segunda-feira, 5 de outubro de 2015

JESUS CRISTO A MARAVILHOSA GRAÇA DE DEUS

JESUS CRISTO A MARAVILHOSA GRAÇA DE DEUS


Decifrar a graça, como um todo, é um grande desafio, desde seu conceito até o seu alcance, sua força e seus aparentes dilemas. Por outro lado, é maravilhoso perceber como Deus nos ama inefavelmente. Isso é graça. Um favor imerecido da parte de Deus, que permite ao homem existir (comum) e, por outro lado, abre-nos o caminho para nos relacionarmos com Ele (especial). a Graça é um presente inefável, que justifica o injustificável, que salva o odioso, que perdoa o imperdoável e dá vida ao moribundo. Jesus é a graça de Deus!
“Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens”(Tt 2.11)


O conceito e os contornos sobre a graça de Deus são, realmente, muito importantes, pois ela é a base da nossa salvação: “Pela graça sois salvos…” (Ef 2.8). A graça é uma peculiaridade do Cristianismo. Não existe em nenhum outro credo religioso. Somente com o sacrifício do Redentor é possível justificar o homem, sem antes matá-lo. A graça de Deus nos salva da morte, nos livra do pecado, e nos confere a condição de servos de Deus, assumindo a nossa fraqueza.
Definição:
Graça é concessão de bondade a alguém que não tinha direito. (Favor imerecido) 
“Nós não tínhamos direito à vida eterna, mas Deus através de seu filho Jesus, nos concedeu.” 


No grego é charis. A palavra traduzida por “graça” envolve muitos sentidos. Significa graciosidade, atrativos, favor, cuidados ou ajuda graciosa, boa vontade (ver Atos 11:2; Rom. 3.24 e Gál. 1:15), saudação nas cartas, bênção expressa no fim das mesmas ou o desejo de bem-estar acerca dos leitores dessas cartas. Isso ocorre em todas as epístolas de Paulo, aparecendo ali os significados de aplicação prática da boa vontade, favor, dom gracioso, bênção graciosa (ver II Cor. 8:4,6 e 19); favor divino e gratuito. Deus é o Deus de toda a graça (ver I Ped. 5:10; I Cor. 1:4 e II Cor. 4:15) pelo que esse vocábulo também indica os efeitos produzidos pelo modo gracioso como Deus trata com os homens e também o sentimento de gratidão.
A Graça de Deus:
Paulo declarou firmemente que graça é dada por Deus (cp. Rm 15.15; ICo 1.3; 3.10; 15.10, etc.), e de forma alguma insuficiente (Rm 3.24; 5.20; 2Co 4.15; 9.8,14; 12.9; Ef 1.7; 2.7; ITm 1.14). A graça de Deus é, para Paulo, “radiante sificiência” de Deus. A frase “a graça de Deus”, “significa o amor generoso ou o dom de Deus pelo qual, em Cristo, a salvação é concedida ao homem e um novo mundo de bênçãos se abre” (Manson, op. cit. pág. 43).


A graça de Deus nos é manifestada em Jesus Cristo através do seu sacrifício na cruz do calvário.
A graça de Deus só pode ser encontrada no Cristianismo genuíno. Em nenhum outro lugar, há a ideia de ser beneficiado por Deus, sem fazer absolutamente nada. Se alguém buscar os dogmas de quaisquer outras religiões, encontrara sempre uma relação de mérito para conseguir bênçãos. No Cristianismo, porém, a salvação é dada gratuitamente, isto é, “não pelas obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2.9). O evangelho da graça justifica quem errou e condena o homem sem fé. mesmo que ele tenha boas obras.


