sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Quebra de maldições

Quebra de maldições
 
"Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro; para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos pela fé o Espírito prometido”- Gálatas 3:13-14

Introdução

Muitos guias religiosos e membros de igrejas que se dizem convertidos, estão ainda correndo atrás de quebra de maldições hereditárias. Entretanto, as Escrituras dizem que Cristo já quebrou todas as maldições. O sacrifício de Cristo realizado na cruz uma única vez, foi perfeito e todo suficiente para quebrar todas as maldições da humanidade. Vale repetir mais uma vez o que está escrito: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar”- Gálatas 3:13. Esta verdade é suficiente para deixar bem claro que, não restou nenhuma maldição para que alguém pudesse quebrar por meio de encontros religiosos, reuniões, vigílias, orações, jejuns, técnicas psicológicas, ou por qualquer outro expediente racional e lógico que se possa imaginar.

O Senhor Jesus Cristo cancelou na cruz todo “o escrito de dívida que era contra nós”- Colossenses 2:14, e nos deu completa e total libertação “do império das trevas”- Colossenses 1:13. Evidentemente, todas as maldições já foram quebradas, destruídas, destroçadas, aniquiladas e reduzidas a nada, por Cristo lá cruz. Todo o propósito de Deus em Jesus Cristo, a fim de remir o pecador e dar-lhe a vida eterna, já foi totalmente concluído na cruz: “Quando, pois, Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado! E, inclinando a cabeça rendeu o espírito”- João 19:30.

A maldição que passa dos pais para os filhos, é a miséria do pecado, que está centralizadas no velho homem, a velha natureza pecaminosa, que teve início lá no Éden, com Adão e Eva, e continua até hoje na humanidade inteira: “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens porque todos pecaram”- Romanos 5:12. Todavia, Cristo veio ao mundo e destruiu essa maldição que o diabo implantou no coração da humanidade: “Para isto se manifestou o Filho de Deus, para destruir as obras do diabo”- I João 3:8.

Portanto, a maior maldição que aflige as pessoas no mundo, é o estar no pecado, fora de Cristo; e a maior das bênçãos, é o estar em Cristo, fora do pecado. “E assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura: as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas”- II Coríntios 5:17. Para aquele que sai do pecado e corre para Cristo, não existe maldição, porque Cristo já quebrou na cruz, todas as maldições.

Maldição do Pecado

“Com muitas outras palavras deu testemunho, e exortava-os, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa”- Atos 2:40

A palavra maldição significa má sorte, infortúnio, desventura, miséria, desgraça, calamidade na vida de alguém. A humanidade está sob a maldição do pecado. O homem tornou-se um prisioneiro das maldições, por causa da sua desobediência e rebeldia contra Deus: “Será, porém, que, se não deres ouvidos à voz do Senhor teu Deus, não cuidando de cumprir todos os seus mandamentos e os seus estatutos, que hoje te ordeno, então virão todas estas maldições sobre ti, e te alcançarão”- Deuteronômio 28:15.

As forças espirituais malignas opostas ao bem, que induzem ao mal, instalaram-se de tal forma no interior da alma humana, e continuam produzindo nas pessoas toda espécie de ansiedade, de doenças, de misérias, secando as forças da vida e causando a morte no mundo inteiro.

O pecado leva o homem rebelar contra Deus e desviar-se do caminho do bem. Todo o pecado chama o castigo. O pecador e aqueles que convivem com ele, sofrem as conseqüências funestas e dolorosas do pecado; até mesmo a própria natureza sofre os seus efeitos devastadores. Todo erro e desatino que o homem tem cometido através de sua história, tem provocado catástrofes, calamidades, tragédias na natureza e no meio ambiente. O homem está destruindo a terra e a própria vida. Isso já é uma grande maldição.

Marcus Dodd, afirmou: “A maldição do pecado se manifesta de modo terrível. Quem a executa é o próprio homem.” O pecado entrou no mundo através de Adão – Gênesis 3:1-6 e tornou-se universal - Romanos 5:12. Todos pecaram e todos são condenados à morte por causa do pecado.

