segunda-feira, 13 de junho de 2016

O que o Novo Testamento diz acerca do dízimo

O que o Novo Testamento diz acerca do dízimo 
 


Vamos então ao conteúdo da nossa matéria acerca do que o Novo Testamento diz acerca do dízimo

Devemos esclarecer a doutrina Bíblica do dízimo por se tratar de um assunto muito importante para o sustento da obra de Deus e da mordomia cristã, ou seja, do serviço e consagração da vida e dos bens dos salvos a Deus.

É necessário um esclarecimento, também, por causa de escritos errados de algumas pessoas que, apesar de terem boa posição em outras áreas, estão cometendo o erro sério de negar o dízimo e criticar os que o defendem como abusadores do povo de Deus.

I. VEJANO ANTIGO TESTAMENTO QUAL ERA A MOEDA ACEITA PELOS SACERDOTES NO TEMPLO

A moeda de prata “shekel” aceita pelos sacerdotes do Templo.

O ciclo era moeda dos judeus, cunhada em prata com um peso de seis gramas. O shekel, também chamado ciclo, era uma moeda de prata pura (meio ciclo) que cada judeu religiosamente pagava para os gastos de “reparação do Templo e para a manutenção dos sacrifícios, e a invocação a Deus pelo perdão do povo.

Este costume de manter o serviço do templo com um pagamento de um taxa era feito do dia primeiro ao dia quinze do mês de Adar. “Este velho costume religioso continua sendo realizado até hoje,...”

Porque só o shekel era aceito no templo:

O shekel de prata era a única moeda aceita no templo, as outras moedas traziam as efígies dos imperadores Romanos ou outros e com a alegação de que o templo não podia aceitar moedas com imagens de Imperadores que se consideravam deuses, estas moedas não eram bem vistas e aceitas.

Com este motivo nasceu no recinto do templo uma classe de cambistas que no trocavam as moedas estrangeiras que os peregrinos traziam por shekel com grandes vantagens para os cambistas. E nasce a classe dos cambistas, que vendiam as moedas "oficiais" aos peregrinos que traziam bens e dinheiro de procedências variadas.

A obrigação de pagar meio shekel:
Todo israelita ao atingir a idade de 20 anos, iniciava o pagamento de meio shekel (equivalente a 11 gramas de prata) para o tesouro do templo, como uma oferta a Javé.

(na época o templo era o único lugar seguro, com guarda e segurança máxima). O pagamento tinha obrigatoriamente de ser feito em moeda hebraica ou shekel. Por ocasião da Páscoa, uma das três festas de peregrinação obrigatória, toda a gente vinha ao templo para as ofertas e sacrifícios de expiação dos pecados, traziam a sua "oferta" e comprava um animal para o sacrifício no templo.

II. VEJA AONDE NO NOVO TESTAMENTO DIZ QUE O DÍZIMO É 10%

Em hebraico, no Antigo Testamento, a palavra usada para indicar dízimo é ma‘aser, que significa ‘décima parte’. O grego usa a palavra dekate, que tem o mesmo significado. Normalmente se usa o verbo apodekato, ou seja ‘dar a décima parte’. Textos importantes, no Novo Testamento, são Mateus 23,23, Lucas 11,42; 18,12 e Hebreus 7,5.

O dízimo é uma taxa que pode ser dada una tantum ou em determinados intervalos que consiste, como se deduz da própria palavra, na décima parte do patrimônio ou da renda de uma pessoa.

No Novo Testamento não existe um texto que fala do dízimo, de uma taxa dada à igreja. Os textos que citamos acima falam sempre do costume hebraico de dar o dízimo aos levitas. Nos Atos dos Apóstolos se fala da solidariedade e da divisão dos bens entre os primeiros cristãos.

Atos 2,42 seguintes conta como na primeira comunidade os cristãos tinham tudo em comum. O mesmo livro, em 4,36, conta como Barnabé vendeu o campo que possuía e colocou o dinheiro ‘aos pés dos apóstolos’.