Graça comum:
A. Introdução e definição
Quando Adão e Eva pecaram, tornaram-se réus da punição eterna e da separação de Deus (Gênesis 2:17). Do mesmo modo, hoje, quando os seres humanos pecam, eles se tornam sujeito à ira de Deus e à punição eterna: “o salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23). Isso significa que, uma vez que as pessoas pecam, a justiça de Deus requer somente uma coisa — que elas sejam eternamente separadas de Deus, alienadas da possibilidade de experimentar qualquer bem da parte dele, e que elas existam para sempre no inferno, recebendo eternamente apenas a Sua ira. De fato, isso foi o que aconteceu aos anjos que pecaram e poderia ter acontecido exatamente conosco também: “Pois Deus não poupou aos anjos que pecaram, mas os lançou no inferno, prendendo-os em abismos tenebrosos a fim de serem reservados para o juízo” (2 Pedro 2:4).
 
Mas, de fato, Adão e Eva não morreram imediatamente (embora a sentença de morte começasse a ser aplicada na vida deles no dia em que pecaram). A execução plena da sentença de morte foi retardada por muitos anos. Além disso, milhões de seus descendentes até o dia de hoje não morrem nem vão para o inferno tão logo pecam, mas continuam a viver por muitos anos, desfrutando bênçãos incontáveis nesta vida. Como pode ser isso? Como Deus pode continuar a conferir bênçãos a pecadores que merecem somente a morte — não somente aos que finalmente serão salvos, mas também a milhões que nunca serão salvos, cujos pecados nunca serão perdoados?
 
A respostas a essas perguntas é que Deus concede-lhes graça comum. Podemos definir graça comum da seguinte maneira: Graça comum é a graça de Deus pela qual Ele dá às pessoas bênçãos inumeráveis que não são parte da salvação. A palavra comum aqui significa algo que é dado a todos os homens e não é restrito aos crentes ou aos eleitos somente.
 
B. Razões para a graça comum
 
Por que Deus concede graça comum a pessoas imerecedoras que nunca virão à salvação? Podemos sugerir ao menos quatro razões.
1. Para redimir os que serão salvos. Pedro diz que o dia do juízo e da execução final de punição está sendo retardado porque há ainda mais pessoas que serão salvas. “O Senhor não demora em cumprir a sua promessa, como julgam alguns. Ao contrário, ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento.” (2 Pedro 3:9,10). De fato, essa razão foi verdadeira desde o princípio da história humana, pois, se Deus quisesse salvar qualquer pessoa entre todos que compõem a humanidade pecaminosa, Ele não poderia destruir todos os pecadores imediatamente (nesse caso não sobraria ninguém da raça humana). Ao contrário, Ele resolveu permitir que seres humanos pecaminosos vivessem algum tempo de modo a ter uma oportunidade de arrependimento e também para que pudessem gerar filhos, capacitando gerações subseqüentes a viver, a ouvir o evangelho e se arrepender.
 
2. Para demonstrar a bondade e a misericórdia de Deus. A bondade e a misericórdia de Deus não são vistas somente na salvação dos crentes, mas também nas bênçãos que Deus dá aos pecadores que não as merecem. Quando Deus “é bondoso para com os ingratos e maus” (Lucas 6:35), essa bondade é revelada no universo, para a Sua glória. Davi diz: “O Senhor é bom para todos; a sua compaixão alcança todas as suas criaturas” (Salmos 145:9). Na história de Jesus conversando com o moço rico, lemos: “Jesus olhou para ele e o amou” (Marcos 10:21), embora o homem fosse um descrente que no mesmo instante afastou-se de Jesus porque possuía muitas riquezas. Berkhof diz que Deus “derrama incontáveis bênçãos sobre todos os homens e também indica claramente que elas são expressões de uma disposição favorável de Deus que, contudo, fica muito aquém da volição positiva exercida para lhes perdoar, suspender a sentença a eles imposta e assegurar-lhes a salvação”.
 
Não é injusto Deus retratar a execução da punição do pecado e dar temporariamente bênçãos aos seres humanos, porque a punição não é esquecida, mas apenas retardada. Retardando a punição, Deus mostra claramente que não tem prazer em executar o juízo final, mas, ao contrário, Ele se deleita na salvação de homens e mulheres. “Juro pela minha vida, palavra do Soberano, o SENHOR, que não tenho prazer na morte dos ímpios, antes tenho prazer em que eles se desviem dos seus caminhos e vivam” (Ezequiel 33:11). Deus “deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” (1 Timóteo 2:4). Em tudo isso o tempo de espera da punição dá uma evidência clara da misericórdia, bondade e amor de Deus.
 
