domingo, 25 de março de 2018

Ética ministerial

Ética ministerial
Ética ministerial O OBREIRO E A ÉTICA MINISTERIAL

Como podemos ver em nossos dias a falta de ética por parte de muitos servos de Deus é muito grande inclusive nos meios dos OBREIROS, quando o Espírito Santo orientou a Paulo nos critérios de escolha dos candidatos ao Presbitério ele estava estabelecendo os critérios éticos para tal função homens de boa reputação isso nos mostra como o candidato deveria ser visto pela sociedade, (I Tim c 3 v 7 ) cheios do Espírito Santo, ( Gal c 5 v 22 -26) isso mostra que seu caráter deveria estar moldado pela pessoa do Espírito Santo, cheios de sabedoria a Bíblia diz em (Sal c 111 v 10 ) que o temor ao Senhor é o principio da sabedoria. Então no contexto cultural da Igreja Judaica Cristã apostólica o Presbítero deveria ser um homem temente a Deus.

Como se comportar no ministério é uma pergunta que às vezes ouvimos a Bíblia já nos mostrou o padrão moral dos candidatos agora vamos ver sua conduta ética dentro do ministério o Apostolo Paulo a referir-se aos Presbíteros em ( I Tim c 3 v 1-7 ) segue no versículo, ( 8) dizendo o seguinte “DA MESMA SORTE OS DIACONOS.” Ou seja o padrão de comportamento ético é o mesmo seja para o Pastor, Presbítero ou Diácono, falando aos Presbíteros no versículo, (4 ) do mesmo capitulo Paulo foi bem claro, que saiba governar sua casa, isso reforça o cuidado bíblico com a família, o apostolo esta mostrando que a liderança deve começar em casa no versículo (15) é muito claro quando diz PARA QUE SAIBAIS COMO CONVEM ANDAR NA CASA DE DEUS, o apostolo estava falando de comportamento ético de como exercer o ministério seja como Diácono ou Presbítero.

O companheirismo ministerial e submissão à obediência aos seus lideres é algo imprescindível na vida de todo obreiro que queira trilhar o caminho de sua chamada sabendo que aquele que o chamou é o mesmo que lhe entregara a cora de gloria na eternidade, ( II Tim c 4 v 7-8 ) mas quantos por não serem submissos e companheiros ficaram de fora do reino dos céus, Paulo sabia o que era isso quando citou no versículo (10) do mesmo capitulo o exemplo de Demas que abandonando-o desviou-se da verdade e no versículo (11) ele é categórico Lucas esta comigo e traga também a Marcos pois muito me será útil, no versículo (13-14) Paulo é claro traz a capa e os livros e os pergaminhos, o Apostolo era um Doutor em Teologia, ( I Tim c 1 v 11) um mestre que sabia o valor do companheirismo e também a falta do mesmo, Alexandre o latoeiro me causou muitos males, Paulo não fala quais, mas fala muito bem de todos os Seus companheiros, e isso é importante, pois no ministério nem todos são iguais os cargos são os mesmos mas o caráter de cada um é individual e nesse caso uma pessoa que não é companheiro e muito menos submisso é um mal caráter ou seja tem um desvio de comportamento ético, as vezes o individuo não faz por mal foi mal orientado ou as vezes não estava preparado para exercer o cargo se esse for o caso o mesmo deve ser honesto e mudar de comportamento ou entregar o cargo e esperar no Senhor é melhor entrar no céu como servo do que ir para o inferno com o cargo.

COMO SE COMPORTAR NO MINISTÉRIO

Já vimos o exemplo do Apostolo Paulo e suas recomendações agora vamos analisar o que é o comportamento ético dentro do ministério, devemos ter em mente que estamos debaixo de uma organização hierárquica onde existe sempre acima de nos alguém que foi colocado por Deus e que devemos respeitar e honrar ou seja estamos sempre debaixo de autoridade espiritual e quando isto não acontece a insubmissão que poluiu o universo santo de Deus quando Lúcifer se rebelou e a mesma e a rebelião é inevitável, devemos ser humildes o suficiente para entendermos que somos limitados e que as vezes nós damos pouco a obra de Deus e queremos as vezes criticar a quem se da mais.

