Inversão de Valores.
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Texto básico: Isaías 5: 20-24.
Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade; põem o amargo por doce e o doce, por amargo!
Ai dos que são sábios a seus próprios olhos e prudentes em seu próprio conceito!
Ai dos que são heróis para beber vinho e valentes para misturar bebida forte, os quais por suborno justificam o perverso e ao justo negam justiça! Pelo que, como a língua de fogo consome o restolho, e a erva seca se desfaz pela chama, assim será a sua raiz como podridão, e a sua flor se esvaecerá como pó; porquanto rejeitaram a lei do SENHOR dos Exércitos e desprezaram a palavra do Santo de Israel. (Isaías 5: 20-24 RA)
Vivemos uma geração em que os valores éticos, morais e sociais são completamente antagônicos aos valores da geração anterior. A cada dia, o que era certo parece tornar-se errado e o errado parece tornar-se certo.
Quando alguém se esforça para ser uma pessoa mais dócil e humana, pode-se notar que estranhamente ela passará a ser taxada de tola ou merecedora de descrédito. É, na verdade, antagônico e absurdo. Com frequência, percebemos que a conduta de quebrar regras e desrespeitar normas é objeto de admiração de muitas pessoas. É perceptível no trabalho, funcionários que seriam maus exemplos, serem "seguidos" ou copiados por outros funcionários. Quando o comportamento em vez de receber reprovação, recebe admiração e ainda é imitado, torna explícito o absurdo da inversão de valores que vivenciamos. Se há um programa televisivo que consiste em observar pessoas se relacionando e convivendo em um lugar isoladamente, percebe-se que uns personagens optam por um comportamento "rebelde" ou indisciplinado para atrair simpatia, e o pior, obtém sucesso, tornam-se os vencedores. Porque se mostraram "maus", agressivos ou impetuosos atraíram afeto e admiração. Se, indisciplina e rebeldia geram simpatia, o que pensar dos que prezam a disciplina e subordinação?
Uma pequena retrospectiva na história da humanidade pode mostra-nos que a inversão de valores vista na atualidade, teve início no libertinismo iniciado nos anos dourados. Se um fio de barba valia como uma assinatura na metade do século passado, e a palavra era prova de honra, hoje, a mesma palavra pode transformar um bandido em mocinho da noite para o dia.
Quem aprende a usar a retórica como arma, pode manipular multidões, seja na política, religião e mesmo nos grupos de amizades. A retórica contemporânea está aquém da ética. A palavra não tem nenhuma conotação moral. O que é afirmado hoje pode ser negado amanhã.
O "bonzinho" pode ser transformado em mau, sem ter feito nenhum mal e o mau, por pior que seja, sabendo utilizar a retórica e angariar adeptos, passa a ter aparência do bem.
Justifica-se assim o individualismo do homem contemporâneo, fechado em si, caracterizando-se como egoísta, afastando-se, inconscientemente desta inversão de valores que predomina nos clãs da sociedade atual.
A réplica desta história está bem representada nos filmes, onde o bandido rouba, trapaceia e o telespectador torce por ele, se o diretor do filme criou em torno deste personagem uma situação propícia.
As épocas são transformadoras da moral; nos anos cinquenta, por exemplo, a moral (ética) era elevada. Podia-se dizer: "honestidade à toda prova". Após os anos 70, quando a desilusão ideológica instalou-se, a moral iniciou sua queda. Parece que a sociedade via caindo por terra seu último sonho de organização desta aldeia global. A incerteza do amanhã pairava no ar e a esta altura podia-se dizer: "não basta sermos honestos, temos que parecer honestos". O subconsciente coletivo saia da firmeza moral, para a aparência da moral.
Hoje, não adiante ser honesto e parecer honesto; a reputação depende do meio onde você está inserido; se você tiver o dom da retórica e com ela formar grupos a seu favor, a ética ficará completamente dispensável. Estamos no tempo da degradação total da moral. Aquele que prega a ética pode ser o mesmo que não a pratica.
O que virá posteriormente será a degradação final e total, física e mental do ser humano?
Muitos alegam que a geração anterior era uma geração hipócrita e comodista, que apesar de tudo ainda eram os mesmos que viviam e agiam como os próprios pais, como dizia o refrão da canção: “Como os nossos pais” do cantor e compositor Belchior que ficou famosa na interpretação de Elis Regina.
Entretanto qual será o legado da nova geração? O que esperar de uma sociedade que não respeita autoridades, pais, pessoas idosas, professores, valores cristãos, etc.?
A Bíblia é um livro que jamais deveria ser deixado de lado, pois nos mostra a história de um povo, o povo de Israel, que é um espelho de como procede o nosso povo.
Hoje parece que a regra é cada um deve fazer o que lhe parece ser certo. Há uma opinião corrente que a mente humana não passa do resultado de reações bioquímicas do cérebro. Portanto, alma, espírito, personalidade não existiriam e não seríamos responsáveis por nossas escolhas, logo não haveria certo e errado. Vale tudo.
O povo de Israel prometera ser fiel ao Seu Deus e aos Seus estatutos, mas logo se esqueciam como se anestesiassem as consciências, era necessário que passassem por tribulações e cativeiros para retornarem ao Seu Deus. Nós somos diferentes?
O verdadeiro cristão tem que ser diferente, pois tem de ser agradável ao Senhor.
Seis coisas o SENHOR aborrece, e a sétima a sua alma abomina: olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que trama projetos iníquos, pés que se apressam a correr para o mal, (Provérbios 6: 16-18 RA)
A tendência do homem sem Deus é para o pecado e o mal.
Visto como se não executa logo a sentença sobre a má obra, o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto a praticar o mal. (Eclesiastes 8: 11 RA)
Vivemos no mundo, mas não pertencemos mais a ele. Por isso não podemos amar as coisas do mundo.
Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia. (João 15: 19 RA)
Eu lhes tenho dado a tua palavra, e o mundo os odiou, porque eles não são do mundo, como também eu não sou.
Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal. Eles não são do mundo, como também eu não sou. (João 17: 14-16 RA).
O apóstolo Paulo nos exorta a que não nos conformemos com este mundo:
E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. (Romanos 12: 2 RA).
Muitas são as advertências sobre seguir o curso deste mundo.
Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo; (Colossenses 2:8 RA)
Evitai que alguém retribua a outrem mal por mal; pelo contrário, segui sempre o bem entre vós e para com todos. (1 Tessalonicenses 5:15 RA)
Mas os homens perversos e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados. (2 Timóteo 3:13 RA)
Infiéis, {Infiéis; no original, adúlteras, isto é, os que são desleais para com Deus} não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. (Tiago 4:4 RA)
Filhinhos, vós sois de Deus e tendes vencido os falsos profetas, porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo. Eles procedem do mundo; por essa razão, falam da parte do mundo, e o mundo os ouve.
Nós somos de Deus; aquele que conhece a Deus nos ouve; aquele que não é da parte de Deus não nos ouve. Nisto reconhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro.(1 João 4:4-6 RA).
Quais são os seus valores? Você acredita que pode tudo?
Termino com a frase final da oração que o Senhor nos ensinou:
Não nos deixe cair em tentação, mas livra-nos do mal!
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domingo, 25 de março de 2018
Inversão de Valores.
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