segunda-feira, 26 de outubro de 2015

“QUEM TIRA OS OLHOS DE JESUS, AFUNDA”

“QUEM TIRA OS OLHOS DE JESUS, AFUNDA” 

LEITURA BÍBLICA: “Mas, sentindo o vento forte, teve medo; e, começando a ir para o fundo (afundar), clamou, dizendo: Senhor, salva-me!” (Mateus 14:30).

SÍNTESE BÍBLICA: Quando Jesus mandou Pedro andar sobre as aguas e ele afundou, Jesus disse que ele era um homem de pouca fé! Se eu tiver fé suficiente eu consigo caminhar sobre as aguas? Por que Pedro afundou? O que foi que saiu errado, se ele estava convicto o suficiente para descer do barco em pleno mar, sem pensar duas vezes? De repente, Pedro desviou o olhar da direção onde estava Jesus, a única certeza que ele tinha de estar seguro." Sabe, amados, é exatamente isso que tem acontecido com muitas pessoas nos dias de hoje, nos momentos de “perigos da vida”, eles tiram os olhos de JESUS, e “quem tira os olhos de Jesus afunda”.

Andar sobre as águas, é algo humanamente falando, impossível, mas ele usou a fé, confiou em Jesus, quando ele afundou, parou de pensar e agir através da fé. É como se ele tivesse pensado: "Ei, eu tó andando por cima da água, isso é impossível", a dúvida entrou, deixou a fé de lado, e pensou na naturalidade e nas limitações. Lhe faltou a fé. A CERTEZA de que poderia fazer isso. Quando a dúvida entra, neutraliza qualquer tipo de fé e impede aquilo que era para ter acontecido. O vento e tudo que estava acontecendo para fazer com que se distraísse, são as adversidades de hoje. Jesus disse: "Homem de pequena fé, por que duvidaste?". A fé é certeza das coisas que se esperam, a convicção de fatos que não se vêem" (Hebreus 11:1).

A luz da Bíblia, por que o discípulo Pedro afundou?

Quando lemos esse texto parece que nos passa uma cena de um filme do que aconteceu naquele momento. Jesus mandou que seus discípulos fossem adiante dele para o outro lado do Mar da Galiléia. Então, o Mestre despediu a multidão e foi ao monte orar (Mateus 14:22). Em princípio, esta não seria uma situação complicada para os 12, porque alguns deles eram pescadores experientes e sabiam navegar muito bem. Além disso, a visibilidade era boa, pois o dia ainda estava claro. Certamente, poderiam atravessar o mar sem que Jesus estivesse com eles.
O início da viagem parece ter sido tranqüilo. Contudo, o tempo passou e a tarde chegou (14:23). De repente, começou uma ventania e o mar ficou bravo (14:24). A noite caiu e eles não conseguiam chegar ao outro lado. Já estavam no meio do mar, mas o vento contrário não os deixava avançar.

Viram-se então em apuros, em perigo, correndo risco de naufrágio e mor De repente naquele estado de insegurança, o que eles vêem? Simplesmente um homem andando por sobre o mar. Já estavam inseguros, com medo e de repente visualizam uma cena daquela... Qual a primeira reação? Os gritos de que era um Fantasma.
Naquela agitação toda Jesus logo lhes fala que era Ele e que não era para eles ficarem com medo. Pedro quando vê que era Jesus lhe fala que se realmente era o Senhor, que também o fizesse andar por cima das águas para encontrá-lo.

Podemos comparar esta cena às nossas vidas ou algum momento vivido. Temos tantos alvos, propósitos, objetivos. Queremos chegar a algum lugar, alcançar a concretização dos nossos sonhos e projetos. No primeiro momento, pensamos que conseguiremos sozinhos, por conta própria. Afinal, somos fortes, capazes e experientes. Sabemos aonde vamos. Conhecemos a rota, os remos, as velas e a maré. Entretanto, o tempo passa e a tempestade vem. A noite chega e os ventos se tornam contrários. Os impedimentos se multiplicam e muitas forças querem nos impelir na contramão dos nossos planos. Quando procuramos a ajuda dos nossos amigos, vemos que todos estão no mesmo barco e na mesma dificuldade.

