segunda-feira, 20 de novembro de 2017

As cinco colheitas prediletas do diabo

As cinco colheitas prediletas do diabo 

Texto Jz.1.4-7
Introdução
Depois da morte de Josué, havia muitas terras para ser conquistada. A tribo de Judá subiu por primeiro para lutar contra os cananeus, que ainda restavam. No caminho encontraram Adoni-Bezeque e o derrotaram, tomaram-lhe as cidades e o prenderam. Ele foi tratado com barbaridade, cortaram-lhe os polegares das mãos e dos pés; um ato tão cruel, que não foi feito a nenhum outro rei dominado.

A palavra Adoni significa “senhor” e Bezeque quer dizer “dispersão” ou “espalhamento”. Adoni-Bezeque era conhecido em todo mundo naquela época. Cada cidade conquistada por ele era saqueada, e como prova do seu poderio e crueldade, mutilava o rei da cidade diante de todo povo.

Mas certo dia, Adoni-Bezeque conheceu o outro lado da moeda. Ele conheceu a justiça de Deus!. Da mesma forma que ele fizera com os reis derrotados, a tribo de Judá fez com ele a mesma coisa; cortou os seus polegares!. A intenção dessa mutilação era tirá-lo do comando militar para sempre.

Isso impediria que Adoni-Bezeque, pudesse engajar-se em batalhas novamente, visto que os polegares eram necessários para empunhar uma espada, e os dedões dos pés serviam para correr. Dessa maneira, Adoni-Bezeque perderia para sempre a capacidade de lutar e conduzir operações militares. Agora, o opressor estava oprimido!. E o mutilador estava mutilado!.

Por outro lado, a sua mutilação seria um motivo de grande desonra para um líder. Foi então que espantados, ouviram o seu próprio testemunho: Setenta reis a quem eu havia cortados os polegares das suas mãos e dos seus pés, apanhavam migalhas debaixo da minha mesa para comerem; mas assim com eu fiz com eles, DEUS fez comigo.

Mas quem foi Adoni Bezeque?

Foi um dos mais tiranos reis do Antigo Testamento. Era um rei estrategista, dominador, astucioso e possuidor de uma ambição insaciável. Conhecia muito bem a arte militar. Após a morte de Josué, ele foi destronado por Judá, e o seu tempo de horror finalmente teve um fim. Acabaram-se os vexames, as afrontas e as humilhações que eram impostas por ele; fazendo com que os setenta reis vivessem como animais.

Setenta reis – um número tão grande pode até parecer estranho, mas naqueles tempos, na região sul de Canaã, os reis eram bastante numerosos, provavelmente considerava-se que cada governante de uma pequena cidade, ou grande cidade, era chamado de rei, porque tinham poder real naquele aquele lugar.

Em Pv. 26.27 diz que “quem abre uma cova nela cairá”.
E na vida de Adoni-Bezeque cumpriu-se literalmente esse provérbio!. Tudo o que ele plantara ironicamente aos setenta homens nobres, agora colhia no próprio corpo. A humilhação que proporcionou aos setenta homens, agora era a sua própria realidade. Esta palavra serve para a Igreja nos dias de hoje, que parece viver comendo migalhas da mesa, sempre insatisfeitos e envergonhados, e conformados com esta situação. Quando Jesus comissionou os 70, não foi para eles comerem migalhas, mas para viverem o suprimento da mesa de Deus.

A mulher Cananéia, da mesma região de Adoni-Bezeque, clamou por migalhas, mas recebeu o melhor da mesa do Grande Rei. Hoje esta é a promessa para as nossas vidas: - comer na mesa do Rei! Então se levante, sente-se e coma! Esse é o segredo para comer com Jesus a mesa; é estar vivo e viver como os 70 de Jesus, e não como os 70 de Adoni-Bezeque!.

Viva como Igreja, viva em comunhão. Se um dia você aceitou as migalhas que te ofereceram e hoje você está prostrado, levante-se e coma na mesa com o Rei dos reis e Senhor dos senhores!.

