A importância da Santa Ceia
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O Novo Testamento demonstra que o principal objetivo da reunião da igreja primitiva era o "partir do pão", ou a "Ceia do Senhor". Isto fica claro em passagens como At 20.7 e 1 Co 11.20,33. Em sua carta à igreja de Corinto, Paulo censura aos irmãos por desviarem-se do objetivo normal da assembléia, repreendendo-lhes não por reunir-se para comer a Ceia do Senhor (que era o que deviam ter feito), mas por reunir-se para comer sua própria ceia! Nessa lição, faz-se necessário detalhar um pouco mais a leitura em classe, que se constitui em meio caminho andado para subsidiar a lição. Os versículos (17-22) que antecedem a leitura em estudo demonstram que o apóstolo Paulo censura mais uma vez os coríntios, pelo fato de causarem desordem e escândalos em uma instituição tão sagrada como a Santa Ceia. Para corrigir essas grosserias e irregularidades, o apóstolo destaca aqui a sagrada instituição da Ceia do Senhor: I. POR QUE PARTICIPAR DA SANTA CEIA? 1. Para ser obediente ao Senhor. Mt. 26:26; Mc. 14:22. 2. Em memória à morte do Senhor. Lc. 22:19; 1 Co. 11:24,25. 3. Para confessar que, pelo sangue de Jesus, temos o perdão. Mt. 26:28. 4. Para ter comunhão com Cristo e com os crentes. 1 Co. 10:16,17. 5. Para oferecer gratidão e adoração. Ap. 5:9,13,14. 6. Para anunciar a volta do Senhor. 1 Co. 11:26. 7. Para participar da vida eterna. Jo. 6:54ss. II. DOIS SIMBOLOS MARAVILHOSOS: PÃO E VINHO. O grão de trigo, do qual vem o pão, cai primeiro na terra e morre. Isto aconteceu com o Senhor. Jo. 12:24. 1. O significado do pão. a) O trigo é cortado, trilhado e moído. Assim o nosso Senhor foi batido, açoitado, coroado com espinhos e morto. Hb. 2:9. b) O pão também nos mostra a natureza da Sua morte. O pão é assado no forno com muito calor. Pv. 17:3; 1 Co. 3:13,15; 1 Pe. 4:12. c) O pão é um símbolo do novo homem. Cristo é o autor da nossa nova vida. Pv. 8:35; Ap. 21:5. Pão é o alimento do novo homem. Jo. 6:35. Sim, ainda mais, Ele oferece a plenitude da vida nova. Jo. 1:16. d) O pão também mostra nossa nova e maravilhosa união, um pão, um corpo. Nós somos um, com Ele, e através dEle. Jo.17:21; Gl. 3:28; Hb.2:11. e) Um com Ele por toda eternidade. Jo. 17:24; Ap. 19:9. 2. O significado do vinho. a) O vinho lembra a Sua vida oferecida por nós. Jo. 10:18; Is. 53:7,8. b) Lembra da nova aliança no sangue de Jesus. Lc. 22:20. c) De que maneira recebemos esta nova vida? Jo. 6:55,56. III. A ÚLTIMA PASCOA. Jesus celebrou-a com Seus discípulos na noite em que foi traído. 1 Co. 11:23. A páscoa também é chamada de: a festa dos pães Asmos. 1. Esta festa era celebrada em memória: a) À noite, no Egito, quando Deus mandou Seu juízo sobre Faraó, matando todos os primogênitos do Egito e libertando o povo de Israel. Todos os primogênitos do povo de Israel foram consagrados ao Senhor. Êx. 12; 13:1,2. b) Ao cordeiro, dado para eles por Deus. Deus colocou Seu povo debaixo da proteção do sangue deste cordeiro, que morreu no lugar de Israel. Jo. 1:29. b) A saída do Egito, da terra da escravidão. Para os egípcios foi a noite de maior sofrimento, mas para Israel a noite de maior alegria. Foi a saída da escravidão, que durou séculos. 2. Em contrapartida a esta noite; está a noite da traição do Filho do homem. l Co. 11:23. a) A noite da traição foi a que mais pesou para o Senhor e para a história da humanidade. l Co. 11:23. b) Naquela noite Ele celebrou a páscoa com seus discípulos. Lc. 22:15. c) Nela, Ele foi entregue por todos nós. Is. 53:3-7. d) Na mesma noite, o primogênito colocou-se no abismo que o pecado causou entre Deus e os homens. Ez. 22:30; Is. 59:16. e) Nela, Deus colocou-nos debaixo da aspersão do sangue. l Pe. 1:2. Mas deu seu Filho como Cordeiro da páscoa. l Co. 5:7; 1 Pe. 1:19. IV. A CEIA DO SENHOR E SUA CELEBRAÇÃO. A festa da páscoa, que o Senhor desejou comer com seus discípulos já havia passado. Jesus, o verdadeiro cordeiro pascal, deveria ser logo sacrificado. Agora o Senhor instituiu uma nova e muito mais significativa ceia. Naquela noite terminou a dispensação judaica (a lei) e a graça vigorou. Observemos brevemente a singular celebração. A festa da páscoa passou. Judas aceitou a parte que o Senhor lhe tinha dado e retirou-se. O Senhor ficou sozinho com os onze. Então tomou pão e vinho e explicou-lhes estes símbolos. Sem palavras, esta ceia apresenta as mais preciosas verdades: a salvação consumada e o perdão dos pecados. 