3. Para demonstrar a justiça de Deus. Quando repetidamente Deus convida os pecadores a virem à fé e repetidamente eles recusam os Seus convites, a justiça de Deus em condená-los é vista muito mais claramente. Paulo adverte que quem persiste na incredulidade está simplesmente acumulando a ira para si mesmo: “Contudo, por causa da teimosia e do seu coração obstinado, você está acumulando ira contra si mesmo, para o dia da ira de Deus, quando se revelará o seu justo julgamento” (Romanos 2:5). No dia do juízo todas as bocas serão silenciadas (Romanos 3:19), e ninguém será capaz de contrapor que Deus foi injusto.
 
4. Para demonstrar a glória de Deus. Finalmente, a glória de Deus é mostrada de muitas formas pelas atividades dos seres humanos em todas as áreas nas quais a graça comum está em operação. No desenvolvimento e no exercício do domínio sobre a terra, homens e mulheres demonstram e refletem a sabedoria do seu Criador, comprovam as qualidades dadas por Deus, as virtudes morais e a autoridade sobre o universo, e coisas semelhantes. Embora todas essas atividades sejam contaminadas por motivos pecaminosos, elas apesar disso refletem a excelência de nosso Criador e, portanto, trazem a glória a Ele, não de forma plena e perfeita, mas ainda assim significativa.
 
Graça especial (salvadora):
É o favor imerecido de Deus, que emana do sacrifício de Jesus na cruz do Calvário. Por ela, Deus salva e justifica o pecador, tornando-o filho de Deus (Jo 1.12; Ef 2.8,9). A graça, quando absorvida, também nos faz morrer e ressuscitar com o Redentor (Rm 6.3-5) e então passamos a ter uma vida. Assim, libertos da escravidão do pecado, pela graça especial concedida por Deus, não teremos mais, sobre nós, o poder do pecado; ou seja, o pecado não nos dominará (Rm 6.14). Essa graça nos “fez agradáveis a si {Deus} no Amado {Jesus}” (Ef 1.6). Ou seja, não nos tornamos agradáveis a Deus por nossos méritos, mas pela graça de Jesus, o nosso Amado Salvador. Por tal motivo, não existem diferentes graduações do amor de Deus pelos homens. O Senhor nos ama igual, profunda e extraordinariamente, por causa de Cristo. O mais fraco dos discípulos é tão agradável a Deus como aquele que é o mais espiritual. A graça não faz acepção de pessoas (At 10.34)
A.Graça e Justificação.
Paulo começa sua exposição sobre a justificação referindo-se à “graça de Deus como um presente” (Rm 3.24 RSV). Ser declarado justo diante de Deus em virtude da nossa aceitação em Cristo é algo que depende completamente da compaixão espontânea de Deus.
As bases da nossa justificação são declaradas de modo variado (cp. Rm 5.9,18,19; ICo 6.11). Embora justificação seja baseada na obra mediadora objetiva de Cristo em favor da humanidade, o canal pelo qual este ato salvador toma-se eficaz na experiência humana é a “fé”. Fé é a causa instrumental, não a formal: e tem o significado de uma viva confiança pessoal em uma redenção perfeita e em um Salvador presente. O esquema resumido da salvação é, então, “pela graça… por meio da fé” (Ef 2.8). A graça aponta para a fonte suprema do ato de Deus de justificar o pecador mediante sua absoluta boa vontade e misericórdia. A fé, como resposta do homem ao ato de Deus em Cristo, é uma obra divina em nós—ela mesma um presente gracioso e gratuito de Deus. Do início até o final a justificação do pecador é uma questão da graça: “E se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça” (Rm 11.6).