No meio do mar revolto, os discípulos perderam o controle da embarcação, que era arremessada pelas ondas de um lado para o outro. Porém, o texto nos diz que, na quarta vigília da noite, depois das 3 horas da madrugada, Jesus foi até eles (Mt 14:25). O Mestre não os abandonou. Vemos naquele versículo a manifestação da misericórdia divina. Todavia, eles podem ter questionado: por quê Jesus demorou tanto? Nossa idéia de tempo é diferente da idéia que Deus tem. Afinal, ele vive na eternidade. Nós vivemos na ansiedade. Queremos tudo imediatamente. Esperar é um sacrifício, principalmente para o homem moderno. Muitas vezes, Deus não nos socorre imediatamente porque ele tem um propósito nisso. É o tempo necessário para valorizarmos mais a sua presença, clamando pelo seu nome em oração. Enquanto isso, esgotam-se as nossas forças, nossos recursos e nossa auto-confiança. Somos desafiados a crer somente nele.

Jesus vem ao encontro daqueles que estão no meio da tempestade, perdidos, amedrontados ou até desesperados. Muitos momentos da vida se parecem com aquela situação dos discípulos. A tormenta de cada um pode ser o conflito conjugal, a separação, a solidão, a enfermidade, o desemprego, o aperto financeiro, a falência, etc. Nesse momento difícil, é preciso erguer os olhos e ver Jesus (14:26). Ele é a nossa única esperança.
Cristo vinha andando sobre o mar, pisando sobre aquilo que os discípulos temiam. Ele é soberano, domina sobre todas as coisas e supera todas as nossas expectativas. Os discípulos o viram, mas não o reconheceram. Jesus então lhes disse: “Tende bom ânimo. Sou eu. Não temais.” (14:27). Eles estavam amedrontados e desanimados, mas o Senhor lhes trouxe a sua palavra para encorajar, erguer e animar. Ainda hoje, este é o efeito da palavra de Deus sobre nós.

Pedro, o mais atirado do grupo, disse a Cristo: “Senhor, se és tu, manda-me ir ter contigo por cima das águas” (14:28). E ele lhe disse: “Vem” (14:29). Jesus veio até nós, mas nós também precisamos ir até ele, ou seja, ele nos socorre, mas nós precisamos crer e aceitar a sua ajuda. Não vamos esperar que ele resolva tudo sem o nosso conhecimento ou sem a nossa participação. Pedro precisou sair do barco e caminhar até o Mestre.
Apesar de toda a complexidade da situação, os discípulos ainda confiavam no barco. Precisavam confiar apenas em Jesus. O barco é aquele último recurso terreno que nos impede de caminhar com o Senhor. Precisamos descer, renunciando àquilo que nos prende.

Pedro desceu, mas 11 discípulos continuaram a bordo. A maioria não foi tão longe. Todos queriam o Mestre, mas não estavam dispostos a correr grandes riscos para se aproximarem dele. As maiores experiências com Deus estão reservadas para aqueles que são mais ousados. Isto não significa fazer qualquer loucura, mas apenas atender à palavra de Deus, saindo da zona de conforto e indo além dos limites humanos. Pedro ouviu a voz do Mestre dizendo: “Vem”. Sobre a palavra de Jesus, Pedro depositou sua fé. Além de crer, ele também agiu. Temos então: palavra, fé e ação. O resultado é o milagre.
Aos olhos humanos, a ação de Pedro era um suicídio, perda total, o fim. Contudo, aquele ato de fé era o início de uma jornada extraordinária.

Jesus não arrancou Pedro do barco. Ele precisou demonstrar o exercício de sua própria vontade ao descer e caminhar. Era uma questão de escolha, decisão e iniciativa. Da mesma forma, Jesus continua chamando a muitos. Ele diz: “Vem”. Ele nos chama para uma vida sobrenatural, para andar sobre as águas. Pedro andou (14:29). Ali aconteceu o imprevisível, improvável e impossível. Pedro encontrou segurança e firmeza no meio da instabilidade. Se você crê em Jesus, o impossível pode acontecer. Deus pode trazer soluções inimagináveis. Contudo, isto não se concretiza simplesmente a partir da nossa vontade, embora possamos pedir, como Pedro fez.

Conclusão. O fator determinante é uma palavra de Jesus a nosso favor. Se cremos na palavra de Deus e agimos de acordo com ela, em obediência, o sobrenatural acontece. Essa situação só vai ser resolvida depois que os propósitos de Deus forem concretizados na sua vida e na vida daqueles a quem Deus quer transformar! Não se importe com as circunstâncias, se importe em buscar a Presença do Senhor, confia n’Ele e o mais, Ele tudo fará.

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