segunda-feira, 6 de junho de 2016

AS 7 CARTAS - 4ª "TIATIRA"

AS 7 CARTAS - 4ª "TIATIRA"
 
4ª CARTA A IGREJA DE TIATIRA

A mensagem de Jesus à Igreja de Tiatira (Ap 2.18-29)

Tiatira era sede de vários grêmios importantes de comércio (lã, couro, linho, bronze, tintureiros, alfaiates, vendedores de púrpura).

Uma dessas corporações vendiam vestimentas de púrpura e é provável queLídia fosse uma representante dessa corporação em Filipos (At 16.14). Esses grêmios tinham fins tanto de mútua proteção e benefício como social e recreativo.
Seria quase impossível ser comerciante em Tiatira sem fazer parte desses grêmios. Não participar era uma espécie de suicídio comercial. Era perder as esperanças de prosperidade.
Cada grêmio tinha sua divindade tutelar.  Nessas reuniões, havia banquetes com comida sacrificada aos ídolos e que acabavam depois em festas cheias de licenciosidade. E esse era o problema de Tiatira: não havia perseguição; o perigo estava dentro da Igreja.
O que os cristãos deviam fazer nessas circunstâncias: transigir ou progredir? Manter a consciência pura ou entrar no esquema para não perder dinheiro? Ser santo ou ser esperto? Qual é a posição do cristão: se sair do grêmio, perde sua posição, reputação e lucro financeiro. Se permanecer nessas festas, nega a Jesus. Nessa situação Jezabel fingiu saber a solução. Disse ela: para vencer ao adversário é preciso conhecer as coisas profundas do adversário.
O falso ensino de Jezabel enfatizava que não se pode vencer o pecado sem conhecer profundamente o pecado pela experiência.
É dentro dessa cultura que está à Igreja de Tiatira. Era uma Igreja forte, crescente. Aos olhos de qualquer observador parecia ser uma Igreja vibrante, amorosa, cheia de muitas pessoas. Agora, observaremos como Jesus vê essaIgreja:
Em primeiro lugar, Jesus se apresenta como aquele que conhece profundamente a Igreja (Ap 2.18,23). Ele não apenas está no meio dos candelabros(Ap 1.16), Ele também anda no meio dos candelabros (Ap 2.1). Ele conhece as obras da Igreja (Ap 2.19), as tribulações da Igreja (Ap 2.9), bem como, o lugar em que a Igreja está (Ap 2.13). Seus olhos são como chama de fogo (Ap 2.18).Ele vê tudo, conhece tudo e sonda a todos. Nada escapa a seu conhecimento. Ele conhece as obras (Ap 2.19) e também as intenções (Ap 2.23).
Cristo apresenta-se assim porque muitas práticas vis estavam sendo toleradas secretamente dentro daIgreja. Mas ninguém pode esconder-se do olhar penetrante e onisciente de Jesus. Pedro não pôde apagar de sua memória o olhar penetrante de Jesus( dois olhares que se cruzaramtal o de um “encarcerado”(que estava internamente livre “JESUS”) com um “livre” (que estava internamente encarcerado”PEDRO”). Um que estava vivo e prestes a morrer e outro que estava “morto”(espiritualmente “PEDRO”) e prestes a ganhar vida e vida em abundância, pela Graça Redentora. Oh! Que maravilha!
Jesus se apresenta como aquele que reconhece e elogia as marcas positivas da Igreja (Ap 2.19). A Igrejaera operosa. Havia trabalho, labor, agenda cheia. A Igreja era marcada por amor. Ela possuía a maior das virtudes, o amor. O que faltava em Éfeso havia em Tiatira. A Igreja era marcada por fé. Havia confiança em Deus. A Igreja era marcada pela perseverança ou paciência triunfadora. Ela passava pelas provas com firmeza. Finalmente, a Igreja estava em franco progresso espiritual. Suas últimas obras eram mais numerosas que as primeiras. Essas marcas eram do remanescente fiel e não da totalidade dos membros.
 
Uma Igreja tolerante ao pecado
sob a reprovação de Jesus 

Destacamos em primeiro lugar, que antes de Jesus reprovar a falsa profetisa, ele reprova a Igreja (Ap 2.20). A Igreja de Tiatira estava crescendo (Ap 2.19),por isso, o adversário procura corromper seu interior, em vez de atacá-la de fora para dentro.
Jesus reprova a Igreja por ser tolerante com o falso ensino e com a falsa moralidade. Enquanto Éfeso não podia suportar os homens maus e os falsos ensinos,
Tiatira tolerava uma falsa profetisa, chamada Jezabel. Essa falsa profetisa estava exercendo uma influência tão nefasta na Igreja como Jezabel tinha exercido em Israel. O nome Jezabel significa puro, mas sua vida e conduta negavam seu nome. Foi Jezabel quem introduziu em Israel o culto pagão a Baal e misturou religião com prostituição. Ela não só perseguiu os profetas de Deus, mas também promoveu o paganismo.
A segunda Jezabel estava induzindo os servos de Deus ao pecado. Pregava que os pecados da carne podiam ser livremente tolerados. A liberdade que ela pregava era uma verdadeira escravidão.
A tolerância da Igreja com o falso ensino provocava a ira de Jesus. A Igrejaabriu as portas para essa mulher. Ela subia ao púlpito da Igreja, exercia a função de profetiza na Igreja e induzia os crentes ao pecado. A Igreja não tinha pulso para desmascará-la e enfrentá-la.
Uma planta venenosa estava crescendo naquele precioso canteiro, chamado Igrejade Tiatira.  Naquele corpo saudável, um câncer maligno começou a formar-se. Um inimigo está encontrando guarida no meio da comunidade. Havia transigência moral dentro da Igreja. Aqui não é o lobo que veio de fora, mas o lobo que estava enrustido dentro da Igreja.
Jesus denunciou de igual forma, a falsa moralidade. A proposta de Jezabel era oferecer uma nova versão do cristianismo, um cristianismo liberal, sem regras, sem proibições. Ela queria modificar o cristianismo para se adaptar à moralidade do mundo. Ela ensinava uma prática ecumênica com o paganismo. 
Uma Igreja confrontada por Jesus,
tendo a oportunidade de arrepender-se

