deles como Deus o faz. Podemos então entender que a “bondade” do jovem rico estava tão distante do reino quanto o fariseu com seu senso próprio de justiça. Notamos também que ele tinha imensa fome de Deus, queria entender mais a fundo a essência do Reino. A forma como ele falou com Jesus fez com que o Mestre fosse mexido, se compadecesse dele por causa de sua afirmativa, quando disse a Jesus: Tu és bom!. Tu és “bom” (v.10.18) Na linguagem grega encontramos duas palavras para “bom”. Ambas são utilizadas no Novo Testamento. Uma delas (agathos), toma a forma como “útil” ou “benéfico” e é um termo moral. A outra (kalos), tende a reforçar ao aspecto esteticamente agradáveis significando, “belo”. Definitivamente, só Deus é bom de verdade. Ainda hoje essa história fala aos nossos corações ao lermos que um homem ao encontrar-se com Jesus e reconhecê-lo como Deus, saiu de Sua presença com pesar por não querer abrir mão de sua vida regalada. Quantas pessoas conhecemos que, durante a sua trajetória cristã, tem tudo para tornarem-se pessoas excepcionais, mas se perdem no meio da caminhada! Quando ele disse a Jesus que guardava os mandamentos desde a sua infância, Jesus o amou, porque sabia que ele falava a verdade. A questão toda era que esse homem, apesar de falar a verdade, era legalista, religioso, cumpria as leis, possuía influência dentro da comunidade judaica, mas seus conceitos sobre o Reino de Deus estavam completamente equivocados!. No momento em que encontrou Jesus, era a hora do seu teste. Jesus disse que ele deveria ir e vender tudo o que possuía. Jesus sabia que ele era rico e apegado às riquezas. Portanto, o deus da sua vida era Mamom e Jesus pediu exatamente que renunciasse o deus que ele tinha em particular. Nessa hora, porém, a Bíblia diz que ele saiu triste e pesaroso. No versículo 23, Marcos nos dá uma visão extraordinária daquela situação: Jesus fica observando, olhando um a um dos seus discípulos para ver como estavam reagindo diante da decisão daquele jovem. Ao afirmar Jesus que seria “difícil os ricos entrarem no Reino de Deus”, os apóstolos ficaram atônitos diante daquela declaração (v.26). O que isso significa? É exatamente a condição de querer seguir Jesus, sem ter que abrir mão de algumas coisas que são maiores do que Jesus em nossa vida. Só Jesus mesmo pode nos mostrar que, apesar de nosso comportamento ser aprovado diante de alguns que não têm discernimento, diante d’Ele tudo se descortina, nada fica em oculto diante de Sua maravilhosa presença. Diante de Jesus não há máscaras!. Hoje Ele está dizendo que, ainda que você tenha características tão relevantes, como as do homem de Marcos 10, como percepção, curiosidade, riquezas interiores, você também precisa renunciar qualquer característica e situação que atrapalhe o seu relacionamento com Deus. A DECISÃO MAIS INFELIZ DA VIDA DAQUELE JOVEM Você, diferentemente desse homem, não deve tomar a decisão de sair triste e pesaroso. Ao contrário, sairá na alegria do Senhor, compreendendo que essa renúncia lhe dará o direito de tomar posse da grandeza das bênçãos que Deus tem preparado para sua vida, entendendo que todos somos testados quando estamos diante de Jesus. Vai, Vende Tudo o que Tens – Esse foi o momento mais importante na vida daquele homem. Jesus pôs o jovem rico no seu ponto mais fraco: suas riquezas. Ele não estava disposto a dar mais valor a Cristo do que aos seus bens. Esta declaração de Cristo não significa que todos os crentes devem vender tudo o que possuem, pois precisamos atender as necessidades da nossa família e doutras pessoas, Devemos, no entanto, estar dispostos a abrir mão de tudo quanto Jesus pede da nossa parte. Nossa dedicação a Ele não pode ser nada menos do que isto. Aquele jovem foi educado sobre as regras rígidas do judaísmo, as suas práticas exteriores eram mais importante o ser do que o sentir; o formal era mais valioso que o real; e o exterior lhe parecia mais valioso que o interior. O jovem rico professava amar a Deus, mas quando Jesus o colocou diante daquela prova de repartir os seus bens, mostrou um caráter e um defeito gravíssimo: o seu egoísmo. Para seguir Jesus, aquele jovem precisava eliminar esse devastador sentimento para chegar a perfeição que Jesus queria nele. Quando Pedro, João e André foram chamados pela primeira vez, Jesus não lhes pediu que vendessem seus barcos e suas redes, pois essas coisas não impediam que eles lhe seguissem; mas quando foram chamados definitivamente, deixaram TUDO para seguir Jesus. Toda pessoa que ama mais as coisas terrenas do que a Jesus, se tornará indigno DELE. Paulo “perdeu tudo para ganhar Jesus” ( Fl.3.7-10). Todavia o jovem rico não estava disposto e nem pronto para fazer isto. Ali estava a sua cruz, mas negava-se a tomá-la. A sua decepção foi grande quando compreendeu o “sacrifício” que Jesus lhe impôs para alcançar a vida eterna. Toda sua alegria com a qual tinha chegado até Jesus transformou-se em pena e tristeza (v.17). “O preço” da vida eterna para aquele homem era maior que o que estava disposto a pagar. Suas posses era o que tinha de mais importante na sua vida, constituiu um ídolo, e a elas lhes rendia devoção e adoração. Quando Jesus lhe propôs que ele vendesse tudo o que tinha, Jesus tinha como objetivo livrá-lo das garras da idolatria das riquezas. Essa foi a única proposta que Jesus lhe fez para alcançar o Reino do Céu. O jovem tinha muitas propriedades, mas não tinha a sabedoria celestial para administrá-las devidamente, por isso sua riqueza se transformou em maldição, em vez de benção!. Abrahão era riquíssimo, e ao mesmo tempo “amigo de Deus”. Para o jovem rico, a porta era demasiada apertada, e o caminho pelo qual deveria passar era muito estreito. Os discípulos tiveram a oportunidade de ver um exemplo de como é difícil entrar no reino do céu, aqueles que tem o seu coração posto nas riquezas. Um jovem rico, um camelo, uma agulha, e um reino. Usando essas quatro palavras, Jesus deixou bem claro para os discípulos e para nós tambem, que mediante o esforço humano, é difícil nos livrarmos do amor às riquezas, a não ser para aqueles que estão dispostos a permitir que o poder de Deus mude o curso da sua vida, transformando o caráter daqueles que procuram entrar no reino do céu. No versículo 26, encontramos os discípulos admirados com todo aquele acontecimento, e começam a questionar entre eles, “Quem poderia então salvar-se?”. Jesus olhando fixamente para eles lhes responde: “Para os homens é impossível, mas não para Deus, porque para Deus, todas as coisas são possíveis” (v.27). É o milagre da graça divina! Não permita que o amor por riquezas terrenas, o impeçam de entrar no Reino de Deus. Todos viram, ouviram, e pararam para meditar sobre aquele acontecimento, e aprenderam que não é o prestígio ou o poder das riquezas que irá nos credenciar a um lugar reservado no céu. O jovem rico que vivenciou tudo isso se foi, e Jesus com seus discípulos seguiram seu caminho!. |
domingo, 25 de junho de 2017
AS QUATRO VIRTUDES ADMIRÁVEIS E UMA DECISÃO INFELIZ DE UM JOVEM RICO
Deus quer o aperfeiçoamento dos Santos
Deus quer o aperfeiçoamento dos Santos
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Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo. [Ef 4.12-13]
Vivemos numa época em que os valores estão sendo descartados dia-a-dia. A sociedade tem andado num ritmo acelerado de inversão de valores a ponto de não nos espantarmos mais com a infinidade de absurdos que nos são comunicados. O mundo tenta impor, através de uma infinidade de meios, que Deus, a família, a igreja, o bom caráter e a moral não relevantes ou necessários. Nesta sociedade relativista, o valor absoluto das coisas se perdeu, e cada qual cria seu próprio mundo, sua própria cosmovisão. Desta forma, os valores que o cristianismo apregoa são considerados por muitos como falidos e ultrapassados. Valores estranhos que outrora não faziam parte da realidade da igreja passam a ser tolerados. A igreja que antes era caracterizada por andar na contramão dos valores materialistas tem se deixado levar por modismos e novidades que passam a moldar seu “novo” jeito de ser. Neste ritmo, já não podemos brilhar como luz do mundo e nem temperar como sal da terra. Neste ritmo, a moral e o bom caráter não têm um valor tão intenso como deveria ter. Não importa se a igreja faz a diferença no meio em que está inserida, em sua comunidade, mas o que importa é ser numérica, mesmo que não tenha qualidade. O objetivo com este estudo é definir e apresentar uma proposta para trazer para a aplicação pessoal a essência do caráter cristão, entendendo como ele é formado, quais são seus valores, suas virtudes. Veremos como isso faz toda diferença. O Espírito Santo nos revela claramente qual o propósito de Deus quando trata do aperfeiçoamento dos santos, santo quer dizer separado, e quando você aceita a Jesus como seu Senhor e Salvador você passa a ser santo (separado) retirado das mãos de satanás. Entenda que todos nós temos pelo menos um dom espiritual, veja em 1Co 1.7, dons espirituais são capacidades que Deus nos concede para que o sirvamos, venhamos a dar frutos para o Reino de Deus e não para o nosso bel-prazer (e muitos cristãos não tem entendido isto, ou não fazem questão de entender). Cada cristão tem pelo menos um dom (1Pe 4.10). Diante do mencionado acima entenda que o versículo 12 diz claramente que Deus quer o nosso aperfeiçoamento para a obra do ministério, para edificar, consolidar o corpo de Cristo. Para qual ministério Deus tem te chamado? Caso você ainda não tenha a certeza, você precisa orar e pedir para Deus confirmar aonde ele quer que você atue, em qual ministério... ore, estude a Bíblia, preste atenção na Palavra ministrada no culto e Deus certamente te revelará, pois todos nós temos uma função no corpo de Cristo, pode ser para recepcionar visitantes quando chegam à igreja, ou visitas em hospitais, presídios, em lares de crianças carentes, pessoas abandonadas nas ruas ou professor de escola dominical, para ser pastor, ministério de louvor, de intercessão, há muito serviço na obra de Deus. Muitos podem perguntar: Cadê o ministério de evangelização? Realmente, este eu não coloquei, pois este ministério é uma obrigação de todo cristão. Em Mt 28.19 e Mc 16.15, estes nos ensinam que é dever de todo cristão ser um missionário, ou seja, através do nosso testemunho de vida, as pessoas notarão como você se transformou em um praticante da Palavra de Deus e elas serão atraídas por esta mudança, você será um farol como aqueles que mostram a direção segura para os navios, você indicará o caminho seguro chamado JESUS CRISTO e por isso é importante estudar a Bíblia para poder evangelizar e praticar. Não ache que para ser um missionário você precisa ir lá para a África evangelizar... se você não consegue falar do amor de Cristo para os da sua casa e sua vizinhança. Que diferença você fará no exterior? Comece dentro da sua casa e vá aumentando o perímetro de sua atuação para a divulgação do evangelho de Cristo. Definição O caráter é definido por: “qualidade inerente a uma pessoa, animal ou coisa; o que os distingue de outra pessoa, animal ou coisa; o conjunto dos traços particulares, o modo de ser de um indivíduo, ou de um grupo; índole, natureza, temperamento”. O significado literal do termo grego charaktēr é “estampa”, “impressão”, “gravação”, “sinal”, “marca” ou “reprodução exata”. Caráter é algo que vai sendo formado e impresso com o tempo em nosso interior, uma verdadeira marca. O caráter de cada qual não é formado do dia para noite. É um processo gradual que está relacionado a um amplo conjunto de fatores que influenciam na formação de cada um. Meios como TV, internet, família, religião, infância, desprazeres, decepções, alegrias, enfim, uma gama variada de fatores influência na formação do caráter de cada indivíduo. Desde o berço. I. O caráter cristão – formação, influências e virtudes. Assim como o caráter de cada indivíduo é formado desde o berço, nosso caráter cristão também passa a ser moldado desde o primeiro passo de nossa caminhada com Cristo (Jo 1.12; 3.3). Os valores do Reino de Deus passam a ser impressos em nós, para que verdadeiramente possamos ser seguidores de Jesus Cristo genuinamente. Deus usa de muitos meios e formas para que o caráter de seus filhos seja formado, mas sem dúvida alguma, o principal fator de influência é o agir da Palavra dEle na vida de cada um, bem como o consolo e direção que o Espírito Santo dá aos Seus (Ef 1.13). Afinal, o que pode ser considerado como um caráter cristão? Podemos relacionar alguns pontos, que evidentemente, não serão os únicos: 1) Não se trata apenas de bons valores morais. Apesar do cristianismo carregar implicitamente um forte viés moral – pois a Bíblia nos dá parâmetros morais – o caráter cristão não está repousando apenas sobre o fato de ser “bom”. A boa moral está contida, mas de modo algum é o todo. Cada um de nós pode dar exemplos de pessoas que confessam ser cristãs, mas que não são bons exemplos de conduta digna, bem como pessoas não-cristãs que são cidadãos de bem. 2) O cristão genuinamente bíblico admite suas falhas. Cada um de nós, sem exceção, é um pecador (Rm 3.23). Todos temos o pecado dentro de nós, e isso produz limitações e conseqüentemente falhas. A virtude do cristão de caráter é ser transparente, é ter dignidade suficiente para admitir que é limitado e que depende completamente da misericórdia e graça do Senhor. 3) O caráter moldado cria controle. Quando nosso caráter entra em fase de maturidade, conseguiremos controlar situações que de algum modo podem manchar a marca de Jesus em nós, afetando nosso testemunho cristão. Neste ponto de plenitude, não haverá espaço para amargura, ira, discórdia, egoísmo, arrogância, discussões, facções. Apesar de – eventualmente – tais coisas ocorrerem, precisam ser enfrentadas e enfraquecidas. Nosso ser por completo, mente, atitude, palavras, precisa ser um meio de culto e adoração permanente (Mc 12.30; Gl 5.22). Com tal caráter formado em nós, passaremos a frutificar em atitudes que atestam que somos de Deus e temos Sua Palavraem nossas vidas. Passamosa frutificar em virtudes, como: • Pureza . Vida separada – santificação – para o Senhor. Uma vida distinta num mundo corrupto (Fp 4.8). • Imparcialidade. Trataremos a todos – seja quem for – de modo único, sem acepção de pessoas. Seremos justos com as pessoas, independente de afinidade, sejam amigos, parentes, irmãos, parceiros de caminhada (1Ts 5.15). • Sem fingimento . É prezar pela verdade. Não existe espaço para máscaras e ânimo duplo (1Pe 2.1; Tg 4.8). • Humildade . Ninguém é auto-suficiente. Vaidade e soberba não devem encontrar espaço no coração do cristão; tais coisas devem ser banidas de nosso meio! Somos um corpo e dependemos uns dos outros (Mt 5.3). • Mansidão. Serenidade. Ser manso, não permitindo que disputas e discórdias tomem conta. Gentil, sensível e paciente com todos (Mt 5.5). • Misericórdia . Compaixão pela dor, “pela miséria do coração” alheio. Entender que nosso próximo pode passar por lutas, dores, infelicidades extremas. Experimentar e participar do sofrimento alheio (Mt 5.7) • Coração puro . Ser livre de impurezas no altar – no coração. Relacionamento constante com Deus e com a Sua presença, nos limpando genuinamente daquilo que nos separa dEle (Mt 5.8). II. O modelo supremo de caráter – fonte de inspiração. Nosso modelo supremo de formação de caráter é nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo! Ele deve ser nosso alvo, razão, adoração, modelo, tudo! Afirmar que somos cristãos é carregar nos ombros a responsabilidade de sermos seguidores e praticantes dos ensinos do Mestre. Ter um modelo é fundamental na formação do caráter, e para formação do caráter cristão, o modelo do Senhor nos leva a amá-Lo, admira-Lo, imita-Lo, segui-Lo. Ele nos faz, dia-a-dia ver que podemos aplicar, viver e frutificar em tudo que vimos acima. Que possamos afirmar, assim como Paulo que somos imitadores de Jesus (1Co 11.1). Para tal, devemos: III. Conhecer o Filho de Deus. Buscar estar em pura intimidade com o mestre e o auxílio do Consolador (Ef 4.13; Jo 15.5; 26-27; 1Jo 1.1-3). O testemunho da Palavra e do Espírito Santo nos levam a conhecer e ter intimidade com Ele. IV. Submeter-se ao senhorio de Jesus. Rm 10.8-9 – estar submetido completamente ao governo e autoridade de Cristo sobre nós. Não basta reconhecer e ter Jesus como Salvador, mas sim estar submisso a Seu senhorio. V. Obediência irrestrita. A época em que vivemos tem ressaltado cada vez mais que o ser humano viveem rebeldia contra Deus e Sua Palavra. Jesus nos mostrou que a obediência ao Pai deve ser praticada (Fp 2.8). VI. Negar a si mesmo. Matar nossa carne e viver para ele; o negar a si mesmo é um verdadeiro atestado de compromisso com o Reino. Jesus serviu e não foi servido. Adoramos ao Senhor de modo especial quando estamos negando ao nosso ego e mortificando nossa vontade, deixando que Ele vivaem nós (Gl 2.20). Precisamos procurar com prudência o aperfeiçoamento cristão, não para que venhamos a ser exaltados e ocupar lugares de destaque na sociedade, mas sim para que Jesus venha a ser exaltado e glorificado através de nossas vidas. “Importa que Jesus cresça e que eu diminua (Jo 3.30)”. Que o precioso Espírito Santo possa ter a liberdade e vir a trabalhar em sua vida através deste singelo estudo. Jesus te ama e ele quer te trazer para a sua maravilhosa luz. Que possamos caminhar moldando nosso caráter de glória em glória (2Co 3.18) e que isso seja como aroma suave subindo à presença de Deus. Um verdadeiro meio de adoração! |
As três características dos verdadeiros filhos de Deus
As três características dos verdadeiros filhos de Deus
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Toda vez que nasce uma criança, e vamos fazer uma visita aos pais ficamos olhando e procurando um detalhe na aparência da criança para falarmos com quem se parece.
Comumente dizemos tal pai tal filho, se os dois têm traços de semelhança.
Ou falamos esta criança é a cara da mãe, e assim por diante...
Mas como falar a respeito dos filhos de Deus? Qual a aparência ou característica entre nós e Deus nosso Pai?
Não podemos afirmar se temos os olhos do Pai literalmente, se andamos como ele, pois não o vemos.
Mas sabemos que temos sua semelhança física, pois assim fomos criados, a imagem e semelhança (Gênesis: 1.26 e 27).
Mas podemos refletir um pouco mais das características de Deus em nosso andar como filhos amados, podemos refletir mais o caráter de Deus por meio de nossas atitudes e da prática do amor.
(Rm 8.14) - Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.
(Rm 8.15) - Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.
(Rm 8.16) - O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.
- Você já reparou na quantidade de produtos falsificados que se encontra para vender hoje em dia?
- A quantidade de roupas e tênis de grife a venda a preços bem razoáveis. Todos os produtos eram falsificados. É bem possível que tenhamos aqui mesmo na congregação pessoas usando objetos adquiridos nestas condições!
- Assim também, existe o cristão verdadeiro e o cristão falso.
- “Cristão verdadeiro, autêntico”. significa "aprovado, genuíno, resistente, não falsificado, confiável, digno, sincero".
Infelizmente, há muitos cristãos falsificados hoje em dia.
I - OS VERDADEIROS FILHOS RECONHECEM SEUS PAIS:
- Há muitas crianças órfãs no mundo. Desorientadas, fracassadas, sofridas, abandonadas. Falta paternidade.
- Assim acontece dentro das igrejas. Deus é o nosso Pai, mas Ele colocou outros pais espirituais sobre as nossas vidas.
- Pastor vem de protetor, apascentar, pai e autoridade espiritual.
- Muitos crentes estão dentro das igrejas, mas não aceitam os pais espirituais que Deus colocou.
- Honra o teu pai espiritual. SAULO = ANANIAS – PAULO = PEDRO
II - OS FILHOS SÃO HERDEIROS DO PAI:
(Rm 8.17) - E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados.
1. FILHO AUTÊNTICO HERDOU O DNA DO PAI = Somos a imagem e semelhança de Deus.
(Rm 8.16) - O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.
a. RESISTÊNCIA = Permanece firme em meio as tempestades. (Resiste em meio as lutas, tempestades, vendavais, vulcões...)
b. DURABILIDADE = Permanece firme o tempo que passar. (O verdadeiro não é vencido pela corrosão, pelo tempo pelas provas.
2. O VERDADEIRO FILHO PASSA PELO CONTROLE DE QUALIDADE
(Rm 8.33) - Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica.
Quem poderá dizer que o verdadeiro filho é falso, não presta, não vale nada? É Deus quem assina embaixo...
(Rm 8.34) - Quem é que condena? Pois é Cristo quem morreu, ou antes, quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós.
(Rm 8.35) - Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?
3. O FILHO AUTÊNTICO HERDOU AS RIQUEZAS DO PAI:
(Rm 8.32) - Aquele que nem mesmo o seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas?
III - OS VERDADEIROS FILHOS TÊM A SEGURANÇA DO PAI:
(Rm 8.1) - PORTANTO, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito.
(Rm 8.38) - Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir,
(Rm 8.39) - Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.
Características são pontos onde nós aparentamos coisas que fazemos igual a Jesus, atitudes que temos que testemunham de Deus agindo em nossos corações e palavras.
A minha pergunta para você é:
Você se parece com quem?
Com Deus e com Jesus? Ou se parece com as demais pessoas da face da terra que não glorificam a Deus?
Seu testemunho, suas palavras e ações dizem claramente de onde você vem.
Conhece aquele ditado: filho de peixe, peixinho é, pois é, na vida de fé, filho de crente crentinho não é!
Filho de crente precisa decidir em quem vai crer e com quem vai parecer...
Eu sei que estas palavras são fortes, pois também me atingem, e eu sei que aí dentro de seu coração existe um desejo de ser transformado por Deus, então deixe o Pai por meio de seu Espírito Santo que a tudo nos assiste fazer uma obra aí dentro do seu coração.
Aproveite este momento de comunhão, e se entregue a Deus, para ele fazer do você um verdadeiro Filho.
