Quatro coisas pequenas, porém sábias
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Há quatro coisas na terra que são pequenas, entretanto, são extremamente sábias: As formigas, criaturas sem força, todavia no verão preparam a sua comida; os coelhos, criaturas de pequeno poder, contudo fazem a sua casa nas rochas; os gafanhotos não têm rei, porém todos saem, e em bandos se repartem; a lagartixa apanha-se com as mãos, contudo anda nos palácios dos reis (Provérbios 30:24-28). Nos pequenos frascos, é que encontramos os melhores perfumes, diz o ditado popular. Encontramos grandes tesouros escondidos nas pequenas coisas. Pequenas coisas que, erroneamente, denominamos de normais. O sorriso de uma criança, um abraço de um amigo ou um carinho de alguém que amamos, são pequenos atos e grandes sentimentos que palavras não poderiam expressar sua essência. É exatamente isto que este texto quer nos ensinar. Encontramos pequenos animais e insetos que foram dotados de tamanha sabedoria que mereceu um espaço na Bíblia para demonstrá-la. Pequenas “coisas” que são aptas para ensinar até os maiores sábios da terra. São irracionais, porém, dotados de instintos naturais, peculiares de cada um. A Palavra de Deus nos propõe algo possível, nós, seres humanos, racionais, podemos aprender algumas atitudes que, muitas delas, não são “instintos naturais”, mas sim, uma necessidade para vivermos uma vida de sabedoria. Temos muito que aprender com esses “bichinhos”. Grandes mistérios estão contidos nesta passagem Bíblica e espero que você, leitor, receba esta palavra revelada, em nome de Jesus. 1. As Formigas “As formigas, criaturas sem força, todavia no verão preparam a sua comida;” (Provérbios 30:25) O Formigueiro é algo muito interessante. Vários compartimentos, “guardas por todos os lados”, depósitos de comida, uma organização extraordinária. A sabedoria da formiga consiste, além de sua organização, na sua persistência. “Criaturas sem força” aparentemente, pois, algumas espécies podem carregar um objeto dez vezes mais pesado que o próprio corpo. É por isso que vemos aquelas formiguinhas carregando galhos, de um lado para o outro, e quando uns destes galhos caem, ela persiste, insiste em pega-los de volta. Se desistir de levar, não terá seu alimento para o inverno. Como estamos levando nossas “cargas” do dia-a-dia? Com persistência? Quero dizer para você leitor, que tem falado que seus problemas são maiores do que você possa suportar: - não são, há uma palavra de Deus para você que está desta maneira, Ele não permitirá que esta carga seja mais forte do que a sua estrutura! “Não veio sobre vós tentação, senão humana. E fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis resistir, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar”. (I Coríntios 10:13) Este problema na família, no casamento, no seu trabalho... Não desista de lutar, Deus te dará o escape! Talvez você esteja pensando: “Este problema é mais forte do que eu!”. Não fale assim, Deus não permitiria que isso acontecesse, Ele tem algo ainda melhor para você. “Vinde a mim todos aqueles que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para vossas almas. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. (Mateus 11:28-30) Jesus oferece uma troca entre nosso jugo sofredor e nosso fardo pesado por um jugo suave e um fardo leve. Jesus quer trocar a tristeza do homem pela a alegria do Espírito Santo, Ele quer trocar o choro pelo sorriso, a tempestade pela bonança. Cabe ao homem aceitar essa troca e dar o primeiro passo em direção à sua felicidade. Existem alguns tipos de jugo, prisões ou algemas, que nós mesmos causamos como dívidas, promessas não cumpridas, entre outros embaraços.Existe também o jugo de Satanás que vem para roubar, matar e destruir. Muitos estão presos, com uma carga pesada de vícios, tristezas, depressões e muitos outros males que satanás colocou. Jesus quer tirar esta carga pesada do homem e dar uma leve. Não desista de lutar, Deus está no controle da sua vida e não deixará que você padeça diante das cargas que estejam em suas costas. Outra