A causa da maior maldição na vida do homem, não é o pecado dos seus pais; e, sim, os seus próprios pecados pessoais. Aquele que está no pecado está sob maldição. Dizia Santo Agostinho: “O pecado de cada pessoa é o instrumento de seu castigo, e a sua iniqüidade torna-se o seu tormento.”

Pecados Pessoais e Hereditários

“A alma que pecar, essa morrerá: o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai a iniqüidade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este”- Ezequiel 18:20.

O Evangelho não dá motivo para acreditar no “carma,” que este ou aquele evento infeliz seja conseqüência de pecados excepcionalmente graves. É verdade que existe uma relação marcante entre o pecado e a desgraça; mas, nem toda a desgraça é por causa de pecados pessoais.

Os fatos mencionados por Jesus, como o desabamento da torre de Siloé, causando a morte de dezoito pessoas; a matança dos galileus ordenada por Pilatos em Lucas 13:1-5; e também o cego de nascença em João 9:1-3 que foi curado por Jesus, não eram conseqüências de pecados pessoais ou hereditários.

Quanto ao cego de nascença, Jesus não negou que ele era pecador e nem disse que a sua cegueira fosse conseqüência de atos pecaminosos de seus pais; mas, para que se manifestasse nele a glória de Deus - João 9:3. Ele não foi usado por Jesus como objeto manipulado para a realização de um milagre; e, sim, para tornar-se um participante da glória de Deus. Primeiramente através da cura física, quando recebeu perfeita visão; e, em segundo lugar, a vida eterna que recebeu por meio de Cristo.

O homem descrito no capitulo cinco de João, que vinha sofrendo por 38 anos, já é um caso de pecados pessoais. Sua enfermidade era de pecados que ele mesmo havia cometido. Em razão disso, Jesus o advertiu dizendo: “Olha que já estás curado; não peques mais, para que não te suceda coisa pior”- João 5:14.

Em muitos casos, o sofrimento pode estar incluído nos meios de operação do juízo de Deus, nos planos de recuperação do homem. No caso de Jó, o sofrimento foi usado para provar e refinar o seu caráter, a fim de que ele reconhecesse que era um ímpio desde o ventre materno – Salmos 58:3-4. Mesmo sendo um bom pai, um homem de vida moral exemplar e de bom caráter, Jó necessitava do milagre da regeneração. Essa verdade ele mesmo confessou: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem. Por isso me abomino, e me arrependo no pó e na cinza”- Jó 42:5-6.

Pelo fato do homem moderno se entregar cada vez mais ao pecado, vivendo em devassidão e libertinagem, por causa da sua ganância desmedida, por não dar importância à natureza e ao meio ambiente, por falta de amor e respeito à vida, grande parte das calamidades e sofrimentos do povo em nossos dias, são conseqüências de pecados. O pecado cega o entendimento, paralisa a consciência, produz enfermidades, engana, causa misérias e mortes. Promete prazer, mas dá sofrimento; promete paz, mas traz guerra; promete vida, mas paga com a morte; promete bênção, mas traz maldições.

Desde quando o diabo colocou o pecado no mundo, a humanidade tem sofrido as conseqüências funestas desta obra maldita. Todavia, torno a repetir o que já foi dito acima, Cristo veio ao mundo para destruir as obras do diabo: “Para isto se manifestou o Filho de Deus, para destruir as obras do diabo”- I João 3:8.

Os quebradores de maldições de família, maldições hereditárias, pecados de gerações, precisam voltar para as Escritura com mais atenção e tomar conhecimento de que Cristo já quebrou na cruz todas as maldições.

Esse procedimento de muitos religiosos arrogar autoridade para quebrar maldições que já foram quebradas, é a forma mais ridícula de menosprezar e escarnecer o perfeito sacrifício de Cristo na cruz. É a maneira mais brutal e perversa de chamar Deus de mentiroso, e ultrajar o Espírito da Graça.

Maldições de Família

“Eu nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe”- Salmos 51:5.