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AS CINCO MARCAS QUE JESUS QUER ENCONTRAR NO CRENTE
AS CINCO MARCAS QUE JESUS QUER ENCONTRAR NO CRENTE
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Texto Gl. 6.17 “Desde agora, ninguém me inquiete; porque trago no meu corpo as marcas do Senhor Jesus”. Introdução A palavra grega stígma significa “marca”. Era um símbolo, um sinal importante de identificação. Uma marca de registro, de propriedade. Antigamente os corpos dos escravos eram marcados à fogo com o nome ou o símbolo de seus donos. Os povos cativos também eram marcados assim, e com certa freqüência os soldados daquela época, também marcavam o nome dos seus comandantes nos seus corpos. Os escravos do templo, ou os devotos de certos deuses, também se marcavam para demonstrarem a sua devoção. A orelha furada, era uma marca muito usada naquele tempo para identificar o senhor, o dono daquele escravo. Nesse texto, o apóstolo Paulo fala aqui de marcas. as Marcas de Jesus. Estas marcas que Paulo fala, não são marcas de um cristão simplesmente nominal, mas são marcas de quem é um verdadeiro crente. As marcas que Paulo se referia eram sem dúvidas, as suas cicatrizes, que por causa do testemunho que dava de Jesus, acabava recebendo várias chicotadas, e em outras ocasiões, era agredido severamente (II Co.4.10 – 11.24.27). Afinal, por que Paulo pronunciou essas palavras aos gálatas?. Na verdade, Paulo tomou conhecimento de que certos mestres judaicos estavam inquietando seus novos convertidos na Galácia, impondo-lhes a circuncisão e a submissão da lei mosaica como requisitos necessários para a salvação e ingressarem na igreja. Esses mestres judaicos, também acusavam Paulo de que ele não era um apóstolo original, portanto, era totalmente desprovido de autoridade!. Ao saber disso, Paulo escreveu aos Gálatas, dizendo que a exigência da lei, assim como a circuncisão do velho concerto, nada tinha a ver com a operação da graça de Deus em Cristo para a salvação sob novo concerto, e para reafirmar claramente que o crente ao receber o Espírito Santo, recebia uma nova vida espiritual. A graça e a salvação eram conseguidas por meio da fé, em Jesus, e não por meio da lei do AT. Paulo sustentou com veemência que a verdadeira liberdade cristã consiste em viver no Espírito e cumprir a lei de Cristo. Paulo tinha “marcas” que indicavam que tinha se tornado escravo, e que para ele a única lealdade que possuía, era se render a Cristo (Gl.6.14). As marcas que carregava, eram as cicatrizes feitas por seus inimigos enquanto serviu Jesus, sendo a maioria delas, testemunha do profundo ódio dos judeus. Queridos, muitos de nós poderão também ter essas marcas. É a nossa identificação com Cristo. Estou falando de marcas espirituais. Estas marcas precisam ser evidentes nas nossas vidas. Ou será que o mundo vê outras marcas em nós?. É necessário que as velhas marcas do nosso passado sejam apagadas, para isso devemos lançar a nossa vida aos cuidados de Jesus, para termos a Sua marca em nós. Podemos dizer que a marca de Cristo nos identifica e mostra que somos semelhantes a Ele. Muitos que vivem nas nossas igrejas e ainda dizem ser cristãos não tem mais as marcas de um seguidor de Cristo. Todos cristãos sabiam que no corpo de Paulo existiam marcas profundas, cicatrizes que ficariam para sempre. Isso fez com que Paulo fosse reconhecido por onde passasse, como um verdadeiro servo de Jesus. Essa era a marca, o sinal que o diferenciava dos demais. Infelizmente a marca que identifica muitos cristãos nos dias de hoje é a marca da amargura, do rancor, da vingança, do ódio, do desrespeito, do ciúme, da tristeza, do desânimo e do desprezo. A condição de Paulo ao escrever esta carta aos Gálatas, era de um prisioneiro de Roma e do seu imperador César. Enquanto Paulo escrevia esta carta, ele podia olhar para as suas cadeias e ver ali algumas marcas, as marcas de César. Nas espadas, na violência, nos maus tratos, como nas vestes dos soldados que o guardavam nas portas da prisão, lá estavam as marcas de César. Era a prova e o sinal de que o dono e senhor de tudo aquilo era César. Paulo então ao terminar esta carta aos Gálatas se encontrava aborrecido com algumas coisas que estavam se passando na Galácia. Paulo afirmava veementemente, que apesar do seu estado de humilhação em que se encontrava, ele era propriedade de Jesus. Paulo podia também despir as suas roupas e mostrar as várias cicatrizes e pisaduras, devido aos maus tratos recebidos pelos vários lugares onde passou e falou de Jesus, e estas suas marcas bem se podiam também chamar de marcas de Jesus, pois foi por causa de Cristo que ele as recebeu. Mas estas marcas eram apenas marcas físicas. Paulo tinha outras marcas mais importantes, que eram as marcas espirituais, e que provavam a todos que ele era um verdadeiro crente em Jesus. Existem mundo afora verdadeiros discípulos como Paulo. Mas a maioria deles, nunca foram perseguidos ou maltratados, e que por isso não poderão mostrar as marcas como aquelas de Paulo. Mas são as marcas espirituais que comprovam a nossa verdadeira identidade como crentes em Jesus. Portanto, todos nós podemos ser curados através do poder restaurador de Cristo, e por conta disso ter nosso caráter transformado com a marca de Cristo para fazermos a diferença. Jesus já nos selou com o selo da promessa que é o Espírito Santo. Vejamos então, como essas marcas se identificam em nós!. A Primeira Marca – A Conversão Esta é a primeira marca que o crente deverá evidenciar, seja ele pobre ou rico, com curso superior ou analfabeto, tenha ele ou não, responsabilidade na igreja. Conversão não é apenas a crença e aceitação da fé no Senhor Jesus, mas implica numa mudança de vida e de pensamento. O que é afinal, conversão?. A conversão implica em arrependimento, mudança de direção, de caráter e de personalidade. Isto é, precisamos crer na Palavra, aceitá-la e se esforçar para colocá-la em prática na nossa vida. É sentir que algo mudou dentro de nós. Se antes de freqüentarmos a igreja, éramos uma pessoa agressiva, e ainda continuamos sendo assim, então não houve o novo nascimento. Se você mulher, era rebelde com seus pais e continua sendo com seu marido, então você não se converteu. Se você “não leva desaforo para casa” e continua assim, é porque nada aconteceu. Se você homem, quando ofendido guarda mágoas no coração e é incapaz de perdoar aqueles que lhe ofenderam, então é porque não houve conversão. Ser convertido é entregar toda a nossa vida nas mãos de Jesus, é abrirmos a porta do nosso coração, deixar que a Palavra de Deus nos lave, e não sermos apenas ouvinte, mas participante!. É procurarmos não fazer a nossa vontade, mas que sempre seja feita a vontade de Deus na nossa vida. Conhecemos bem a história de Nicodemos. Apesar de ser homem muito religioso e pertencer a mais alta corte dos religiosos em Israel, Jesus teve de lhe dizer: “Tem de nascer de novo”. Muitos são simplesmente religiosos como Nicodemos, mas não tem uma experiência pessoal com Jesus. Se alguém diz que é crente em Jesus, mas não possui a marca de uma fé firme, ou que diz amar Jesus, mas não teve sua vida transformada, nem tampouco se tornado uma nova criatura, então essa pessoa não se tornou um filho de Deus. A Segunda Marca – A Consagração Esta é outra marca que demonstra quem pertence a Jesus. No AT, quando algo era consagrado a Deus, significava que isso pertencia ao Senhor e só podia ser usado em Seu benefício. A igreja está perdendo a unção de impactar o mundo porque muitos crentes estão cada vez menos se consagrando. A igreja primitiva teve aquele grande impacto que nós lemos no livro de Atos dos Apóstolos, porque eles se consagravam ao Senhor. Se hoje nós fazemos as mesmas coisas erradas que os outros fazem, se vivemos uma vida espiritual relaxada, vamos aos mesmos lugares onde os ímpios estão indo, gostamos das coisas que o mundo nos oferece, praticamos inúmeros erros que desapontam Deus, então ninguém nos levará a sério!. É porque não conseguem ver em nós a marca de Cristo, e por isso, não acreditarão em nós e nas nossas palavras. Aquilo que tem maior força e influência no ímpio para que creiam em Jesus, muitas vezes não é o que dissermos, MAS O QUE FAZEMOS!. O mundo poderia mudar para melhor, se todos nós, nos consagrássemos mais ao Senhor. A Terceira Marca – A Perseverança É cada vez mais difícil encontrar nos crentes a marca da perseverança. Muitos fogem de um compromisso sério com Deus. Eles vão à igreja, mas só se sobrar tempo para isso. Quando não existir outra coisa para fazer, ou outro lugar para ir, então vão para a igreja!. Hoje, se deixa de ir à igreja pelas mais simples razões. Decisão de campeonato de futebol é um deles!. Não existe mais uma verdadeira perseverança. Sem esta marca, o nosso testemunho não será eficaz, e a falta dessa prática, não agrada a Deus. Numa certa igreja havia um jovem crente que era completamente surdo, mas ele ia a todos os cultos. Certo dia, alguém lhe perguntou descabidamente, porque estava em todos os cultos se não ouvia uma palavra sequer? . O jovem respondeu muito bem e claramente: “É verdade, não ouço uma palavra nem uma só nota musical, mas venho aqui para mostrar a todos de que LADO EU ESTOU!. Que estou do LADO DE JESUS e não do lado do diabo”!. Quando nós ficamos em casa, que não seja por motivo de força maior, de que lado ficamos?. Queridos, perseverar significa conservar-se firme e constante, persistir, prosseguir, continuar e permanecer nos nossos propósitos. É muito importante irmos à igreja, ainda que possamos pensar e parecer que não vale a pena!. Mas lembre-se: estamos fazendo o nosso melhor. Estamos demonstrando nossa perseverança. Estamos dando o nosso testemunho!. E os que lá estarão, poderão constatar de que lado nós estamos!. A Quarta Marca – A Santificação A palavra santo na sua expressão mais simples, significa “separado”. Jesus disse que aquele que não deixasse pai e mãe e O seguisse, referindo-se ao abandono das coisas deste mundo, não era digno D’Ele. Afirmou também que os seus seguidores estão no mundo, mas não pertencem a ele, ou seja, não devem viver praticando os pecados deste mundo, tais como prostituição; impureza; lascívia; idolatria; feitiçaria; inimizades; contendas; ciúmes; iras; facções; dissensões; invejas; bebedices; orgias e coisas semelhantes a estas (Gl.5.19-21). Queridos, aquele que deseja servir a Deus precisa andar segundo a Sua vontade. Portanto há a necessidade de uma conduta santa e irrepreensível por parte daqueles que desejam seguir o Senhor. Andar de cabeça erguida, sem ter do que se envergonhar, sendo submisso a Deus por sua livre e espontânea vontade. Lembrando sempre que não basta apenas se separar de algumas coisas: é necessário também se separar para outras. A Santificação é a purificação do coração. É o melhor testemunho de que realmente Jesus vive e reina em nossa vida, além de produzir um efeito positivo nos corações daqueles que ainda não conhecem Cristo como Salvador. Ter uma vida santa é não concordar com o pecado. A santidade é um