coisa que observamos nas formigas, é a sua prudência. Trabalha durante o verão e no inverno, tem o seu alimento. A formiga pensa no futuro, agindo no presente. Pesquisas francesas mostram que, o homem coloca 65% de sua capacidade intelectual no passado. Lembra-se de suas dores, suas lutas, decepções e sucessos do passado. Igualmente a mulher de Ló que olhou para trás e se transformou numa estátua de sal, encontramos pessoas estáticas, paradas como estátuas, num tempo que não volta mais. É por isso que encontramos ex-empresários que têm medo de investir outra vez, mulheres que têm medo de se relacionar com alguém novamente e muitos outros casos de pessoas que estão paradas e impossibilitadas de andar, de seguir a diante, com medo do cenário se repetir como foi no passado. Estas mesmas pesquisas mostram que o homem coloca 30% de sua capacidade no futuro. Ansiedade e inquietude tomam conta do coração do homem. É tanta preocupação com o futuro, que se esquece de agir no presente. E por fim, estas pesquisas mostram que o homem investe apenas 5% de sua capacidade no presente. Totalmente fora do contexto Bíblico, onde aprendemos com a formiga, a agir no presente para garantir o futuro. Há pessoas que comem todo o seu alimento no verão e quando chega o inverno, não têm alimento. São aqueles que gastam mais do que ganham, aqueles que não devolvem seus dízimos, são aqueles que podem estudar e não querem, são aqueles que querem aproveitar o tempo presente e esquecem-se do futuro (lembra-se da estória da formiga e da cigarra?). Pensar no futuro, agindo no presente, significa também se preparar para enfrentar os dias de tentações e adversidades. Vejamos como Jesus se preparou para enfrentar o dia da tentação: “Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto, onde por quarenta dias foi tentado pelo diabo. Naqueles dias não comeu coisa alguma, e terminados eles, teve fome.” (Lucas 4:1-2) Três coisas fez Jesus “no verão” (presente) para enfrentar o “inverno” (futuro). 1. Jesus cheio do Espírito Santo. Uma pessoa cheia do Espírito Santo é uma pessoa de oração. Se quisermos prevalecer no momento de “inverno” temos de ter uma vida de oração. Oração é o meio pelo qual temos acesso a Deus. É um diálogo com Deus através do vivo e novo caminho que nos conduz à Sua presença, Jesus Cristo, o caminho, a verdade e a vida. “Orai sem cessar” (I Tessalonicenses 5:17) 2. Foi levado pelo Espírito. Significa que, para enfrentarmos o inverno, precisamos ser guiados pelo Espírito. O povo de Israel, enquanto estavam no deserto em rumo da terra prometida, seguia a nuvem de dia que os protegia do calor do sol e uma coluna de fogo à noite, que iluminava o caminho e aquecia o povo nas noites frias do deserto. É isso mesmo que Jesus quer fazer com aqueles que são guiados pela palavra de Deus: Aquecer no tempo de inverno. 3. Por quarenta dias não comeu coisa alguma. Jesus jejuou. Como a formiga se prepara para o inverno, o crente em Jesus deve se preparar para os momentos de lutas, consagrando sua vida a Deus. Jesus se preparou, por isso venceu a tentação. A sabedoria da formiga consiste em sua força, persistência e preparo. Ela se prepara para o inverno. Muitos cristãos não se preparam para a tentação, não se preparam para as lutas da vida, não se preparam nem para a volta de Cristo. Leia (Mateus 25:1:13). Leia (Provérbios 6:6-8). 2. Os coelhos “Os coelhos, criaturas de pequeno poder, contudo fazem a sua casa nas rochas;” (Provérbios 30:26). A sabedoria dos coelhos, segundo o texto, está em construir suas casas nas rochas. Qual tem sido o alicerce de nossas casas? Portanto todo aquele que ouve estas minhas palavras e as pratica, será semelhante ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha. Desceu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa; contudo, ela não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. Aquele que ouve estas minhas palavras, mas não as cumpre, será comparado ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia. Desceu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos, e deram contra aquela