Se estou debaixo de autoridade espiritual Deus esta no controle mesmo quando houver injustiça ele não terá o culpado por inocente ( Na c 1 v 3 ) embora que as vezes prova-nos com sua longanimidade compassiva mas ele sabe conduzir-nos no meio da tempestade.

Sabemos que temos autoridade por causa do cargo, mas não podemos dar liberdade à vaidade de nosso ego e esquecermos do maior exemplo de todos os tempos o de Cristo que veio para servir e não para ser servido, quantos se esquecem disso quando chegam ao ministério, saber respeitar os limites próprios e dos outros é algo imprescindível para quem é chamado por Deus a servi-lo através de algum cargo, evitar falatórios desnecessários e inconveniente é fundamental para um bom comportamento dentro do ministério, evitar a calunia a mentira o disse me disse a contenda as murmurações os escândalos e rebeliões é o mesmo que cuidar de si e da Igreja sabendo aconselhar quem assim se portar e nunca apoiar tais atitudes mas sim reprová-las.

A HIGIENE E A APARÊNCIA

Ter um terno só não é recomendável o conveniente e ter mais de um, mas pior do que só ter um é não cuidar dele é se apresentar perante a Igreja com um terno sujo fedendo, rasgado faltando botões da mesma forma a gravata suja mal arrumada grande ou pequena demais sapatos sujos, furados enfim cuidar da nossa aparência é muito importante, pois as pessoas estão observando nosso comportamento.

Alias tem pessoas que acham que usar perfume, desodorante loções é pecado, mas pior do que isso é chegar à Igreja fedendo a suor a mofo, isso é um desrespeito a ao templo do Espírito Santo que é nosso corpo, ( I Co 6 . 19 ). Tomar banho escovar os dentes se barbear, pentear os cabelos e cortá-los periodicamente é necessário ao desempenho da função, ( I Tm 3 . 7).

Evitar comer alimentos que exalam um cheiro forte ao se falar como cebola, alho e peixe principalmente, quando for ministrar ou participar de celebrações.

COMPORTAMENTO MINISTERIAL

O comportamento ministerial tem sido definido como “Ciência Moral”. Trata-se de um alto padrão de conduta humana que envolve consideração e cortesia por todos os homens. O modelo de comportamento para o obreiro de modo geral e para o Pastor especificamente “é” Jesus, o Sumo-pastor e Mestre.

Cabe ao obreiro conhecer os diversos contextos em que vive e exerce seu ministério:

1) O contexto espiritual - Onde Jesus é o Senhor (Fp. 3.8) e o obreiro conta com a presença, a graça e o poder do Senhor, sem a presença de Jesus, o homem nada pode realizar (Jo.15.5; 21.3); a alma do homem é imortal e sua restauração é alvo principal do ministério evangélico; o obreiro tem um inimigo terrível, já vencido, mas que não descansa. Nesta luta, a vitória é certa (Ef. 6.10-13; Rm. 8.37).

2) O contexto social - Onde o obreiro vive, trabalha e exerce sua cidadania. Uma sociedade cheia de injustiça, ódio e promiscuidade, mas ao servo de Deus é concedida a graça de conviver com os homens, sem se contaminar, vencendo as barreiras para proclamar a mensagens do Evangelho.

3) O contexto religioso - Onde existem religiões para todos os gostos, princípios e filosofia. Compete ao homem de Deus pregar o evangelho genuíno, sem agredir ninguém, respeitando o direito de liberdade religiosa, garantido pela constituição.

4) O contexto político - Formado por instituições públicas e privadas, com as quais o obreiro e a Igreja têm que se relacionar de forma correta e digna, sem aceitar corrupção, suborno ou associações ilícitas.