1. É uma festa de redenção. Ef. 1:7. 2. É uma festa em memória de Jesus. Lc. 22:19; 1 Co. 11:24,25. Como Israel festejou a sua libertação do Egito, assim festejamos também nossa libertação do pecado. A ceia é em memória do seu sofrimento e da sua morte. 2. É um testemunho de fé dos participantes. Os discípulos creram no Senhor e O seguiram. Assim como nenhum incircunciso podia participar da festa da páscoa, também esta ceia é só para aqueles que experimentaram a redenção pelo sangue de Jesus. Êx.12:43-48. 3. Ela é uma ceia de comunhão mútua. Em Israel nenhum membro do povo podia faltar. ( Nm. 9:13). Isto também mostra que somente membros do corpo de Cristo podem tomar parte na ceia. 4. É uma ceia de adoração. Hb. 13:15. 5. É uma ceia de esperança. Devemos anunciar sua morte até que Ele venha. l Co 11:26. Olhando para trás vemos seu grande sacrifício e à frente reconhecemos o que seremos através deste sacrifício. A redenção do corpo é a conclusão de sua grande obra de redenção. 6. O maravilhoso final. Eles cantaram um hino de louvor, o salmo 118. O caminho do Senhor foi do jardim Getsêmani até à cruz. V. O QUE É A CEIA DO SENHOR? 1 CO 11:23-29. 1. Uma ordem do nosso Senhor: "...fazei isto...". 2. Em memória do seu amor: "... em memória de Mim". 3. Um laço de comunhão entre cabeça e membros. 4. Um testemunho de Cristo, seu sofrimento e morte. 5. Uma confissão de nossa esperança: "...até que Ele venha". VI. "TEMOS TAMBÉM UM CORDEIRO PASCAL". I Co 5:7; ÊX. 12. 1. Ele foi escolhido por Deus. Jo. 1:29; Lc. 9:35. 2. Foi perfeito. 1 Pe. 1:19. 3. Imolado. Is. 53:7. 4. Nenhum dos seus ossos podiam ser quebrado. Jo. 19:36. 5. Seu sangue foi aspergido. Hb. 12:24. 6. sua carne foi comida. Jo. 6:50-56. VII. A CEIA DO SENHOR. I Co. 11:23-29. O pão e o vinho são símbolos singulares no seu significado e apontam para os fundamentos da fé cristã. O pão - "Meu corpo"; o vinho - "Meu sangue". Nisto nós vemos: 1. A encarnação de Cristo. a) O pão: a figura do seu corpo. O Senhor disse: "Um corpo me formaste". Hb. 10:5. b) Jesus não tomou a natureza dos anjos, mas sim a nossa. Rm. 8:3. c) Ele entregou-se voluntariamente. Fp. 2:7,8. 2. Sua devoção. O Senhor agradeceu. Ele tomou o pão, o símbolo do seu corpo, que logo depois foi crucificado. 3. Seu sofrimento. Ele partiu o pão. Judas, foi um instrumento na via dolorosa de Cristo. Ef. 5:2; Jo. 10:18; Mt. 18:7. 4. Sua substituição. a) Este é meu corpo oferecido por vós. Lc. 22:19; Is. 53:5. b) Da mesma forma o vinho, o precioso sangue, que foi derramado por nós. 1 Pe. 1:19. 5. Seu convite: a) Tomai, comei, bebei. A expiação está consumada. Aproprie-se pela fé daquilo que aqui é oferecido simbolicamente. O sangue, o preço por nossas almas. b) Sua finalidade: Fazei isto em memória de mim. c) A gloriosa esperança: Até que Ele venha. Jo. 14:1-3. VIII. O SANGUE DE JESUS. O grande significado do sangue de Cristo já vemos no fato dele ser citado mais de 400 vezes na Escritura. Aquele que compreende, pela fé, o grande valor do precioso sangue de Cristo, é salvo e perfeito perante o trino Deus e tem a vida eterna. 1. O sangue de Jesus é o preço da nossa redenção. Ef. 1:7; At. 20:28; Cl. 1:14; 1 Pe. 1:18,19; Ap. 5:9. 2. O sangue de Cristo é a base do perdão, porque, sem derramamento de sangue, não há perdão. Hb. 9:22; Ef. 1:7; Lv. 17:11. 3. O sangue de Cristo é a base da nossa justificação. O sangue é a base, a fé é o meio para alcançá-la e a ressurreição é a prova. Rm. 5:9; 5:1; 4:5; Cl. 2:12sgs. 4. O sangue de Cristo é o alicerce da nossa paz. Jesus fez a paz pelo seu sangue. Cl. 1:20; Rm. 5:1. 5. O sangue de Cristo é a base da nossa purificação. O sangue purifica de todo pecado. 1 Jo. 1:7; Ap. 1:5; Hb. 9:14. 6. O sangue nos assegura o acesso a Deus. Nós temos intrepidez para entrar no santo dos santos. Hb. 10:19-25. 7. Pelo sangue de Cristo nós fomos aproximados de Deus. Ef. 2:13. 