sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Jesus revela algo profundo na vida de Natanael

Jesus revela algo profundo na vida de Natanael 


Vamos meditar nesta oportunidade em Jo 1. 45-51 que diz:

45. Filipe achou Natanael, e disse-lhe: Havemos achado aquele de quem Moisés escreveu na lei, e os profetas: Jesus de Nazaré, filho de José.

46. Disse-lhe Natanael: Pode vir alguma coisa boa de Nazaré? Disse-lhe Filipe: Vem, e vê.

47. Jesus viu Natanael vir ter com ele, e disse dele: Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo.

48. Disse-lhe Natanael: De onde me conheces tu? Jesus respondeu, e disse-lhe: Antes que Filipe te chamasse, te vi eu, estando tu debaixo da figueira.

49. Natanael respondeu, e disse-lhe: Rabi, tu és o Filho de Deus; tu és o Rei de Israel.

50. Jesus respondeu, e disse-lhe: Porque te disse: Vi-te debaixo da figueira, crês? Coisas maiores do que estas verás.

51. E disse-lhe: Na verdade, na verdade vos digo que daqui em diante vereis o céu aberto, e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem.

I. Significado do nome Natanael

Natanael (em hebraico Netan‘el) aparece no Evangelho de João, nos capítulos 1 e 21. Nos outros 3 evangelhos ele não é mencionado, contudo se retém que seja a mesma pessoa chamada nos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) com o nome de Bartolomeu. Portando, é um dos 12 apóstolos.

II. Conheça melhor a figueira.

Junto com a oliveira e a videira, a figueira (Ficus carica) é uma das plantas mais destacadas da Bíblia, sendo mencionada em mais de 50 textos. (Jz 9:8-13; Hb 3:17) A figueira é nativa do SO da Ásia, de Israel, da Síria e do Egito, e é famosa por sua notável longevidade.

Embora esta árvore também viceje de forma silvestre, para produzir bons frutos, ela precisa de cultivo.

(Lc 13:6-9) É bastante adaptável a vários tipos de solo, crescendo bem até mesmo em solo rochoso. Pode atingir a altura de uns 9 m, com um tronco do diâmetro de uns 60 cm, e tem ramos que se espalham amplamente. Embora seja primariamente apreciada pelos seus frutos, é também muito prezada pela sua boa sombra.

(Jo 1:48-50) As folhas são amplas, tendo até 20 cm ou mais de largura. A primeira menção da figueira é com respeito ao uso das suas folhas costuradas como cobertura para os lombos de Adão e Eva. (Gn 3:7) Em algumas partes do Oriente Médio, folhas de figueira ainda são costuradas e usadas para embrulhar frutas, e para outros fins.

 O sicômoro

Esta árvore mencionada nas Escrituras Hebraicas não tem nenhuma relação com o sicômoro norte-americano, que é um tipo de plátano (ou falso-plátano). Pelo que parece, trata-se do “sicômoro-figueira” de Lucas 19:4.

Esta árvore (Ficus sycomorus) tem frutos semelhantes aos da figueira comum, mas sua folhagem é semelhante à da amoreira. Atinge a altura de 10 a 15 m, é resistente, e pode atingir várias centenas de anos de vida.

Dessemelhante da figueira comum, o sicômoro (sicômoro-figueira) é uma sempre-verde. Ao passo que suas folhas em forma de coração são menores que as da figueira, a folhagem é densa e ampla, e a árvore oferece uma boa sombra. Por este motivo, freqüentemente era plantada à beira das estradas.

O tronco curto e robusto logo se ramifica com os ramos mais baixos perto do solo, e isto tornava a árvore conveniente à beira da estrada para um homem baixo, tal como Zaqueu, subir nela para ver Jesus. — Lu 19:2-4.

Os figos crescem em cachos abundantes, são menores do que os da figueira comum e são inferiores a eles.
Atualmente, é costume dos cultivadores egípcios e cipriotas de sicômoros(-figueira) pungir os frutos prematuros com um prego ou outro instrumento pontiagudo, para tornar o fruto comestível.