OBJETIVO DO MINISTÉRIO

A tarefa principal do ministério do obreiro é a pregação da Palavra de Deus, realizada de três modos diferentes, embora co-relacionados, como no ministério de Jesus (Mt. 4.23):

a) Pregar - Anunciar as Boas Novas a todos os que não conhecem;

b) Ensinar - Não é apenas transmitir conhecimento, mas é fator de mudança, correção e edificação, através da Palavra de Deus, embora nem todo professor tenha o dom Pastoral, todo Pastor tem o dom de ensinar;

c) Curar - Comunicar as verdades espirituais através da ação sobrenatural de Deus.

PERIGOS NO CAMINHO DO OBREIRO

1) Acomodação - (I Tm. 4.14; II Tm. 2.3-5; I Co. 9.25-27): Usas as mesmas mensagens, manter tudo como está, é uma cilada para o obreiro, que deve manter sua saúde ministerial através de autodisciplina, vida devocional (leitura), alto padrão moral e de santidade, cursos de aperfeiçoamento, reciclagem.

2) Profissionalismo - (At. 20.7. 11): O obreiro, mesmo em tempo integral, é um vocacionado e a força que o motiva é o amor profundo aos homens, ao evangelho e ao Senhor. Embora alguns sejam assalariados, não é por dinheiro que trabalham. Alguns afirmam que vivem “pela fé”, mas não pregam, cantam ou tocam sem saber de quanto será a oferta. Há pregadores e cantores que além de exigir um valor alto pela sua participação no culto ou congresso, ainda exigem o hotel no qual se hospedarão e a marca do carro que fará o transporte. A escritura diz que o obreiro é digno do seu salário (I Tm. 5:18), mas também que se deve juntar tesouros no céu (Mt. 6:20).

3) Tentações sexuais - (I Pe. 5.8-9): A recomendação Bíblica é que obreiro seja casado e que seja um marido irrepreensível. Grandes partes dos problemas começam quando o relacionamento conjugal está em crise ou o obreiro sofre desajustes na área sexual. Uma forma de evitar o assédio é fazer da esposa uma companhia constante em reuniões de aconselhamentos, visitas ou saídas ocasional. Quando a crise conjugal é muito seria e o dialogo já não é possível, convém procurar a ajuda de um conselheiro experiente.

4) Inveja e cobiça ministerial - Alguns obreiros, insatisfeitos com o lugar que ocupam na obra de Deus caem na cilada de desejar estar no lugar de outro obreiro, numa congregação maior, ou melhor, localizada, sem considerar que cada um deve ser diligente, segundo o dom que recebeu do Senhor (I Co. 12.12-30; Rm. 12.3-8). Para vencer esta tentação, o obreiro deve perguntar a si mesmo se está no centro da vontade divina, exercendo suas funções de acordo com os seus propósitos.

5) Tentações do púlpito - O púlpito é lugar de força, mas também de reverência. É dele que o obreiro prega e ensina a Palavra de Deus a fim de aperfeiçoar os santos e salvar os perdidos. As armadilhas mais comuns são a auto-exaltação, excesso de confiança em sua capacidade, pregar a Palavra sem compromisso de viver conforme o que ela diz, mentir ou exagerar ao contar uma ilustração ou história, falar o que as pessoas querem ouvir e não o que o Espírito Santo que dizer, manipular os ouvintes com pregações excessivamente emocionais, usar o púlpito para desabafar ou criticar abertamente os membros, relaxar na preparação da mensagem por preguiça ou comodismo, copiando pregações de livros, rádios ou pela internet. O obreiro deve lembrar-se que o Senhor tem compromisso com o Seu povo e mais cedo ou mais tarde, prestará contas do trabalho que realiza.

6) Sacerdotalismo - A história da Igreja registra como uma marca negra, o momento em que os obreiros afastaram do corpo e passaram a dominá-la com leis rigorosas e antibíblicas. Com a Reforma Protestante, o sacerdócio universal dos crentes foi novamente praticado (I Pe. 2.9). Infelizmente, em nossos dias, esta ameaça volta a rondar nossas Igrejas. Obreiros que se colocam em posição de superioridade, fazendo valer sua autoridade para justificar suas atitudes, estabelecem a Igreja como seu território, onde podem fazer leis e regulamentos, conformem sua conveniência, impõe seus filhos e parentes ao ministério, mesmo sem vocação, para manter o seu domínio. Cuidado, o Senhor vive!

