Ana um modelo de mulher de Deus
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Na atualidade, as mulheres se submetem a todo o tipo de sacrifício físico estético de beleza, de regime, visando se tornar uma mulher modelo com um corpo capaz de atrair a atenção principalmente das pessoas de sexo oposto e com isso, ir para mídia e se tornar conhecida pelo mundo afora adquirindo fama e dinheiro.
No entanto, nós queremos nesta oportunidade apresentar-lhes uma mulher que nos serve de modelo bíblico a ser seguido. Estou me referindo a Ana ela é descrita no Antigo Testamento, como uma mulher de fé, a mãe do profeta Samuel. Ela era estéril e após orar ao Deus de Israel, teve sua madre aberta para conceber não apenas um, mas seis filhos. Uma pequena passagem sobre a história de Ana me chama atenção: “Então se levantou Ana, depois que comeram e beberam em Siló...” I Sm 1:9 Ana é um exemplo a ser seguido, alguém que não se conformou com a situação de derrota e desprezo, reuniu forças, “se levantou” e sabiamente se dirigiu ao lugar certo, na hora certa. A vida de Ana, não ia tão bem. Seu esposo Elcana, tinha outra mulher chamada Penina. Todos os anos, quando Elcana subia a Siló para sacrificar ao Senhor, ele era acompanhado pelas duas esposas e filhos. Ana, porém sempre se abatia de tristeza e dor pelas humilhações provocadas pela rival que se achava melhor e mais amadas por ter filhos: “E sua rival excessivamente a provocava, para irritar; porque o Senhor lhe tinha cerrado a madre”( I Sm 1:6). A situação se repetia ano após ano, o que provocava intensa tristeza em Ana que “chorava e não comia” I Sm 1:7. Amada pelo esposo, mas insatisfeita e infeliz por não ter filhos, Ana, é o retrato de milhões de mulheres que sofrem a esterilidade nas diversas áreas da vida. É o retrato das mulheres que não se sentem amada o bastante, que pedem exclusividade em seus relacionamentos. A infeliz Ana representa a mulher que ama, mas desconhece o poder desse amor. Que tem fé, mas erra em buscar o caminho do milagre. A infeliz Ana olha para todas as circunstâncias e se acha pequena, inútil e impotente. “Então se levantou Ana, depois que comeram e beberam em Siló...”( I Sm 1.9) A esposa de Elcana resolve enxugar as lágrimas e partir em busca da felicidade. A fé de Ana fora despertada pelas muitas lembranças das maravilhas realizadas pelo Senhor dos Exércitos. O mesmo Deus que abriu o mar vermelho libertou os hebreus, concedeu um herdeiro a Sara e Abraão, mesmo quando estes já estavam ultrapassados em idade, era o Deus de Ana. Ela internalizou o amor de Deus por ela, a sua condição de filha, de herdeira das promessas, do justo que vive pela fé e não por vista. A partir daquele momento, tudo mudaria. Já não seriam as palavras da rival Penina que governariam Ana. Aquela afronta que inundava seu pensamento e coração, gerando mágoa e dor, enfraquecendo o ser, seria deixada para trás para dar lugar a Palavra de Deus. “Ela orou com amargura de alma, orou ao Senhor e chorou abundantemente”( I Sm 1.10) Quando uma mulher chora “ Como a mãe consola o filho, Eu também consolarei vocês.” (Is 66. 13) Tal como lemos no texto acima, podemos dizer que a Bíblia compara o amor de Deus com o amor de mãe. Em Jesus o amor de Deus tomou forma humana e nele temos o consolo do perdão, da esperança e da vida eterna no céu. No entanto, a pergunta de Jesus: “Mulher, por que choras? - Conforme o texto de Jo 20:15 – faz-nos refletir sobre as referência ao choro na Bíblia e, especialmente, sobre os que falam do choro de mulheres. Há ocasiões em que as mulheres precisam ser corajosas: numa separação ou ao ficar viúvas e também como mãe cristã, ela sabe e aprende a lutar pelo filho mesmo quando este ainda está no ventre. E luta mesmo! Na história de Ana, em I Sm 1. 7-10, vemos que a condição da mulher é mais difícil e penosa no relacionamento conjugal, especialmente quando essa é trocado por outra, pois isso machuca, levando ao choro. Ana, todas as vezes que subia a Casa do Senhor, tinha a outra a irritando, pelo que chorava e não comia. Então Elcana, seu marido, lhe questionava: “Ana, por que choras? E por que não comes? E por que estás de coração triste? Não te sou eu melhor do que dez filhos?” Ana levantava-se triste e com amargura de alma, orando ao Senhor e chorava abundantemente. Ela fez um voto ao Senhor e pediu um filho varão. Nasceu-lhe Samuel e foi consagrado a Deus. Vemos que o verbo chorou, traduzido na Bíblia, é usado de diferentes maneiras. Encontramos no Antigo Testamento a acepção de