segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

DEUS DESEJA ESTABELECER UMA ALIANÇA COM VOCÊ

DEUS DESEJA ESTABELECER UMA ALIANÇA COM VOCÊ 

Textos
João 12:24 / Malaquias 3:6-11

                    
INTRODUÇÃO

Em todos os tempos Deus tentou estabelecer um relacionamento pessoal com a obra-prima de sua criação: O HOMEM.
    Quando Deus criou o homem, colocou-o no Jardim do Éden, não como escravo, mas como rei para governar e dominar sobre a terra. Deus deu-lhe riquezas, alimentação farta e variada e autoridade para dominar sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todos os répteis da terra. Gen.1.26-28. Colocou, também, Deus no meio do jardim a árvore da vida e a árvore do conhecimento do bem e do mal. O propósito de Deus em colocar essas árvores e proibir ao casal de comer de seus frutos, não foi para tentá-lo e provocar sua queda; mas sim para lembrá-lo de que Deus era o seu criador e por conseguinte era o seu SENHOR, o SOBERANO, o PRIMEIRO, o NUMERO 1.
    Ao fazer essa proibição Deus estabeleceu as regras, os fundamentos e os princípios que seriam as bases do seu relacionamento com toda a obra de sua criação: ELE É E SEMPRE SERÁ O SOBERANO.
    O princípio da Soberania de Deus já havia sido desafiado por Lúcifer quando olhou para si próprio e vendo sua beleza, não quis admitir que aquela beleza não era sua, mas apenas a reflexão da glória de Deus nele. Então, numa atitude de orgulho, vaidade e prepotência, não se contentou com sua posição que era de promover o louvor e a adoração no céu e almejou ser igual ao Criador e disse: Eu exaltarei o meu trono acima das estrelas de Deus e serei como o Altíssimo (Is.14.12-14).
    Deus não admitiu ser desafiado na sua posição de soberano. Chamou Miguel, o encarregado da guarda no céu e ordenou-o que expulsasse a Lúcifer do céu e também todos os anjos que tivessem algum envolvimento com aquela rebelião.
    Agora, no Éden, Lúcifer usando a serpente, persuadiu a Eva a desobedecer a Deus, despertando nela o desejo de se igualar a Deus. Como resultado, o casal foi expulso do Édem e aquele lindo relacionamento que mantinham com o Criador foi quebrado.
    Deus, porém, não desistiu de continuar procurando alguém para relacionar-se. Muito tempo depois, Deus encontrou um homem por nome Abrão e testou o seu caráter para saber se podia ou não investir nele. “Disse o Senhor a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para uma terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome” (Gen.12.1-2). Abrão apesar de viver no meio de um povo idólatra e não possuir nenhum parâmetro de fé que pudesse influenciá-lo a obedecer a Deus, não exitou em deixar o lugar de sua residência e sair em busca do lugar prometido. Ao cometer o deslize em levar consigo seu sobrinho Ló, bloqueou temporariamente o seu relacionamento com Deus, e por muito tempo não ouviu a voz de Deus; até que corrigido o engano, voltou Deus a falar com ele. “Disse o Senhor a Abrão, depois que Ló se separou dele: Ergue os olhos e olha desde onde estás para o norte, para o sul, para o oriente e para o ocidente; porque toda essa terra que vês, eu ta darei, a ti e à tua descendência, para sempre” (Gen.13.14-15).
    O Senhor estabeleceu uma aliança ou um pacto, um acordo solene, que ligava Deus a Abrão numa relação permanente, definida, com promessa específica e obrigações de ambos os lados.
    “Vindo Abrão de uma batalha, saiu-lhe ao encontro Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo e abençoou a Abrão. E de tudo he deu Abrão o dízimo. Depois destes acontecimentos, veio a palavra do Senhor a Abrão, numa visão, e disse: Olha para os céus, e conta as estrelas, se é que as podes contar. Será assim a tua posteridade. Ele creu no Senhor, e isso lhe foi imputado por justiça” (Gen.15.1-6).
    Quando atingiu Abrão a idade de noventa e nove anos, apareceu-lhe o Senhor e disse-lhe: “Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda na minha presença e sê perfeito. Farei uma aliança entre mim e ti e te multiplicarei extraordinariamente. Serás pai de numerosas nações. Abrão já não será o teu nome, e sim Abraão; porque por pai de numerosas nações te constituí”. (Gen.17.1-8).
    As circunstâncias eram desfavoráveis. Abraão não tinha parâmetro de fé, sua idade era avançada; mas ele tinha uma promessa, creu e 25 anos mais tarde, a promessa começou a se cumprir: nasceu Isaque.