Também no capítulo 5 diz como Ananias e Safira tentaram enganar a comunidade, escondendo o verdadeiro preço da propriedade vendida. De qualquer forma Pedro (Atos 5,3) diz que o pecado deles não consistiu no fato de não ter dado o dinheiro à comunidade, mas na mentira feita ao Espírito Santo.

O dízimo era um costume muito difundido no passado. Era comum, sobretudo no mundo civil, um modo que os reis tinham para angariar fundos para a sobrevivência dos respectivos reinos.

Também em Israel era uma prática comum, como nos conta o Antigo Testamento, mas era entendida como uma taxa que era dada a Deus, como uma resposta humana às coisas boas realizadas por Deus.

Em Gênesis 14,20, Abraão, bento pelo rei e sacerdote Melquisedeque, dá a ele a décima parte daquilo que possui. Também Jacó, depois do encontro com Deus em Betel, promete a Deus o dízimo de tudo aquilo que receberá dEle (Gn 28,22).

Os aspectos concretos do dízimo no Antigo Testamento são regulamentados em Lv 27. A décima parte dos grãos, dos frutos e do gado devem ser consagrados ao Senhor.

Os grãos e frutos podiam ser dados em forma material, mas também podiam ser convertidos em dinheiro e entregues em dinheiro, mas neste caso o valor devia ser aumentado de um quinto (Lv 27,31). O dízimo sobre o gado era feito fazendo passar os animais em fila; o décimo animal era colocado à parte para Deus.

O dízimo pertencia a Deus e era dado aos levitas conforme dito em Nm18,21, como se fosse a herança deles, pois a tribo de Levi não obteve para si, quando o povo entrou na terra prometida, nenhum território. Os animais porém não pertenciam aos levitas. E os próprios levitas deviam dar a Deus o dízimo daquilo que recebiam como dízimo (Nm 18,26 seguintes).

O dízimo era dado no templo. Porém a cada 3 anos devia ser levado até o local onde os levitas moravam e doado aos pobres, estrangeiros, órfãos e viúvas, com os quais se devia fazer uma refeição (Dt 14,28 seguintes).

É importante notar que o dízimo, na sua origem, não é destinado aos sacerdotes, mas tem como intenção sanar uma desigualdade social: compensar a falta de propriedade que atingia os levitas. Os sacerdotes, invés, sobreviviam com os sacrifícios que o povo oferecia que eram diferentes do dízimo.

Frisamos, contudo, que existe uma grande confusão neste campo, pois graças, sobretudo ao livro de Números os sacerdotes, descendentes de Aarão, são considerados Levitas. Porém, se lemos Ezequiel, por exemplo, existe uma nítida diferença entre sacerdotes e levitas.

E depois, a confusão aumentou por que o dízimo era entregue no Templo e, portanto, parece que era controlado pelos sacerdotes.

De qualquer forma o fato que a Lei obrigue a cada 3 anos que o dízimo não seja levado ao templo, mas pessoalmente aos levitas e pobres, sublinha a índole do dízimo.

É importante, por último, falar do aspecto teológico do dízimo. Com o dízimo se exprime a convicção que tudo aquilo que se possuiu é fruto da bondade divina.

Nessa linha deve ser lido o texto de Lucas 18,9-14, onde Jesus conta uma parábola que fala do dízimo praticado pelos fariseus no tempo de Jesus, que era meramente uma prática, sem nenhuma espiritualidade.

O dízimo em si não é importante, mas significa uma das expressões possíveis do reconhecimento da existência de Deus nas nossas vidas. Além do mais Jesus nos ensina que o fundamental da Lei transmitida no Antigo Testamento é a Justiça, a misericórdia e a fidelidade.

E diz isso exatamente falando do dízimo em M t 23,23: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, que pagais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, mas omitis as coisas mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Importava praticar estas coisas, mas sem omitir aquelas.”

