quinta-feira, 24 de março de 2016

A PARÁBOLA DO BOM SAMARITANO

A PARÁBOLA DO BOM SAMARITANO – OS TRÊS HOMENS QUE VIVEM EM MIM. Lc10: 15:-25
O mesmo caminho, pessoas diferentes: por onde você tem andado? Por onde você tem andado? O Senhor conhece todos os nossos caminhos. (Sl 139)
Introdução:
A PARÁBOLA DO BOM SAMARITANO – OS TRÊS HOMENS QUE VIVEM EM MIM. Lc10: 15:-25
O mesmo caminho, pessoas diferentes: por onde você tem andado? Por onde você tem andado? O Senhor conhece todos os nossos caminhos. (Sl 139)
Introdução: Biblicamente era a cidade da maldição (Josué 6:26); no entanto, era uma  bela localidade, graças à sua localização e suas palmeiras. Mas essa cidade, que estivera   debaixo da maldição durante séculos, tornara-se, naque­le tempo, um abrigo  sacerdotal, onde     viviam sacerdotes quando não estu­davam em Jerusalém, distante apro­ximadamente    24 quilômetros.
A estrada entre as  duas   cidades  estava   situada   num    vale    rochoso   e perigoso, e era frequentada   por   la­drões  e   assaltantes; portanto  não   oferecia    segurança  aos  viajantes. Sacerdotes e levitas, graças à sua vocação religiosa, nunca eram mo­lestados pelos  ladrões que, por cau­sa de seus atos de violência, fize­ram com que aquela região selva­gem   recebesse o nome de Adumim  (Josué 15:7Josué 18:7), ou passagem de san­gue. Josefo nos conta   que um  pou­co antes    de Cristo   haver narrado essa    parábola, Herodes     dispensa­ra    40 mil trabalhadores do templo, e muitos deles se tornaram   assal­tantes de  estrada, corruptos, e ti­nham a seu favor os lugares que ofereciam condições para se escon­derem e  as    curvas fechadas da es­trada, para os ajudarem em seus saques diabólicos. [1]
Foi por essa estrada infestada de ladrões que “um homem” viajava e descia de Jerusalém para Jerico. Não sabemos quem ele era. Provavel­mente um  mercador   judeu. Talvez    tivesse acontecido um ato de violên­cia como  aquele, recentemente, e nosso  Senhor, ao  tomar conhecimen­to disso, o usou com grande resulta­do. É também provável  que os la­drões observaram os passos do via­jante e conheciam quais eram os seus  negócios; e   concluíram que ele provavelmente trazia dinheiro con­sigo. Então armaram uma  embosca­da  contra ele e, após amarrá-lo, feri­ram-no e o deixaram quase morto. Roubaram-lhe tudo o que tinha e  vestia, de forma completa e impiedosa. Mas esse foi apenas o menor dos danos que  os ladrões   lhe causaram. Eles o espancaram violen­tamente e o deixaram exausto e qua­se morto   para  que falecesse na soli­dão daquele local inóspito. Aqueles assaltantes jamais esperavam que  outro viajante fosse passar exata­mente naquele local da estrada, de­serta e perigosa, a tempo  de salvar aquela vítima quase assassinada.
Persornargens:
Doutor da Lei (vv. 25)
Um especialista na Torá. No grego, nomikos, o qual seria considerado um “advogado” no contexto não-judaico, aqui significa um especialista na lei judaica, incluindo tanto a Torá Escrita quanto Oral (a Tradição dos Anciãos mencionada em Marcos 7:2-4). [2]
Esse saudável e des­preocupado sacerdote, um servo da lei obrigado a agir com misericór­dia até para com um animal (Êxodo 23:4-5). Temos aqui um homem que dizia abertamente ser consagrado a Deus e, nesse exato momento, esta­va a caminho de casa, após ter cum­prido o seu turno no serviço do tem­plo. E claro que, após as suas ora­ções e sacrifícios, ele será misericor­dioso para com o homem que dolo­rosamente precisava de misericór­dia. Porém esse líder espiritual, que era um dos 12 mil sacerdotes os quais viviam em Jerico naquela oca­sião, evidentemente tinha deixado Deus no templo e não tinha tempo nem compaixão pelo seu desafortu­nado companheiro judeu. Talvez ele estivesse demasiadamente apressa­do para chegar em casa, a fim de cuidar de seus outros interesses. Assim como o doutor da lei, para quem Jesus proferiu esta parábola, esse sacerdote conhecia a lei com o seu mandamento sobre o amar a Deus e ao próximo; mas, se havia um próximo, certamente era aque­le homem abandonado, seminu e agonizante que estava ali aos seus pés. Porém, com dureza de coração, ele passa distante do ferido, pelo outro lado! [1]