mandamento de fundamental importância em torno do qual gira a vida cristã (I Pe. 1.15-16). O verdadeiro crente não deve ser santo somente entre quatro paredes, nem seguir o mau exemplo de quem apresenta duplicidade de caráter (Rm.12.2). Por isso a santificação requer de nós o afastamento das coisas impuras e uma submissão total da autoridade de Jesus. “Segui em paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor (Hb.12.14). A Quinta Marca – A Firmeza Outra marca muito importante é a da nossa firmeza. Muitos até são bons crentes, mas perante certas pressões ou circunstâncias não mostram firmeza. O crente que está bem firmado na palavra de Deus sabe a diferença entre o que está certo e o que é errado. Ele mede bem tudo pela Bíblia e toma sempre posição pelo lado certo. Lembro o testemunho de certo crente que tinha um cargo importante no seu emprego e teve de viajar com seu chefe em negócios para outra cidade. Chegada à noite, o chefe convidou-o para irem a um lugar. Quando ali chegaram, o crente viu que o local era uma boate, então ele recusou entrar. O chefe zangado disse que foi ali que fora marcado o encontro com os empresários com quem teriam de negociar e que teria de entrar, senão ficaria sem salário naquele mês. Mesmo assim o crente recusou-se a entrar e então o chefe o despediu. Este crente ficou desempregado, mas não negou a sua convicção. Depois de seis meses desempregado, o Senhor o recompensou dando-lhe um novo trabalho, ganhando o dobro do que ganhava antes!. Quem tem a firmeza no Senhor, não tem nada a perder. Deus terá sempre uma recompensa maior para aqueles que são firmes. Deus sempre nos dará sempre algo maior do que aquilo que aparentemente tenhamos perdido. Se já temos estas marcas, graças a Deus! Então podemos dizer como Paulo: “Eu trago no meu corpo as marcas de Jesus” Isto é bom para nós e vai contribuir para a glória de Deus e honrar Seu nome. Se porventura você ainda não tem qualquer marca de Jesus, então que possa se examinar e pedir ajuda ao Senhor. Conclusão O cristão autêntico e obediente é aquele que assume os compromissos fundamentais com a Palavra de Deus em sua jornada espiritual. O desejo de Jesus, é que você venha possuir um bom testemunho no meio dessa geração corrompida. As marcas que Paulo carregava, não estavam somente presentes no corpo do apóstolo, mas também na sua alma e no seu espírito. Paulo nos revelou Cinco Marcas que Ele adquiriu durante o seu ministério. A bíblia diz que essas Cinco Marcas de Paulo, serviram de testemunho para a sua própria geração. Então que também possamos aprender essa mesma lição: de servir a nossa geração com as Marcas de Cristo em nossa vida. Essas marcas, Jesus espera encontrar naqueles que dizem serem seus discípulos. Que o Senhor te ajude a ser cada vez mais Seu imitador, levando as marcas da paixão, do amor, da santificação, da devoção, da firmeza, da perseverança e da santidade. Com elas, você poderá mudar o mundo e converter as pessoas para Jesus. Pela fé. Amém. |
Isaque & Cristo
Isaque & Cristo
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Iniciamos aqui mais de um de nossos estudos. Que o Senhor Jesus possa nos iluminar e que a igreja possa ser edificada através dele. Não temos a pretensão de esgotar aqui todo o assunto, que é muito vasto, mas tão somente destacar alguns pontos desta maravilhosa figura de Cristo que nos é transmitida através destes capítulos de Gênesis pela figura de Isaque. O nosso estudo abrangerá os capítulos 21 a 24 do livro de Gênesis. No capítulo 12 de Gênesis Deus promete a Abraão uma descendência mui numerosa (Gênesis 12:2-3,7). Isaque é o filho da Promessa. Também em Gênesis 3:15, Deus promete um descendente. Adão foi o primeiro homem, homem carnal, Cristo o segundo (o último), o homem espiritual (1 Coríntios 15:45-46). Ismael foi o primeiro, foi o fruto da carne, o segundo foi Isaque, fruto do poder de Deus, da intervenção do Espírito Santo (Gênesis 16:1-4,15-16; 17:16-17). Sara era estéril e de idade avançada, bem como Abraão já não tinha o vigor de sua força, então Deus pode agir e trazer Isaque à existência. Podemos dizer, figuradamente que Isaque só veio a existir pela intervenção do Espírito Santo. Assim também como Jesus nasceu pela intervenção do Espírito Santo. (Mateus 1:18; Lucas 1:28-32). Visitou o SENHOR a Sara, como lhe dissera, e o SENHOR cumpriu o que lhe havia prometido. Sara concebeu e deu à luz um filho a Abraão na sua velhice, no tempo determinado, de que Deus lhe falara. Ao filho que lhe nasceu, que Sara lhe dera à luz, pôs Abraão o nome de Isaque. Abraão circuncidou a seu filho Isaque, quando este era de oito dias, segundo Deus lhe havia ordenado. (Genesis 21:1-4 RA). Assim como Isaque, Jesus foi circuncidado ao oitavo dia. Vendo Sara que o filho de Agar, a egípcia, o qual ela dera à luz a Abraão, caçoava de Isaque, disse a Abraão: Rejeita essa escrava e seu filho; porque o filho dessa escrava não será herdeiro com Isaque, meu filho. Pareceu isso mui penoso aos olhos de Abraão, por causa de seu filho. Disse, porém, Deus a Abraão: Não te pareça isso mal por causa do moço e por causa da tua serva; atende a Sara em tudo o que ela te disser; porque por Isaque será chamada a tua descendência. Mas também do filho da serva farei uma grande nação, por ser ele teu descendente. (Gênesis 21:9-13 RA) Isaque foi rejeitado por seu irmão e era motivo de escárnio para ele. Cristo também foi rejeitado pelos seus, sendo motivo de escárnio e zombaria (Lucas 4:24; 9:22; João 1:11; 8:39-48). Entretanto, Deus não abandonou Ismael, assim como também não abandonou o Seu povo. Apesar de ter sido penoso para Abraão despedir Ismael, era necessário fazê-lo. Assim também como Deus, apesar do seu apreço pelo povo, deixou por algum tempo Seu povo, para cuidar da Igreja. Mas Ele não rejeitou definitivamente Seu povo. (Romanos 11:25-32). Mas também do filho da serva farei uma grande nação, por ser ele teu descendente. (Genesis 21:13 RA). Vemos agora, em Gênesis 22 que Deus pede a Abraão que sacrifique seu único filho em holocausto. Deus quer provar o amor de Abraão, pedindo-lhe o que lhe era mais precioso, seu filho. Depois dessas coisas, pôs Deus Abraão à prova e lhe disse: Abraão! Este lhe respondeu: Eis-me aqui! Acrescentou Deus: Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece -o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei. Levantou-se, pois, Abraão de madrugada e, tendo preparado o seu jumento, tomou consigo dois dos seus servos e a Isaque, seu filho; rachou lenha para o holocausto e foi para o lugar que Deus lhe havia indicado. (Genesis 22:1-3 RA). Deus, hoje quer o nosso amor e às vezes nos pede que Lhe sacrifiquemos aquilo que mais amamos. Ele permite que sejamos provados, mas conhece as nossas fraquezas e não permitirá que sejamos provados além do que podemos suportar. (1 Coríntios 10:13). Mas Deus nos mostra Seu infinito amor, sacrificando Seu único Filho na cruz do Calvário. Abraão não lhe negou o filho, assim como Deus também não poupou Seu próprio Filho, oferecendo-O por nós como sacrifício.(Romanos 8:32). Mas Deus não deixou Seu Filho na morte e ao terceiro dia O ressuscitou (Lucas 9:22; 24:1-8) Abraão ofereceu a Isaque, colocando sobre ele a lenha para o holocausto. Figurativamente a lenha representa os nossos pecados, os quais Cristo carregou sobre Si; representa também a própria cruz que o Senhor Jesus suportou por nós. Figuradamente, Abraão também abandonou Isaque, por isso, Isaque vendo que tudo estava preparado para o holocausto e não vendo a oferta para o sacrifício, perguntou-lhe sobre a mesma a Abraão. Abraão, então, lhe respondeu que Deus proveria para si um cordeiro para o holocausto. “No terceiro dia”, Deus, em figura, recobrou Isaque dos mortos. Nosso Deus é infinitamente misericordioso. Ele provê Seu Filho como sacrifício por nós. Para Isaque havia um cordeiro para o holocausto. Para nós Deus também providenciou um Cordeiro; mas para Seu Filho não houve um, pois Ele era o próprio Cordeiro. Que amor singular! Que amor incompreensível é o amor de Deus. Quem nos dera tivéssemos uma fagulha desse amor! Então, disse a seus servos: Esperai aqui, com o jumento; eu e o rapaz iremos até lá e, havendo adorado, voltaremos para junto de vós. Tomou Abraão a lenha do holocausto e a colocou sobre Isaque, seu filho; ele, porém, levava nas mãos o fogo e o cutelo. Assim, caminhavam ambos juntos. Quando Isaque disse a Abraão, seu pai: Meu pai! Respondeu Abraão: Eis-me aqui, meu filho! Perguntou-lhe Isaque: Eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto? Respondeu Abraão: Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto; e seguiam ambos juntos. Chegaram ao lugar que Deus lhe havia designado; ali edificou Abraão um altar, sobre ele dispôs a lenha, amarrou Isaque, seu filho, e o deitou no altar, em cima da lenha; e, estendendo a mão, tomou o cutelo para imolar o filho. Mas do céu lhe bradou o Anjo do SENHOR: Abraão! Abraão! Ele respondeu: Eis-me aqui! Então, lhe disse: Não estendas a mão sobre o rapaz e nada lhe faças; pois agora sei que temes a Deus, porquanto não me negaste o filho, o teu único filho. Tendo Abraão erguido os olhos, viu atrás de si um carneiro preso pelos chifres entre os arbustos; tomou Abraão o carneiro e o ofereceu em holocausto, em lugar de seu filho. E pôs Abraão por nome àquele lugar--O SENHOR Proverá. Daí dizer-se até ao dia de hoje: No monte do SENHOR se proverá. Então, do céu bradou pela segunda vez o Anjo do SENHOR a Abraão e disse: Jurei, por mim mesmo, diz o SENHOR, porquanto fizeste isso e não me negaste o teu único filho, que deveras te abençoarei e certamente multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus e como a areia na praia do mar; a tua descendência possuirá a cidade dos seus inimigos, nela serão benditas todas as nações da terra, porquanto obedeceste à minha voz. (Genesis 22:5-18 RA). Agora passemos a segunda parte de nosso estudo. O povo do qual Cristo descendia, Israel, é posto de lado. Isso é figurativamente representado em Gênesis 23 pela morte de Sara. Essa separação era necessária para que se buscasse uma noiva para Isaque. Era necessário que Cristo morresse para que a igreja, Sua Noiva, fosse gerada. Tendo Sara vivido cento e vinte e sete anos, morreu em Quiriate-Arba, que é Hebrom, na terra de Canaã; veio Abraão lamentar Sara e chorar por ela. (Genesis 23:1-2 RA). Abraão manda seu servo (Eliezer) buscar uma mulher para Isaque. O Servo (figura do Espírito Santo) busca uma Esposa para Isaque. No capítulo 22 Isaque é oferecido, no capítulo 23 Sara é posta de lado e no capítulo 24 o servo é enviado em busca da noiva aquele que foi, com efeito, em figura, recobrado dos mortos. Este acontecimento coincide com os que deram origem à Igreja. O chamado da Igreja. Quando nos voltamos para o Novo Testamento os grandes acontecimentos que chamam a nossa atenção são, em primeiro lugar, a rejeição e morte de Cristo; em segundo lugar, Israel é posto de lado; e, por último, dá-se a chamada da igreja para ocupar a elevada posição de noiva do Cordeiro. Ora tudo