O RELACIONAMENTO ENTRE O OBREIRO E SEUS COLEGAS

A relação entre os obreiros e colegas de ministério é também algo que deve ser definido por um bom código de ética. É prejuízo para a Igreja quando surgem atritos e mal-entendidos entre os ramos do ministério evangélico ou entre os obreiros. O amor e o respeito entre eles devem ser exemplo para o rebanho, expresso por ajuda mútua, desejo sincero de ver o progresso do outro como crescimento do Reino de Deus. Os comentários sobre atitudes ou trabalho de outro obreiro devem ser evitados, evitando depreciar a figura do obreiro ou fazer julgamento impróprio (Tg. 4.11-12).

Quando o obreiro receber a visita de outro, devidamente identificado, deve apresentá-lo, convidando-o a sentar-se junto a ele, se for possível ou dando oportunidade para dirigir uma Oração. Não é aconselhável convidá-lo a pregar, sem conhecê-lo, melhor considerar outra ocasião em que terá tempo para preparar a mensagem.

Ao convidar um preletor, o obreiro deve ter o cuidado de perguntar sobre suas despesas de condução, alimentação ou hospedagem, oferecendo-lhe a quantia necessária para honrar com estes compromissos. Pregadores itinerantes e missionários em geral têm família para sustentar, dependendo de ofertas para se manter. É conveniente que estes detalhes sejam combinados antes, a fim de evitar reclamações de ambas as partes.

Quando o obreiro for convidado para uma reunião de caráter Interdenominacional, não convém tirar vantagens da ocasião. Algumas vezes, varias denominações cooperam num culto coletivo, como na época de Natal, Dias da Bíblia ou dia de Ação de Graças. Caso o obreiro seja solicitado nessa ocasião, escolha um assunto aceitável a todos os ouvintes, evitando pontos doutrinários ou discordantes.

As questões que porventura surgirem entre os obreiros devem ser resolvidas considerando-se o bem maior da obra de Deus, onde deve prevalecer o bom senso e a justiça.

COISAS QUE O OBREIRO DEVE EVITAR

1) Ele jamais deve criticar sua denominação, a não ser que isso ocorra numa tribuna convencional (I Co. 6.7).

2) Deve ser cauteloso no modo de cumprimentar as pessoas do sexo oposto (I Tm. 4.12).

3) Deve ser reservado quanto às confidências feitas por um membro da Igreja (Tg. 3.17-18).

4) Deve ficar fora das questões que surjam na Igreja, as quais não lhe dizem respeito, a não ser que seja convidado a dar uma Palavra de conselho (Pv. 26.17).

5) Somente deve aceitar convite para pregar em outra Igreja quando formulado pelo Pastor ou seu substituto legal.

6) Deve cultivar junto aos companheiros o hábito da franqueza, bondade, lealdade e cooperação (Rm. 12.10).

7) Não deve interferir nos assuntos de outra Igreja e nem exercer proselitismo.

8) Jamais deve humilhar a alguém com duras palavras por causa do preconceito racial, porque Deus não faz acepção de pessoas (At. 10.34-34).

9) Não deve criticar ou ter inveja de alguém que é reconhecidamente melhor do que você; mas antes ore por ele, para que cumpra até o fim, com fidelidade, a sua vocação (Pv. 14.30).

10) Não se deve entrar em juízo contra alguém sem antes apresentar o problema e esperar uma solução da direção da Igreja (I Co. 6.1-2).

O OBREIRO E A ÉTICA NO PÚLPITO
CUIDADOS A SEREM OBSERVADOS PELO PREGADOR

Convidado para pregar em uma Igreja, João chegou ao culto quase na hora da pregação e foi logo “puxando” conversa com os obreiros que ali estavam. Muito à vontade, sentou-se com as pernas bem esticadas. Ele parecia não se importar com a platéia, pois se coçava com muita naturalidade e tamborilava na cadeira do púlpito enquanto os jovens louvavam a Deus.