8. O sangue de Cristo é a garantia para a comunhão. 1 Co. 10:16,17. IX. EXAMINE-SE, POIS, O HOMEM A SI MESMO. I Co. 11:28; 2 Co. 13:5. Nada é tão importante para o filho de Deus, quanto o constante auto-exame, pois facilmente nós nos enganamos. Faça-o: 1. Agora. Tudo deve vir à luz. Tudo deve ser julgado na luz de Deus. 2. De boa vontade. Estamos preparados para trazer o pecado oculto, à luz? Gn. 3:8 ss. 3. Profundamente. Não chame de inofensivo o que Deus chama de pecado. Ml. 3:7-9; Ag. 1:2 ss. 4. Sem temer. Na luz da palavra. Hb. 4:12. 5. Sem piedade. "Despedace a Agague".1 Sm. 15:33; Mt. 5:29. 6. Com sinceridade. Não como Geazi ou Acã. Js. 7; 2 Rs. 5. 7. Orando. Sonda-me. Sl. 139:23,24. Este juízo próprio é a primeira exigência para uma participação abençoada na mesa do Senhor. X. A MESA DO SENHOR. - É uma mesa farta e rica. Pv. 9:2; Sl. 23:5. - É uma mesa real (de rei). 2 Cr. 9:4. Sobre esta mesa há: 1. Pão para alimento. Jesus é o pão da vida. Jo. 6:35. 2. Água para refrigério. Ele é a água da vida. Jo. 4:14. 3. Leite para as crianças em Cristo. 1 Pe2:2. 4. Alimento sólido para adultos. Hb 5:14. 5. Fruto para o paladar. Ct 2:3. 6. Vinho para nos alegrar. Is 55:1. XI. O PÃO E O CÁLICE A frase "Isto é o meu corpo" (como também "Este é o meu sangue") se qualifica como uma das passagens mais vigorosamente debatidas em todas as Escrituras, que variam desde a interpretação dos católicos romanos de uma transubstanciação, até a visão de Zwinglio de que a Ceia é simplesmente uma recordação da morte de Jesus. Estas declarações devem ser entendidas metaforicamente. O pão representa o corpo de Jesus, e o cálice representa o seu sangue. O gênero do pronome demonstrativo "isto" no verso 24, é neutro, enquanto a palavra pão é masculina. Jesus, então, não poderia estar dizendo: "este pão é literalmente o meu corpo". Pode se referir à ação inteira, como o segundo isto faz neste verso (58), de acordo com a frase "fazei isto em memória de mim". - Paulo então acrescenta duas declarações importantes a respeito de Jesus. O corpo de Jesus, representado pelo pão, é partido “por vós”. A preposição é freqüentemente usada em conexão com a morte sacrificial de Jesus. Seu significado básico é “em lugar de, por causa de”; Jesus morreu por nós, em nosso lugar. Além disso, Ele disse “fazei isto em memória de mim” ( v.26). Ao participarem da Ceia do Senhor, os crentes devem recordar o significado de sua morte e serem edificados, por fazê-lo. Mas note que Jesus disse "em memória de mim", e não "em memória de minha morte". Isto inclui o fato de lembrar-se também de sua ressurreição, implicando que o memorial deveria ser observado no primeiro dia da semana. Esta recordação é mais que um exercício intelectual; envolve "uma percepção daquilo que é lembrado". A Páscoa judaica era uma ocasião para recordar a libertação que Deus dera a seu povo (Êx 12.12; 13.9; Dt 16.3); notamos novamente que Cristo, em sua morte, é a nossa Páscoa 2Co 5.7. - Muito do que foi dito a respeito do pão aplica-se igualmente ao cálice. Mas é significativo observar que Jesus não disse "Este cálice é o meu sangue", mas, "Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue" (v.25). A doutrina da transubstanciação dificilmente seria capaz de explicar como “este cálice” (que é na realidade uma metonúnia (metáfora/comparação), significando "o conteúdo deste cálice") pode ser literalmente transformado em uma aliança (ou Testamento) - a nova aliança (ou o Novo Testamento). O Antigo Testamento previu uma nova aliança que substituiria a antiga Jr 31.31-34; Ez 36.25-27; d. Hb 8.7-13; 9.18-20). A antiga aliança foi instituída por meio de um sacrifício, "o sangue do concerto" (Êx 24.5-8). Da mesma forma, a nova aliança foi inaugurada por meio do sangue de Cristo. Se você está em plena comunhão com Deus e com a tua Igreja local. Participe regularmente deste ato glorioso de comunhão do Corpo de Cristo, pois Jesus disse que para termos parte com Ele temos que assim fazer para honra e glória do nome do Senhor, amém! |
sexta-feira, 3 de novembro de 2017
A importância da Santa Ceia
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