chorar de alegria – Gn 29:11 – mas a ênfase recai sobre o aspecto de imploração ou reclamação em Jz 14:16-17. Da mesma forma encontramos em Ester Et 8:3 – e Ana – I Sm 1:7-10 – o choro acompanhando pedidos, sendo usado para implorar para serem atendidas. Outra forma que encontramos de choro é a que vemos relatada na história da mulher de Sansão – esta usava o choro como mecanismo de manipulação – sendo essa mulher pagã, lança-se ao choro ao lado, é claro, do charme e da chantagem para conseguir o que queria. Esse tipo de choro é ilegítimo e, normalmente não resolve nada, levando apenas a desilusão. Os problemas têm solução ! O que “mata” é tomar uma posição errada nessas horas. Não chore mulher – aprenda a tomar outras atitudes: - Comece a trabalhar, valorize sua vida – estude! - Respeite a atitude do outro. - Converse sobre sua dificuldade com alguém. - Aprenda a confiar em Deus, pois Ele é misericordioso. - Seja uma mulher de fé e coragem como Abigail – I Sm 25 O problema de um impasse é nosso, e é nosso! É interessante observarmos a nossa reação diante dos obstáculos incontáveis que nos aparecem – aquelas coisas que provocam o choro, mas pense: “Mulher, por que choras?” Se estiver chorando pelo motivo errado é bom parar. E logo! Caso contrário você corre o risco de sofrer uma grande decepção. Jesus chorou. (Jo 11:35) Chorar é bom. É permitido, sim, mas na ocasião certa e por motivos certos. Lembre-se: “ Ao anoitecer pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã.”( Sl 30: 5 b). Ana contou a Deus toda a sua causa, se derramou diante Dele. A direção certa, o gesto esperado e seu coração fora curado. Quantas vezes, e por quanto tempo, mulheres na situação de Ana, relutam em buscar a Deus com todas as suas forças? Por acreditarem que sua miséria é fruto do destino, que é um mal merecido, ou então que não são boas o suficiente para buscarem o favor de Deus? Ana representa mulheres e mulheres, as que choram e as que se alegram. As que buscam e têm fé, que vivem dignamente e ainda assim sofrem por alguma causa. As que são felizes apesar das “peninas” da vida. Mas o que quero enfatizar na vida dessa grande serva de Deus é que ela buscou mudanças, não se conformou com o veredicto do mundo, do que afligia sua alma, do que era palpável. A vida de Ana teve um marco e esse marco foi firmado por ela própria, pela fé e certeza do que se não via. Quando a amargura e as lágrimas invadem nossa vida tentando nos vencer é hora de recomeçar. De seguir em outra direção, de buscar a Deus com todas as forças. O esposo de Ana e o sacerdote Eli, tentaram impedir sua busca pelo milagre, mas determinada ela não se deixou prender a nenhuma palavra humana: “Ana, por que choras não te sou melhor que dez filhos?”, disse Elcana. Já o sacerdote Eli ao vê-la orar intensa e silenciosamente, movendo os lábios sem sair som disse: “Estás embriagada? Aparta de ti o vinho”. As duas situações poderiam ter levado Ana a desistir de buscar, mas não. O mundo, as pessoas, as vozes humanas podem tentar convencer as “Anas” de que tudo deve ficar como está. Esse pensamento, no entanto, é incapaz de medir sentimentos. Somente Deus, em Sua eterna misericórdia se compadece de nós. Ele não despreza, nem censura aquilo que nos incomoda, mas é Grande o bastante para cumprir em nós a Sua vontade, que excede todo entendimento. Uma vontade que está acima de toda e qualquer circunstância. “Agindo eu quem impedirá?” (Is 43. 13) “Abrirei rios em lugares altos, e fontes no meio dos vales, tornarei o deserto em lagos de águas, e a terra seca em mananciais”( Is 41.18). A todas as mulheres que se identificam com Ana, em sua tristeza e em sua alegria, ofereço essa mensagem, regada nos átrios do Senhor Deus de Israel, no firme sacrifício da Cruz e no poder que há no Nome de Jesus. Muitas vezes Deus não nos dá o que pedimos porque nossas intenções não agradam o coração dele. Ele sabe que se nos der o que pedimos isso irá nos corromper e nos afastar dele. Deus tem prazer em dar presentes aos seus filhos, mas muitas vezes não os dá porque sabe que não ainda não estamos prontos. Quando conseguimos entender o que é esperar em Deus e devolver a ele o que é dele, então ele tem prazer em nos dar o que pedimos. Que sejamos como Ana, mulher que amava e servia ao Senhor e que entendia que ele tinha o melhor para ela no tempo certo. Que Deus nos abençoe e nos guarde em nome de Jesus, amém! |
segunda-feira, 22 de maio de 2017
Ana um modelo de mulher de Deus
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