III. VEJA COMO ESTÁ ESCRITO EM ML 3,8-10 NO ORIGINAL

A pergunta pede pelo texto original da profecia de Malaquias 3,8-10. Percebi que a tradução feita pelo Almeida está fiel ao texto original.

As palavras traduzidas foram respeitas e não quis facilitar o texto, eliminando palavras, ou querendo melhorá-las ou mesmo forçando uma interpretação Teológica.

Para confirmar pesquisa, coloco o texto original em uma coluna palavra por palavra e simplesmente coloco no lado a tradução Almeida. Poderíamos classificar gramaticalmente as palavras e complementar com a análise sintática da frase. Mas penso que para o momento o melhor é permanecer na tua pergunta, o texto original e sua tradução.

8הֲיִקְבַּע אָדָם אֱלֹהִים כִּי אַתֶּם קֹבְעִים אֹתִי וַאֲמַרְתֶּם בַּמֶּה קְבַעֲנוּךָ הַמַּעֲשֵׂר וְהַתְּרוּמָה ׃
בַּמְּאֵרָה אַתֶּם נֵאָרִים וְאֹתִי אַתֶּם קֹבְעִים הַגּוֹי כֻּלּוֹ ׃9
10 בִיאוּ אֶת־כָּל־הַמַּעֲשֵׂר אֶל־בֵּית הָאוֹצָר וִיהִי טֶרֶף בְּבֵיתִי וּבְחָנוּנִי נָא בָּזֹאת אָמַר יְהוָה צְבָאוֹת אִם־לֹא אֶפְתַּח לָכֶם אֵת
אֲרֻבּוֹת הַשָּׁמַיִם וַהֲרִיקֹתִי לָכֶם בְּרָכָה עַד־בְּלִי־דָי ׃
׃כֻּלּוֹ הַגּוֹי קֹבְעִים אַתֶּם וְאֹתִי נֵאָרִים אַתֶּם בַּמְּאֵרָה

קֹבְעִים = Roubará
אָדָם = o homem
אֱלֹהִים = a Deus?

כִּי = Todavia
אַתֶּם = vós
קֹבְעִים = roubais
אֹתִי = me
וַאֲמַרְתֶּם = E + dizeis:
בַּמֶּה = em que
קְבַעֲנוּךָ = te + roubamos?
הַמַּעֲשֵׂר = Nos dízimos
וְהַתְּרוּמָה = e + nas ofertas.


8 Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que roubamos? Nos dízimos e nas ofertas.

:בַּמְּאֵרָה = com + maldição - 9
אַתֶּם = vos (sereis)
נֵאָרִים = amaldiçoados,
וְאֹתִי = porque +a mim
אַתֶּם = me
קֹבְעִים = roubais
הַגּוֹי = a nação
כֻּלּוֹ = toda.
9 - Com maldição sereis amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação toda.
הָבִיאוּ = Trazei - 10

אֶת־כָּל־הַמַּעֲשֵׂר = todos +os + dízimos
אֶל־בֵּית = à + casa
הָאוֹצָר = do tesouro
וִיהִי = para que haja
טֶרֶף = mantimentos
בְּבֵיתִי = na + minha + casa; וּבְחָנוּנִי = e + provai
נָא = agora
בָּזֹאת = nisto
אָמַר = diz
יְהוָה = o Senhor
צְבָאוֹת = dos exércitos
אִם־לֹא =se +não
אֶפְתַּח = abrirei
לָכֶם = para + vocês
אֲרֻבּוֹת אֵת = as janelas
הַשָּׁמַיִם = do céu
וַהֲרִיקֹתִי = e +não derramar
לָכֶם = para+ vocês
בְּרָכָה = bênçãos


עַד־בְּלִי־דָי = sem medidas.

10 Para que haja mantimentos na minha casa; e provai-me nisto, diz o Senhor dos exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós benção sem medidas.