O ser humano já nasce pecador por natureza. O pecado é a marca de cada pessoa desde o ventre materno. Não somos pecadores porque pecamos, mas pecamos porque somos pecadores desde a concepção: “Desviam-se os ímpios desde a sua concepção; nascem e já se desencaminham, proferindo mentiras. Têm peçonha semelhante à peçonha da serpente; são como a víbora surda, que tapa os ouvidos” - Salmos 58:3-4.

Os pregadores da quebra de maldições hereditárias ensinam, que todas as pessoas precisam quebrar as maldições herdadas dos antepassados, pedindo perdão dos pecados por eles cometidos, para se livrarem de possíveis desgraças na família.

A Escritura nos ensina que a responsabilidade do pecado é pessoal; o Senhor Deus não pune os pecados dos pais nos filhos; e nem dos filhos nos pais: “A alma que pecar, essa morrerá: o filho não leva a iniqüidade do pai, nem o pai a iniqüidade do filho”- Ezequiel 18:20. Nenhuma punição capital em Israel, podia ser transferida de uma pessoa para outra; mesmo em caso de pai e filho: “Os pais não serão mortos em lugar dos filhos, nem os filhos em lugar dos pais: cada qual será morto pelo seu pecado”- Deuteronômio 24:16.

A doutrina da quebra das maldições envolve também a superstição de nomes próprios; ensinando que não é aconselhável colocar nos filhos nomes que trazem significados negativos. Se os nomes próprios tivessem tanta influência na vida das pessoas, não haveria nas cadeias prisioneiros chamados José, Paulo, Maria, Ana; cujos nomes nos lembram pessoas, cujas virtudes devem ser imitadas.

O mesmo acontece com os nomes de lugares. Salvador, a capital da Bahia, trás a idéia da missão salvadora de Cristo, que veio ao mundo para salvar os pecadores, para libertar os homens da idolatria e do pecado. No entanto, Salvador tornou-se o centro dos terreiros do candomblé e da umbanda; é a capital da Iemanjá, adorada e cultuada por gente de todo o Brasil.

O estado do Espírito Santo, cujo nome é de sublime grandeza, que deveria ser o centro da justiça e da paz. Entretanto, ainda prevalecem por lá, a violência, a criminalidade e as injustiças sociais.

O ensino da quebra de maldição de família, é um pretexto para transferir a responsabilidade do pecado individual para os antepassados. Aquele que vive em adultério, diz que a culpa é de seus pais que praticaram este pecado no passado. É o antigo método do Éden, o homem culpa a mulher, a mulher diz que a culpa é da serpente, e ninguém assume o seu próprio pecado. Essa atitude de culpar os outros continua ainda em nossos dias. É muito mais fácil culpar outra pessoa, do que assumir a própria culpa, especialmente culpando aqueles que estão longe, como é o caso das maldições hereditárias.

O Ensino da Escritura

“Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o Senhor teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem; e faço misericórdia até mil gerações daqueles que amam e guardam os meus mandamentos” - Êxodo 20: 4-6.

O texto referido acima é muito usado para fundamentar a doutrina da quebra de maldições. Mas, esse texto fala sobre a idolatria, do culto de adoração aos ídolos e das imagens de escultura, e não de algum pecado moral de alguém que viveu no passado, e que fosse reproduzido nos filhos e demais descendentes até a terceira e quarta geração.

É bem possível que os filhos venham a sofrer conseqüências de erros que seus pais cometeram no passado. Por meio das leis da genética, o pai alcoólatra tem probabilidade de ter filhos alcoólatras. É verdade que os filhos poderão imitar certos comportamentos pecaminosos que os pais tiveram no passado. Mas, devemos lembrar que a Escritura ensina que cada pessoa é responsável pelo seu pecado: “A alma que pecar essa morrerá: O filho não leva a iniqüidade do pai, nem o pai a iniqüidade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre ele”- Ezequiel 18:20.

