terça-feira, 1 de maio de 2018

Haverá salvação para o suicida?

Haverá salvação para o suicida? 
 
A Bíblia menciona seis pessoas específicas que cometeram suicídio: Abimeleque (Jz 9.54), Saul (1 Sm 31.4), o escudeiro de Saul (1 Sm 31.4-6), Aitofel (2 Sm 17.23), Zinri (1 Re 16.18) e Judas (Mt 27:5).

Cinco deles eram homens pecadores e perversos (não se sabe o suficiente sobre o escudeiro de Saul para fazer um julgamento a respeito de seu caráter).

Alguns consideram Sansão um exemplo de suicídio (Jz 16.26-31), mas o seu objetivo era matar os filisteus e não a si mesmo.

A Bíblia enxerga o suicídio da mesma forma que assassinato, pois isso é exatamente o que é - auto-assassinato. Cabe a Deus decidir quando e como uma pessoa deva morrer.

De acordo com a Bíblia, o suicídio não é o que determina se uma pessoa ganha ou não acesso ao céu.

Se um descrente cometer suicídio, ele não fez nada mais do que “acelerar” a sua jornada para o lago de fogo. Entretanto, no fim das contas, a pessoa que cometeu suicídio estará no inferno por ter rejeitado a salvação através de Cristo, não por ter cometido suicídio.

O que a Bíblia diz sobre um cristão que comete suicídio? A Bíblia ensina que podemos ter a garantia da vida eterna a partir do momento em que verdadeiramente crermos em Cristo (Jo 3.16).

Segundo a Bíblia, os cristãos podem saber que possuem a vida eterna sem qualquer dúvida (1 Jo 5.13).

Nada pode separar um cristão do amor de Deus (Rm 8.38-39). Se nenhuma "criatura" pode separar um cristão do amor de Deus, e até mesmo um cristão que comete suicídio é uma "coisa criada", então nem mesmo o suicídio pode separar um cristão do amor de Deus.

Jesus morreu por todos os nossos pecados e se um cristão verdadeiro, em um momento de crise e fraqueza espiritual, cometer suicídio, esse pecado ainda seria coberto pelo sangue de Cristo.

O suicídio ainda é um grave pecado contra Deus. Segundo a Bíblia, o suicídio é assassinato; é sempre errado.

Devem-se ter sérias dúvidas sobre a autenticidade da fé de qualquer pessoa que afirmava ser um cristão, mas mesmo assim cometeu suicídio.

Não há nenhuma circunstância que possa justificar que alguém, especialmente um cristão, tire a sua vida própria. Os cristãos são chamados a viver suas vidas para Deus e a decisão de quando morrer pertence a Deus e somente a Ele.

A Bíblia não diz que os suicidas não terão salvação. Para entendermos melhor o porquê de várias afirmações da não salvação dos suicidas, vamos primeiro entender o que é ser suicida?

Suicida é a pessoa que mata a si mesmo, ou seja, é a pessoa que tira a própria vida.

No livro de Êxodo 20.13 DEUS fala "Não matarás",( Ap 21.8), João escuta a seguinte frase do próprio DEUS

" Mas, quanto aos tímidos, e aos abomináveis, e aos homicidas....., a sua parte será no lago de fogo e enxofre, o que é a segunda morte."Destarte, podemos afirmar que os suicidas não receberão a salvação pelo ato de tirar uma vida, neste caso, a sua própria vida.

Veja o agravante do suicídio:

1 - É um ato de coragem?

2 - É uma covardia?

3 - É fruto de uma fraqueza momentânea? Como cristão, entendo que o suicídio é um ato de incredulidade. Há casos em que o suicídio é um ato de bravura. Por exemplo, o soldado que se atira por cima de uma granada prestes a explodir, com o objetivo de salvar a vida de dezenas de pessoas.

