segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

AS TRÊS ORDENS DE DEUS E AS SETE BENÇÃOS QUE HERDAMOS DE ABRAÃO

AS TRÊS ORDENS DE DEUS E AS SETE BENÇÃOS QUE HERDAMOS DE ABRAÃO 

Texto Hb.11.8-12
Introdução
Deus buscou de toda as maneiras preservar a humanidade pura para servi-lo O Senhor então resolveu tomar outro caminho, experimentar de novo e de outra forma. Seu método seria o mais radical possível, as novas medidas seriam extremas. Separaria um homem de sua própria terra e parentela para concretizar seus planos. Este homem perderia todas as vantagens de uma cidade civilizada para ir a um lugar desconhecido, sujeito a toda sorte de imprevisto, a fim de aprender a depender continuamente D’Aquele que o chamou.

Abraão foi este homem!. Deus concedeu-lhe de todas as promessas e pôs-lhe à frente de um supremo alvo: ser pai de uma numerosa nação. Afinal, que foi Abraão?.

Seu nome original era Abrão (Gn.11.26), que significava “pai elevado”, ou “pai das alturas”. Posteriormente, depois de uma aliança feita com o Deus Altíssimo, seu nome passou a chamar-se Abraão, que quer dizer “pai de uma multidão” (Gn. 17.5). Abraão nasceu e viveu na cidade de Ur. Ficava localizada na antiga Sinar, ou Suméria, situado a 160 km a sudoeste de Babilônia. Hoje essa região é conhecida como Iraque. O antigo nome da região, Sinar, vem de Sin, o “deus lua”, adorado naquela cidade.

Logo podemos concluir que os antepassados de Abraão não conheciam o Deus verdadeiro: eram idólatras. Como Abraão veio a conhecer Deus, não está revelado na bíblia. Apenas encontramos lá em At.7.2-4, que diz que Deus apareceu a Abraão quando estava na casa de seu pai. Abraão vivia num mundo corrupto e idólatra, mas Deus tinha outros planos para ele. Ele era um homem muito sensato, prudente e de espírito muito forte. Ninguém se igualava a ele em virtude e capacidade. Foi o primeiro homem a ousar dizer que existe um só Deus, e que o Universo é obra de Suas mãos.

AS TRÊS ORDENS DE DEUS A ABRAÃO (Gn.12.1). “Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei”. Na chamada de Deus a Abraão, há três determinações nas quais está toda a essência do plano divino.

A PRIMEIRA ORDEM – “Sai-te da tua terra”. - Significa abandonar nossos hábitos pecaminosos. Deus tinha outra terra, fértil e promissora para ele viver. A partida foi indefinida e o lugar para onde ele iria era desconhecido por Abraão. O grande patriarca deveria partir independente do desconhecimento dos detalhes. Na verdade, o que Deus queria, era que Abraão partisse sem olhar para trás, sem pensar em retornar. A terra onde Abraão habitava seria um transtorno para realizar os planos divinos. A saída de Ur dos Caldeus deveria ser para ele um desprendimento completo, uma renúncia total, material, social e espiritual. Anos depois, a cidade de Ur foi saqueada e destruída pelos Elamitas, ficando perdida para a História durante muitos séculos.

A SEGUNDA ORDEM – “Sai-te da tua parentela”. Significa abandonar nossos maus costumes e tradição religiosa. Abraão deveria deixar sua parentela para trás, com exceção de sua esposa Sara. Ninguém mais deveria acompanhá-lo naquela peregrinação à terra que Deus lhe havia designado. Mas Abraão, constrangido pela idade de seu pai Terá, decidiu levá-lo também!. Ainda um sobrinho muito ligado à família, chamado Ló, resolve unir-se ao patriarca na viagem. Esses laços familiares deveriam ter sido evitados para que Abraão e sua esposa não tivessem qualquer impedimento no caminho preparado por Deus.