casa, e ela caiu, e foi grande a sua queda. (Mateus 7:24-27) Há lares destruídos por não estarem edificados sobre a rocha. Trabalhei algum tempo na área de engenharia e existe um perigo enorme em uma edificação: quando é construída sem uma boa base. Aparecem trincas, rachaduras e algumas até caem. Não suportam o mau tempo, não suportam os ventos, chuvas, etc. Assim também encontramos, muitas vidas que estão trincadas, outras, rachadas e até mesmo muitas que já caíram. Casamentos rachados, amizades totalmente destruídas, vidas inacabadas, tudo porque um dia alguém edificou estas “casas” na areia, um alicerce inadequado. Vidas alicerçadas sob a influência da novela, dos filmes, das filosofias vãs regidas por satanás e pelo mundo. Que o Senhor tenha misericórdia e livre este povo de cair nas garras do inimigo. Querido leitor, edifique sua vida, sua família, seus sonhos e projetos num alicerce seguro. Jesus é este alicerce. A pedra angular, a pedra de esquina, a rocha inabalável que sustentará toda sua edificação. “Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a principal pedra angular. Nele todo o edifício bem ajustado cresce para templo santo no Senhor”. (Efésios 2:20-21) Se você edificar a sua “casa” em Cristo, mil cairão ao teu lado e dez mil à tua direita, mas você não será atingido! Creia na segurança que Jesus nos dá, é Ele quem nos fortalece, quem nos sustenta e nos capacita para uma vida de vitórias. 3. Os gafanhotos “Os gafanhotos não têm rei, porém todos saem, e em bandos se repartem”. (Provérbios 30:27) Há um fato muito interessante com os gafanhotos. Andam em bandos, nuvens de gafanhotos. Em uma nuvem de gafanhotos pode conter aproximadamente 1 bilhão deles, todos juntos, pois necessitam andar unidos. Voam cerca de 320 quilômetros de distância por dia e descansam até mesmo em geleiras ou oceanos. Sabe como? Um sobre o outro, formando vários blocos. Ah! Como poderíamos imitá-los... A sabedoria dos gafanhotos consiste em andar todos juntos. Encontramos algumas pessoas que não gostam de se relacionar. Deus nos fez pessoas relacionáveis e ninguém pode viver sozinho. Dependemos uns dos outros. “O que vive isolado busca seu próprio desejo; insurge-se contra a verdadeira sabedoria”. (Provérbios 18:1) É necessário expulsarmos este espírito de divisão de nossas vidas, vamos aprender com os gafanhotos e revezarmos, ajudarmos uns aos outros, darmos tempo e atenção ao irmão que está cansado, deprimido, fraco. É mais fácil acusarmos tais irmãos, porém, não é isso que nos ensina a Palavra de Deus. “A religião pura e imaculada para com nosso Deus e Pai é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições, e guardar-se incontaminado do mundo” (Tiago 1:27). Não poderia deixar de citar também umas das mais belas referências Bíblicas sobre o assunto: Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho: se uma cair, o outro levanta seu companheiro. Mas ai do que estiver só, pois, caindo, não haverá quem o levante. Também, se dois dormirem juntos, eles se aquentarão. Mas um só como se aquentará? Se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão. O cordão de três dobras não se quebra tão depressa (Eclesiastes 4:9-12) Muitos não querem andar unidos porque são orgulhosos. Spurgeon diz que existe um tipo de pessoas orgulhosas que desprezam as outras, estão satisfeitas com aquilo que são e não se preocupam com a opinião de outrem. Acredito que faltaram na aula da Escola Bíblica quando a professora leu o Salmo 133:1; ou cochilaram em pleno culto quando o pastor pregou sobre a necessidade de união (todo pastor prega esse assunto); ou então, como loucos, ouvem a Palavra, porém, não a pratica. No livro “Conta outra”, João Soares da Fonseca nos fornece uma estória genial intitulada: “REVOLTA NO HOSPÍCIO?”