De repente, ouviu-se uma estridente música em ritmo merengue, capaz de fazer com que as pessoas sentadas nos primeiros bancos olhassem para a tribuna – era o celular do pregador convidado.

Alô! Tudo bem, Eufrásia? Estou aqui na Igreja do Pastor Herculano. Vou pregar daqui a pouco... Quem olhava para ele podia perceber que não estava nem um pouco preocupado com o andamento do culto. Além de chegar atrasado, não cantava os hinos nem prestava atenção às pessoas que falavam... Chegou, então, o momento da pregação. E João, saudando os irmãos, disse que chegara tarde em virtude dos “muitos compromissos” e começou a “pregar”.

- Antes de eu falar um pouco das grandes coisas que Deus tem feito através do meu ministério, saia do seu lugar e cumprimente o seu irmão...

Depois de alguns minutos, leu um versículo bíblico e começou a contar vários testemunhos e experiências. Seu sermão era, na verdade uma palestra motivacional, e não uma mensagem cristocêntrica, baseada na Palavra de Deus. As citações bíblicas eram raras. E, quando isso acontecia, ele utilizava expressões pouco conhecidas dos não-crentes.

Ao perceber que o povo estava um tanto enfadado de ouvir testemunhos e experiências, resolveu contar umas piadinhas e pedir às pessoas que olhassem umas para as outras e repetissem frases de efeito.

Na verdade, não era necessário o pregador fazer o povo rir. Havia algo estranho na roupa e no comportamento dele que já estavam sendo motivo de riso. Sua calça estava frouxa na cintura, obrigando a suspendê-la. Às vezes, punha as mãos no bolso, provavelmente para segurar a calça. Não bastasse isso, sua gravata estava bem desajeitada.

Mas os problemas não eram apenas esses! Ele falava “atropelando” as palavras e gritava demais. Ficou clara a sua tentativa de querer avivar a Igreja por conta própria. Quando citava algum texto bíblico, o fazia sem nenhuma expressividade. No entanto, ao falar de seu passado, dava muita ênfase e glorificava a Deus fora de contexto... Irmãos, eu era um ébrio! Glória a Deus!

Para piorar, o trejeitoso pregador, ora olhava para o teto, ora mirava o chão! Alguns irmãos, incomodados – e aproveitando que as horas estavam avançadas -, retiraram-se do recinto, alegando não suportar a gritaria e o artificialismo do preletor convidado. Outros, que ficaram até o fim, arrazoaram:

- Nenhuma alma se entregou a Jesus! E estamos voltando para casa, “vazios”. Será que tudo não teria sido diferente se o pregado expusesse a Palavra de Deus com simplicidade, em vez de falar tanto de si mesmo e interagir exageradamente com o público?

A SIMPLICIDADE DO PREGADOR

A narrativa mencionada acima mostra que o pregador não deve se apartar da prudência e da simplicidade que há em Cristo (Ef. 5.15 e II Co. 11:3). Lembremo-nos do que Jesus disse aos seus mensageiros: “EIS QUE VOS ENVIO COMO OVELHAS AO MEIO DE LOBOS; PORTANTO, SEDE PRUDENTES COMO AS SERPENTES E SÍMPLICES COMO AS POMBAS” – Mt. 10.16.

Muitos, em vez de agir com simplicidade, recorrem à excentricidade dramática! Preferem o ritualismo, o formalismo e o artificialismo. É claro que não precisamos adotar uma imobilidade sepulcral, mas devemos nos portar com sabedoria diante da Igreja de Deus (I Co. 10.32), a fim de que sejamos exemplos em tudo (I Tm. 4.12).

Como deve ser a nossa postura ao pregar o Evangelho? O mestre Jesus – Nosso maior exemplo (Jo. 13.15) – simplesmente expunha a Palavra de Deus: “E, ABRINDO A BOCA, OS ENSINAVA, DIZENDO: BEM-AVENTURADOS OS POBRES DE ESPIRITO...” – Mt. 5.2-3.