IV. O Dízimo no Novo Testamento

Veja Mt 5:17:

Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir.

Há alguns crentes que não apreciam muito o fato dos pastores às vezes falarem em dinheiro. Esquecem-se eles de que este era um assunto freqüentemente mencionado por Jesus. A Bíblia refere-se mais vezes a dinheiro do que mesmo à oração ou a fé.

Jesus falou sobre o dinheiro 90 vezes. Dos 107 versículos do Sermão do Monte, 22 referem-se a dinheiro, e 24 das 49 parábolas de Jesus mencionam dinheiro.

V. O DÍZIMO EM VIGOR NO NOVO TESTAMENTO

Há os que afirmam que o dízimo pertence ao Velho Testamento, à lei, que não temos nenhuma obrigação de pagá-lo ou devolvê-lo.

1. JESUS NÃO VEIO AB-ROGAR O DÍZIMO.

Jesus declarou, no Sermão do Monte, que não veio revogar a lei, mas cumpri-la.

Devemos fazer distinção entre lei cerimonial e lei moral. A lei cerimonial ficou circunscrita ao Velho Testamento. Refere-se a costumes próprios do povo de Israel, sobre alimentação, saúde, etc. Não temos nenhuma obrigação, hoje, para com essa lei.

Há, porém, a lei moral. Esta permanece.

Os dez mandamentos, por exemplo. Faziam parte da lei, mas permanecem até hoje, porque são princípios eternos, estabelecidos por Deus para as relações humanas.

Assim também acontece com o dízimo. Ele pertence a lei moral de propriedade. O princípio de que Deus é o dono de tudo permanece, e com ele o nosso reconhecimento dessa propriedade, expresso através do dízimo.

2. O DÍZIMO ERA UMA PRÁTICA GENERALIZADA

Dirá alguém: não há nenhum mandamento de dar o dízimo no Novo Testamento.

De fato, há (Mt 23:23), mas nem haveria necessidade disso. Tratava-se de uma prática generalizada. Um mandamento sobre o dízimo seria, no dizer do povo, "chover no molhado".

O mesmo acontece com os dez mandamentos: Não há uma repetição completa como está em êxodo 20, mas há textos suficientes no novo testamento que comprovam a observação de cada um dos dez mandamentos pelos cristãos.

3. REFERÊNCIAS AO DÍZIMO.

Há três referências ao dízimo no Novo Testamento. Duas delas, paralelas, se referem ao mandamento de Jesus aos fariseus quanto ao dízimo. (Mt 23:23; Lc 11:42. Hb7:1-10, em que Melquisedeque aparece como figura de Cristo.

Na conversa com os fariseus, Jesus fala do escrúpulo deles em dizimar até as menores coisas, esquecendo-se do mais importante, que era a prática da misericórdia e da fé. Insiste com eles para que continuem a praticar o dízimo, mas dêem atenção devida as obrigações morais.

Cristo dá claramente seu apoio a doutrina do dízimo. Os que fazem objeção ao dízimo levantam-se, todavia, para dizer que o mandamento foi dado aos fariseus e não a nós.

Respondo, primeiramente, que nesse caso teríamos de desprezar todos os outros ensinos de Jesus dirigidos aos fariseus. Entretanto, não deixamos de aplicá-los a nós, de modo geral.

Se o fazemos em relação a outros aspectos da vida religiosa, por que também não em relação ao dízimo?

Mas ainda, convém lembrar que nosso Senhor declarou se a nossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entraremos no reino dos céus, Mateus 5:20. Neste caso, Jesus está colocando para nós um padrão mais alto que o dos fariseus. Estaria ele omitindo a prática do dízimo, parte integrante da justiça do fariseu? De modo nenhum.

Se ficarmos aquém do fariseu na prática do dízimo, estaremos dando provas de que a nossa religião produz frutos inferiores aos do farisaísmo.