Antes de Jesus tratar a Igreja com juízo, ele a confronta em misericórdia(Ap 2.21). Deus é paciente e longânimo. Ele não tem prazer na morte do ímpio. Ele não quer que ninguém se perca. Ele chama a todos ao arrependimento. Ele dá tempo para que o pecador se arrependa. Cada dia é um tempo de Graça, é uma oportunidade de se voltar para Deus. As portas da Graça estão abertas. Os braços de Deus estão estendidos para oferecer perdão.
Em segundo lugar, antes de Jesus tratar a Igreja com juízo, a confronta com a disciplina (Ap 2.22). A disciplina é um ato de amor. Jesus traz o sofrimento. Ele transfomou o leito do adultério no leito do sofrimento. O leito da prostituição torna-se leito da doença terminal. Ele transformou o prazer do pecado em chicote de disciplina. Ele está usando todos os recursos para levar o faltoso ao arrependimento.
Em terceiro lugar, a falta de arrpendimento implica necessariamente aplicação do juízo (Ap 2.19,22,23). Jezabel não quis se arrepender. Ela desprezou o tempo de sua oportunidade. Ela fechou a porta da Graça com suas próprias mãos. Ela calcou com os pés o Sangue purificador de Cristo. Ela zombou da paciência do Cordeiro. Agora, ela e seus seguidores são castigados com a doença, com grande tribulação e com a morte (Ap 2.22,23). O salário do pecado é a morte. O pecado é doce ao paladar, mas amargo no estômago. O pecado é uma fraude, oferece prazer e traz desgosto. O adversário é um estelionatário, promete vida e paga com a morte. 
Uma Igreja encorajada a ser fiel até o fim
a despeito da apostasia de outros

É possível manter-se firme na doutrina mesmo quando outros se desviam (Ap 2.24). Alguns membros da Igreja não apenas tinham tolerado o ensino e as práticas imorais de Jezabel, mas também estavam seguindo seus ensinos para sua própria destruição. No entanto, havia na Igreja, um remanescente fiel. Cristo diz que esses de fato são livres. O jugo de Cristo é suave e leve. Os mandamentos de Deus não são penosos. Não são fardos. Ser crente é ser verdadeiramente livre.
Em segundo lugar, é possível manter-se puro na conduta mesmo quando outros se corrompem (Ap 2.24). Alguns crentes de Tiatira tinham-se curvado aos ensinos pervertidos de Jezabel e iam aos templos pagãos para comer carne sacrificada aos ídolos. Também participavam das festas cheias de licenciosidade. Buscavam conhecer as coisas profundas do adversário. E assim se corromperam moralmente. Todavia, havia nessa mesma igreja, irmãos que buscavam a santificação. A santidade de vida e de caráter é uma marca da Igreja verdadeira. A santidade não é apenas a vontade de Deus, mas seu propósito. Deus nos escolheu para sermos santos (Ef 1.4). Só os puros de coração verão a Deus (Mt 5.8). Sem santificação, ninguém verá o Senhor (Hb 12.14). Eles se apartavam do mal e viviam em novidade de vida. 
Uma Igreja recompensada pela sua vitória
ao permanecer fiel a seu Senhor até o fim

A falsa profetisa estava pregando que os crentes que não entrassem nos grêmios comerciais e não participassem de suas cerimônias pagãs perderiam o prestígio e cometeriam um suicídio econômico, ficando fadados à falência. Mas Cristo ensina que não adianta ganhar o mundo inteiro e perder a alma. Aqueles que não vendem sua consciência e não trocam Deus pelo dinheiro serão honrados, assentarão no trono e julgarão os ímpios. Os santos julgarão o mundo (ICo 6.2).  No dia do juízo os perversos serão quebrados como um vaso de barro (SI 2.8,9). Em vez de desprezo, teremos uma posição de honra. Reinaremos com Cristo. Aqueles que perdem a vida por amor a Cristo encontram a verdadeira vida, mas aqueles que querem ganhar a vida, perdem-na.
O vencedor conhecerá não as coisas profundas do adversário, mas as coisas profundas de Cristo (Ap 2.28). Os salvos receberão a estrela da manhã. Não apenas eles receberão corpos gloriosos que brilharão como as estrelas no firmamento, mas também, conhecerão a Cristo, a estrela da manhã, em sua plenitude. Os salvos terão parte não apenas na autoridade de Cristo como governador do mundo, mas também em sua Glória. Recusando-se a penetrar nas profundezas do adversário, eles sondarão as profundezas de Cristo. Voltando suas costas às trevas do pecado, verão a luz da Glória de Deus na face de Cristo. Os que renunciaram ao pecado e às vantagens do mundo viverão na Glória com Cristo em completo e eterno contentamento.
Cristo é nossa herança, nossa riqueza, nossa recompensa. Vê-lo-emos face a face. Servi-lo-emos eternamente. Ele será nosso prazer e deleite para sempre. Cristo é melhor que os banquetes do mundo. Só ele satisfaz nossa alma.
GLÓRIA JESUS!!!

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