MARIA: MÃE E SERVA DE JESUS
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“Sua mãe disse aos serventes: fazei tudo o que ele vos disser”. (João 2:5) Saúdo todas as mães do mundo, mulheres que são exemplo de força e superação; que carregam todos os fardos (pesados ou leves) dos seus filhos. Saúdo, especialmente, a minha linda e querida mãe, dona Alzira, cuja trajetória muito enaltece e engrandece a vida social das mulheres brasileiras; a qual foi a escolhida de Deus de ter concebido a mim e as minhas duas outras irmãs, Anna Flávia e Anne Cristine. Saúdo o grande ensinamento deixado por Maria, mãe do Nosso Único Senhor e Salvador Jesus Cristo, de Tiago, de José, de Simão, de Judas e de muitas outras filhas; e que lançou a pedra fundamental do cristianismo numa festa de casamento em Caná da Galiléia: “(...) fazei tudo o que ele (Jesus Cristo) vos disser” (João 2:5) (grifo meu). Maria foi exemplo de humildade, coragem e obediência, modelo de mãe cristã para todas as mães do mundo. Infelizmente, a biografia de Maria serviu apenas, até os dias de hoje, para suscitar dissensões e debates teológicos populares entre muitos religiosos, com ideias que distorcem a Sagrada Escritura e desvirtuam o lugar dessa destacada mulher cristã, bem-aventurada entre as mulheres do seu tempo. Cabe a mim, como servo de Jesus, liberto de dogmas humanos e denominacionais, esclarecer alguns equívocos históricos e biográficos, sempre à Luz da Verdade, e colocá-la no posto correto de nossas aspirações espirituais. O Novo Testamento tem muito pouco a dizer sobre Maria. Ela não ocupa um lugar de proeminência nos Evangelhos. Uma autora católica romana chegou a afirmar que “parece até ausente do ministério de Jesus, seu Filho”. Dois, dos quatro evangelistas, deixam de citá-la no início de seus relatos (Marcos e João). Seu nome é a forma greco-latina do hebraico Mirian, nome da irmã de Moisés. Nada se sabe de sua infância. A Bíblia não registra, mas o chamado “proto-evangelho” de Tiago declara que ela ficou noiva, aos catorze anos, do carpinteiro José, e que ambos moravam na interiorana Nazaré. Sua origem foi de família humilde. Seus pais se chamavam Joaquim e Ana. Maria era de grande limitação econômica. Moça recatada (até mesmo pelas circunstâncias sociais), procurou preservar-se santa (separada), virgem, e com isso cultivou um caráter ilibado e bons frutos em seu coração, frente a inúmeras outras Marias existentes em sua região. Certamente foi uma filha muito obediente e amável. Por essas características, adiante, DEUS lhe agraciou, dentre várias mulheres, com a honra de conceber, pelo poder do Espírito Santo, a Jesus Cristo, o Messias esperado: “Entrando o anjo aonde ela estava, disse: salve, agraciada! O Senhor é contigo. Bendita és tu entre as mulheres” (Lucas 1:28). Sem dúvida alguma de que DEUS não escolheria qualquer uma para dar à luz o Seu Filho. Entretanto, a perturbação espiritual e o medo que sentiu após receber a notícia do anjo Gabriel provaram também a sua grande imperfeição e limitação humanas: “porém ela se perturbou muito com essas palavras e considerava que saudação seria essa. Disse-lhe então o anjo: Maria, não temas, achaste graça diante de Deus” (Lucas 1: 29-30). Não estava em seus projetos de mulher conceber um filho aquele tempo, mesmo porque ela era apenas noiva de José, com o qual nunca havia tido relação sexual. As coisas jamais podem acontecer no tempo que desejamos e nem de acordo com os nossos planejamentos pessoais. Devemos sempre esperar pelo anúncio das promessas de Deus para a nossa vida. Quantos de nós não nos sentimos preparados para receber as promessas de Deus e fazemos tantos questionamentos? Após o anjo lhe explicar todos os projetos de Deus para a sua vida, Maria recebeu paz, consolo e segurança: “(...) Eu sou a serva do Senhor. Cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela” (Lucas 1:38). A aceitação da promessa (Jesus Cristo) é vista também como o processo de regeneração e do novo nascimento em Maria. Com