quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

A verdadeira história do natal

A verdadeira história do natal 

A verdadeira história do Natal
Data não é mencionada na Bíblia

Agência Unipress Internacional


Chegou dezembro. Lojas enfeitadas, shoppings lotados, decoração caprichada. Nas casas da maioria das famílias, não faltam pinheiros enfeitados com bolas coloridas e o Papai Noel, com sua famosa roupa vermelha e branca. Na noite do dia 25, comemora-se o Natal. Muitos acreditam ser a data do nascimento do Senhor Jesus. Mas a verdade é que, nesta época, grande parte das pessoas pensa unicamente em gastar seu 13° salário, pago à maioria dos brasileiros que trabalham com carteira assinada. Será que o Natal é uma festa cristã?

Origem do Natal

Retrocedendo na história, verifica-se que o Natal foi uma adaptação das “Saturnálias” – antiga festa pagã romana que prestava homenagem ao Sol. Por volta do século IV, Constantino, o imperador de Roma e adorador do deus-sol, adaptou as festas pagãs ao cristianismo com o objetivo de torná-las mais populares. Ele fez da festa de Mitra, Osíris, Apolo, Baal, e outros deuses, a data simbólica do nascimento do Senhor Jesus Cristo.

A história de Ninrode, o “Filho de Baal”, ou deus-sol, se encontra nas Escrituras, no livro de Gênesis 10:8-12. Ele foi um homem perverso e que se rebelou contra o Senhor. Mesmo sendo bisneto de Noé – eleito por Deus para construir a Arca que salvou os escolhidos do dilúvio –, não seguiu os passos de seu bisavô. Além de ter construído a Torre de Babel, se casou com sua própria mãe, Semírames.

Quando Ninrode morreu, sua mãe-esposa espalhou uma lenda segundo a qual um pinheiro havia crescido de um toco de madeira, o que, segunda ela, significava o despertar de seu filho-marido. Ela acreditava que Ninrode visitava esta árvore todos os anos no dia do seu aniversário: 25 de dezembro.

Todos acreditaram. Semírames foi chamada “Rainha dos Céus”. Para os babilônicos ela era uma deusa, e Ninrode foi idolatrado, cultuado e chamado de deus-sol.

A lenda se espalhou por todo o planeta e os dois foram adorados pelo seu povo. Em cada país, seus nomes foram adaptados conforme a cultura e crença da região. No Egito, chamavam-se Isis e Osiris; na Ásia, Cibele e Deois; na Roma pagã, Fortuna e Júpiter; e mais tarde, no Brasil, foram denominados como “Virgem Maria” e “Jesus”, pela Igreja Católica.

A data não é mencionada na Bíblia


O bispo Jerônimo Alves, da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), explica que o termo "Christmas", Natal em inglês, não é encontrado na Bíblia. É a união da palavra "Christ" (Cristo) + "Mass" (Missa), isto é, das Missas Católicas celebradas para lembrar o nascimento de Cristo na noite de 25 de dezembro. “Porém não há nenhuma menção no Novo Testamento de qualquer celebração do aniversário ou do nascimento do nosso Senhor Jesus. Os relatos dos Evangelhos sobre o Seu nascimento são muito breves, em apenas alguns versos. Porém, os de Sua morte são muito mais extensos”, diz.

O bispo comenta que para os cristãos, adeptos do Evangelho, a morte de Cristo é mais importante do que Seu nascimento, “pois através dela nos é assegurada a salvação eterna. Apesar disso, muitos religiosos tendem a dar mais importância ao nascimento de Cristo do que à Sua morte. Até porque a sociedade tende a celebrar nascimentos e não mortes”, destaca.

“Na páscoa, os primeiros cristãos comemoravam a morte e a ressurreição de Cristo, mas não há indicações claras de uma celebração anual do Seu nascimento”, explica o bispo. Todavia, segundo ele, entre os séculos dois e quatro d.C. houve uma grande celeuma em relação a essa data. “Até que a igreja de Roma promoveu o dia 25 de dezembro, e 6 de janeiro, pelas igrejas do Oriente. Ambos os dias, eram festivais pagãos, cujo significado fornecia um ponto de partida para a concepção do Natal”, esclarece o bispo Jerônimo.

O bispo ressalta que o dia 25 de dezembro é reconhecido mundialmente para se comemorar o nascimento de Cristo, mas a data foi influenciada pela celebração pagã do retorno do sol depois do solstício de inverno.