Regra geral, os cristãos verdadeiros não se suicidam. O mandamento
"não matarás" (Rm 13.9) alcança, creio, a nossa própria vida (Dt 32.39; Ec 8.8). Se a nossa existência terrena está entregue nas mãos do Autor da vida, somente Ele tem o poder de decidir sobre sua extinção.

Dizer que mesmo tirando a sua própria vida o cristão mantém a sua salvação é desconsiderar o valor da vida – dom magnífico de Deus.

O homem foi criado segundo a imagem e semelhança de Deus; destruir o próprio corpo é desonrar o Criador. O apóstolo Paulo é categórico ao afirmar que nosso corpo é templo do Espírito, e que ele habita em nós (I Co 6.16); e que, por isso mesmo, “se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo” (1 Co 3.17).

A salvação, portanto, não é uma licença para se fazer tudo que se queira muito menos tirar a sua própria vida. O ato, em si, é uma demonstração de completa desesperança e falta de confiança no Doador da vida. Um ato de grande egoísmo, desconsiderando-se o sofrimento daqueles que ficam.

Além disso, o termo “nada” utilizado por Paulo em Rm 8.38 não possui valor absoluto, devendo ser interpretado em conformidade com o próprio texto.

Se assim fosse acreditaríamos que nem mesmo o pecado nos separaria de Deus. Mas a Bíblia diz que separa (Is 59.2). Assim, é mais fácil que aqueles que pensam que serão salvos ouvirem a seguinte frase: “Eu nunca vos conheci; Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade” (Mt 7.23)”, do que serem salvos.

Suicídio, não tenho dúvidas, é pecado.

E se assim é, não existe possibilidade de perdão, mesmo porque diz-nos a Bíblia que aos homens está ordenado morrer uma vez, vindo, depois disso, o juízo (Hb. 9.27). Portanto, não há meio termo.

Alguém que professa a verdade do evangelho e deixa levar-se por alguma idéia suicida será salvo? A resposta será dada em duas etapas.

De onde vem a idéia suicida? Qual a origem do suicídio? Ora, é corrente que a idéia suicida é proveniente de algum distúrbio psíquico, visto que tais idéias surgem e se instalam em pessoas com problemas de depressão, ansiedade, psicose.

Tais distúrbios associados aos seguintes fatores aumentam o risco de suicídio: isolamento social, falta de amigos, não ser casado, não morar com outras pessoas, não ter filhos ou não ser religioso.

O que se observa é que a idéia suicida decorre de algum problema psíquico.

Sabemos também que todos os homens entram pela porta larga ao nascerem segundo Adão, e que seguem por um caminho que os conduzirá à perdição. Sabemos também que é necessário ao homem nascer de novo (entrar pela porta estreita), para que possam trilhar o novo e vivo caminho que conduz à vida eterna (Jesus).

Ora, se uma pessoa aceita a Cristo segundo a verdade do evangelho, ela entrou pela porta estreita e segue pelo caminho que o conduzirá a salvação. Após ter entrado pela porta que é Cristo é possível errar o caminho por causa de um distúrbio psíquico? Não!

Não será um distúrbio psíquico que separará o cristão do amor de Deus em Cristo. Não é a morte ou a vida que separará o Cristão do amor de Deus ( Rm 8.38 ).

No milênio haverá para os remanescentes de Israel uma estrada, um caminho, denominado de “O caminho Santo”.

O imundo (ímpios) não andará pelo Caminho Santo. O caminho será exclusivo para os separados por Deus (os remidos). O caminho pertencerá àqueles que foram fortalecidos e que não temem ( Is 35.3, 4).

Naquele dia os ‘caminhantes’, ou seja, os remidos, não errarão! Nem mesmo os loucos errarão o caminho, pois foram resgatados pelo Senhor ( Is 35.9 -10).

Se no milênio a graça de Deus se mostrará maravilhosa àqueles que virão à Sião restaurada, que se dirá hoje, na dispensação da graça. Quem entra por Cristo, a porta estreita, jamais percorrerá outro caminho.