isso, compreende-se que nela havia pecado; pois descendeu do pecado dos seus pais. Além do mais, o próprio livro de Romanos explica: “pois todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (3:23). A falsa idéia de que Maria não tinha pecado foi um dogma promulgado em 1854 pelo Papa Pio IX. Maria precisou que um anjo, enviado de Deus, anunciasse e explicasse acerca dessa grande promessa. Imagino o tempo que o anjo usou e o exaustivo diálogo que teve para que a certeza enfim pairasse sobre a vida daquela humilde serva de Deus... A Bíblia afirma também que, após o nascimento de Jesus, Maria naturalmente se casou com José e teve outros vários filhos por meio de relações sexuais. Portanto, Jesus foi o seu primogênito (primeiro); e não o seu unigênito (único): “e ela deu à luz a seu filho primogênito (...)” (Lucas 2:7). E por não ser vergonhoso casar-se e ter relações sexuais com o seu marido, é que a Bíblia apresenta os nomes de outros filhos do casal: “Não é este o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, José, Judas e Simão? Não estão aqui conosco as suas irmãs? E escandalizavam-se nele” (Marcos 6:3). A inverdade de que Maria permaneceu virgem foi definida pelo Concílio Constantinopla II em 553, tendo nascida para justificar o apreço à vida monástica (em franco progresso) e do menosprezo ao casamento considerado como estado inferior ao celibato. A insistência por essa inverdade se objetiva a valorizar o celibato entre sacerdotes e freiras. E há quem diga também que o termo “irmãos” utilizado nos Evangelhos signifique “primos”. Mas no original não está escrito “anepsiós” (primo, sobrinho), mas “adelphos” (irmãos de sangue). Maria viveu uma vida comum de mãe e de esposa, principalmente, quando Jesus iniciou o Seu Ministério aqui na terra. Nunca foi exaltada nem nunca permitiu exaltação ao seu nome pelo fato especial de ter concebido o Filho de Deus. Antes, ela compreendeu que a missão de redenção da humanidade cabia exclusivamente a Jesus. Mesmo quando numa ocasião quiseram exaltar o seu nome, Jesus corrigiu: “(...) Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os peitos que te amamentaste. Mas Jesus disse: antes, bem-aventurados são os que ouvem a palavra de Deus e a guardam” (Lucas 11:27-28). A sua posição na história do cristianismo não pode ser mais nem menos àquela maravilhosa obra de ter gerado o Filho de Deus. A obscuridade de sua velhice e da causa morte refletem o seu devido lugar na história da humanidade. Apenas sabe-se que, até hoje, seus restos mortais foram enterrados no cemitério “Campo Santo” para quem quiser comprovar. Ela nunca ressuscitou. Nunca! De maneira nenhuma (nem em corpo nem em espírito) ascendeu aos céus. Essa história fictícia foi inventada e promulgada em 1950 pelo Papa Pio XII. Não há verdade bíblica nisso. Da mesma forma, como morta, jamais promoveu aparições em qualquer lugar que seja. Mortos não aparecem. Tais “aparições” só tiveram conotação política. O espírito daquela serva exemplar e seguidora de Jesus está aguardando a vinda do Filho de Deus para ressuscitar primeiro e, com Ele, fazer morada definitiva no céu. Reconheço a importância dela como um vaso que trouxe a Água da vida para nós. Mas ela não é essa água, nem o pão da vida, nem o caminho, nem a verdade, nem a ressurreição, nem a vida. A ilusão da frase “peça à mãe que o filho atende” não tem fundamentação bíblica. Jesus disse: “e farei tudo o que pedirdes em meu nome, para que o Pai (e não a mãe) seja glorificado no Filho” (João 14:13) (grifo meu). Todas as mães do mundo precisam seguir o exemplo de Maria de Nazaré e instruir seus filhos nos caminhos do Senhor Jesus. Precisam ter a sensibilidade espiritual, a fé e a disposição que ela teve de servir e agradar a Deus. Nosso Senhor nos alertou quanto a isso: “pois todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, irmã e mãe”. (Mateus 12:50). Que DEUS nos abençoe! |
segunda-feira, 29 de maio de 2017
MARIA: MÃE E SERVA DE JESUS
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