isto corresponde exatamente com este e os dois capítulos precedentes. A morte de Cristo necessitava ser um fato consumado, antes que a igreja, propriamente dita, pudesse ser chamada. Pode perguntar-se se devemos encarar esta parte interessante da Escritura Sagrada como figura da chamada da igreja pelo Espírito Santo. Quanto a mim, sinto-me feliz por tratar apenas como ilustração gloriosa dessa obra. Não podemos supor que o Espírito de Deus ocupasse um capítulo todo simplesmente com os pormenores de uma família, se essa família não fosse uma exemplificação de alguma grande verdade. “Porque tudo o que dantes foi escrito para o nosso ensino foi escrito, para que, pela paciência e consolação das Escrituras, tenhamos esperança”. (Romanos 15:4). Isto é enfático. Portanto, o que devemos aprender com esse capítulo? Creio que nos dá uma linda ilustração do grande mistério da igreja. É importante vermos que, ao mesmo tempo em que não há revelação direta deste mistério no Antigo Testamento, há, todavia, cenas e circunstâncias as quais manifestam de maneira notável. Como, por exemplo, este capítulo. Como já foi observado, tendo o filho sido oferecido, em figura, e recobrado de entre os mortos, e o tronco do qual havia saído este filho posto de lado, Sara, o mensageiro é enviado pelo pai para procurar uma noiva para o filho. Uma esposa para o Filho. Para compreensão de todo o capítulo, devemos considerar os seguintes pontos: 1 – o pacto; 2 – o testemunho; 3 – os resultados. É maravilhoso notarmos como a chamada e exaltação de Rebeca foram fundadas sobre o pacto entre Abraão e seu servo. Ela não sabia nada a esse respeito, embora fosse, nos desígnios de Deus, o objetivo de tudo isso. Assim é com a igreja de Deus como um todo, e cada parte constituinte: “... no teu livro todas coisas foram escritas, as quais iam sendo dia a dia formuladas, quando nem ainda uma delas havia”. (Salmo 139:16) Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo, como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fossemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor. (Efésios 1:3, 4) “Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de Seu Filho, a fim de que Ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, a esses também justificou, e aos que justificou, a esses também glorificou”. (Romanos 8:29-30) Estas passagens estão todas em harmonia com o assunto que passamos imediatamente a considerar. A chamada, a justificação, e a glória da igreja são fundadas no propósito eterno de Deus – a Sua Palavra e juramento retificados pela morte, ressurreição e exaltação de Seu Filho. Muito antes, antes do raiar do tempo, nos profundos recessos da mente eterna de Deus, acha-se este maravilhoso propósito a respeito da igreja, a qual não pode, de nenhum modo, ser separado do pensamento divino quanto a glória do Filho. O juramento entre Abraão e o servo tinha como seu objetivo a procura de uma noiva para o filho. Foi o desejo do pai acerca do filho que levou toda a dignidade posterior a Rebeca. É agradável vermos isto. A segurança e a benção da igreja estão inseparavelmente ligadas com Cristo e a Sua glória. “Porque o varão não provém da mulher, mas a mulher do varão. Porque também o varão não foi criado por causa da mulher, mas a mulher por causa do varão”. (1 Coríntios 11:8-9). O mesmo acontece com a parábola das bodas: “o reino dos céus é semelhante a um certo rei que celebrou as bodas de seu filho”. (Mateus 22:2). O filho é o grande objeto de todos os desígnios de Deus, e se alguém é trazido para a benção, ou glória, ou dignidade, só pode ser por ligação com Ele. O direito a estas coisas, e até mesmo à própria vida, foi perdido pelo pecado; porém Cristo cumpriu a pena do pecado; Ele responsabilizou-Se por tudo a favor do Seu Corpo, a igreja: foi pregado na cruz como nosso substituto, levou os nossos pecados no Seu corpo sobre a cruz, e baixou à sepultura sob o peso deles. Por isso, nada pode ser mais completo que a libertação da igreja de tudo que era contra ela. Ela é vivificada da sepultura de Cristo, onde todos os seus pecados foram deixados. A vida que ela tem é uma vida tomada do outro lado da morte, depois de todas as exigências possíveis terem sido satisfeitas. Por isso, esta vida é ligada e fundada sobre a justiça divina, tanto mais que o direito de Cristo à vida é baseado sobre o fato de ter esgotado inteiramente o poder da morte; e Ele é a vida da igreja. Desta maneira a igreja goza da vida divina; ela encontra-se em justiça divina; e a esperança que anima é a esperança da justiça. Ver: João 3:16, 36; 5:39, 40; 6:27, 40, 47,68; 11:25; 17:2; Romanos 5:21; 6:23; 1 Timóteo 1:16; 1 João 2:25; 5:20; Judas 21; Efésios 2:1-6, 14-15; Colossenses 1:12-22; 2:10-15; Romanos 1:17; 3:21-26; 4:5, 23,25; 2 Coríntios 5:21; Gálatas 5:5. A Igreja, o complemento de Cristo. Estas passagens estabelecem plenamente os três pontos seguintes: a vida, a justiça e a esperança da igreja, todos os quais emanam do fato de ele ser um com Aquele que ressuscitou dentre os mortos. Ora nada pode dar tanta segurança ao coração como a convicção que a existência da igreja é essencial para a glória de Cristo “... a mulher é a glória do varão” (1 Coríntios 11:7). Outro tanto, a igreja é chamada “a plenitude daquele que cumpre tudo em todos”. (Efésios 1:23). Esta última expressão é notável. A palavra traduzida “plenitude” quer dizer o complemento, aquilo que, sendo acrescentado alguma coisa mais, faz um todo. É assim que Cristo, a Cabeça, e a igreja, o corpo, formam “um novo homem” (Efésios 2:15). Encarando o assunto sob o ponto de vista não é de admirar que a igreja tivesse sido o objeto dos pensamentos eternos de Deus. Quando a contemplamos como o corpo, a noiva, a companheira, a outra metade do Seu Filho unigênito, vemos que houve, pela graça, uma razão maravilhosa para Deus ter pensado assim nela antes da fundação do mundo. Rebeca era necessária para Isaque e, portanto, ela era o assunto do conselho secreto, enquanto estava ainda em absoluta ignorância quanto ao seu destino. Todo o pensamento de Abraão era acerca de Isaque. “Põe agora tua mão debaixo da minha coxa para que eu te faça jurar pelo SENHOR, Deus dos céus e Deus da terra, que não tomarás para meu filho mulher das filhas dos cananeus, no meio das quais habito”. Aqui vemos que o ponto importante era: mulher para meu filho. “Não é bom que o homem esteja só”. Isto revela uma profunda e bem-aventurança da visão da igreja. Nos desígnios de Deus ela é necessária para Cristo; e na obra consumadora de Cristo foi feita provisão divina para sua chamada à sua existência. A ocupação com esta verdade de lado a questão de saber se Deus pode salvar pobres pecadores; Deus quer “realizar as bodas de Seu Filho”; e a igreja é a noiva escolhida – ela é o objeto do propósito do Pai, o objeto do amor do Filho e do testemunho do Espírito Santo. Ela vai ser participante de toda a dignidade e glória do Filho, assim como é participante de todo amor que Ele tem sido objeto eterno. Escutai Suas Palavras: “E Eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um. Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim e que tens amado a eles como me tens amado a mim” (João 17:22-23). Isso resolve toda a questão. As palavras que acabo de reproduzir dão-nos os pensamentos do coração de Cristo a respeito da igreja. Ela está destinada a ser como Ele é, e não somente isto, mas ela o é agora; como diz o apóstolo João: “Nisto é perfeito o amor para conosco, para que no dia do juízo tenhamos confiança; porque, qual Ele é, somos também neste mundo” (1 João 4:17). Isto dá plena confiança á alma “... no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo” (1 João 5:20). Não existe aqui fundamento para incerteza. Tudo está seguro para a noiva no Noivo. Tudo o que pertencia a Isaque ficou sendo de Rebeca, porque Isaque era dela; e do mesmo modo tudo que é de Cristo é facultado à igreja: “... tudo é vosso; seja Paulo, seja Apolo, seja Cefas, seja o mundo, seja a vida, seja a morte, seja o presente, seja o futuro, tudo é vosso, e vós, de Cristo, e Cristo de Deus” (1 Coríntios 3:21-23). Cristo é o Cabeça da igreja sobre todas as coisas (Efésios 1:22). Será Seu gozo, em toda a eternidade, exibir a igreja na glória e beleza será apenas o Seu reflexo. Os anjos e os principados verão na igreja a manifestação maravilhosa da sabedoria, do poder e da graça de Deus em Cristo. O Testemunho do Espírito Santo. Mas consideremos agora o segundo ponto, a saber, o testemunho. O Servo de Abraão levou consigo um grande testemunho: “Então disse: Eu sou o servo de Abraão. O SENHOR abençoou muito meu senhor, de maneira que foi engrandecido, e deu-lhe ovelhas e vacas, e prata e ouro, e servos e servas, e camelos e jumentos. E Sara, a mulher de meu senhor, gerou um filho a meu senhor depois de sua velhice; e ele deu-lhe tudo o quanto tem”. (vs. 34 a 36). O servo revela o pai e o filho. Tal é o seu testemunho: fala da abundância de meios do pai, e de o filho ter sido dotado com todos estes bens em virtude de ser “unigênito” e objeto do amor do pai. Com este testemunho ele procura conseguir uma noiva para o filho. Tudo isto, desnecessário se torna acentuá-lo, é elucidativo do testemunho com que o Espírito Santo foi enviado do céu no dia de Pentecostes. “Mas, quando vier o Consolador, que Eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito da verdade, que procede do Pai, testificará de mim” (João 15:26). E “Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar. Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso, vos disse que há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar” (João 16:13-15). A coincidência destas palavras com o testemunho do servo de Abraão é instrutiva e interessante. Foi falando de Isaque que o servo procurou atrair o coração de Rebeca, e é, como sabemos, falando de Jesus que o Espírito Santo procura afastar os pobres pecadores do mundo e do pecado e loucura para a bem-aventurada e santa unidade do Corpo de Cristo. “Ele... há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar”. O Espírito de Deus nunca guiará alguém para olhar para si ou para o seu trabalho, mas só e sempre para Cristo. Por isso, quanto mais espiritual se é, mais se estará ocupado com Cristo. Alguns consideram uma prova de espiritualidade estarem sempre ocupados com seus corações e ocupando-se com o que neles encontram, embora isso seja obra do Espírito. Mas isto é um grande erro. Longe de ser uma prova de espiritualidade, é uma prova do contrário, pois está dito expressamente do Espírito Santo que “Ele há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar”. Portanto, sempre que alguém está olhando no intimo e edificando sobre a evidencia da operação do Espírito nele, pode estar certo de que não é guiado pelo Espírito de Deus nisso. É apegando-se a Cristo que o Espírito atrai almas a Deus. Isto é muito importante. O conhecimento de Cristo é vida eterna; e é a revelação que o Pai faz de Cristo, por intermédio do Espírito Santo, que constitui a base da igreja. Quando Pedro confessou Cristo como Filho de Deus vivo, a resposta de Cristo foi: “Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai, que está nos céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mateus 16:17-18). Que pedra? Pedro? Longe disso. “Esta pedra” quer dizer simplesmente a revelação do Pai acerca de Cristo, como o Filho de Deus vivo – o único meio mediante o qual alguém é agregado a Assembléia de Cristo. Ora isto abre-nos o verdadeiro caráter do evangelho. É uma revelação por excelência – uma revelação não apenas de uma doutrina, mas de uma Pessoa, - a Pessoa do Filho. Esta revelação, sendo recebida pela fé, atrai o coração para Cristo, e torna-se a origem de vida e poder – o terreno de confraternidade; o poder de comunhão, “Quando aprouve Deus... revelar seu Filho em mim”. (Gálatas 1:15-16). Aqui temos o verdadeiro princípio da “pedra”, a saber, Deus revelando Seu Filho. É desta maneira que a superestrutura é levantada; e repousa sobre este fundamento sólido, segundo o propósito eterno de Deus. O Servo fala de Isaque. É, portanto, especialmente instrutivo encontrar neste capítulo 24 de Gênesis uma tão notável figura da missão e do testemunho especial do Espírito Santo. O servo de Abraão, buscando uma noiva para Isaque, mostra toda a dignidade e riqueza com que o pai o havia dotado; o amor de que ele era alvo; e, em suma, tudo que era calculado para enternecer o coração e afastá-lo das coisas temporais. Ele mostrou a Rebeca um objetivo a distancia, e pôs diante dela a bem-aventurança de ser tornada em um com aquele ente amado e altamente favorecido. Tudo o que pertencia a Isaque viria também a pertencer a Rebeca, quando ela se tornasse parte dele. Este foi o testemunho. Este é, também, o testemunho do Espírito Santo. Ele fala de Cristo, da glória de Cristo, da beleza de Cristo, da plenitude de Cristo, da graça de Cristo, ”das riquezas incomensuráveis de Cristo”, da dignidade de Sua Pessoa e da perfeição de Sua obra. Além disso, Ele enfoca a bem-aventurança espantosa de sermos um com Cristo, “membros de Seu corpo, da Sua carne, e dos Seus ossos”. Tal é o testemunho do Espírito; e nele temos a pedra de toque por meio da qual podemos provar todas as espécies de ensino e pregação. O ensino mais espiritual será sempre caracterizado por completa e constante apresentação de Cristo: Ele será sempre o motivo de tal ensino. O Espírito não pode fixar a atenção em coisa alguma senão Jesus. Deleita-Se em falar d’Ele. Compraz-Se em mostrar Seus atrativos e Suas perfeições. Por isso, quando alguém fala do poder do Espírito de Deus haverá sempre mais de Cristo do que qualquer outra coisa no seu ministério. Numa tal pregação haverá pouco lugar para lógica ou razão. Estas coisas podem ser muito boas quando alguém deseja mostrar-se; porém o único objetivo do Espírito – note bem os que exercem ministério – será sempre o de revelar Cristo. Rebeca vai ao encontro do Esposo. Pensemos, agora, por último, nos resultados de tudo isto. A verdade e a aplicação prática da verdade são duas coisas muito diferentes. Uma coisa é falar das glórias da igreja, e outra inteiramente diferente é ser praticamente influenciado por essas glórias. No caso de Rebeca o efeito foi notável e decisivo. O testemunho do servo de Abraão ecoou aos seus ouvidos e penetrou fundo no seu coração e desligou inteiramente as afeições de seu coração das coisas que a rodeavam. Estava pronta a deixar tudo e abalar, a fim de conhecer tudo que lhe havia sido contado. Era normalmente impossível que ela pudesse ser o alvo de um tão elevado destino e continuasse, todavia, no meio das circunstâncias da natureza. Se aquilo que lhe era dito quanto ao futuro era verdadeiro, prender-se com o presente seria a pior de todas as loucuras. Se a esperança de ser a esposa de Isaque, co-herdeira com ele de toda a sua dignidade e glória, era uma realidade, continuar a apascentar as ovelhas de Labão equivaleria a desprezar tudo quanto Deus, em graça, havia posto diante de si. Mas não, as perspectivas eram brilhantes demais para serem desprezadas – verdade é que ela ainda não havia visto Isaque, nem a herança, mas acreditou no testemunho dado a seu respeito, e recebeu, com efeito, o penhor desse testemunho; e estas duas coisas eram suficientes para o seu coração; e por isso ela levantou-se sem hesitação e mostrou o seu desembaraço em partir na sua decisão memorável: “irei”. Ela estava inteiramente pronta a fazer uma jornada desconhecida na companhia de um que lhe havia falado de um objeto distante e de glória ligada com ele, a qual ela estava prestes a ser elevada. “Irei”, disse ela, e, esquecendo as coisas que para trás ficavam, e avançando para as que estavam adiante dela, prosseguiu... pelo prêmio da vocação de Deus (Filipenses 3:13-14). Exemplificação bela e tocante esta da igreja sob a condução do Espírito Santo de viagem para ir de encontro do Noivo celestial. Isto é o que a igreja deveria ser; mas, infelizmente, existe um triste fracasso nisto. Há muito pouco daquela alegria santa em pôr de lado todo o peso e embaraço no poder da comunhão com o Guia Santo e Companheiro do nosso caminho, cuja missão e deleite é receber do que é e de trazer-nos saber, precisamente como o servo de Abraão recebeu as coisas de Isaque e deu-as a Rebeca. Sem dúvida, ele achou gozo em lhe dar mais pormenores acerca do filho de seu senhor, à medida que avançavam para o cumprimento de toda sua alegria e glória. É assim, pelo menos, com o nosso guia e companheiro celestial. Ele deleita-Se em falar de Jesus, “Ele... há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar” e, “vos anunciará o que há de vir”. (João 16:13-14). É isto precisamente que nós necessitamos, este ministério do Espírito Santo de Deus, mostrando Cristo às nossas almas, produzindo em nós o desejo ardente de O ver como Ele é, e sermos semelhante a Ele para sempre. Nada senão isto jamais desligará os nossos corações da terra e da natureza. O quê, a não ser a esperança de se ligar a Isaque, poderia ter levado Rebeca a dizer “irei”, quando seu irmão e mãe disseram “fique a donzela conosco alguns dias, ou pelo menos dez dias?”. Assim é conosco: nada, senão a esperança de vermos Jesus como Ele é, e de sermos semelhante a Ele, nos poderá habilitar ou levar a purificarmo-nos a nós próprios, assim como Ele é puro (1 João 3:3). A nome Rebeca quer dizer “laços de corda”, e a corda serve para amarrar o jumentinho a videira. Ele amarrará o seu jumentinho à vide e o filho da sua jumenta, à videira mais excelente; lavará as suas vestes no vinho e a sua capa, em sangue de uvas. (Genesis 49:11 RA). A igreja é a corda que nos prende a Cristo. Deixemo-nos amarrar nessa videira, deixemos que nossas vestes sejam lavadas no sangue do Cordeiro. É tempo de nos ataviarmos para as bodas do Cordeiro. Maranata! Ora vem Senhor Jesus! |
segunda-feira, 5 de junho de 2017
A santificação da nossa mente
A santificação da nossa mente
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Muitos dizem que o que diferencia o homem do animal é que o homem tem poder de raciocínio. Quer dizer, o homem é um ser pensante, embora muitas vezes as atitudes de alguns seres humanos nos deixem com dúvidas a este respeito.
Conversando com algumas mulheres sobre o ato de pensar, noto que, indiferente ao fato dela ser introvertida e calada ou extrovertida e falante, algo comum em todas é a quantidade de pensamentos que passam por suas cabeças ao longo de cada dia. Pensamentos bons ou ruins, falamos conosco mesmas o tempo todo. Muitos desses pensamentos acabam por direcionar nossas atitudes, humor, sentimentos durante o dia. Esses pensamentos muitas vezes são influenciados por circunstâncias corriqueiras do dia, algo não muito agradável que aconteceu logo de manhã com nosso esposo, filhos ou pais, um desentendimento, uma palavra ríspida que nos magoou e permitimos que aquilo ocupasse nosso pensamento por tempo além do necessário ou do saudável. A mente é onde nascem os nossos desejos, sonhos e pecados, é nela a nossa batalha diária, tem um ditado antigo que fala assim: “A boca fala do que está cheio o coração”. Sim é verdade, o coração neste caso é a nossa mente. É nele que guardamos nossas emoções, chateações e alegrias. Esse é um dos lugares também onde mais sofremos ataques malignos, ele fica guardado conosco e muitas vezes somos pessoas amargas na mente e mentimos por fora, mas quando entramos no silencio do nosso quarto choramos as dores de fingir quem somos. Isso é muito comum quando não damos conta de sermos os mesmos em casa e fora dela. A Bíblia fala que nosso pecado não nasce de fora pra dentro, ou seja, ele está em nossa mente, nos atraí então a prática. Nós não somos atraídos a nada que não está na nossa mente. É um fato muito comum guando encontramos atos escondidos de pessoas sérias que jamais imaginamos que fossem capazes de atitudes tão estranhas. Mas a pessoa só não exteriorizava o que havia na mente, então quando a verdade surge assusta a muitos. E não adianta qualquer um de nós fingirmos que não temos os nossos segredos interiores que temos sim, são eles que nos fazem errar sempre que não poderíamos errar. Para onde formos levaremos conosco nossa mente sã ou doentia. Ela é a nossa mestra do erro ou acerto. Ela quem nos conduz a uma vida plena ou de fracassos. Quando dizemos a alguém para que tenha fé, estamos dizendo a ela para manter uma mente sã para pensar no que pode dar certo e não apenas no fracasso. Estamos querendo que ela seja alguém que tenha a mente sempre no certo. Se deixarmos a mente voar como ela deseja somos capazes das maiores atrocidades que o mundo já viu. Quem de nós nunca teve vontade de arrancar a cabeça de alguém na hora da raiva. Mas se pararmos e dermos lugar a mente o faremos. Isso não significa que não erraremos, mas que não são estas loucas idéias que vai governar minha vida. Não há como mudar nenhum tipo de comportamento se não mudarmos nosso modo de pensar. Talvez esta seja a mais árdua batalha de quem convive e lute por mudanças presidiárias, mudar o pensamento das pessoas não é fácil, pois leva anos a construção e a desconstrução há momentos que parecem inatingíveis. O pecado que reside em nossa mente é o mais difícil de ser abandonado por que ele vive escondido, ninguém o vê e ninguém o chama para arrependimento. Mas não adianta vivermos essa farsa, há um que todas as coisas conhecem e antes de sermos quem somos já nos conhecia. Ainda no ventre de nossa mãe nos chamava pelo nome e sabia até o que haveríamos de ser. O que é Santificação? A Santificação é a separação do mundo e a consagração a Deus, esta separação e consagração a Deus produzem no homem um caráter de acordo com este relacionamento com Deus a partir daí forma-se então no homem um caráter santo, semelhante ao de Deus, pois como Ele mesmo falou né: “Sedes santo, porque Eu sou santo.” (1 PE 1.16). A Bíblia chama os salvos de santos, pois a partir do momento em que ela é salva, ela passa a ser separada do mundo para Deus, A santificação é um processo que se inicia na conversão e deve prosseguir durante todo o tempo de nossa vida na terra, claro que não é de uma hora pra outra, mas a partir do momento que tomamos uma ATITUDE diante de Deus, temos que desejar uma vida pura e sem mancha, temos que ser semelhante Aquele que nos criou. Temos que lutar contra o pecado se preciso até o sangue, pois se nos descuidarmos podemos ESTACIONAR, ou até mesmo RETROCEDER ao invés de crescer na santificação. A morte de Cristo na Cruz e a sua ressurreição criaram todas as condições para que nós sejamos totalmente santificados, “o sangue de Jesus... purifica-nos de todo pecado.”