. Alguém estava visitando as instalações de um hospital psiquiátrico. Por todo os lados os internos passeavam, conversavam, como se nada de extraordinário tivesse acontecido com a saúde de cada um. O visitante ficou impressionado com tudo o que viu. Era a primeira vez na vida que entrava num lugar assim. A certa altura, percebeu a superioridade do número de internos por sobre o de funcionários do hospital. Algo amedrontado, confidenciou aos ouvidos do cicerone a sua preocupação: - Vocês por acaso não têm medo de que eles se revoltem contra vocês? Afinal, percebo que eles são maioria aqui.O cicerone sorriu e acalmou o visitante: - Fique tranqüilo, meu caro. Os loucos jamais se unem! (FONSECA, 1997, p.22) O indivíduo se insere no meio social através dos grupos. Pesquisadores, principalmente na área da psicologia social, dizem que existem dois tipos de grupos, basicamente: Os grupos como uma aglomeração casual de indivíduos Podemos dizer que este tipo de grupo é disperso, imediato e sem compromissos. Um bom exemplo é observarmos as pessoas em uma festa qualquer. Cada um fazendo algo diferente do outro, cada um com uma visão - para uns, a festa está boa, para outros, não - cada um com um objetivo distinto. Este tipo de grupo se encontra circunstancialmente. Os grupos de interesses definidos. Este tipo de grupo tem objetivos claros e definidos, é chamado também de grupo consciente. Temos um bom exemplo também: a igreja. Temos um objetivo claro e definido - servir e adorar a Deus - e somos conscientes do nosso pecado e de que necessitamos da graça e da misericórdia de nosso Senhor e salvador Jesus Cristo. Infelizmente muitos cristãos que são membros de uma igreja, não participam de suas igrejas como um grupo de interesses definidos. Participam de uma igreja com uma visão distorcida do que vem a ser o corpo de Cristo. Pensam que a igreja é um ponto de encontro casual, disperso, sem compromisso, sem definições e o que é pior, um desfile de moda. Não se misturam, são partidários e sentem prazer em formar “grupinhos paralelos” dentro do grupo. É por isso que, hoje em dia, encontramos tantas igrejas formadas por divisões, brigas, desentendimentos, facções, dissensões, pelejas. Evidentemente tudo isso, porém, sem a visão de Deus para a abertura de uma nova obra. São como grupos cujos membros têm interesses individuais e não coletivos. É por isso também que encontramos certos crentes dentro de uma igreja que não são dizimistas e nem ofertantes. A igreja compra terrenos, constrói templos, compra o equipamento de som, veículos, etc., porém, tais indivíduos não tiveram participação alguma no empreendimento da obra de Deus. Precisam aprender com os gafanhotos – todos devem participar – cada um usando o dom que Deus lhe deu. Lembremos de como foi feito o Tabernáculo. Cada um usou o dom que Deus lhes deu e o povo de Israel trabalhou em grupo. (Êxodo 35 e 36) Encontramos tantos outros exemplos maravilhosos, como por exemplo, na história da igreja primitiva. “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações. Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos. Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo a necessidade de cada um. Perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que iam sendo salvos”. (Atos 2:42-47). “Era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns. Os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. Não havia necessitado algum. Pois todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido, e o depositavam aos pés dos apóstolos. E repartia-se a cada um, segundo a sua necessidade.” (Atos 4:32-35) O povo estava unido, a igreja orava e Deus abençoava. Houve um tempo que a igreja orou por Pedro, que estava enclausurado em grandes grilhões e cadeias. O resultado desta união do povo foi que Deus enviou um Anjo que libertou a Pedro sem que os numerosos soldados de Roma percebessem. Poderíamos citar também o cumprimento da promessa de Deus, que derramou sobre os seus seguidores, o Espírito Santo e todos foram batizados. A Bíblia diz que estavam todos reunidos no mesmo lugar. Onde há união do povo, Deus derrama da sua glória e do seu poder. Jesus quer que vivamos em união, que amemos uns aos outros e andemos em sua presença. Tamanha é esta necessidade, que Cristo disse que estaria presente onde duas ou mais pessoas estivessem reunidas em Teu nome. Deus habita no meio do seu