Levita
Sendo chamado Levi, ele era quase certamente um descendente de L’vi, filho Ya’akov e, portanto, um membro da tribo levita separado para o trabalho ligado ao Templo. O outro membro dessa tribo que veio a crer Yeshua foi Bar- Nabba (Atos 4:36). O trecho de Êxodo 6:7 nos diz que “Um grande múmero de Kohanim tornou-se obediente à fé” (os kohanim ou sacerdotes são um clã dentro da trib de Levi). [2]
Entre os judeus não-messiânicos de hoje, os kohanim ou levitas ainda detém certos direitos e responsabilidades distintos daqueles de outros judeus. Por exemplo, na leitura pública da Torá numa sinagoga ortodoxa, a primeira leitura é feita por um kohen, a segunda é feita por um levita; e as leituras seguintes (da terceira até a sétima) podem ser feitas por qualquer outro homem judeu.[2]
Em seguida, surge outro viajante e, com o seu caminhar, a es­perança volta a brilhar dentro do ho­mem quase morto. O levita era da mesma tribo do sacerdote, mas de um dos ramos inferiores. Era um ser­vo do templo e, como ministro de adoração e intérprete da lei, deveria ter sentido grande vontade de aju­dar aquela alma assustada que ele viu; contudo, deixou o homem sem assistência. Esses dois líderes espi­rituais deveriam ser os primeiros a traduzir sua fé em Deus, em preo­cupação e cuidado para com o corpo espancado do viajante. [1]
Por que Jesus introduziu o sacer­dote e o levita na parábola? Foi para reprovar uma religião falsa, sem co­ração, destituída de compaixão, for­mal e organizada, para revelar no bom samaritano o verdadeiro espí­rito da religião em sua essência. Je­sus era fiel à religião dos judeus, mas escolheu o filho de Samaria, para fortalecer a sua repreensão ao sacer­dote e ao levita que haviam falhado em sua sublime missão, da mesma forma que a Igreja se esquece de seu dever primário, quando a fortuna, o conforto, a descontração e o orgulho minam as forças de sua compaixão. [1]
O Samaritano (vv. 33)
Samaritanos no monte Gerizim
Um homem de Shomron. Isto é, um homem de Samaria, mais conhecido como o “bom samaritano”. Tem havido inimizade por séculos entre os judeus e os samaritanos (veja Yn 4:9N), e assim o interrogador de Yeshua provavelmente também teria pouca apreciação pelos samaritanos, e poderia ter pensado que se um sacerdote e um levita se recusaram a ajudar o homem, quanto mais um indigno samaritano o ajudaria. O próprio Yeshua tinha recentemente viajado através de Samaria (9:51-53). [2]
Os samaritanos não eram puros em termos raciais, mas uma mistura de judeu e gentio; por isso, eram odiados pe­los que tinham o sangue integral do grupo étnico judaico. Os judeus não queriam comunhão com os samaritanos e os rejeitavam. Embora os dois grupos morassem próximos uns dos outros, não se consideravam e nem se tratavam como próximos no sentido moral da palavra. Assim o doutor da lei deve ter ficado bastan­te surpreso, quando Jesus apresen­tou o samaritano como a única pes­soa que se dispôs a ajudar aquele judeu indefeso, na estrada solitá­ria e perigosa. O homem que aju­dou o pobre necessitado foi exata­mente o que ele menos esperava que o faria. [1]
Azeite e vinho (vv 34)
Azeite e vinho eram considerados como remédios[2]
2 Denários (vv. 35)
Dinheiro equivalente a dois dias de trabalho, literalmente, “salário de dois dias”. [2]
ESSES TRÊS HOMENS, OU PERSONAGENS VIVEM DENTRO DE CADA UM DE NÓS: LADRÃO, O RELIGIOSO E O HOMEM BOM. (O que varia é a proporção)
I. Os ladrões. V 30:
  • Amam impedir as pessoas de sonharem, gostam de ferir, matar.
  • Tem muita gente sangrando por aí com   hemorragias   internas ininterruptas ao longo de muitos anos por que um dia, caíram      nas mãos dos ladrões. Tem muita gente  machucada   dentro  de   nossas igrejas. Elas não  tem   força  para   vencer   na   vida! Estão na lona!
  • São incalculáveis o número daqueles e daquelas que  perderam quase tudo.
  • Todos  os  dias   tentam  nos  matar, as   vezes  com  palavras, silêncio ou olhar.