Alguns pregadores dramatizam ao extremo. Sentam-se ou se deitam no piso do púlpito; provocam as pessoas ou usam-nas como coadjuvantes; e fazem gracejos ou brincadeiras de mau gosto. Esquecem-se de que a sua missão é apenas expor a Palavra, e não chamar atenção para si (Jo. 1.22-23 e 3.30).

Pregue com naturalidade, sem gesticulação excessiva e uso abusivo de recursos do tipo: “Quem achou diga amém; quem não achou diga misericórdia” ou “Olhe para o seu irmão e diga isso ou aquilo”. Certo pregador exagerou tanto, a ponto de dizer ao público: “Fale para o seu irmão: Você é uma menina”, concluindo que somos a menina dos olhos do Senhor! Imagine a cena...

Não quero, com esses exemplos, incentivar você a ser uma estatua. Para ser simples, não é necessário abrir mão da personalidade e da ousadia no falar (At. 9.29). Seja autêntico.

O OBREIRO E A LINGUAGEM

A linguagem do obreiro também deve ser simples, não rebuscada. Não é preciso empregar palavras difíceis e raras (I Co. 2.4-5). O pregador deve falar de tal modo, que possa ser entendido até pelas crianças. Você pode até utilizar uma palavra que não seja usual, porém explique o seu significado. Caso contrário, embora todos admirem o seu belo português, ficarão sem entender o que quis dizer.

Outro erro é empregar expressões chulas, mesmo com boa intenção de querer falar a linguagem do povo. Há algum tempo, ouvi um pregador dizendo: “Irmãos, Jesus nunca deu uma mancada. Nós sempre damos mancadas, mas ele nunca manca..” Ora, isso é linguagem de um pregador do Evangelho?

Evite a linguagem demasiadamente coloquial, não digna de uma tribuna santa (Tt. 2:8).Gírias e expressões populares, salvo exceções, devem ser descartadas. É claro que, ás vezes, valer-se de uma ou outra expressão popular pode facilitar a comunicação ou exemplificação de uma verdade. Mas isso é uma exceção! Em geral, empregar uma linguagem assim não é bom.

Muitos crentes – inclusive obreiros – não se preocupam com a linguagem. Não lêem nem se aperfeiçoam na gramática; consideram que orar e jejuar são o suficiente. Conquanto essas ferramentas sejam indispensáveis, estar bem preparado na arte de falar é uma grande virtude (I Tm. 4.13 e At. 19.24-25).

Por incrível que pareça, já ouvi até profecia com emprego de gírias! O “profeta” disse a uma pessoa: “Meu servo, fica frio. Eu vou te tirar dessa gelada!” Nesse caso, a mensagem “profética”, em vez de edificar, consolar ou exortar (I Co. 14. 3), resultou em descontração, pois todos começaram a rir da estranha predição.

PRATICAS QUE O OBREIRO DEVE EVITAR:

1) Conversar com os companheiros à Sabemos que existem exceções (as vezes, há assuntos relacionados com o bom andamento do culto), mas há obreiros que conversam à vontade; brincam, riem, fazem gestos... Será que não percebem que há várias pessoas os observando? Atenção para o conselho de Paulo: “EM TUDO TE DÁ POR EXEMPLO DE BOAS OBRAS...” – Tt. 2.7.

2) Assentar-se deselegantemente à A cadeira do púlpito não é o sofá de nossa sala! Não é um lugar para relaxar. Aliás o obreiro, embora sentado, deve estar preparado, sabendo que poderá entrar em ação a qualquer momento, para pregar, orar ou cumprir algum procedimento litúrgico (At. 2.2, 14). Estejam pronto!

3) Falar ao celular à Entendo que hoje o telefone móvel tornou-se algo comum.Entretanto, atende-lo no púlpito, mesmo em uma emergência, é um péssimo exemplo. Tenha visto obreiros atender chamadas no púlpito com a maior tranqüilidade... E ainda falam alto, riem, discutem etc. Ora, se não for possível desligar o celular, use o modo vibrador, disponível em quase todos os aparelhos. Dia desse, se eu não tivesse adotado tal procedimento, teria passado por um grande vexame. Durante a pregação, meu telefone “tocou” sete vezes!