Sobre este mister, diz o salmo primeiro: “Porque o Senhor conhece o caminho dos justos; porém, o caminho dos ímpios perecerá” ( Sl 1.6 ). O caminho que pertence aos justos é conhecido pelo Senhor, ou seja, está intimamente ligado a Ele. Já o caminho dos ímpios perecerá, visto que é um caminho que conduz a perdição ( Mt 7.3 ).

O Evangelho (fé em) de Cristo é para salvação do homem, livrando-o da condenação estabelecida em Adão.

Por vezes, a crença (fé) na verdade do evangelho (fé) é suficiente para livrar o homem de algum distúrbio psíquico. Porém, vale salientar que está não é a regra, e quem sofre de distúrbios psíquicos precisam de tratamento psicológico ou psiquiátrico específico.

Jó diante das agruras que lhe foram impostas amaldiçoou o dia do seu nascimento e desejou não ter nascido “Por que não morri eu desde a madre? Em saindo do ventre, não expirei?” ( Jó 3.11 ), contudo continuo confiando no Deus da sua salvação.

Diante das agruras desta vida o cristão deve se armar da mesma confiança de Jó.
Agora, o que tornou Judas diferente de outros homens que foram salvos? O suicídio? Não! Judas não foi salvo porque deu cabo de sua própria vida, antes porque não creu na misericórdia de Deus manifesta aos homens.

Qual a traição maior: a de Judas ou a de Pedro? Por certo que elas são equivalentes. Porém, diferente de Judas, Pedro ao ver-se ‘infiel’ recobrou-se do seu erro de conduta e confiou em Quem é fiel e nunca se demove da sua fidelidade.

Pedro continuou a produzir os frutos (frutos dos lábios) dignos do arrependimento: professando a sua salvação em Cristo.

Judas, por sua vez, tomado de arrependimento pela infidelidade ao Mestre, não se arrependeu para salvação (não mudou o seu conceito de como se dá a salvação em Cristo), antes se arrependeu à vista do seu comportamento (arrependimento de obras mortas), o que muitos entendem ser remorso.

O apóstolo Paulo demonstra que a sua esperança e expectativa eram intensos, e que jamais seria confundido.

Ele tinha plena confiança que Cristo haveria de ser engrandecido no seu corpo, tanto em vida ou através da morte ( Fp 1.20 ).

O firme fundamento de Paulo era Cristo, pois o viver é Cristo, e morrer em Cristo é lucro (v. 21).

Paulo nutria o desejo de partir deste mundo e estar com Cristo, porém, o amor pelos irmãos era maior que o desejo pelo ‘melhor do mundo vindouro’.

Paulo tinha certeza que ficaria e permaneceria em meio aos cristãos para proveito e gozo da fé (do evangelho). O texto por si só demonstra que o apóstolo, mesmo tendo o desejo de estar com Cristo, não nutria idéias suicidas.

Os apóstolos eram alvos de múltiplos sofrimentos, prisões, escárnios, perseguições, torturas, porém, não desistiam de viver. Embora esperassem ser revestidos da imortalidade, nenhum deles, nenhum sequer apressou de modo próprio a hora de partir.

Estavam certos de que “... foi concedido, em relação a Cristo, não somente crer nele, como também padecer por ele..." ( Fp 1.29 ).

Portanto, quem professa a verdade do evangelho e não sofre de nenhum distúrbio grave de ordem psíquica, jamais intentará contra a própria vida.

O nosso corpo é propriedade de Deus e se destruirmos por certo que Ele nos destruirá.

Na certeza de que tanto homicídio quanto o suicídio são condenados nas Sagradas escrituras como pecados capitais o suicídio possui um agravante que é o fato de agressor não possuir mais tempo para o arrependimento.

Que Deus tenha misericórdia de cada um de nós.

Se você está passando por dificuldades clame incessantemente ao Senhor que Ele te dará o livramento medite no Salmos 40 e por certo que Deus irá se inclinar pra ti em nome de Jesus, amém!

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