  • Deseja o que o outro tem. Eles acham o que  os  outras  tem  é sempre melhor do que ele tem.
  • Eles são tiranos, agem com suas próprias forças, sem nenhuma ajuda de Deus.
  • Eles ignoram processos em detrimento de resultados imediatos.
  • São egoístas, insensíveis, narcisistas.
  • Estão sempre preocupados em satisfazer seus interesses em primeiro lugar.
  • Este ladrão está dentro de você!
II. Os religiosos. V 31
  • O homem religioso.
  • Cristianismo não é religião, e sim relação com Deus.
  • Jesus não veio fundar uma religião, Ele veio implantar o Reino de Deus.
  • O que a religião pode fazer para melhorar a vida das pessoas? Nada. Os sacerdotes passaram de largo. (frieza e indiferença)
  • Religião não gosta de pessoas, e sim o que elas podem proporcionarem. (retorno: tempo, dinheiro, submissão cega…)
  • Negar socorro é crime.
O artigo 305 do Código de Trânsito Brasileiro
O artigo 135 do Código Penal Brasileiro
  • As pessoas estão matando e morrendo todos os dias por causa da religião. A religião constrói muros, paredes, cerca de arames farpados. Separa, divide, exclui.
  • Religião combina com morte: Mataram Jesus, mataram os profetas. (Lc 13:34).
III. O homem bom. Vs 33-35
  • O ato da bondade é uma escolha. Deus criou o homem livre para fazer escolhas. O poder da é sempre da pessoa.
  • Esse homem fez uma escolha: Passar perto daquele que estava sangrando…, servir, ajudar, abençoar.
  • Todas as nossas escolhas tem conseqüências e atingem outras pessoas.
  • Temos o poder de escolher seguir no caminho que desejamos: ladrão, religião ou do homem bom.
  • Às vezes as nossas escolhas nos afastam dos caminhos de Deus.
  • O homem bom enxerga com os olhos do coração. Tem gente que vê mais não enxerga.
  • O homem bom vê, enxerga e age! O que ajuda as pessoas é a nossa ação. Sentimento de pena, de dó, discursos, retórica, boas intenções, etc., não ajudam as pessoas.
  • O homem bom não é governado por coisas e sim por pessoas. Na sua agenda, ele tinha tempo para os outros. Ele parou de seguir o seu caminho.
  • O homem se aproxima das pessoas e não foge delas. Jesus é o nosso modelo.
  • O homem bom levanta as pessoas, e não as derruba.
O homem bom é um agente de cura e não um instrumento de dor para as pessoas. Ele derrama óleo sob as ferida e não as espreme. Receba essa unção!
  • Os ladrões ferem a religião não interfere, mas o homem bom confere e faz a diferença.
  • O homem bom é um bom mordomo. Ele colocou o homem ferido sobre o seu animal.
  • O homem bom é generoso e divide o que tem para tornar a vida do outro melhor.AZETE e VINHO
  • Nós encontramos o azeite no Velho  Testamento na   botija da   viúva   endividada; no reservatório do candeeiro da Casa do Senhor. Na unção   de Davi, ainda   adolescente, no quinto verso do Salmo 23, e, entre tantos outros, na visão  do    profeta   Zacarias. Azeite fala de sabedoria; azeita pode ser um rosto brilhando pelo perdão de      Deus; azeite é uma bênção surpresa quando tudo o mais se acabou. Azeite é   o   gosto   da vitória; azeite é a unção da promessa de Deus.
  • Na parábola do samaritano o vinho foi usado para limpar as feridas.
  • Azeite e vinho falam de solidariedade, de compaixão, de cuidados. Azeite e vinho são as atitudes do cristão verdadeiro que vai além das palavras; além da teologia. A sequência de uso é azeite e vinho. Primeiro a unção do Espírito em seguida a alegria do Espírito. O azeite amacia e refresca um coração ferido e o vinho lava as impurezas e a maldade do pecado. Para adquirir deste azeite e deste vinho é preciso ir à fonte da misericórdia e da compaixão. É preciso depender de Jesus.
  • Quem ama vai atrás, busca e procura até achar. Quem tem azeite e vinho anda na presença de Deus e navega como um barco cuja vela se faz cheia sob o vento da vontade do Espírito Santo. Isto não se aprende com a leitura de compêndios e comentários. Não vem junto com um canudo de teologia, mas em andar com o Senhor.
Conclusão:

Então o Rei lhes responderá: ‘Em verdade eu vos digo: todas as vezes que não fizestes isso a um desses pequeninos, foi a mim que não o fizestes!’ (Mt 25:45).

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