A TERCEIRA ORDEM – “Sai-te da casa de teu pai”. Significa deixar a liderança de ser dirigido pela voz paterna. Não deixar outra voz agir no nosso coração e vir a substituir a voz de Deus. Abraão foi para Harã, acumulou riquezas ali, mas seu coração não estava naquele lugar. Sua fé em Deus lhe deu forças para prosseguir. Decidiu fazer a vontade de Deus indo para Siquém. Em Siquém Deus lhe apareceu, reafirmou as promessas e mostro-lhe toda a terra dos cananeus. A Canaã prometida.
Abraão mudou de Siquém para Betel (Gn.12.8). Foi em Betel, “casa de Deus”, que Abraão edificou um altar ao Senhor. Abraão sabia que, no tempo próprio, ele teria o cumprimento das promessas divinas. Betel daqui para frente, sempre lembrará ao crente um lugar de oração, de encontro com Deus, de decisões importantes na nossa vida espiritual.

A PRIMEIRA BENÇÃO – A BENÇÃO DA PROMESSA (Gn.15.4-5)

Abraão recebeu do Senhor uma promessa. Deus inicia com Abraão uma dispensação especial: a Dispensação da Promessa. Dentro dessa dispensação, Deus seleciona e escolhe pessoas para cumprirem missões especiais. Abraão foi escolhido por Deus para ser pai de uma nação que o adoraria e representaria seus interesses na terra, perante todas as nações.

Primeiro Deus escolhe um homem, Abraão; depois, da sua semente, escolhe uma tribo, Judá e, dessa tribo, escolhe um rei, Davi. Deus traz ao mundo, seu Filho Jesus, como Verbo encarnado, para ser o Salvador do mundo. A chamada divina feita a Abraão coloca-o entre aqueles que Deus em sua presciência conhecia e, por isso, o escolheu para ser o homem que iria cumprir os desígnios de Deus. Abraão foi obediente à chamada divina e pautou toda sua vida pelo princípio de fazer a vontade de Deus.

A SEGUNDA BENÇÃO - A BENÇÃO DA FÉ (Gn.15.6)

A chave para receber essa benção é uma só: Entrega TOTAL e ILIMITADA. Você acha que foi fácil para Abraão, aos 75 anos começar pela fé, uma nova empreitada de vida com sua família?. Certamente que não!. Mas ele creu!. Creu a ponte de obedecer, de entregar sua própria vida e da sua família nas mãos de Deus!. Crer é entregar!. Crer é obedecer!. Durante toda sua vida, Abraão manifestou uma forte confiança em Deus.

Quando Abraão se lembrava das promessas maravilhosas de Deus, ele se sentia confortado em saber que o cumprimento delas, seria na sua semente, e por meio dela!. Mas quando envelheceu, e o fim de sua vida se aproximou, e viu que continuava sem filhos, sentiu-se tentado a esmorecer!.

Sua fé nas promessas se abalou!. Como Deus poderia agora cumpri-las?. Quando o faria?. Abraão precisava ter certeza!. Então Deus lhe falou: “Não temas eu sou o teu escudo e teu galardão será sobremodo grande”. Você pode sentir como Abraão foi confortado extraordinariamente?. Isto denota que, a nossa confiança e esperança, devem ser posta em Deus. O Senhor se agrada de quem tem fé e sempre está pronto a ser recompensado por ela.

A TERCEIRA BENÇÃO – A BENÇÃO DA ALIANÇA (Is.54.10)

Quando Deus estabeleceu alianças com alguns homens na bíblia, o Senhor estava se comprometendo a cumprir o que havia prometido, mas esperava também fidelidade da parte dos homens, em cumprir aquilo que Ele estava pedindo. A aliança requer compromisso mútuo. Nosso Deus é o Deus de aliança e Ele é fiel às suas promessas.

Esse era o momento do início na trajetória de Abraão, alguém que seria conhecido no mundo espiritual e também natural como “amigo de Deus”. Se somos pessoa de aliança no casamento, então nunca deveríamos pensar em outra pessoa a não ser no cônjuge!. Se somos pessoas de aliança no trabalho, devemos dar o nosso melhor naquele lugar. Se somos pessoas de aliança, temos que ser fiéis a Deus, onde quer que Ele nos ponha!. Abraão marcou a história do povo de Israel porque foi um homem de aliança, atraiu bênçãos e grandes riquezas para si e seus descendentes.

O alvo supremo da aliança entre Deus e Abraão, era salvar não somente uma nação (Israel), mas a totalidade da raça humana. Por isso Deus prometera a Abraão que nele “todas as nações da terra” seriam benditas. Isso se cumpriu, mediante a vinda do Senhor Jesus Cristo como Redentor, quando então, os cristãos começaram a levar a mensagem do evangelho por todo mundo (Lc.2.32 – At.13.46-47).