Ele diz que é importante observar que a tal data é totalmente destituída de significado bíblico e é brutalmente inexata sobre o nascimento de Cristo. “Como é geralmente aceito, o ministério de Cristo começou quando ele tinha cerca de 30 anos de idade (Lucas 3:23) e durou três anos e meio até Sua morte na Páscoa (março/abril). Observamos a cronologia: voltando no tempo nós chegamos nos meses de setembro/outubro, em vez de 25 de dezembro. Para os verdadeiros cristãos, o real significado do Natal é comemorar todos os dias o nascimento de Cristo e viver de bem com a vida!”, conclui o bispo Jerônimo Alves.

Comida, bebida e distribuição de presentes


O espírito do Natal vai seduzindo a todos, principalmente porque muitos se sentem na obrigação de presentear uns aos outros. A comerciante Graça Lemos era um exemplo da típica consumidora compulsiva de final de ano. Ela não media esforços para presentear seus familiares e amigos, além de decorar toda a sua casa com enfeites natalinos. Nunca se preocupou em saber o que o significava o Natal.

Para Graça, o importante era ter a mesa farta, a árvore decorada e rodeada de presentes e muita cerveja. “Eu não queria saber, ficava toda endividada. Comprava tudo no cartão e no cheque pré-datado, mas todos bebiam, comiam e recebiam presentes”, revelou Graça.

Graça hoje conhece a Palavra de Deus e confessa que já ouviu várias versões sobre o Natal, mas só conheceu a verdade na IURD. “Quando conheci a Bíblia não encontrei nada escrito sobre o nascimento de Jesus e muito menos sobre o Natal. Então raciocinei e percebi que esta festa não consta nos Mandamentos de Deus. Aprendi que devemos fazer o bem e amar a todos não só no dia 25 de dezembro, mas o ano todo”, disse Graça.

Quem é Papai Noel?


Os símbolos natalinos tomam conta dos corações de muitos, principalmente o das crianças. A origem do bom velhinho está relacionada ao bispo da Igreja Católica Nicolau, que viveu no século IV na cidade de Mira, na Turquia. Ele era uma pessoa de bom coração e que costumava dar esmolas em moedas para as pessoas pobres e com dificuldades. Foi dessa maneira que ele ficou conhecido.

Quando Nicolau morreu, foi canonizado e transformado em símbolo do Natal na Alemanha. Após a Reforma Protestante, o culto a São Nicolau desapareceu na Europa. Mas persistiu na Holanda como Sinterklaas, uma adaptação do nome São Nicolau. A tradição foi levada pelos holandeses até as colônias americanas do séc. XVII e o velhinho passou a ser chamado Santa Claus.

Apesar de ter passado por algumas mudanças, a imagem do atual Papai Noel foi criada em 1931 em uma campanha publicitária que tinha por objetivo atingir o público infantil. Após a bem-sucedida iniciativa, o bom velhinho se transformou no personagem que conhecemos hoje: alegre, gordo, barbudo, bochechas rosadas e de vestuário vermelho e branco.

A árvore de Natal


A Árvore de Natal originou-se na época de Ninrode e Semírames. O povo cultuava as árvores por acreditarem que nelas havia uma expressão de energia e fertilidade da Mãe Natureza. No inverno, quando as folhas começavam a cair, os nativos achavam que isso acontecia devido ao fato de o espírito da natureza os rejeitar. Eles penduravam diversos enfeites sobre os galhos na tentativa de atraí-lo de volta.

Com o passar dos tempos, as histórias e lendas foram se transformando e o moderno pinheiro natalino surgiu na Alemanha. Suas primeiras referências datam do século XVI, mas foi a partir do século XIX que a tradição chegou ao resto do mundo.



Reflexão

Independente da data e origem do Natal, o momento pode ser uma ocasião própria para se refletir: o que você tem feito para Deus e para o próximo? A quem pertence o seu coração?

O desejo de Deus é que todos O amem acima de todas as coisas e, em segundo, o próximo. E isso deve acontecer não só no dia 25 de dezembro, mas em todos os dias do ano. As famílias devem sempre estar reunidas e a confraternização precisa prevalecer no coração de cada pessoa. Assim diz a Palavra do Senhor:

“Respondeu Jesus: O primeiro mandamento é: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. E o segundo é este: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que esses.” (Marcos 12:29, 31) 

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