À partir de agora começaremos a entrar na mensagem com mais profundidade. E quero chamar a sua atenção para o seguinte fato; não esqueça que Deus nos dotou de individualidade. Nós somos um ser único neste mundo; por mais parecidos que dois irmãos gêmeos possam ser, há algo que os diferencia: as suas impressões digitais.

Se alguém está em Cristo, nova criatura é - isso significa que temos nova identidade em Cristo, uma identidade espiritual. Lamentavelmente, muitos filhos de Deus, tal qual como Adoni-Bezeque, perderam suas digitais, sua identidade e estão deixando o diabo cortar os polegares das mãos e dos pés.

Estão vivendo num mundo totalmente alheio à sua missão, à sua chamada e ao seu ministério. Não honram sua posição na igreja, não fazem nada para o seu crescimento espiritual, causam divisão, não se importam com a sua santidade, não obedecem aos seus pastores, e ainda são fofoqueiros.

Devemos ficar alertas, porque nosso adversário também deseja cortar os nossos polegares “espirituais” a todo custo. Veja o porque!.

O que acontece quando os polegares das mãos do crente são cortados?

Para de ouvir a voz de Deus. Não ouve ninguém e só ele dita as normas. É imaturo nas questões espirituais. Fala que é justo, mas gosta de manipular as pessoas. Gosta de impressionar. Mostra uma falsa espiritualidade. Usa de desonestidade para conseguir o que quer. Seu relacionamento é superficial e falso. Não respeita seus superiores. Não gosta de ser questionado. Suas idéias e opiniões são as melhores. É mandão. Gosta de controlar, dominar, constranger e seduzir. Tem ciúme dos líderes. Quando fala é insuportável. Passa o tempo todo se elogiando.

O que acontece quando os polegares dos pés do crente são cortados?

Mostra um andar desequilibrado. Não segue as orientações do seu pastor. Não faz questão da unção de Deus. Trata os irmãos com inferioridade e desigualdade. Não tem iniciativa nem visão, mas quer ser líder. Não reconhece seu estado de frieza. É cheio de ferida por causa das suas frustrações na igreja. Fica contente quando vê a igreja cheia de crentes anões. Gosta de ser servido, mas não gosta de servir. É avarento e preguiçoso. Tem caráter soberbo. Não gosta de ouvir “não”. Fica se protegendo o tempo todo. Não tem senso de justiça e honestidade. Não quer ser pastoreado. Põe dificuldade no lugar de facilidade. Gosta de igreja morna.

Temos falado de Adoni-Bezeque, um rei cruel, impiedoso e opressor. A sua forma predileta de humilhar consistia em mutilar os dedos polegares das mãos e dos pés. Todavia o nosso foco agora é para alguém mais tirano e cruel que Adoni-Bezeque!. É claro que esse impiedoso ser é conhecido de todos nós. Estamos falando do diabo!.

E é dele que temos que ter muito mais cuidado; afinal essa figura desprezível tem atravessado gerações e gerações com o único intuito de matar, roubar e destruir o povo de Deus. Por isso, devemos ficar atentos para os seus ataques, porque nosso inimigo é mais cruel que Adoni-Bezeque. Ele não deseja só cortar os nossos polegares espirituais, mas sim TODOS OS DEDOS. E tudo começa com o polegar.

O PRIMEIRO DEDO – A ORAÇÃO

A oração é a alavanca que impulsiona a nossa vida para as vitórias. É sem sombra de dúvidas, uma realidade. Nós observamos isso manifestado nos grandes homens de Deus, como por exemplo, Daniel. Mesmo debaixo de um decreto real que impedia a oração à Deus, ele orava três vezes ao dia (Dn.6.10).

E porque não citar o maior exemplo: Jesus que mesmo sendo o Filho de Deus, mantinha intima comunhão com o Pai todos os dias, começando pelo amanhecer (Mc.1.35).

O desejo de Deus para as nossas vidas é que oremos sem cessar (I Ts. 5.17). A oração é a respiração da alma, é a nossa ligação direta com Deus; por isso quando negligenciamos uma vida de oração começamos a decair na vida espiritual.