A QUARTA BENÇÃO – A BENÇÃO DAS IMPOSSIBILIDADES (Gn.15.1)

Depois da batalha em que derrotou os reis, Abraão ficou preocupado e temeroso. Por isso, Deus lhe deu numa visão a certeza de que Ele mesmo era o escudo e o galardão de Abraão. Então quais eram os receios de Abraão?. A bíblia revela alguns no capítulo 15, mas nem tudo está escrito!. É possível que muitas interrogações estivessem na mente do já idoso Abraão. Como ficará toda minha riqueza?. Quem irá administrar?. Quem irá usufruir?. Quem herdará todos os meus bens se não tenho herdeiro?.

Ele não tinha filhos que pudessem ser seus herdeiros e já era bastante velho para esperar descendência, e sobretudo, sua mulher além de estéril, já tinha passado da idade de conceber. Abraão queria adotar um dos seus servos para ser o seu herdeiro. Deus rejeitou a idéia e prometeu a Abraão que ele seria pai de um filho com sua esposa estéril (Sara)!. Abraão ainda teria uma descendência inumerável!. O incrível é que pela ótica humana era impossível isso vir a acontecer!. Abraão teve fé em Deus. E aconteceu!.

Veja o impossível de Deus acontecer: Um pastor de ovelhas chamado Davi, vir a matar um guerreiro gigante com grande habilidade em guerras!. Um jovem sonhador chamado José, vir a tornar-se um dia governador do Egito!. Uma gigantesca muralha de uma cidade chamada Jericó vir a cair diante de poderosos gritos!. Quantas pessoas são curadas de forma sobrenatural!. Quantas pessoas se converteram, quando muitos diziam que isso era impossível acontecer!. Quantas pessoas que no passado matavam pessoas, e hoje são elas que salvam vidas?!. É o impossível de Deus!.

A QUINTA BENÇÃO – A BENÇÃO DA CONSAGRAÇÃO DO DÍZIMO (Hb.7.1-6)

A maior parte do cristianismo reconhece e adota o dízimo como uma prática bíblica e, portanto, inquestionável. Nós usamos a palavra dizimistas para classificar aqueles que entregam ao Senhor os seus dízimos, ou seja, a décima parte de seus salários. Embora esteja escrito na lei, muito antes já fazia parte da fé de Abraão. Para Abraão o dízimo expressava a confiança, a gratidão e a obediência a Deus, o seu provedor.


Melquisedeque se aproximou de Abraão e o abençoa. Veja que quando Abraão entregou o seu dízimo à Melquisedeque, rei de Salém, que era também um sacerdote do Deus Altíssimo, ele estava fazendo um gesto de GRATIDÃO pelo livramento recebido de Deus na guerra contra os quatro reis que havia derrotado no vale do Jordão. O impressionante é que Abraão só tinha levado 318 guerreiros!.

Amado, que tipo de sentimento aflora no seu coração quando você recebe uma benção de Deus?. Não é um sentimento de GRATIDÃO?. Assim ocorreu com Abraão!. Voltou vitorioso de uma batalha contra um exército muito maior que o dele, e numa atitude de GRATIDÃO ofereceu o dízimo de tudo que ganhara do despojo dos seus inimigos. Veja o que diz o Sl. 116.12: “Que darei eu ao Senhor por todos os benefícios que me tem feito”?.

O dízimo é uma benção para aqueles que nasceram de novo e são movidos pelo Espírito de Deus em todas as situações. O homem natural não entende essas coisas e são tomados por questionamento diversos, usando-os como base, não aceitam o nosso ato de alegria que leva-nos a reservar a décima parte dos nossos rendimentos para o Senhor!. Dizimar exige renuncia!. É a marca da nossa gratidão e alegria!. Uma ação voluntária!. É honrar a Deus!. Dos 107 versículos do Sermão do Monte, 22 refere-se a dinheiro!. Das 49 Parábolas de Jesus, 24 delas, falam de dinheiro!. Jesus nunca se opôs ao dízimo (Mt.23.23)!.


A SEXTA BENÇÃO – A BENÇÃO DO AMOR PELAS ALMAS PERDIDAS (Gn.18.20-33).