( 1 JO 1.07). Temos também nesse processo uma ajuda importantíssima que é a do Espírito Santo, o esforço dEle em nos guiar é direcionado à santificação. O Espirito Santo nos leva a conformação com o caráter de Deus que é Santo. E é também através da Palavra de Deus que somos santificados (Jo 15.3), é por ela que a nossa mente é purificada e renovada. Veja as recomendações bíblicas: Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo tudo o que é puro tudo o que é amável tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento “ (Fp 4.8). Este versículo não descreve a maioria das cenas nas novelas que passam na televisão. Muitas coisas na Internet não se encaixam aqui. O conteúdo de muitas músicas, revistas e conversas do dia-a-dia não passa neste teste. O que deve ocupar o nosso pensamento são as coisas boas que demonstram a grandeza e a santidade do Senhor. “Lava o teu coração da malícia, ó Jerusalém, para que sejas salva! Até quando hospedarás contigo os maus pensamentos?”(Jr 4.14). Para se livrar da malícia e alcançar a salvação, é imprescindível uma limpeza do coração, tirando toda a maldade. A figura de hospedar os maus pensamentos bem ilustra o problema que precisamos resolver. Quando deixamos um quarto no coração vazio e preparado para a permanência dos maus pensamentos, nunca ficaremos livres da maldade. Precisamos fazer uma limpeza total! Paulo explicou que a batalha do cristão é espiritual, e não carnal. O propósito dela é levar “cativo todo pensamento à obediência de Cristo” (2 Co 10.5). O maior desafio do discipulado é aprender pensar como Deus, submetendo todos os nossos pensamentos à vontade dele. Não é um exercício de raciocínio onde procuramos compreender e analisar os propósitos e as razões de Deus para aceitar e obedecer ao que faz sentido para nós. É um exercício de vontade onde submetemos a nossa vontade à dele em absolutamente tudo. O fato da justificação do crente durante o arrependimento, deve levar a uma experiência definitiva de santificação nas vidas de todos os Cristãos. A Bíblia atesta claramente a necessidade de tal experiência. Quando esta necessidade é devidamente comprendida, a auto-negação e o enchimento com o Espírito Santo são reconhecidos, e mais Cristãos os vão procurar diligentemente. A santificação, como segunda obra da graça depois da justificação, é uma experiência essencial. A falta dela, dá aso a uma vida em que a velha natureza adâmica – embora afastada em princípio – não está aínda crucificada na prática, e a pessoa aínda não está portanto cheia com o Espírito Santo. Em consequência disso, as obras da velha natureza (a carne) continuarão dominando essa vida. Elas vão-se manifestar em disposições como o egoísmo, a arrogância espiritual e sentimentos de superioridade, o materialismo, o amor do mundo, a crítica e a condenação de outros crentes, a ausência de frutos espirituais, prioridades incorrectas e uma vida espiritual sem consistência. O que segue é uma lista de algumas afirmações bíblicas claras, sôbre a necessidde da santificação, focando de ângulos diferentes o mesmo problema, e oferecendo a mesma solução: Egoismo na vida dos discípulos. Os discípulos mostravam uma necessidade real de serem cheios do Espírito Santo, porque estavam cheios de si mesmos (Mt 20.27,28; Lc 22.24-26). Êles presumiam de facto, erradamente, que podiam manter-se fiéis a Jesus na sua própria fôrça (Mt 26.33-35). Ausência de frutos espirituais. Uma outra indicação da necesidade da santificação, é a ausência de frutos espirituais na vida de uma pessoa. Tal pessoa pode ser comparada a uma árvore, que está viva mas não produz fruto algum, e portanto não serve a expectativa do lavrador (Mt 3.8; Jo 15.4). A necessidade do poder do Espírito Santo. O Senhor Jesus instruiu os discípulos no sentido de não começarem a sua missão evangélica, antes de receberem poder do alto (Lc 24.49). Tal poder seria o muito necessário equipamento espiritual para levarem a cabo essa missão. (At 1.8). Novos enchimentos. Depois da primeira experiência do enchimento com o Espírito Santo, muitas vezes acontece que – como resultado de crises na vida – uma pessoa necessita de novos enchimentos com o Espírito Santo, nos quais o Senhor toca, fortalece, encoraja e equipa a pessoa, para poder fazer face a novos problemas (At 4.29-31; 13.50-52). Vitória sôbre as tentações. Somos aconselhados a olhar e a orar constantemente. Desta maneira, manter-nos-emos contìnuamente em Cristo e Êle em nós. Somos encorajados a viver vidas dedicadas e a vencer tentações e fraquezas (Mt 24.41). Uma nova atitude para com o pecado e a santidade. A santificação exige uma disposição clara contra o pecado e a favor da retidão de Deus (Rm 6.11,22). Devemos precaver-nos sempre contra a conformidade com o mundo, e escolher antes em todas as circunstâncias ser santo e aceitável aos olhos de Deus (Rm 12.1-2). O efeito paralizante de ser carnal. Uma atitude carnal tem um efeito paralizante sôbre os Cristãos, eliminando toda a possibilidade de crescimento espiritual (1 Co 3.1-3; Gl 5:17). Sem a eliminação do "eu" (egoismo), e sem carregarmos a cruz, as pessoas não sairão do seu estado de carnalidade por seu próprio esfôrço. O obstáculo do velho homem. O motivo porque os Cristãos não crescem expontâneamente para a maturidade espiritual e para a vitória sôbre o pecado, é o obstáculo do velho homem – a natureza adâmica que tende a pecar, e que deve ser primeiro mortificada pela crucificação – (Ef 4.22-24; Rm 6:6). A contínua mortificação da mente carnal. A mente carnal é inimiga de Deus, e não pode sujeitar-se às leis de Deus (Rm 8.7). Para sair dêste conflito íntimo, há só um caminho, e êsse caminho é a crucificação da velha natureza carnal (Rm 8.13; Gl 6.14). Imaturidade espiritual. O fenómeno da imaturidade espiritual entre os filhos do Senhor, mostra claramente a necessidade da santificação e crescimento. Sem êstes, uma pessoa não está apta para o serviço, e falta-lhe discernimento espiritual (Ef 4.13-14; Hb 5.12; 6.1). A necessidade de uma segunda obra da graça. A segunda obra da graaça está ligada a uma vida santa, e segue-se à primeira obra da graça, que se refere à nossa limpeza inicial do pecado durante o renascimento. Jesus Cristo ofereceu-Se para nos limpar e santificar (Ef 5.25-27). A vida controlada pelo espírito. Esta vida torna-se realidade, quando nos opomos a todo o domínio do pecado e do egoísmo nas nossas vidas, e submetemos todo o nosso ser – corpo, alma e espírito – à direcção total do Espírito Santo (Gl 5.16). O esfôrço pela perfeição. Nós não somos perfeitos, mas estamos a caminho de uma maior perfeição. Para conseguirmos realizar êsse objectivo, precizamos de, conscientemente pôr de lado a vida anterior, e dedicar-nos diàriamente a agir em conformidade com a vida renovadora de Jesus Cristo (Fp 3.7-12). Viver como Cristo viveu. Nós somos chamados a caminhar tal qual Jesus caminhou (1 Jo 2.26; 1 Pe 2.21). E só poderemos seguir os Seus passos, se o Espírito Santo nos ajudar a vestirmo-nos com o Senhor Jesus Cristo, e não dermos ocasião a que a carne realize em nós os seus desejos (Rm 13.14). Uma vida em harmonia com princípios celestiais. À luz da nossa cidadania celestial, (Fp 3.20), devemos viver santamente neste mundo mau e pecador (1 Ts 2.10-12; Hb 12.4). Agora, devemos estar preparados para nos encontrar face a face com o Senhor Jesus Cristo (1 Jo 3.3). Uma vida totalmente mudada. No processo de santificação depois da conversão, devemos continuar a pôr de lado todos os restantes aspectos da vida velha, vestindo-nos ao mesmo tempo mais e mais, com a nova vida. Êsse é o nosso claro chamamento (Cl 3.8-14). A necessidade de uma santificação completa. Depois da limpeza inicial dos nossos pecados durante o arrependimento, necesitamos aínda, defenitivamente, de ser cheios com o Espírito Santo, para sermos completamente santificados (1 Ts 5.23,24). Devemos ser inatacáveis em santidade perante Deus (1 Ts 3.13). O abandono dos desejos mundanos. A graça do Senhor, que nos foi conferida durante a justificação, ensina-nos a repudiar sempre o mal e os desejos mundanos e a viver sobriamente, em rectidão e em santidade, enquanto esperamos pela Segunda Vinda de Cristo (Tt 2.11-13). Motivação para vivermos uma vida santa. A motivação para a nossa santidade, deriva do carácter e vontade do próprio Deus, que nos chamou da escuridão para a Sua luz maravilhosa (1 Pe 1.15; 1 Ts 4.3,7-8). Temos de pôr de lado todos os artifícios, hipocrisia, invejas e falas maldosas (1 Pe 2.1-2). o mundo, com os seus vis estilos de vida e instituições, significa infidelidade espiritual para com o Senhor (Tg 4.4). Devemos rejeitar o mundo e os seus princípios e regozijarmo-nos apenas na cruz de Jesus Cristo (Gl 6.14). A regra para a vitória sôbre o pecado. A regra básica da vida do Cristão nêste mundo, é que êle deve manter-se fiel ao Senhor não peca. O mundo, a pedra de tropêço. Comprometermo-nos com ndo. Se pecar, êle mancha espiritualmente a sua vida. Os pecados dos cristãos podem ser perdoados, mas devem de preferência ser evitados (1 Jo 2.1). As obras como prova da fé. A submissão, na santificação, coloca a nossa mente na disposição correcta para produzirmos o fruto do Espírito Santo nas nossas vidas. Estas obras não são opções extra nas nossas vidas. Elas são sim, prova da nossa fé no Senhor Jesus e são essenciais (Tg 2.14-26). Mais santidade. A santificação é um processo dinâmico, que necessita de crescer em intensidade e volume. Nós devemos crescer contìnuamente na graça e conhecimento do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (2 Pe 3.18), e portanto tambem, no aperfeiçoamento da nossa santidade. O processo de santificação Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”(Hb 12.14). O grande fato é que Ele nos criou para sermos como Ele é, como seu Filho é, como o Espírito Santo é, ou seja três vezes SANTO. À primeira vista, esta parece ser uma ordem impossível de cumprirmos, porque nos sentimos tão pecadores. Ou nos vem à mente a idéia errônea de que santos são umas poucas criaturas privilegiadas, com auréolas nas cabeças e que chegaram, no dizer católico, “à glória dos altares”(e pior ainda, passam a ser idolatradas). A verdade bíblica é: desde que fomos comprados e lavados pelo sangue de Jesus e passamos a ser habitados e cheios do Espirito Santo, o próprio Deus nos chama de santos. A palavra “santo” tem o primeiro sentido de separado para Deus. Ao nos lavar com o sangue de seu Filho Ele já nos purificou e santificou, no sentido de separar para Si mesmo seu povo escolhido. Agora, nós é que iremos cooperar com Ele para que este processo de santificação torne-se cada vez mais refinado. Assim, a santificação efetuada por Deus torna-se, ao mesmo tempo, um ato tremendo de Deus, e um processo em que cooperamos diariamente para tornar-nos cada dia mais semelhante a Jesus. Vejamos, então, como podemos cooperar eficazmente com nosso Pai neste maravilhoso processo de santificação 1 – Vida de contemplação. O Salmo 34.5 diz: “Contemplai-o e sereis iluminados.” E o Salmo 36.9 acrescenta: “Pois em ti está o manancial da vida, na tua luz vemos a luz.” Quando olhamos todos os dias para Ele nós nos agradamos dele, passamos a ter intimidade com Ele, passamos a gostar dele, a amá-lo, a adorá-lo cada vez mais. Nossa vida tem que ser um retiro o tempo todo. A beleza de Jesus é pra ser contemplada diariamente. E lembre-se de contemplar Jesus também nos irmãos. “Se teus olhos forem bons todo o teu corpo será luminoso”(Mt 6.22). 