segunda-feira, 29 de maio de 2017

Perfume de Amor

Perfume de Amor 


Lucas 7: 36-47

Jesus foi convidado por um fariseu chamado Simão para ir à sua casa. Ao ouvir que o Messias estava na casa do fariseu, aquela mulher foi apressadamente ao seu encontro, fato que resultou numa das mais belas passagens bíblicas.

Ela chega a Jesus com um vaso de alabastro, um precioso perfume. A Bíblia diz que ela passou a lavar os pés do Filho de Deus com suas próprias lágrimas, ao mesmo tempo em que beijava os pés de Jesus e os ungia com o ungüento que carregava.

Observe que uma das características que mais marcavam aquela mulher era o da coragem. Ela entrou na casa de um fariseu que nunca a convidaria, ela era uma pecadora e os fariseus (cujo nome significa separados) não admitiam conviver com pessoas consideradas por ele como menores por não obedecerem aos padrões da sua religião.

Mas o verdadeiro amor lança fora todo o medo e o amor daquela mulher se revela tremendamente verdadeiro, apesar da sua condição pecaminosa. Esse amor se revela sem palavras, se revela com lágrimas, não é o amor de palavras vazias, não é o amor fingido, Não! É o amor que brota de um coração arrependido, contrito, cheio de fé e humildade e que vê em Jesus o único que pode perdoar suas falhas que por muito tempo a mantiveram afastada de Deus.

Como eu posso falar disso se eu não conheço como era o coração daquela pecadora, é que pelo fruto se conhece a árvore, e que provas ela dá do seu arrependimento! Ela entrega a Jesus uma oferta preciosa, um vaso de alabastro, mas mais que isso, ela dá a sua própria vida sem medo da reação dos religiosos, dos homens apegados a tradição. Ela derrama lágrimas que brotam de um sentimento verdadeiro, de uma emoção genuína, não manipulada, e se entrega àquele que, como diz a música, para quem uma lágrima é uma frase.

Mas o religioso coloca os seus dogmas e suas tradições acima de tudo isso: o fariseu fica indignado com aquela cena e passa a duvidar de Jesus (Verso 39). Ele não reconhecia, cego pela venda da falsa religiosidade, que Aquele que estava em sua casa era o Deus encarnado, que desceu do Céu para salvar não os que professam uma religião, mas os que com coração contrito, se arrependem dos seus pecados e se entregam sem restrições a Ele.

“Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lucas 19:10).

Jesus passa então a contar uma parábola ao fariseu (que também é amado por Ele e que Ele também veio salvar): (Lucas 7: 41-43).

Realmente, se nos acharmos como menos pecadores, como mais inocentes, seremos muito menos gratos ao Senhor por tudo Ele fez e faz por nós. Aquele que realmente se olha como não merecedor e reconhece a necessidade do perdão de Deus, encontra graça aos olhos do Senhor.
Muitas vezes o nosso orgulho, o nosso medo, as nossas preocupações, as ambições, o receio de perder os amigos e de que a família se revolte contra nós nos impedem de se entregar verdadeiramente a Cristo.

No verso 48 deste mesmo capítulo Jesus perdoa, Ele veio para perdoar, não importa se você acha que os seus pecados são muito grandes e até imperdoáveis, Ele perdoa.

Se a tua condição é totalmente pecaminosa, ou se você se acha bom e justo, não importa, todos temos que nos arrepender. Ainda que os nossos atos pareçam bons, que eu seja honesto e caridoso, eu nasci em pecado e devo me apresentar diante de Deus com fé e arrependimento para encontrar a graça do perdão.

O exemplo daquela mulher ainda exala hoje o perfume do amor, da entrega e da graça.

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