Se deixarmos isso acontecer, quando menos esperamos, perdemos a nossa primeira digital; a oração. Isso culminará em um caminho aberto para a queda e perda de toda nossa identidade. Sem vida de oração, o crente se encaminha para perder o segundo dedo.

O SEGUNDO DEDO – O DEVOCIONAL (A Leitura da Palavra)

Grandes homens de Deus nos ensinam sobre a importância da vida devocional e da leitura da Palavra de Deus. Paulo exortou Timóteo a persistir na leitura da Palavra (I Tm. 4.13). Lendo a palavra de Deus e guardando-a no nosso coração, iremos evitar o pecado com certeza (Sl.119.11).

A Palavra de Deus tem o poder Divino de penetrar os corações, sondá-los e revelar os pecados ocultos nos corrigindo e nos instruindo (II Tm. 3.16). Sem a leitura da bíblia, e sem ter as leis de Deus no coração, o homem perdeu o segundo dedo, duas digitais e parte em caminho de perder o terceiro dedo.

O TERCEIRO DEDO – A COMUNHÃO

Sem vida de oração e leitura, o crente perde o ânimo, não busca mais orientação de Deus, não tem a direção da Palavra e nem tem mais desejo de ter comunhão; nem com o Pai e nem com os irmãos. Aquele desejo de outrora, que era intenso, que gostava de estar na presença do Pai, desaparece completamente.

E o prazer que tinha outrora de estar na igreja, agora dá lugar a uma apatia de estar num ambiente onde não se buscam e nem falam sobre Deus.

Se antes, já não lia a Palavra, agora sequer ouvem. Não ouvindo, parte para a perda do quarto dedo. A mutilação está quase completa!.

O QUARTO DEDO – A FÉ

A fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus (Rm. 10.17). Estando desiludido completamente, sem orar, sem ler, sem ouvir e sem fé, o homem torna-se presa fácil do inimigo, entregando-se ao mundo. O crente passa a duvidar das promessas e da provisão de Deus, passando a agir pelo impulso e pela carne. Isso o levará à completa perda de sua identidade, pois o crente perde o penúltimo dedo. O seu estado já é de abandono para as coisas de Deus.

O QUINTO DEDO – O TESTEMUNHO

Ao chegar nesse estágio, o crente deixa de resplandecer a luz de Cristo. O crente chega numa triste situação de perder todos os seus valores, toda a sua identidade espiritual. A sua alma já está sepultada. Daí, mistura-se com a multidão, deixando-se levar pelos caminhos do mundo.

Tornou-se um crente fracassado, arruinado e sem testemunho de vida. A sua vida passa a ser semelhante a dos setenta reis; comendo migalhas que caem da mesa do diabo.

Por isso o apóstolo Paulo nos diz em I Co.11.30 – “há muitos fracos e doentes e muitos já dormem”. Vamos aprender com a história de Adoni-Bezeque e lutarmos para não deixarmos que o diabo venha cortar os nossos dedos, e com isso perdermos o nosso galardão.

Conclusão

Deus irá abençoá-lo grandemente durante a leitura dessa mensagem. Sei que estamos vivendo um momento muito especial, pois surge quase diariamente, um número enorme de pregadores com uma capacidade de expressão teológica formidável, homens habilitados a subir nos púlpitos de suas igrejas e a pregar as suas mensagens que nos abalam e nos fazem chorar de emoção.

E a todos eles, desejo que o poder do Espírito Santo revista cada vez mais os seus corações de temor e um desejo ardente de divulgar cada vez mais a grandiosa e poderosa Palavra de Deus.

Digo isso com muita humildade, sem méritos e nenhuma ostentação humana, pois sou uma pedrinha de areia nessa praia. Sou, e sempre serei um servo comprometido com a Palavra de Deus, e dependente da graça do Senhor Jesus.

Peço ao meu Deus, que esta mensagem sirva não só de alerta para as investidas do diabo na vida dos nossos irmãos crente; mas que ela manifeste os caminhos de um Deus que continua sendo o que sempre foi.

Que Deus nos abençoe poderosamente!.

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