4) Não participar do culto à Os obreiros devem ser os principais crentes da congregação, pois todos se espelham neles. Nesse caso, devem orar, cantar os hinos congregacionais, prestar atenção quando alguém estiver testemunhando ou pregando etc. Um mau costume de alguns preletores, inclusive, é chegar quase na hora da pregação... Procura chegar no horário.

5) Contar testemunhos em vez de pregar a Palavra à Há obreiros que pensam que pregar é ficar contando experiências. Isso não é pregação! A exposição tem de ser bíblica e cristocêntrica. Um ou outro testemunho pode até ser empregado para reforçar uma verdade da Escrituras; apenas isso. “CONJURO-TE, POIS (...) QUE PREGUES A PALAVRA...”- II Tm. 4:1-2.

6) Usar corretamente a oportunidade dada à A obreiros que é dado a oportunidade de trazer uma saudação a Igreja, e o mesmo então, cumprimenta a Igreja, lê o maior texto que encontra na Bíblia, prega, testemunha, ora, canta e depois agradece a oportunidade. Isto é falta de ética e educação. O obreiro tem que ter postura e ética, se for dado a oportunidade para uma saudação, de os cumprimentos à igreja e agradece; se for para cantar, não lê nenhum texto testemunhe e nem ore, só cante e agradece a oportunidade.

7) Pregar com as mãos no bolso ou suspender calça enquanto fala à Ás vezes, fazemos algumas coisas por mania ou cacoete. Não me interprete mal; a minha intenção ao escrever sobre isso é orientar. No entanto, pregar com as mãos no bolso ou ficar suspendendo a calça não fica bem para um obreiro. É melhor apertar o cinto ou usar um suspensório...

8) Pregar com o colarinho e a grava desajeitados à Lembro-me de que uma vez um obreiro chegou à congregação com a gravata por cima do colarinho. Tentei ajudá-lo, para que não passasse por uma situação constrangedora, mas ele – curiosamente – disse que gostava de usar a gravata daquela forma! Bem, embora haja gosto para tudo, não podemos nos dar ao luxo de fazer tamanha extravagância.

9) Pregar com roupa amassada ou sapato sujo à Lembro-me de certa feita estava em uma congregação, um obreiro que tinha carro iria pregar naquela noite chuvosa. Subiu a tribuna de carpete vinho com o sapato cheio de barro, a qual ficou as marcas das pisadas, da escada ate seu assento. No momento que começou a pregar começou a transpirar e tirou o paletó, e o mesmo estava com a camisa toda amassada que parecia que tinha tirado debaixo de uma pedra. A palavra de Deus nos ensina ser humilde de coração e não relaxados, o apostolo Paulo traz um aconselhamento acerca disto “PROCURA APRESENTAR-TE A DEUS APROVADO, COMO OBREIRO QUE NÃO TEM DE QUE SE ENVERGONHAR...” – 2Tm. 2.15.

Diante do exposto, quero enfatizar que o púlpito – embora muito hoje o estejam transformando em palco – é um lugar sagrado. Dele se ministra a Palavra do Senhor: “E ESDRAS, O ESCRIBA, ESTAVA SOBRE UM PÚLPITO DE MADEIRA, QUE FIZERAM PARA QUELE FIM... E ESDRAS ABRIU O LIVRO PERANTE OS OLHOS DE TODO O POVO...” – Ne. 8.4-5. Que não subamos nele se não estivermos preparados (2 Tm. 2.15).

Valorizemos o privilégio que temos de ser mensageiros do Senhor, pregando a Palavra – e somente a Palavra – com temor e tremor (I Co. 2.3).

Que Deus nos ajude a nos aperfeiçoar no exercício de nossa função ministerial, pois precisamos ser perfeito como perfeito é o nosso pai celestial. Fiquem com Deus e a Paz do Senhor Jesus Cristo, amém!

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