povo, A Glória do Senhor é derramada na igreja unida numa só fé, servindo ao único Deus verdadeiro e Santo. Pense um pouco sobre isso, perceba a necessidade que você tem das outras pessoas. Ninguém é feliz sozinho, não há pessoas realizadas se não estiverem bem em seu convívio social. Não conseguiremos agradar a todos, mas, a Bíblia nos ensina que, se possível e se depender de nós, devemos procurar a paz com todos os homens (Romanos 12:18). Marido, você precisa da sua esposa, cuide dela, ame-a conforme diz as Escrituras Sagradas. Mulher cuide de seu marido, dê carinho, respeito e amor. Filhos honrem seus pais, vocês precisam deles. Pais respeitem seus filhos, cuidem deles, vocês também precisam deles. Amigo, cultive a sua amizade com o seu próximo. Que esta lição dos gafanhotos possa nos despertar para a necessidade de buscarmos a paz, apaziguando as fortes ondas da inimizade que submergem os homens à ruína e ao caos. Sabedoria é isso, é andar em união e solidariedade. 4. A lagartixa “... a lagartixa apanha-se com as mãos, contudo anda nos palácios dos reis.” (Provérbios 30:28). Algumas traduções aparecem a palavra aranha e outras, geco. Geco vem dos geconídeos, são trezentas espécies de animais, inclusive as lagartixas. A Bíblia nos mostra que são indefesos, porém, dotados de uma grande sabedoria. Com as mãos podem ser apanhados, mas fazem dos palácios dos reis o seu refúgio. Por dois motivos, basicamente, é que encontramos esses “bichinhos” em nossa casa. O primeiro é porque buscam proteção, pois em outro lugar, seriam presas fáceis para seus predadores. O segundo motivo é que buscam algo para comer. Outros insetos, como os mosquitos e pernilongos, servem de alimentos tanto para a aranha como para as lagartixas. A sua sabedoria consiste em buscar abrigo e alimento em nossas casas. Todo homem que deseja encontrar a sabedoria, deve também buscar abrigo, proteção e alimento no palácio do Rei dos reis e Senhor dos Senhores. É na casa de Deus, a igreja, que encontraremos segurança e alimento para as nossas vidas. Desde os tempos do Antigo Testamento, entrar na casa de Deus significava proteção. Todo homem que fosse perseguido injustamente e conseguisse entrar no tabernáculo e tocasse nas pontas do altar de bronze, receberia a proteção e seu perseguidor não poderia mais importuná-lo. Porém Adonias temeu a Salomão; e levantou-se, e foi, e apegou-se às pontas do altar. E fez-se saber a Salomão, dizendo: Eis que Adonias teme ao rei Salomão; porque eis que apegou-se às pontas do altar, dizendo: Jure-me hoje o rei Salomão que não matará o seu servo à espada. E disse Salomão: Se for homem de bem, nem um de seus cabelos cairá em terra; se, porém, se achar nele maldade, morrerá. E mandou o rei Salomão, e o fizeram descer do altar; e veio, e prostrou-se perante o rei Salomão, e Salomão lhe disse: Vai para tua casa. (I Reis 1:50) Nos momentos de lutas e perseguições, devemos nos esconder debaixo da proteção de Deus. O homem sábio habita na casa do Senhor e Nele busca proteção e amparo. Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará. Direi do SENHOR: Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e nele confiarei. Porque ele te livrará do laço do passarinheiro, e da peste perniciosa. Ele te cobrirá com as suas penas, e debaixo das suas asas te confiarás; a sua verdade será o teu escudo e broquel. Não terás medo do terror de noite nem da seta que voa de dia, Nem da peste que anda na escuridão, nem da mortandade que assola ao meio-dia. Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas não chegará a ti. Somente com os teus olhos contemplarás, e verás a recompensa dos ímpios. Porque tu, ó SENHOR, és o meu refúgio. No Altíssimo fizeste a tua habitação. Nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda. Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos. Eles te sustentarão nas suas mãos, para que não tropeces com o teu pé em pedra. Pisarás o leão e a cobra; calcarás aos pés o filho do leão e a serpente. Porquanto tão encarecidamente me amou, também eu o livrarei; pô-lo-ei em retiro alto, porque conheceu o meu nome. Ele me invocará, e eu lhe responderei; estarei com ele na angústia; dela o retirarei, e o glorificarei. Fartá-lo-ei com longura de dias, e lhe mostrarei a minha salvação. (Salmo 91) Outro aspecto importante nas aranhas ou nas lagartixas é o fato de buscarem alimento no palácio do Rei. O homem que deseja sabedoria sabe onde buscar alimento para sua alma. O alimento é a palavra de Deus, a Bíblia, cujas letras impressas não poderão alimentar o homem enquanto este não deixar estas mesmas palavras serem impressas nas páginas de seu coração e de sua mente. A Bíblia é fonte geradora de fé, é “lâmpada para os nossos pés e luz para o nosso caminho”. E é no templo de Deus, na igreja, que encontramos o ensinamento desta poderosa palavra. “Uma coisa pedi ao SENHOR, e a buscarei: que possa morar na casa do SENHOR todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do SENHOR, e aprender no seu templo” (Salmo 27:4). Moisés entrava na tenda da congregação e Deus o alimentava com a sua palavra; Ana entrou no templo e Deus disse que ela sararia de sua esterilidade e assim foi; Zacarias exercia seu sacerdócio, no templo, quando o Anjo lhe apareceu trazendo um recado da parte de Deus, o qual lhe prometia um filho. Quando adentramos à casa de Deus, recebemos a palavra, o alimento que sustem nossa vida e mata a fome de nossas almas. “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do SENHOR” (Salmo 122:1). Infelizmente o preconceito tem afastado muitos homens de bem da casa do Senhor. As pessoas, muitas vezes, fogem de um convite para participarem de um culto em alguma igreja. De um lado, um povo que ainda não descobriu como é bom cultuar ao Senhor, louvar a Deus e aprender sobre a Sua palavra, a Bíblia. Por outro, encontramos igrejas que, ao invés de atraírem pessoas, afugentam ainda mais com seus discursos e costumes rígidos que alienam as pessoas. Muitos justificam essa alienação como fosse uma prática da santidade. A palavra grega que encontramos na Bíblia que expressa a santidade é “ágios”, ou seja, separado. Santidade não é sinônimo de separação dos bens da terra, da comida, dos conhecimentos seculares ou dos entretenimentos saudáveis que encontramos. Santidade é a separação do pecado, do mundo e uma separação para Deus. Mas, muitas instituições religiosas têm proibido o uso de determinadas roupas, (como calça para mulheres, por exemplo), a prática de esportes, o acesso à Internet e à TV, o estudo em escolas e faculdades e muitas outras proibições que, na verdade nada servem para a santificação, se não para satisfação das vontades de homens que se julgam “santos” através da abstinência de certas atividades. Paulo escreve sobre o assunto de uma maneira bem clara e objetiva: “E digo isto, para que ninguém vos engane com palavras persuasivas” (Colossenses 2:4); “Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo” (Colossenses 2:8); “As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens; As quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade, e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum senão para a satisfação da carne.” (Colossenses 2:22-23). Jesus disse que somos o sal da terra. Como o sal incita a sede, possamos incitar a sede do homem pela fonte de águas vivas, que é Jesus Cristo. Assim como na igreja primitiva (Atos 2:47), nossas igrejas possam cair na graça de todo o povo e que, a cada dia, o Senhor acrescente mais e mais, pessoas que aceitem o dom gratuito de Deus que é a salvação e a vida eterna. O homem deve aprender este princípio de sabedoria com as aranhas ou com as lagartixas. Buscar proteção e alimento na casa do Rei dos reis. Baseado ainda na sabedoria destes dois “bichinhos”, há necessidade de deixar uma palavra para os líderes eclesiásticos, sejam eles de qual for a denominação. Tanto as aranhas, como a lagartixa, têm uma missão de tirar certos insetos e larvas de nossas casas. Assim também é nossa responsabilidade, como obreiros do Senhor, tirar da casa do Rei, alguns insetos que poderíamos chamá-los de “heresias”. Cabe ao líder de uma igreja local, limpar a casa