2- Crescer na confiança que Ele te ama. Ele te olha com amor todos os dias. O Salmo 34.15 diz que “Os olhos do Senhor repousam sobre os justos.” Deus é amor. Ele nos ama tanto que deu Seu único Filho por nós (Rm 5.8). Qualquer pai, qualquer mãe seguramente se lembra quando contemplava amorosamente seu primeiro filhinho e se deleitava, às vezes, por longos minutos, nesta contemplação. Você sentia gozo, profunda alegria ao olhar com amor aquela criança. Assim Deus nos olha todos os dias. Ele quer estar pertinho de ti a todo o momento. Nunca duvide do grande amor de Deus por você e vá crescendo nesta confiança a cada dia. Esta é uma coluna que não pode ser jamais tocada na vida de um cristão. Ele te acha interessante. Ele escolheu gostar de você. Ele é Deus! Primeiro nós O olhamos, depois, cremos que Ele nos olha. 3 – Provamos a bondade de Deus O Salmo 34.8: “Provai e vede que o Senhor é bom”; Efésios 5.9 fala: “Porque o fruto da luz consiste em toda a bondade.” O retorno deste relacionamento é provar Seu cuidado, amparo, consolo, suprimento e o Seu amor em todos os aspectos. Vamos vendo suas promessas cumprindo-se ao nosso redor. “Agrada-te do Senhor e Ele satisfará os desejos do teu coração”(Sl 37.4). Isso produz uma conquista em nós que redunda em gratidão, louvor e adoração. A partir daí você “se abre” mais para Deus. Ao contrário do filho perdido dentro da casa, você passa a entender que tudo o que o Pai tem é teu. 4 – Seu rosto desvenda-se para ti É o que diz em 2 Coríntios 3.18: “E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando como por espelho a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito.” Vamos nos abrindo para a Ele e Ele vai nos mostrando o Seu rosto glorioso. Glória, entre outras coisas, quer dizer PRESENÇA de Deus. Tudo isto vai sucedendo em nossas vidas não por um código de leis, mas através de um íntimo relacionamento com Ele, pela fé tendo os nossos “ rostos desvendados”, entramos no processo de contrição, ou seja, passamos a nos ver em contraste com Cristo, a ver sua santa perfeição em contraste com o que ainda falta dele em nós. Enxergamos o nosso estado, os nossos pecados. 5 – Transformação Devido a uma ação interior acontece uma mudança exterior. Transformar-se em quem? Nele mesmo, na sua própria imagem. Quem são os que mais vêem a Deus? Os anjos. E qual a característica, o adjetivo que eles mais destacam do que eles vêem em Deus? SANTO, SANTO, SANTO…! Is 6.1-4 e Ap 4.8 confirmam o dito. E o seu Espírito que Ele fez habitar em nós é o que? SANTO ! E nós devemos ser o que? SANTOS! “Sede vós também perfeitos como perfeito é o vosso Pai que está nos céus”(Mt 5.48). A vida cristã consiste em transformação. Se não mudamos é porque estagnamos. “E vivereis em novidade de vida”(Rm 6.4). Rejeitemos o complexo do “eu sou assim, eu vivi assim, vou ser sempre assim”; esse tal não tem andado devidamente com Deus. “Anda na minha presença e sê perfeito”(Gn 17.1c). “Transformai-vos pela renovação da vossa mente”(Rm 12.2), Anda mais quem vê mais. O tempo cronológico de um cristão não será medido pelos seus anos de batizado, e sim, o quanto ele esteve diante da presença do único Deus verdadeiro e de Jesus Cristo, o enviado do Pai. 6 – Mudança de mente – A “metanóia”(mudança de mente) continua. Com toda uma nova realidade de visão e entendimento, o que muda? A mente O alvo de Deus na conversão é a mente. Na santificação não é diferente, continua com a mente. Romanos 12.1-3 fala em “culto racional”, ou seja, da razão, da mente, “…transformai-vos pela renovação da vossa mente…” Daí adquire-se uma nova consciência sensível. Houve uma mudança de visão e, conseqüentemente, , uma nova dimensão de fé! Assim decide-se, na caminhada pessoal, glorificá-lo com uma nova maneira de viver. Aleluia! Não sejamos apenas emotivos, estes se tornam como ondas do mar. E cuidemos para que não “sejam corrompidas as vossas mentes” como diz em 2 Coríntios 11.3. Não é em vão que no sistema da besta, neste presente século, tudo é voltado para uma alienação mental através dos instrumentos da mídia onde se desenvolve uma mentalidade anti-Deus. O diabo é sujo e rasteiro, vem com “sapatinho de lã” Fujam da aparência do mal. Cuidado com a música rock. Jovens cristãos têm ficado perturbados por ela. A quem você vai preferir imitar: o cantor de rap ou o seu pastor? Vivamos a santidade com coerência. A vida cristã consiste em andar em novidade de vida. Os incrédulos têm que enxergar Jesus em você. Tenha hombridade para assumir sua fé. A graça de Deus é para os humildes. Não a profane sendo orgulhoso. O trabalho é do Espírito Santo em você, mas a decisão de cooperar com Ele é sua. 7 – Você deve perpetuar esta caminhada Corresponda a Deus em tudo, em honestidade consigo mesmo. “Ta bom, Jesus, vou encarar.” E coopere com o Espírito Santo neste santo processo de extinguir as marcas do velho homem. Diga: Viva Jesus, já fui sepultado. Adeus eu, viva Ele. O Espírito Santo é o teu árbitro. Ele vai sinalizar, vai apitar quando houver faltas e vai governar tua vida (Colossenses 3.15 diz isto). Nunca se torne insensível a Ele, há o perigo da cauterização. Todas as coisas vão cooperar para o teu bem. Ele está nos polindo para a sua glória! Aqueles que incorporaram esta proposta estão de parabéns. Com isto cresçamos na confiança da sua soberania. Soberano é aquele que está acima de todas as coisas. Nada acontece em vão. Deus faz com que todas as coisas cooperem para o nosso bem, segundo a vontade dele, ou seja, com o objetivo de sermos “conformes à imagem de seu Filho.”(Rm 8.29) Fica implícito que, em cada um destes passos, existem práticas cotidianas que são indispensáveis: a leitura das Escrituras, a oração, o jejum, o profetizar, o tomar a cruz e o negar-se a si mesmo, o serviço de proclamadores ao mundo e a relação nas juntas de discipulado e companheirismo (“o crescimento que procede de Deus” – Cl 2.19). Rm 5:6–11 “Desenvolvei a vossa santificação”. Hebreus 12:1 “Segui a paz com todos e a santificação sem a qual ninguém verá o Senhor”. A primeira ressurreição é para aqueles que cresceram na graça e no conhecimento do Senhor, daqueles que venceram aqueles que desenvolveram a santificação e irão reinar os mil anos com o Senhor. Nosso alvo é a estatura de varão perfeito. A obra de Jesus na cruz foi perfeita para apresentar ao Pai a igreja gloriosa, sem mancha, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito. Ef 5.25 – 27. Ela foi lavada (purificada) pela palavra de Deus. Jesus vem buscar uma igreja santa, gloriosa, cheia de santidade da vida de Deus. O que Ele fez na cruz foi suficiente. Esse plano de salvação de Deus é eterno. Após o pecado Deus fez uma sentença, Gn 3.15. O descendente da mulher – Jesus. Deus providenciou a salvação para o homem. Ele já sabia que o homem ia pecar (é onisciente). Deus não fez o homem para pecar, mas Ele sabia que o homem ia pecar, por isso na eternidade, Deus providenciou a solução: JESUS, para a vida de todo homem. Ef 1.3–7 as bênçãos de Deus estão em Cristo antes da fundação do mundo. Ap 13.8. “...aqueles cujos nomes não foram escritos na Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.Hb 4.3 “Nós, porém, que cremos, entramos no descanso, conforme Deus tem dito: Assim, jurei na minha ira: Não entrarão no meu descanso. Embora, certamente, as obras estivessem concluídas desde a fundação do mundo”. Como enfrentarmos, então, essa luta com nossos pensamentos? 1) Reconhecer que refletem nosso coração, que é e continuará MUITO carente. 2) Identificar nossa necessidade de Cristo Jesus para transformar nossos pensamentos momento após momento. Temos que correr até a cruz, onde Cristo já pagou o preço de TODOS os nossos pecados. Sua graça nos motiva a agradá-lo, inclusive em nossos pensamentos (Hb 4.16). 3) Temos que "renovar a mente" como parte do processo de entregar nosso corpo (que inclui a mente) a Deus (Rm 12.1,2). Esse processo é contínuo, uma batalha travada por dentro, em que substituímos o que é mal pelo bom. Passos práticos de renovação da mente podem incluir: recitar textos bíblicos; orar; cantar; trocar o pensamento mal por outro objeto, etc. Quanto à repreensão verbal, tenho minhas dúvidas. Parece mais "feitiçaria" ou "mágica" do que um processo bíblico. 4) Precisamos tomar passos concretos para fugir do mal. Rm 13.14 ensina que não devemos alimentar a carne, ou seja, tomar providências para gratificá-la. Entendo que devemos lutar de forma prática para evitar tentações que alimentam a carne. Por exemplo, nós homens temos que fugir da imoralidade--evitando novelas, revistas, outdoor, etc. que provocam em nós pensamentos impuros. Esse passo é muito mais prático do que repreender em voz alta maus pensamentos, mas continuar voltando para as mesmas fontes que nos levam para o mal. 5) Mesmo quando falhamos, precisamos correr de volta para Cristo, confessar nosso pecado, e clamar a Ele por vitória. 6) Temos que continuar crescendo na graça e no conhecimento de Cristo e Sua verdade. Por isso, temos que re-programar nossa mente com a Palavra dEle, digerindo sempre o texto bíblico, para "re-fazer a cabeça". Tenho grande dúvida se Satanás é a fonte dos nossos pensamentos maus. Não me lembro de um texto bíblico que ensina que Satanás tem acesso a meus pensamentos. Ele não é onisciente, como Deus. Esse é um grande engano na igreja de hoje. Atribuímos poderes a Satanás que quase o colocam no nível de Deus. Ele certamente entende a natureza humana, e pode nos tentar usando métodos que sabe funcionam, mas dizer que ele é o responsável pelos meus pensamentos vai além das Escrituras, e acaba me aliviando da responsabilidade pessoal. Acabo identificando o problema em alguém fora de mim, quando de fato o problema principal sou EU! Mas graças a Deus pela Sua graça que ainda nos aceita e perdoa. Essa é uma luta que todos nós travamos até a glória. Que Deus nos ajude a vencer ao inimigo maior que é o nosso pensamento, o qual devemos conduzir cativo aos pés de Cristo Jesus o nosso Senhor. Amem! |
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