O risco ou furo nos figos verdoengos do sicômoro provoca um acentuado aumento na emanação do gás etileno, o que acelera consideravelmente (de três a oito vezes) o crescimento e o amadurecimento do fruto.

Isto é importante, visto que de outro modo o fruto não se desenvolve plenamente e continua duro, ou é estragado por vespas parasíticas que penetram no fruto e habitam nele para reprodução. Isto lança alguma luz sobre a ocupação do profeta Amós, que descreve a si mesmo como “boeiro e riscador de figos de sicômoros”. — Am 7:14.

Além de crescerem no vale do Jordão (Lu 19:1, 4) e em torno de Tecoa (Am 1:1; 7:14), os sicômoros eram especialmente abundantes nas terras baixas da Sefelá (1Rs 10:27; 2Cr 1:15; 9:27), e embora seu fruto não fosse da qualidade da figueira comum, o Rei Davi o achava de valor suficiente para colocar os pomares da Sefelá sob um administrador.

(1Cr 27:28) Os sicômoros(-figueira) evidentemente eram abundantes no Egito na época das Dez Pragas, e continuam a prover ali alimento até hoje. (Sal 78:47) A madeira é um tanto macia e porosa, e bastante inferior à do cedro, mas é bem durável e era muito usada em construção. (Is 9:10) Encontraram-se em túmulos egípcios caixões de múmias, feitos de sicômoro, que ainda estão em boas condições depois de uns 3.000 anos.

Safras Temporã e Serôdia: Basicamente, há duas safras de figos produzidas anualmente pelas figueiras: os primeiros figos maduros, ou figos temporãos (hebr.: bikkuráh), que amadurecem em junho ou no começo de julho (Is 28:4; Je 24:2; Os 9:10), e os figos serôdios, que crescem no lenho novo e constituem a safra principal, amadurecendo em geral a partir de agosto.

Os figos temporãos podem ser facilmente sacudidos para caírem da árvore, quando maduros, e são apreciados pelo seu sabor delicado 9 Na 3:12).

Por volta de fevereiro, os primeiros botões dos frutos surgem nos ramos da estação anterior, e eles precedem às folhas em cerca de dois meses, visto que as folhas só costumam aparecer no fim de abril ou em maio. (Mt 24:32) No Cântico de Salomão 2:13, mencionam-se os primeiros sinais do amadurecimento dos novos figos verdes (hebr.: pagh) em conexão com as videiras em flor, floração que começa por volta de abril.

Portanto, na época em que a árvore está coberta de folhas, ela também deveria ter frutos. A figueira que Jesus Cristo amaldiçoou parece ter tido folhas anormalmente cedo, visto que então era o dia 10 de nisã do ano 33 EC.

Sua aparência dava motivos para se esperar que tivesse também frutos precoces, próprios para consumo, e o registro em Marcos 11:12-14 indica que Jesus se chegou à figueira pensando nisso, embora ‘não fosse a estação dos figos’, quer dizer, a época para a colheita dos figos.

Ter a árvore somente folhas mostrava que não ia produzir nenhuma safra, e, portanto, era enganosa na sua aparência. Jesus amaldiçoou-a como improdutiva, fazendo-a secar-se. — Veja Mt 7:19; 21:43; Lu 13:6-9.

Uso Como Alimento e Como Remédio: Os figos eram uma fonte básica de alimento nos tempos bíblicos e continuam a sê-lo em diversos países do Oriente Médio. Eram transformados em “tortas de figos prensados” (hebr.: develím), convenientes para transporte. (1Sa 25:18; 30:12; 1Cr 12:40)

Uma torta assim foi usada como cataplasma no furúnculo do Rei Ezequias, e tortas deste tipo ainda são usadas desta maneira hoje no Oriente Médio. — 2Rs 20:7.

Uso Figurado e Profético: A figueira e a videira são mencionadas juntas em muitos textos, e as palavras de Jesus em Lucas 13:6 mostram que as figueiras muitas vezes eram plantadas em vinhedos. (2Rs 18:31; Jl 2:22) A expressão ‘sentar-se cada um debaixo da sua própria videira e figueira’ simbolizava condições pacíficas, prósperas e seguras. — 1Rs 4:25; Miq 4:4; Za 3:10.

Em vista do destaque da figueira na vida das pessoas, é compreensível por que foi tantas vezes usada nas profecias.

Por causa da sua importância como alimento para a nação, o total fracasso duma safra de figos seria calamitoso. De modo que a figueira recebeu menção especial quando se predisse a destruição ou ruína daquela terra. — Je 5:17; 8:13; Os 2:12; Jl 1:7, 12; Am 4:9; Hb 3:17.

A própria nação de Israel foi comparada por Yehowah a duas espécies de figos. (Je 24:1-10) Jesus, para ilustrar que se poderia reconhecer os falsos profetas pelos maus frutos deles, citou a impossibilidade de se colherem “figos dos abrolhos”. (Mt 7:15, 16; compare isso com Tg 3:12.)

O fato de a figueira ‘brotar folhas’ em meados da estação da primavera foi usado por Jesus como indicador bem conhecido do tempo.

(Mt 24:32-34) Por fim, a facilidade com que ventos fortes fazem cair ao chão ‘figos verdes’ (gr.: ólynthos) é usada pelo escritor de Apocalipse como símile. — Ap 6:13.

III.REVELANDO O MISTÉRIO DE NATANAEL EMBAIXO DA FIGUEIRA

• Quando Natanael ouviu falar de Jesus, o desprezou, mas em seguida foi persuadido por Filipe a conhecê-lo. O Espírito Santo move as coisas ao redor, para propiciar a salvação ao homem escolhido, sem que ele perceba.

• Ao ver Natanael aproximar-se, Jesus falou a seu respeito: “Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo”. Os verdadeiros israelitas são descendentes dos patriarcas e, portanto, herdeiros da bênção, da promessa de salvação.

• Por que Jesus disse que não havia dolo em Natanael, será que ele não tinha pecados. A Palavra diz que “todos pecaram...”. Na verdade Jesus estava antecipando a obra de salvação na vida de Natanael. Pela sua Graça os seus pecados estavam sendo perdoados.

• Natanael ficou surpreso e perguntou: “Donde me conheces tu?” E Jesus respondeu: “Antes que Filipe te chamasse, te vi eu estando tu debaixo da figueira”. Desta forma Jesus deixou claro que o seu propósito em salvar Natanael, já estava determinado antes mesmo de Filipe o chamar.

Herodes era o governador da Judéia na época em que Jesus Cristo teria nascido. Ao receber a notícia de que o Messias teria vindo ao mundo na cidade de Belém, Herodes preferiu cortar o problema pela raiz antes que o tal salvador de fato se transformasse em um problema para ele.

Foi então que ordenou que seus guardas matassem todos os meninos com menos de 2 anos que encontrassem na cidade de Belém e nos seus arredores.

Alguns historiadores tentam calcular qual seria a dimensão desse crime. O americano Raymond Brown, autor do livro “O Nascimento do Messias”, estima que a vila de Belém tivesse cerca de mil habitantes na época e cerca de 20 se enquadravam nas características do menino Jesus.

É difícil estimar qual seria a dimensão desse infanticídio hoje, mas se considerarmos a população atual da cidade de Belém, podemos fazer uma projeção.

Dois milênios depois do nascimento de Jesus, a cidade continua com ares de vila, com 27 mil habitantes. Portanto, é provável que o número de meninos menores de 2 anos chegasse a 500 (considerando a mesma proporção da época de Herodes).

Já seria uma chacina e tanto. A esse número devemos incluir as cidades vizinhas.

Então se considerarmos que Natanael tivesse a mesa idade de Jesus, isso o leva ao cenário da matança dos meninos, realizada pelo homicida chamado Herodes. Agora segundo relatos históricos essa é a história de Natan’el BarTolomeu (Natanael filho de tolomeu).