de Deus acerca dos ensinamentos errôneos e absurdos. Hoje, muitos líderes estão encapados em um “kit gospel” e estão se esquecendo de limpar as fábulas, as meninices, os costumes que vêm poluindo a casa de Deus. Não pregam mais a palavra de Deus, a pura revelação do Espírito Santo e se atrevem a inventar novas coreografias da fé, novas unções e táticas para persuadir o povo. Vivemos num tempo onde nos impressiona muito ver tanta ingenuidade do povo a cerca da palavra de Deus, em detrimento às “técnicas da fé” usadas por muitos pastores e líderes. Tais movimentos passam, são modas no meio evangélico que aparecem e desaparecem com o tempo, deixando alguns ricos, e muitos pobres, frustrados e faltos de entendimento. A moda passa, os movimentos e shows passam, as técnicas passam, o “kit gospel” é sempre trocado, mas, a palavra genuína de Deus não passa, não se enfraquece, não sai de moda, não se envelhece e continua abençoando vidas sem causar confusões, atritos e divisões. Ao contrário de muitos “movimentos espirituais”. Cabe ao líder, ao pastor, uma atitude sábia de reter o que é bom, ter certeza do chamado do ministério, aí então, não precisará ser alienado também, copiando, como papagaio, os movimentos e as pregações de outros pastores e líderes. Deus deu um chamado para cada um de nós, façamos como Salomão: Senhor, pedimos sabedoria para dirigir o Teu povo, sabedoria para ensinar a Tua palavra, sabedoria para tirarmos da Tua casa todo ensinamento que não provier das Santas Escrituras. Nossa tarefa é apresentar a verdade de Cristo, o leite não contaminado, o alimento sadio para a alma do homem. Vivemos dias em que o Apostolo Paulo já havia profetizado que seria desta maneira: Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério (II Timóteo 4:3-5) O homem tem perdido seus referenciais e tem andado conforme suas paixões loucas e nocivas. Houve um tempo no qual chamamos de Idade Média, onde a igreja teve uma grande oportunidade de colocar Deus no centro de todas as coisas, como o único e verdadeiro referencial a ser seguido. Porém, infelizmente, a igreja não alcançou tal objetivo, pois se preocupou em tratar com mesura, o nome da instituição religiosa e seus costumes. Destarte, pessoas foram mortas pela “Santa Inquisição”, tudo porque não professavam a mesma fé romana. Lamentavelmente, fora apresentado ao homem, um deus cruel, exclusivista e que fazia acepção de pessoas. Conheceu-se, então, o deus criado pelo homem e não o Deus criador do homem. Houve um outro tempo, o Modernismo, onde fora valorizado o homem, as idéias, a ciência. Porém, algumas teorias caíram em descrédito e perceberam que não era onipotente e sim, passível a mudanças e erros. Neste ínterim, surge o movimento “Pós-moderno”, onde o referencial não existe e cada um segue sua vida, regido por livres pensamentos. O lema deste período é: “Deixa acontecer”, “deixa a vida me levar” e coisas semelhantes a essas. O que estou querendo dizer é que a igreja pode aproveitar este momento e apresentar um novo referencial para a humanidade. Convém que apresentemos Jesus Cristo, o salvador, aquele que morreu na cruz e ressuscitou para oferecer vida eterna para todos aqueles que nele crerem. A igreja não mais poderá perder este intuito, não deve perder mais tempo, mas sim, usar esta palavra poderosa que conduzirá esta geração que está sem rumo. O pensador Silésio disse: “O coração do homem é tão grande que somente Deus pode preenchê-lo”. O mundo precisa conhecer a palavra de Deus. O evangelho simples de Jesus Cristo que, não apenas informa, mas, transforma a vida do homem. Como esses simples bichinhos, que tenhamos atitudes sábias que tenhamos a organização e persistência das formigas; a sabedoria do coelho em construir nossa casa sobre o alicerce seguro da palavra de Deus; que possamos viver unidos como os gafanhotos, um ajudando o outro e que possamos, como a lagartixa e a aranha, buscar alimento e proteção na presença de Deus. |
segunda-feira, 11 de julho de 2016
Quatro coisas pequenas, porém sábias
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