A terceira referência ao dízimo, no Novo Testamento, é a de Hebreus 7:1-10. Pedimos ao leitor que examine cuidadosamente o trecho para melhor acompanhar nosso raciocínio. O autor está provando, nessa carta, a superioridade de Cristo sobre a velha dispensação, e aqui, de modo particular, sobre o sacerdócio judaico. Refere-se a Melquisedeque e ao dízimo que Abraão lhe pagou, acrescentando que esse Melquisedeque era figura de Cristo.

Sendo Melquisedeque figura de Cristo, quando Abraão lhe deu o dízimo, estava dando-o, em figura, ao próprio Cristo.

Se o crente Abraão deu o dízimo a Melquisedeque, tipo de Cristo, os crentes hoje devem dá-lo ainda àquele que é sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque.

O pensamento do versículo 8 pode ser assim parafraseado: "Enquanto no sistema mosaico recebem dízimos homens que morrem, isto é, os sacerdotes, na dispensação da graça, tipificada por Melquisedeque e Abraão, recebe dízimos aquele de quem se testifica que vive para sempre, Jesus Cristo."

Jesus, pois, recebe dízimos até hoje dos crentes fiéis, através da igreja que ele instituiu e incumbiu da propagação do Evangelho.

O último argumento a favor do dízimo, no Novo Testamento, que apresentaremos, é o do sustento do ministério sagrado.

Paulo, em 1 Co 9 , declara que o princípio do sustento do ministério na dispensação da graça é o mesmo que o da dispensação da lei. Paulo está discutindo aqui o seu direito de sustento por parte das igrejas.

Fala do dever das igrejas de sustentarem seus obreiros, usando várias figuras para ilustrá-lo, entre elas a do boi que debulha. Pergunto em seguinte: "Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito que de vós recolhamos as carnais"? 1 Co 9:11.

Em 1 Co 9:13 o apóstolo usa a ilustração do templo e do serviço dos levitas no altar, dizendo que eles tiravam do altar o seu sustento.

Qual era esse sustento? O dízimo, não há dúvida nenhuma.

Vem agora a conclusão do apóstolo, em que estabelece o princípio paralelo nas duas dispensações: "Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho." 1 Co 9:14.

Note a palavra "assim". Quer dizer que do mesmo modo como eram sustentados os sacerdotes, assim devem ser sustentados os ministros do Evangelho, isto é, com os dízimos entregues pelo povo de Deus.

É importante também o verbo: "ordenou". Trata-se de uma ordem de Cristo, cuja autoridade merece ser respeitada. É um dever do crente, como era do judeu, entregar os dízimos para o sustento do ministério.

VI. EXEMPLOS DE CONTRIBUIÇÃO NO NOVO TESTAMENTO

Jesus veio dar ao Antigo Testamento uma significação mais ampla. Libertou a lei do jugo farisaico, e lhe deu novo vigor espiritual.

No princípio do seu ministério deixou claro que não viera para revogar a lei, mas para cumpri-la. (Mt 5:17).

Destarte, os preceitos da lei mosaica se revestiam de um significado novo e mais profundo nos ensinos de Jesus, como vemos no Sermão do Monte.

Como nas outras leis do Velho Testamento o dízimo recebe na nova dispensação maior amplitude, no princípio da mordomia da vida e da propriedade. Esse princípio não exclui o dízimo, porém vai além dele, assim como o Novo Testamento, sem excluir o Velho Testamento, o completa e amplia.

Por isso mesmo, o que encontramos no Novo Testamento são exemplos de contribuição que vão além do dízimo.

Tomemos o caso da viúva pobre. Ela não deu um dízimo, mas dez dízimos - deu tudo. (Mc 12:11-44 ).

Zaqueu, depois de convertido se dispôs a dar metade dos seus bens aos pobres, portanto, cinco dízimos. (Lc 19.8).

Os crentes da igreja em Jerusalém ofereceram tudo quanto tinham. Atos dos Apóstolos 2:44-45 ; 4:32-37.