OBEDIÊNCIA CEGA DE ABRAÃO

    Quando Isaque já era um rapazinho, Deus põe à prova a fidelidade de Abraão e lhe disse: Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei. Levantou-se, pois, Abraão de madrugada e, tendo preparado o seu jumento, tomou consigo dois de seus servos e a Isaque, seu filho; rachou lenha para o holocausto e foi para o lugar que Deus lhe havia indicado.
    Chegaram ao lugar que Deus lhe havia designado; ali edificou Abraão um altar, sobre ele dispôs a lenha, amarrou Isaque, seu filho, e o deitou no altar, em cima da lenha; e, estendendo a mão, tomou o cutelo para imolar o filho. Mas do céu lhe bradou o Anjo do Senhor: Abraão! Abraão! Não estendas a mão sobre o rapaz e nada lhe faças; pois agora sei que temes a Deus, porquanto não me negaste o filho, o teu único filho.

O CUMPRIMENTO DA PROMESSA

    A promessa de Deus a Abraão não era de apenas um filho mas de uma nação. Isaque casou-se, teve dois filhos: Esaú e Jacó. Esaú vendeu seu direito de primogenitura ao seu irmão Jacó. Este teve duas esposas e com elas teve doze filhos. A família já estava em numero de 70 pessoas quando
foi transferida para o Egito. Passados mais 430 anos, o povo já havia se multiplicado sobremaneira e isso assustava aos egípcios. Tornaram-se escravos. Então, Deus levanta Moisés e o envia a Faraó com as seguintes palavras: “Assim diz o Senhor: Israel é meu filho, meu primogênito. Digo-te, pois: deixa ir meu filho, para que me sirva; mas, se recusares deixá-lo ir, eis que eu matarei teu filho, teu , primogênito” (Exodo 4.22).
    Numa tentativa de obter de Faraó o arrependimento, Deus começa a mandar as pragas até que chegou ao cumprimento da pena máxima: a morte dos primogênitos.
    Liberado o povo para ir, Deus inicia sua “lua-de-mel” com ele. Abre o Mar Vermelho, faz brotar água da rocha, faz cair maná do céu e também enriquece o cardápio com carne de aves. Deus estava agora cumprindo sua promessa a Abraão. A promessa era um pacto e como tal tinha cláusulas a serem cumpridas por ambas as partes. Dentre muitas cláusulas, Deus estabelece a lei das PRIMEIRAS COISAS ou LEI DAS PRIMÍCIAS. O primeiro lugar Ele reservou para si mesmo: “Não terás outros deuses diante de mim” (Exodo 20.3). Em seguida disse: “Todo o que abre a madre é meu; também de todo o teu gado, sendo macho, o que abre a madre de vacas e de ovelhas. O jumento, porém, que abrir a madre, resgatá-lo-ás com cordeiro; mas, se o não resgatares, será desnucado. Remirás todos os primogênitos de teus filhos. Ninguém aparecerá diante de mim de mãos vazias. As primícias dos primeiros frutos da tua terra trarás à CASA DO SENHOR, teu Deus. (Exodo 34.19,20 e 26)


APLICANDO A LEI DAS PRIMEIRAS COISAS [PRIMÍCIAS]