Deus não cobra dos filhos os pecados de seus pais. Além do mais, o texto referido diz que a maldição é sobre aqueles que aborrecem a Deus. Mesmo que os pais tenham sido desobedientes a Deus no passado, se o filho, ao contrário do pai, obedecer e honrar a Deus e à sua Palavra, certamente ele será abençoado e coberto de misericórdia até mil gerações: “e faço misericórdia até mil gerações daqueles que amam e guardam os meus mandamentos”- Êxodo 20:5-6.

Os pais podem ter grande influência na vida espiritual dos filhos, mas a salvação é pessoal, é obra de Deus - João 1:12. O Espírito Santo é quem convence o homem do pecado, da justiça e do juízo - João 16:8. Não existe maldição para aquele que está em Cristo: “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado; antes, aquele que nasceu de Deus o guarda e o maligno não lhe toca”- I João 5:18.

Lista de Maldições

“Apalparás ao meio dia, como o cego apalpa nas trevas, e não prosperarás nos teus caminhos; porém somente serás oprimido e roubado todos os teus dias; e ninguém haverá que te salve”- Deuteronômio 28:29.

O capitulo vinte e oito de Deuteronômio fala sobre as bênçãos que virão para aqueles que obedecem a Deus e às Escrituras; e as maldições sobre àqueles que vivem em rebeldia e deliberada desobediência.

Eis um resumo das maldições que acompanham aqueles que se rebelam contra Deus e as Escrituras: Maldições da cidade e do campo, maldições do ventre e do solo, maldições das crias e dos frutos, maldições da entrada e da saída, maldições da peste e das enfermidades, maldições do calor e da seca, maldições da loucura e perturbação do espírito, maldições da ferrugem e das pragas, maldições da opressão dos governos, maldições da perda dos direitos, maldições dos empréstimos e das dívidas, maldições da pobreza, da miséria, da fome, da nudez, maldições da violência, das guerras, e outras, que alcançarão aqueles que não derem ouvidos à voz do Senhor Deus. São advertências sérias que inspiram reverência e temor; pois, além dos prejuízos e da miséria, haverá opressão, abandono, cegueira e total destruição: “Assim com fome, com sede, com nudez e com falta de tudo, servirás aos teus inimigos, que o Senhor enviará contra ti; sobre o teu pescoço porá um jugo de ferro, até que te haja destruído”- Deuteronômio 28:48.

Conclusão

Quando, pois, Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito”- João 19:30.

Consumado é feito, rematado, acabado, concluído, completo, sem nenhuma margem para dúvidas ou retoques. Todo o poder e autoridade foi dado a Cristo nos céus e na terra - Mateus 28:18; portanto, Ele já quebrou e destruiu todas as maldições. Nada restou para os supostos quebradores de maldições: “E, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz”- Colossenses 2:15.

A misericórdia divina nos incluiu em Cristo na cruz, para desfazer a maior das maldições, que é a nossa velha natureza. Daí, nenhuma maldição jamais poderá atingir aquele que está em Cristo: “Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e, sim, da graça”- Romanos 6:14.

A cruz que foi criada para o mal, usada por Cristo produziu o bem. Ela foi criada para ser instrumento de maldição, mas serviu para destruir todas as maldições da terra. Ela foi feita para matar, mas produziu a vida. O grito de vitória proferido por Cristo na cruz, anunciou ao mundo inteiro, que todas as maldições já foram quebradas, destruídas e aniquiladas. O sacrifício de Cristo foi concluído e acabado; foi perfeito, único e final; sem deixar brechas ou falhas para que alguém pudesse completar por meios de encontros, orações, vigílias, jejuns, ou qualquer outro expediente religioso.

A maior das maldições na vida de alguém, é o estar fora de Cristo; e a maior das bênçãos é o estar em Cristo: “E assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura: as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas”- II Coríntios 5:17.

Se você tiver de ajudar qualquer pessoa com algum problema de ordem moral, espiritual ou familiar, e lançar mão de qualquer expediente que não seja Jesus Cristo, e este crucificado, você está sendo um traidor do Filho de Deus. 

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