Quando se começou os assassinatos de Herodes, sua mãe temeu ter seu precioso filho morto pelos soldados, então ela o escondia o bebê em baixo de uma figueira específica, depois sua mãe orava a Deus pedindo proteção e pedindo que aquela criança vivesse para ver o Messias. E todas as vezes que os soldados passavam o menino estava em meio às folhas da figueira.

Quando Natanael completou quinze anos de idade, já salvo da matança, sua mãe o chamou e contou de como o escondera embaixo da figueira e de como orava para Deus. Também disse para que Natanael não contasse essa história para ninguém. Era como um segredo familiar e pessoal de Natanael.

Ninguém além dele e de sua mãe sabia dessa história. Então quando ele pergunta a Jesus de onde o conhecia, Jesus revela seu maior segredo, ao dizer que o viu debaixo da figueira, quando estava escondido para escapar da morte e então Natanael se vê diante daquele do qual sua amada mãe havia pedido a Deus para que ele um dia pudesse ver, o Messias prometido.

Este diálogo de Jesus com Natanael aponta para o fato de Deus haver planejado a Obra de salvação do homem, antes mesmo de tudo se concretizar. Pela sua Graça, Deus determinou a salvação do homem mesmo diante do seu desprezo inicial.

• As Palavras de Jesus a respeito dos segredos da vida de Natanael, foram as revelações que transformaram seu coração e o fizeram cair aos pés do Senhor, declarando: “Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei d’Israel”.

A partir daí Natanael passou a seguir ao Senhor Jesus, vislumbrando a cada dia as maravilhas da eternidade, ao ver o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem, operando em favor dos que hão de herdar a vida eterna.

IV Jesus é Deus

Vários grupos negam a absoluta divindade de Cristo. Os testemunhas de jeová, por exemplo, negam que Jesus seja Deus com d maiúsculo. Segundo eles, ele é um deus, um arcanjo muito elevado, mas não é igual a Deus Pai.

Os teólogos modernos muitas vezes ensinam que Jesus era um grande homem, um mestre maravilhoso e um grande profeta , mas não Deus na verdade. A Bíblia ensina que Jesus é Deus.

Há vários "porém" que devem ser ligados a essa afirmação. Quando Jesus se fez carne, passou a ser humano. Participou da nossa natureza; submeteu-se à experiência humana. Assim, experimentou a fome, a sede, o cansaço.

Nas palavras de Paulo: "pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz" (Fp 2:6-8).

É importante entendermos que, quando Jesus se fez homem, não deixou de ser Deus. Ele era Deus vivendo como homem.

Mas restringiu-se a forma e a limitações muito diferentes da natureza de sua existência eterna. Ao afirmar que Jesus é Deus, então, não estamos tentando negar a realidade de Jesus ter-se tornado um ser humano verdadeiro.

Afirmar que Jesus é Deus não é afirmar que ele é o Pai. O próximo subitem deste artigo discutirá exatamente essa questão.

Seria válido admitir já de início neste estudo que se acha revelada nas Escrituras uma nítida diferença entre o papel do Pai e o do Filho. Uma delas é que foi o Filho que se fez carne, não o Pai. Mas, o que é mais fundamental, o Pai parece ser revelado na Palavra como o planejador e diretor, e o Filho, como o concretizador.

O Filho submeteu-se à vontade do Pai. Nesse sentido, Jesus afirmou: "O Pai é maior do que eu" (João 14:28). Entendemos que, de acordo com as Escrituras, o marido deve ser o cabeça da esposa, e ela deve submeter-se ao marido.

Mas isso não significa que o marido seja superior em essência; simplesmente tem um papel de autoridade.

Tanto marido quanto mulher são plena e igualmente humanos. Da mesma forma, a liderança do Pai e a submissão do Filho não implicam diferença de natureza. Ambos são plena e igualmente divinos.

Amém!

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