    Ao chegarem os israelitas à terra prometida, teriam que conquistar a terra pois era habitada por muitos povos. A cidade de Jericó seria a primeira cidade a ser conquistada. Por ser a primeira, deveria ser destruida totalmente, tanto homens como mulheres, tanto meninos como velhos, também bois, ovelhas e jumentos. Porém toda prata, e ouro, e utensílios de bronze e de ferro são consagrados ao Senhor; irão para o seu tesouro (Josué 6.17-25).
    Prevaricaram os filhos de Israel nas coisas condenadas; porque Acã, tomou das coisas condenadas. A ira do Senhor se acendeu contra os filhos de Israel (Josué 7.1).
    Ao sairem para conquistarem a cidade seguinte, apesar de ser tão pequena que dispensava a participação de todo o exército, Israel foi vergonhosamente derrotado. Então, Josué rasgou as suas vestes e se prostrou em terra sobre o rosto perante a arca do Senhor até à tarde, ele e os anciãos de Israel; e deitaram pó sobre a cabeça. Disse Josué: Ah! Senhor Deus, por que fizeste este povo passar o Jordão, para nos entregar nas mãos dos amorreus, para nos fazer perecer? Então, disse o Senhor a Josué: Levanta-te! Por que estás assim prostrado sobre o rosto? Israel pecou, e violaram a minha aliança, aquilo que eu lhes ordenara, pois tomaram das coisas condenadas, e furtaram, e dissimularam, e até debaixo da sua bagagem o puseram. Pelo que os filhos de Israel não puderam resistir aos seus inimigos. Já não serei convosco, se não eliminardes do vosso meio a coisa roubada.
Acã, o autor do roubo, não se arrependendo do que fez, apesar de dispor de tempo para isso, preferiu permanecer calado até que fora apedrejado e queimado com toda a sua família e pertences.
    As leis de Deus são imutáveis. Independentemente de nós concordarmos com ela, ela continuará sendo eterna e imutável. Por exemplo, a lei da gravidade, também estabelecida por Deus no ato da criação do mundo continua em vigor independentemente da minha ou da sua opinião.
    Porque eu, o Senhor, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos. Desde os dias de vossos pais, vos desviastes dos meus estatutos e não os guardastes; tornai-vos para mim, e eu me tornarei para vós outros, diz o Senhor dos Exércitos; mas vós dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas alçadas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação toda. Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida. Por vossa causa, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo não será estéril, diz o Senhor dos Exercitos. (Mal. 3.6-ll)
    De acordo com o que vimos sobre a lei das primeiras coisas, o dízimo, ou seja a décima parte não pode ser uma décima parte qualquer. Tem que ser a primeira décima parte do todo; pois esta é a parte que o Senhor escolheu para ser sua. Mas como podemos identificar a primeira parte do todo quando se trata de dinheiro? A primeira parte é a primeira a ser gasta ou seja paga. Antes de efetuarmos qualquer pagamento (inclusive os impostos) devemos trazer a parte pertencente ao Senhor à Casa do Tesouro; pois somente esta parte é aceita pelo Senhor como sendo a Sua parte e capaz de fechar a boca do devorador. Se pagamos todas as nossas contas e somente depois disso trazemos o dízimo, este não é dízimo, é uma oferta em forma de gorjeta e como tal não tem poder de repreender o devorador.
    O assunto de dízimo tem sido uma bênção na vida de alguns cristãos e uma pedra de tropeço na vida de outros. O inimigo de Deus e por conseguinte inimigo de Seus filhos, tem trabalhado duramente para cegar o entendimento do povo de Deus quanto à lei do dar e do receber. A função do dízimo é fechar a boca do devorador e a da oferta voluntária e com propósito é a semente para a prosperidade. Aquele que semeia pouco ceifará pouco e o que semeia muito, com abundância ceifará. Como o diabo não quer ver nenhum filho de Deus abençoado financeiramente, cega-lhe o entendimento fazendo-o crer que a obrigatoriedade do pagamento dos dízimos faz parte apenas da Lei. Como Jesus veio para cumprir a lei, então, na dispensação da graça, estamos dispensados desse compromisso. Na verdade o que o diabo quer é que o cristão não descubra os benefícios da aplicação dessas leis. Alguns não conseguem entender o que Jesus nos ensina em Mateus 23.23 e Lucas 11.42: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas”. Jesus não recrimina os escribas e fariseus por dizimarem as hortaliças; pelo contrário, Ele diz que deviam fazer “estas coisas” “e não desprezar as demais”. Como vêem Jesus não alterou a Lei, pelo contrário Ele nos ensinou que Deus não muda. Ele age dentro de Seus princípios eternos.
    A Palavra de Deus é rica em mistérios; mas Ele tem prazer em revelá-los àqueles que o buscam de todo o coração. Eu considero o resultado da aplicação correta dos princípios das primícias, dos dízimos e das ofertas um mistério que o Senhor tem guardado em Seu tesouro e que Lhe aprouve abrir nosso entendimento para esta revelação.
    Há algunas anos atrás um jovem casal marcou uma entrevista com seu pastor a fim de aconselhar-se a respeito de um assunto de extrema seriedade. O pastor procurou enformar-se a respeito da vida do casal e descobriu que eles estavam passando por uma crise conjugal. Então, o pastor preparou-se para um aconselhamento nessa área. Para surpresa dele, quando o casal chegou em seu gabinete, a história era outra. O marido começou dizendo que estavam prestes a irem à falência. A menos que Deus fizesse um milagre, eles não suportariam mais que dois meses. O pastor então começou a indagar sobre sua fidelidade no pagamento dos dízimos e das ofertas. Para surpresa dele o casal era um fiel contribuinte na Casa de Deus, um honesto trabalhador e não havia nada que desabonasse sua conduta e que viesse a ser apontado como o causador de estrago financeiro na vida deles. O pastor, então, sem saber o que dizer aos jovens resolveu pedir-lhes um tempo para buscar do Senhor a revelação da causa do problema. O Pastor sabia que o casal estava falando a verdade mas também sabia que a Palavra de Deus é verdadeira. Então onde estava o problema?
    Depois de duas semanas de oração, o pastor chamou o casal de volta ao seu gabinete para colher mais algumas informações. Procurou informar-se sobre o que eles faziam com o dinheiro que recebiam no período compreendido entre o recebimento do cheque e o pagamento do dízimo no culto de domingo à noite. O marido então explicou que ele fazia o cheque das contas principais, tais como o pagamento da prestação da casa, o pagamento do carro, do seguro, etc. Aí estava o problema. O dízimo que ele trazia no domingo à noite era a décima parte de um total; mas qual das décimas partes é a do Senhor? Não pode ser qualquer uma delas, tem que ser a primeira. Somente a primeira tem o poder de fechar a boca do devorador.
    Descoberto o problema, o casal passou a separar a primeira parte e trazer imediatamente à casa do tesouro. Deus cumpriu sua parte. O casal foi milagrosamente salvo da falência e começou a experimentar uma vida de prosperidade. Esse princípio foi passado para toda a igreja e hoje essa igreja é uma das mais prósperas igrejas dos Estados Unidos.