Os crentes da Macedônia deram com sacrifício, muito acima das suas possibilidades, a ponto de surpreenderem o apóstolo por sua liberalidade. 2 Co 8:1-5.

Os coríntios foram convidados a contribuir "conforme a sua prosperidade", 1 Coríntios 16:2 . Isso não poderia significar, em hipótese alguma, menos do que o dízimo.

Quem se dispuser a praticar o ensino do Novo Testamento tomará o dízimo como simples ponto de partida, procurando crescer na graça da contribuição, ao ponto de :"A questão não é: quanto de meu dinheiro devo dar ao Senhor, mas: quanto do dinheiro do Senhor devo guardar para mim"?

VII. JESUS FOI DIZIMISTA?

Jesus foi educado num piedoso lar judeu, e os judeus piedosos eram dizimistas.

Jesus declarou que não veio ab rogar a lei e os profetas, mas cumpri-los. (Mt 5:17). O dízimo é ensinado tanto na lei como nos profetas.

Jesus sempre elevou o nível moral. Leia-se, de novo, o que disse ele no Sermão do Monte sobre o assassínio, o adultério, o juramento, e indague-se se ele ficaria satisfeito, em matéria de contribuição, com um padrão inferior ao dízimo.

Os inimigos de Jesus tentaram convencê-lo de que estava violando a lei, por exemplo, no caso da observância do sábado. Não será estranho que eles nunca o tivessem acusado de violar a lei do dízimo, se ele não o praticasse?

O Talmude proibia que um fariseu zeloso se sentasse à mesa com Jesus.

Sem dúvida nenhuma, Jesus não só ensinou e praticou o dízimo, mas foi além dele.

VIII. PORQUE DEVEMOS DEVOLVER OS SANTOS DÍZIMOS?

Além de ser um mandamento do Senhor, é também uma questão de amor. Como eu amo o meu próximo, quero também que ele receba as boas novas de salvação.

Nem sempre eu posso obedecer ao ide de Jesus. Devolvo os meus dízimos para que os pastores e missionários possam ir em meu lugar.

Vejamos, portanto, as 8 provas Bíblicas e claras, que mostram que a prática de dar o dízimo é uma doutrina evidente no Novo Testamento e deve ser obedecida por todo o crente fiel.

1. O dízimo foi instituído antes da lei, portanto é um ensino Ultra-dispensacional:

Em Gn 14:20, ou seja, na dispensação da Promessa (ou dos Patriarcas), Melquisedeque (tipo do Senhor Jesus Cristo no Velho Testamento) recebeu o dízimo de Abraão.

Vejamos que este fato aconteceu aproximadamente 600 anos antes da lei ser dada, portanto o argumento dos avarentos de que o dízimo pertence à lei é totalmente descabido.

Em Hb. 7:5-9 vemos a confirmação desse fato e não há uma só referência que o mesmo tenha sido abolido. Em Gn 28:22 temos Jacó também dando o dízimo.

2. O dízimo foi cobrado por Deus: Lv. 27:30, Num. 18:24-28; Mal. 3:8-10, pois tudo é dEle não apenas 10%:

Em Ap. 4:11, Sal. 24:1 e em 1Co 10:26, 28 aprendemos que tudo pertence a Deus. Isso inclui o corpo, talentos e todos os bens do salvo.

Na verdade é uma maravilha e bondade do Senhor pedir apenas 10% da nossa renda para a aplicação direta no sustento da igreja local e ainda assim os avarentos se levantam contra a bondade de Deus.

Uma distinção essencial existe entre o dízimo do Velho Testamento e o do Novo Testamento.

Enquanto um é obrigatório, o outro é voluntário; enquanto um é movido pela exigência da lei, o outro e impulsionado pelo amor.

Cristo não quis obrigar seus seguidores a serem dizimistas; preferiu confiar no amor liberal deles.

Estaremos merecendo essa confiança?

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