O NATAL E O FIM DO MUNDO
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Inúmeras foram as vezes em que homens, escritores, poetas, profetas e escritos arqueológicos prenunciaram o fim do mundo, o fim de uma era, de um modo de vida, de uma forma de vida, de uma mentalidade.
De fato, a Bíblia também possui suas profecias e revelações às quais considero, particularmente, como únicas dignas de confiança a despeito de tudo o que ela já predisse e aconteceu ou tem acontecido. Certamente um compêndio de mais de 60 livros escritos em épocas e séculos tão diferentes e por personagens tão singulares que, juntos, se completam e formam uma única profecia: a de que existe um início, um meio e um fim pra tudo o que há debaixo do céu.
O que me choca, no entanto, não são estas profecias apocalípticas, o que me surpreende, de fato, é o modo como as pessoas reagem a elas, e é isso o que me preocupa.
O nascimento de Cristo culminou por revelar dois tipos de pessoas: as que creram e as que não creram Nele e Naquele que o enviara. Os que não creram, não o deixaram de crer porque lhes faltavam provas científicas ou porque os fatos não se coadunavam a razão. Os que não creram são os que se recusaram em seu coração a crer, mesmo vendo todos os milagres, sinais e prodígios, cumprimentos de profecias que seus próprios pais anunciaram. Não viram eles os milagres que Cristo fez no meio do seu povo? Não testemunharam tantas curas milagrosas, palavras de sabedoria, respostas inspiradas das quais não cabia qualquer argumentação coerente? Sim, eles viram e testemunharam todas essas coisas. Contudo, recusaram-se em seus corações a crer no que viam e ouviam, embora reconhecessem ali a Verdade.
A profecia maia, na sua hermenêutica escatológica também trouxe algo que pesei em meu coração. Revelara o coração e o sentimento da humanidade diante de um possível fim do mundo. Vimos os relatos de pessoas que, diante da crença no fim decidiram cometer suicídio. Houve quem decidiu abdicar-se de todos os seus bens. Houve também quem decidiu fazer tudo aquilo que a consciência moral coletiva proibira. E houve quem não desse a mínima pra tal possibilidade, independente de acontecer ou não, vivendo exatamente da mesma forma de antes.
Bem, e o que isso tem a ver com o Natal?
O nascimento de Cristo nada mais foi do que o cumprimento de uma profecia prenunciada por diversas pessoas, em diversas épocas e com diferentes personalidades. Sim, uma profecia que, de fato, se cumpriu.
O nascimento de Cristo surge como uma luz no fim do túnel, a esperança para a humanidade que se distanciou de Deus, escolhendo viver por si e para si, seus próprios sonhos e propósitos, condenada a viver uma vida sem sentido e só.
Nasce então o Salvador. Sim, este é o significado do nome Jesus, o de que Deus é Salvação. E somente Jesus é capaz de salvar o homem do mau que habita nele mesmo, e também por isso Ele é chamado de Cristo, ou seja, o Ungido de Deus, o capacitado por Deus, porque veio de Deus e é ele mesmo Deus.
E com a sua vinda ao mundo, veio com Ele outra profecia: a de que Ele veio para resgatar um povo que em seu coração decidiu crer Nele e Naquele que o enviou. É verdade, o nascimento de Cristo também é um prenúncio de sua morte e ressurreição, condição imprescindível para a salvação do homem, pois o preço de sua redenção deveria ser pago com morte e sacrifício. Sua ressurreição representa a vitória sobre a morte e a porta de salvação para o homem pecador.
O Cristo nasce para recolher para si um povo crente em Seu Nome, na Sua Obra, nos Seus Mandamentos e na Sua Mensagem de Salvação.
A pergunta que me faço é: qual tem sido a reação daqueles que creem nessa profecia e dos que não creem? Ou será que todos nós temos vivido crendo que esse Dia nunca chegará?
A profecia bíblica diz que esse Dia virá como ladrão, de surpresa, quando ninguém mais achar que ele virá. Também diz que ninguém sabe qual será esse dia e que, portanto, devemos andar sóbrios e vigilantes, vivendo cada dia como se fosse o último. Temos vivido assim?
O Natal comemora a vinda do Salvador a este mundo, a esperança de que dias melhores virão, para aqueles que por eles esperam e se preparam. A esperança de um novo mundo, uma nova fase da humanidade onde não haverá mais dor, sofrimento, choro, nem mesmo a morte. Sim, a condenação que o homem recebeu ao transgredir fora a morte, por isso, nada dura para sempre, tudo vem e tudo vai, e nem sabemos como aproveitar esse tempo.
O nascimento de Cristo revela o propósito de Deus não apenas em vir deixar um recado para a humanidade, mas para, a partir daquele momento, ensina-la a andar e a viver com Ele, como um ensaio para a sua redenção, onde o céu será apenas uma extensão desse viver e caminhar com Ele, dessa vez, livre e desimpedido de todas as suas limitações e distrações.
Que neste Natal essa esperança de uma nova vida mais próxima de Deus se faça verdadeira sobre sua vida. Que esta mesma esperança arranque do seu peito toda dor, toda mágoa, toda tristeza... Que esta esperança faça brotar alegria no seu coração e a certeza de que Deus lhe ama e preparou o melhor pra você, se você decidir crer.
Que neste Natal a saudade daqueles que já partiram seja amenizada pela alegria de estar com aqueles que ainda estão ao seu lado e que você aproveite cada minuto com eles, amando, perdoando e fazendo o bem.
Que neste Natal as tribulações e as tragédias que lhe cercaram neste ano sejam consoladas com a fé e esperança de que o próximo ano será melhor do que este e de que tudo será melhor na próxima vez, quando estivermos mais ligados com o Pai, aprendendo a confiar na Sua sabedoria, soberania e propósitos que não nos foram revelados, mas que são sempre melhores do que poderíamos querer.
Que neste Natal, Cristo possa fazer parte da sua Ceia, que Ele sinta prazer em sentar-se a mesa com você e que você possa descansar e se alegrar em Sua presença, afinal, é nesta data que celebramos o Seu Aniversário, não é mesmo?
Que nesta festa de nascimento o Aniversariante seja lembrado e presenteado com o melhor que você pode Lhe dar, o seu coração e a sua fé, pois o melhor Dele Ele já te deu.
Um feliz e abençoado Natal e Ano Novo a todos vocês.
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quarta-feira, 23 de dezembro de 2015
O NATAL E O FIM DO MUNDO
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