DEUS VIVE SOB SUAS PRÓPRIAS LEIS

    Como Deus não pode pecar ou viver fora de sua própria lei, Ele aplicou a Si próprio a lei das Primeiras Coisas, ou das Primícias ou dos Primogênitos.
    Deus olhando para o mundo que Ele criou e que tanto ama, procura por alguém que queira estabelecer uma comunhão com Ele e assim poder desfrutar de todos os benefícios desse relacionamento.
    A Lei dada a Moisés, com rituais de sacrifício, serve como uma constante lembrança de quanto o relacionamento com Deus pode ser prejudicado pelo pecado, pela desobediência e pelas inobservâncias de Seus estatutos. A Lei era de pecado e morte. Todo aquele que pecasse deveria por força de lei morrer. Mas, por causa de Seu grande amor por Suas crianças, Deus permitia que um animal limpo fosse sacrificado em lugar do pecador. Esse ritual de sacrifício era temporário. O ponto crucial do sacrifício não estava baseado na dor da morte associada com o pecado; mas estava focado em quanto isto custaria para o pecador. Havia sacrifício para purificação, para paz e para consagração.
    Por séculos os israelitas pagaram esse alto preço. O propósito dessa lei era ensinar-lhes a necessidade de um Salvador.
    Como a lei não foi capaz de livrar o homem do pecado e da morte, Deus teve que completar o propósito original da lei, que era de estabelecer um RELACIONAMENTO, chegou o tempo de Deus produzir o REDENTOR. Ele tinha um filho: SEU PRIMOGÊNITO, SEU UNIGÊNITO FILHO. O que Ele fez então: ordenou ao Espirito Santo que tomasse a semente de Deus e plantasse no ventre de Maria. Maria sendo virgem concebeu JESUS. Jesus como não tinha um pai terreno, não herdou a herança da maldição inerente à iniquidade. Diferente de todos os homens – Ele era sem pecado.
    Aos 30 anos de idade ao se aproximar do Profeta João Batista, este declarou: Eis aí o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.” (Jo 1.29)
    Acusado de promover rebelião, odiado, insultado, rejeitado, abusado, escarnecido, ferido, chicoteado e cuspido, tomou sobre si a culpa do pecado da humanidade do passado, do presente e do futuro.
    Compelido pelo amor ao homem, Sua criatura, o Pai ofereceu Seu filho em sacrifício, sem ter guarantias, sem nenhuma promessa de nossa parte. Arriscou a vida de Seu Filho apenas por uma chance de reatar o Seu relacionamento com a humanidade.
    Ali Deus estava aplicando a Si mesmo a Lei das Primeiras Coisas, dos Primogênitos. João 12.24 diz: Sem que o grão de trigo caído na terra não morrer, ele permanece um grão e nunca virá a ser mais que um; ele ficará só por ele mesmo. Mas, se morre, dá muito fruto.”
    Quando Deus plantou Sua semente Ele esperava colher muitos frutos; muitos outros filhos, dos quais eu e você somos partícepes.
    No caso de Abraão, se ele tivesse decidido guardar Isaque e desobedecer a Deus, eu creio que Deus teria dito: Pois bem, Abraão, Eu lho dei, e se você decidir guardá-lo, ele é seu; mas lembre-se que a promessa não é de um filho mas de uma nação. Se você deseja guardar seu filho, ele é seu, mas sua família não vai além de sua tenda; pois seu filho é apenas a semente.
    Se nós perdemos a visão da promessa de Deus seremos tentados como Acã foi e perderemos o cumprimento da promessa no futuro.

VOCÊ NUNCA VAI PERDER O QUE VOCÊ DÁ PARA DEUS! ELE É O CRIADOR, NÃO É O CONSUMIDOR. QUANDO VOCÊ DÁ A DEUS A SEMENTE – ELE MULTIPLICARÁ A SUA SEMENTEIRA.

    Então, como podemos obedecer a Lei das Primeiras Coisas de Deus, hoje? Relembrem o princípio fundamental: as primeiras coisas são: crianças, animais, colheita, fruto das árvores, tudo devia ser dado a Deus. Ele disse: “Eu quero a primeira porção de todas as coisas”.
    Do mesmo modo que os animais impuros eram redimidos, isto é, eram trocados por outros que podiam ser sacrificados, hoje no sistema monetário vigente, essas coisas devem ser trocadas pela moeda corrente em nosso país; pois não podemos pagar o aluguel da igreja (mortgage) com frutas nem tampouco as demais despesas da igreja. As coisas precisam ser redimidas; mas, isto não altera o fundamento da Lei das Primeiras Coisas.
   
   
    Depois de entendermos a Lei das Primeiras Coisas fica facil entender também porque Deus atentou para a oferta de Abel e não atentou para a de Caim. Caim tomou alguns dos frutos da terra e os ofereceu ao Senhor. Abel tomou o primogênito de seu rebanho e de sua gordura e ofereceu ao Senhor (Gen.4.2-7).
    A Lei das Primeiras Coisas foi criada para nosso benefício; mas se nós desobedecermos e retivermos os primeiros frutos, ela se tornará em maldição para nós. O Senhor nunca teve a intenção de trazer maldição sobre o Seu povo. Contudo, nossa desobediência abre a porta para o demônio da destruição em nossa vida.
    A observância dessa lei não pode ser um ato de negociação com Deus. Deus não é negociante e Sua obra não possui ações na bolsa de valores. A observância dessa lei serve para provarmos a Ele o quanto o amamos e até que ponto nos submetemos ao Seu senhorio e acatamos Suas ordens.
    Quando acatamos Suas ordens e observamos Seus estatutos passamos a ser protegidos e amparados por eles. Então, em nossa vida não haverá fracasso, mas vitória; haverá paz e não depressão; produtividade e não esterilidade; inteligência e não ignorância; bebês saudáveis e não abortos ou natimortos; riqueza e não pobreza; um forte casamento e não divórcio; saúde e não doença; vida e não morte. ISTO É O QUE É LIBERADO PELA REDENÇÃO.

A LEI DAS PRIMÍCIAS NÃO SE REFERE APENAS AO DINHEIRO, MAS A TODAS AS COISAS.

    Jesus resumiu toda a lei, todos os mandamentos da seguinte forma: o mandamento mais importante é este: “Ouve, o Israel, o Senhor, o nosso Deus, o Senhor e o único Senhor. Ame o Senhor, teu Deus, de todo o teu coraçao, de todo o teu entendimento e de todos as tuas forças. O segundo é este: Ame o teu próximo como a ti mesmo...” (Marcos 12.28-31)
    A forma de amar a Deus sobre todas as coisas é colocá-lo acima de qualquer interesse pessoal nosso. Nossa família, nossa profissão, nossa carreira, nosso dinheiro e nosso tempo.
    A Igreja Primitiva levava tão a sério esse mandamento que passou a dedicar o primeiro dia da semana (o domingo) como um dia consagrado ao Senhor e em comemoração à sua ressureição. Em nenhum momento houve uma anulação do sábado como shabbat (dia de descanso). O sábado continua sendo Shabbat; mas o domingo é o primeiro dia de trabalho para o Senhor; por isso não é correto usarmos o domingo para o nosso próprio lazer, ou descanso, ou qualquer outra atividade que não esteja relacionada com a obra de Deus.
    Além do dízimo (que é a primeira 10a parte de nosso dinheiro) também somos devedores do dízimo de nosso tempo.
    Todas os dias o Senhor nos dá 24 horas para administrarmos. O que estamos fazendo com todas essas 24 horas. Se gastamos todas elas com as atividade seculares e apenas no final do dia, dirigimos umas poucas palavras de agradecimento ao Senhor, somos devedores para com Ele e por isso não gozamos dos benefícios de ter o Senhor fechando a boca do devorador do tempo em nossa vida.

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