Paulo vê “a abundância da graça e do dom da justiça” (5.17), como maiores e mais poderosos que a corrupção original da natureza mesmo quando as manchas adicionadas dos atos pecaminosos atuais são levadas em conta, pois “onde o pecado abundou, superabundou a graça.” E a graça reina através da justiça para a vida eterna por meio de Cristo nosso Senhor (5.21; cp. Tt 3.5). Isso não permite qualquer idéia de “graça barata” (Bonhoeffer). Paulo não admitirá a perversão da livre generosidade gratuita de Deus em uma direção antinomiana (Cp. Rm 6.1 s.; Jd 4). Ele insiste, antes, que a graça de Deus, que apareceu para a salvação de todos os homens, os instrui a renunciar as paixões pecaminosas e a esperar “a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e nosso Salvador Cristo Jesus” (Tt 2.11-14). Em vez de pecar “para que a graça abunde”, o crente é chamado a “crescer na graça.”


A experiência de Paulo tinha lhe ensinado que Deus dá e perdoa. Ele estava certo de que “tudo é da graça” — aqui está a soberania da graça. Essa era a lógica do seu próprio sentido de ser dominado pela misericórdia de Deus. O Evangelho que ele recebeu e pregava, o ensinava que a fé não era algo restringido a seu próprio povo segundo a carne; e fé era, ele sabia, a resposta do homem mediante a ação da graça à iniciativa de Deus. Se a fé não estava limitada a Israel nem graça o poderia estar. Dessa forma, ele estava seguro de que a “graça é para todos” — aqui está a amplitude da graça.


Em nenhum lugar Paulo afirma que graça é dada a todos os homens. Em Romanos (3.22-24; 5.17s.) e Tito (2.11), a palavra “todos” certamente é encontrada. Em cada caso ela é claramente limitada pela referência ao contexto imediato. Na primeira passagem (Rm 3.23) “todos” significa “todos os homens” em um parêntese acerca dos pecadores. A declaração de que “eles são justificados pela graça como um presente” (RSV), aponta “para todos os que crêem” no v. 22. No cap. 5, a “graça sobre todos os homens, para a justificação que dá vida” (v. 18) deve ser lido em conexão com a segurança que “… os que recebem a abundância da graça e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, a saber, Jesus Cristo” (v.17). A RSV traduz Tito 2.11, “a graça de Deus se manifestou para a salvação de todos os homens”; isso também poderia facilmente levar a uma conclusão universalista, se isolada da tendência total do NT. A tradução preferível é: “Porque a graça de Deus se manifestou a todos os homens, trazendo salvação”. Nessas três passagens, então, o máximo que poderia ser concluído é que salvação é oferecida a todos os homens: em nenhuma delas é declarado que todos os homens são salvos.
Versículos interessantes sobre graça:
Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. (Efésios 2.8)


E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. (2 Coríntios 12.9)


Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo; pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de Deus. (Romanos 5.1-2)


Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça seja mais abundante? De modo nenhum! Nós que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?. (Romanos 6.1-2)


Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, más debaixo da graça. (Romanos 6.14)


Pois quê? pecaremos porque não estamos debaixo da lei, más debaixo da graça? de modo nenhum! (Romanos 6.15)
Veio porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça; para que, assim como pecado reinou na morte, também agraça reinasse pela justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo, nosso Senhor.(Romanos 5.20-21)


E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. (João 1.14)



E todos nós recebemos da sua plenitude, com graça sobre graça(João 1.16)


Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo. (João 1.17)


Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus. (Romanos 3.24)


Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus. (2 Timóteo 2.1)


Mas cremos que seremos salvos pela graça do Senhor Jesus Cristo, como eles também. (Atos dos Apóstolos 15.11)

Conclusão:
Como vimos, a humanidade, pela sua rebeldia, deveria, com base no rigor da lei de Deus, ser punida com o extermínio, isto é, deixar de existir. Deus, porém, nos perdoou, graciosamente, por nosso pecado indesculpável. Essa noção deve permear todo o nosso relacionamento com o Criador. Jesus disse a Paulo que a graça era tudo que ele precisava (2 Co 12.9). Que presente extraordinário! Em gratidão a Deus, por tão grande amor, devemos usar o dom da vida para servi-lo

Nenhum comentário:

Postar um comentário