Este é um dos mais importantes sentimentos que deveria possuir todo cristão. Sodoma e Gomorra, além de outras pequenas cidades adjacentes, como Admá, Zeboim e Zoar foram ordenadas à destruição, por causa do extremo pecado de seus moradores (Gn.15.16). Era de fato, um curral de pecados, e deveriam ser eliminados da presença de Deus!. O Senhor revelou a Abraão que essas cidades eram tão pecaminosas que o seu clamor havia subido até Ele!. Clamor significa grito de súplica, protesto, queixa, brado, rogo.

Abraão demonstrou uma sensível preocupação pelos inocentes. Ele pede a Deus que poupe 50 justos das cidades perversas da planície; depois 45; e, finalmente, pelo menos 10. Deus foi até mais sensível do que Abraão. Somente uma pessoa honrada vivia em Sodoma (Ló), e Deus reteve as chamas do juízo até que este estivesse a salvo!. Esse episódio nos dá segurança para orarmos pelos outros!. O Senhor se importa com eles até mais do que nós, e fará por eles até mais do que pedimos!. O amor por aquelas almas inspirava a oração de Abraão!. Então eu pergunto: onde estão as nossas vozes por tantas almas perdidas?. Onde está o nosso amor e a nossa piedade por elas?. Onde estão as mãos estendidas para tirá-las do seu cruel destino?. Sabemos que muitas delas estão indo direto para o inferno. O espírito de Abraão era o Espírito de Cristo, que deve ser o nosso também!.

A SÉTIMA BENÇÃO – A BENÇÃO DE SER APROVADO NA PROVAÇÃO (Hb.11.17)

Embora desafiado, Abraão não questionou e, obedecendo à ordem divina, pela fé, entregou seu único filho para ser sacrificado. Provas são instrumentos utilizados por Deus para revelar nosso apego às coisas desta vida. Abraão com 100 anos de idade defronta-se com a maior prova de sua vida: Deus pede seu filho Isaque, em holocausto (Gn.22.3)!. Essa prova exigiu dele, o máximo de sua capacidade espiritual e emocional para cumprir o desafio que Deus lhe fizera. O amor pelo filho, Isaque, não podia ser maior que o amor a Deus!. Deus não queria a morte de Isaque, mas o coração de Abraão!.

Mesmo sem compreender a mente de Deus acerca daquele holocausto, Abraão foi capaz de superar o teste da parte de Deus. Quando Deus tem um plano com alguém, Ele investe na pessoa e o prova plenamente. Quando Deus nos prova quer nos tornar mais aptos para fazermos a sua vontade; quer corrigir nossos erros; quer endireitar nossas veredas; quer que sejamos mais santos e mais dedicados a Ele, em entrega e adoração!. A grande verdade dessa experiência é que, Deus permite certas crises em nossa vida para que descubramos sua grandeza e também a vulnerabilidade de nossa estrutura!.

Qual é a maior prova de sua fé hoje?. É fazer proezas em nome do Senhor?. Operar milagres?. Expulsar demônios?. Curar enfermos?. Não, não é nada disso!. A maior prova da nossa fé tem tudo a ver com nossos interesses pessoais. Devemos estar prontos a obedecer a Deus mesmo quando não compreendemos seus desígnios de imediato. Abraão não estava entendendo nada, mas não questionou nem duvidou, apenas creu e obedeceu!. Foi provado e aprovado na maior provação de sua vida!.

Conclusão

A igreja do Senhor, embora dispersa pelo mundo, tem recebido pela fé, as mesmas benções de Abraão. É pela nossa fé que alcançaremos grandes êxitos na nossa vida cristã. Mas só se deixarmos que a nossa fé prevaleça sobre nossa própria vontade!. Foi assim com Abraão. Por causa disso, ele foi chamado “amigo de Deus”. E nós?. Não queremos ser chamados “amigo de Deus” também? NÃO BASTA SOMENTE TER FÉ, É PRECISO AGIR; E NÃO BASTA SOMENTE AGIR: É PRECISO TER A FÉ!

Lembre-se: Deus não mede a nossa fé só pela nossa devoção, mas também pela nossa obediência!. Você obedece?. Que Deus possa nos acrescentar fé cada vez mais, em nome de Jesus!. Amém. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário