Um apelo aos líderes: Conservemos a sã doutrina
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A importância de se conservar a pureza da doutrina Pentecostal. É patente a todos nós a grande avalanche de novas doutrinas teológicas dos falsos profetas e falsos mestres em nosso meio, muitas delas disseminadas através da música gospel e dos pregadores de mega-eventos, e que são assimiladas por crentes pouco afeitos ao estudo da Palavra.
Também sabemos que muitas de nossas igrejas desprezam o ensino bíblico, seja lá qual for o motivo, o estudo sistemático da Palavra de Deus não é levado a sério e quem sofre com isso são seus membros, tornam-se "presas" fáceis dos falsificadores da Palavra. Parece redundante estudarmos este assunto, mas ele se reveste de extrema importância, dado o momento que vivemos e à nossa ‘cultura’ de desprezo ao estudo sistematizado da Palavra, por isso, no decorrer da lição, enfatizemos o fato de que precisamos nos manter firmes e fiéis às Sagradas Escrituras a fim de que possamos desmascarar os enganos de satanás. O estudo desse tema é importante, sobretudo pelo fato de os ensinos heréticos e o surgimento das seitas falsas serem parte da escatologia, isto é, um dos sinais dos tempos sobre os quais falaram Jesus e seus apóstolos. O apóstolo Paulo, por exemplo, escreve: "Mas o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras, e que têm cauterizada a própria consciência" I1Tm 4.1,2). Precisamos estar atentos, procurando seguir a recomendação bíblica: "Examinai tudo" (1Ts 5.21). “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem” (1Tm 4.16). – Paulo discipulando Timóteo alerta-o quanto ao cuidado consigo mesmo e com a doutrina. A vida pessoal dos ministros de Deus deveria ser pura tanto quanto a doutrina que pregam. A influência de Deus pode se afastar do coração do homem através da negligência, e nossas mentes podem perder a intensidade de seu chamado. Paulo deve ter observado que os falsos mestres desviaram-se justamente por falhar nestes pontos e, portanto, de onde cristãos geralmente podem se desviar. Mantendo-se firme e fiel à Palavra de Deus, a Igreja de Cristo conservará a sã doutrina no poder do Espírito Santo. I. FALSOS DOUTORES E PROFETAS 1. Uma avalanche de heresias. (do latim haerĕsis, por sua vez do grego αἵρεσις, "escolha" ou "opção") é a doutrina ou linha de pensamento contrária ou diferente de um credo ou sistema de um ou mais credos religiosos que pressuponha um sistema doutrinal organizado ou ortodoxo. A palavra pode referir-se também a qualquer "deturpação" de sistemas filosóficos instituídos, ideologias políticas, paradigmas científicos, movimentos artísticos, ou outros. A quem funda uma heresia dá-se o nome de heresiarca. O termo grego referia-se, em certa época, a grupos ou seitas num sentido neutro (At 24.5). Foi usado por Paulo para referir-se a grupos que provocam divisões (1Co 11.19; Gl 5.20), e veio a denotar ensinos específicos de tais grupos. As heresias, geralmente surgem em Igrejas de menor expressão e sorrateiramente, penetram em nossa denominação, através de musicas, as quais entoamos em nossas igrejas como verdadeiros mantras; através de pregadores, verdadeiros ‘showman’, que têm suas pseudo mensagens copiadas e repetidas em nossos púlpitos sem serem analisada e, ainda, através de importações de falsos mestres da nossa co-irmã norte-americana. “Atenção para que ninguém vos engane” (Mt 24.4). Nosso Senhor Jesus Cristo várias vezes alertou rigorosamente os seus discípulos a respeito dos falsos ensinamentos dos fraudulentos líderes religiosos da sua época (Mt 7.15; 15, 1-9; 24.11, 24). Nada mudou, hoje como nunca, os ensinamentos dos falsos profetas tem ganhado o mundo na mesma velocidade da internet. Os meios de comunicação nos Estados Unidos têm falado com uma freqüência cada vez maior sobre a presença de um movimento herético chamado “Só Jesus” em algumas Igrejas que se dizem cristãs. 1. Falsos mestres e falsos profetas. Todo o capítulo 2 de 2Pedro trata de um só assunto: os falsos mestres, ou falsos instrutores. É digno de nota que, Pedro, no 1º Capítulo, falou sobre o verdadeiro conhecimento em contraste com os falsos ensinamentos dos hereges. Ao falar, da maneira como fala, no capítulo 2, sobre falsos mestres, ele está também alertando quanto ao perigo de se seguir a falsos ensinamentos. No fim do capítulo um, Pedro disse que os profetas do Velho Testamento foram guiados pelo Espírito Santo. Contudo, ele observa no capítulo 2 que havia falsos profetas (homens declarando falsamente estarem falando por Deus) no meio do povo de Israel e haverá falsos mestres entre os cristãos. É claro que estes falsos mestres são cristãos que decaíram do Senhor. Eles negam que o Senhor os resgatou do pecado (2.1). Infelizmente, outros discípulos serão enganados por eles e os seguirão (2.2,3). Pedro escreve que estes falsos mestres certamente serão punidos pelo Senhor (2.1,3,9-10,12,17). Para que ninguém pense que estes falsos mestres podem permanecer escondidos no meio da igreja, Pedro afirma a capacidade do Senhor para separar os justos dos injustos, punindo os injustos e preservando os retos (2.4-9). Para ilustrar este ponto, Pedro cita os exemplos de anjos que pecaram (2.4; veja também Judas 6), Noé e sua família (2.5) e Ló (2.6-8). Os anjos rebeldes estão reservados para o julgamento. Noé e sua família foram salvos do dilúvio enquanto o resto da humanidade foi afogada. Ló foi resgatado de Sodoma, mas a cidade inteira foi completamente destruída. Pedro é cuidadoso ao notar a retidão de Noé e Ló. Pedro descreve o caráter destes falsos mestres. Eles são arrogantes e não têm respeito pela autoridade (2.10,18). Eles são indivíduos gananciosos, tirando lucro financeiro dos seus "discípulos" (movidos por avareza, farão comércio de vós; tendo coração exercitado na avareza; seguiram no erro de Balaão que queria lucrar amaldiçoando Israel). Além disso, eles são culpados de imoralidade (imundas paixões; sua luxúria carnal; tendo os olhos cheios de adultério). Pedro descreve vivamente a situação daqueles que deixam Cristo e retornam ao mundo. Eles se tornam escravos da corrupção (2.19). O último estado destas pessoas (mais uma vez enredados no pecado) é pior do que o primeiro. Tendo sido libertados da corrupção do mundo através do seu conhecimento de Cristo, se retornam a estas contaminações, eles são comparáveis ao cão que retorna para comer seu próprio vômito e o porco lavado que retorna ao lamaçal (2.20-22). Que mais tem o evangelho para oferecer àqueles que rejeitaram Jesus Cristo? Absolutamente nada! [2]. 2. A falta de estudo bíblico no meio pentecostal. Oh! Quanto amo a tua lei! É a minha meditação em todo o dia! (Sl 119.97). Estudar a Bíblia não é apenas lê-la. É aproveitar lições preciosas para o crescimento espiritual, extraindo alimento para a alma. A Bíblia é o Livro de Deus. Ela é a mensagem de Deus para todas as pessoas, em todos os tempos, em todos os lugares. Deus amou o mundo. "[...] Deus, nosso Salvador, que quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade" (1Tm 2.3,4). A Bíblia é a revelação especial de Deus para a humanidade. Ainda que seja o livro mais editado, no mundo, ao longo dos tempos, é, ainda, o livro menos conhecido de muitos povos e nações. O desejo de Deus é que a sua Palavra chegue a todo o ser humano, para que seja lido, apreciado e estudado [3]. Os crentes pentecostais, não herdaram completamente a mensagem pentecostal dos pioneiros, fato observado hoje pela rejeição ao conhecimento teológico de muitos líderes e, conseqüentemente, a falta de senso crítico de sua membresia. Esquecemos rapidamente que o pioneiro Gunnar Vingren foi um seminarista, bem como, outros missionários que por aqui aportaram. Por falta de conhecimento, o pentecostal dá crédito fácil à mentira - ele crê com facilidade em qualquer invenção que aparece sem questionar nada, sem comparar com as Escrituras, bastando apenas que o líder diga tudo com ares de autoridade e com alguns “aleluias” (At 17.11; Ef 4.14-15). A realidade atual é que a maioria de nossos irmãos são ignorantes quanto a Palavra de Deus, falta interesse no estudo bíblico sério e profundo. E o pior, ainda há muitos que não vêem o estudo teológico como algo importante, citam inclusive, 2Co 3.6, interpretando erroneamente a frase “a letra mata” como uma censura de Paulo contra o estudo. Não há ênfase na pregação e no estudo sério das Escrituras em nosso meio. Há quanto tempo você ouviu uma pregação expositiva acerca da Trindade – se é que já ouviu? Nossos cultos resumem-se ao louvor, e de preferências, de ‘fogo’, nas encenações teatrais, jograis, grupos de gestos, ministério de dança e coisas do tipo (1Co 1.21; 1Tm 3.15; 2Tm 2.15), E um mínimo de tempo para uma abordagem de algum texto bíblico, que em geral, são desprovidas de hermenêutica - uma das primeiras ciências que o pregador deve conhecer é certamente a hermenêutica; porém, quantos pregadores há que nem de nome a conhecem! Se quisermos preservar a sã doutrina, precisamos voltar a priorizar o estudo da Palavra de Deus (2 Tm 3.15-17). A Palavra de Deus nos torna sábios para a salvação (2 Tm 3.1 5), santifica-nos (Jo 1 7. 1 7), e leva-nos a conhecer mais profundamente ao Senhor (Os 6.3). “E perseveravam na doutrina dos apóstolos...”- Doutrina, como está em nossa Palavra-Chave, significa: ensino, aquilo que é ensinado, ensino a respeito de algo, o ato de ensinar, instrução, fazer uso do discurso como meio de ensinar. O ensino é uma doutrina e as Escrituras falam sobre três tipos de doutrina, a saber: a. Doutrina Bíblica: São ensinamentos de Deus. Elas são imutáveis. As doutrinas de Deus possuem 3 divisões que são: -. Doutrina da Salvação: Arrependimento, conversão, novo nascimento, santificação. -. Doutrina da fé: Teontologia, Trindade, Espírito Santo, Cristo, vida após a morte. -. Doutrina das últimas coisas: Arrebatamento, ressurreição, tribunal de Cristo. b. Doutrina de Homens: São ensinamentos e tradições de homens. São ensinos de homem e não de Deus. E as tradições mudam de tempo em tempo (Mt 15.1-9). Muitos fundamentam suas doutrinas no legalismo; em leis do Velho Testamento. Por exemplo, guardar o sábado para se salvar, outros em dogmas e tradições; (doutrina criada pelos homens). Os tais pensam em estar agradando a Deus, mas não. Em Mt 15.1-3 Jesus diz que eles invalidavam o mandamento de Deus pelas suas tradições. c. Doutrina de Demônios: São ensinos inspirados por demônios, e contrariam a Palavra de Deus. Ex: Negam a inspiração divina sobre os autores da Bíblia; negam a divindade de Jesus; negam a vida eterna. “Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios” (1Tm 4.1). Falsos mestres e profetas, com seus ensinos fraudulentos, vêm de modo sorrateiro corrompendo a sã doutrina. II. A SUTILEZA DE SATANÁS NO FIM DOS TEMPOS 1. Os ardis de satanás. O astuto é aquele que usa de sutilezas para enganar e macular. Esse tem sido o papel do Adversário desde tempos imemoriais. Adulterar significa corromper falsificar o genuíno Evangelho. Quando ensinamos com aberrações e enganos, estamos acrescentando ou adulterando a Palavra de Deus. “A primeira vestimenta de um ministro de Deus é estar cingido da verdade, e a segunda é couraça da justiça. “Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça” (Ef 6.14). A palavra verdade no grego é aletheia, significa a verdade em qualquer assunto em consideração; que é verdade em coisas relativas a Deus e aos deveres do ser humano, verdade moral e religiosa; em verdade, de acordo com a verdade; a verdade tal como ensinada na religião cristã, com respeito a Deus e a execução de seus propósitos através de Cristo, e com respeito aos deveres do homem, opondo-se igualmente as superstições dos gentios e as invenções dos judeus, e as opiniões e preceitos de falsos mestres até mesmo entre cristãos; verdade como excelência pessoal; sinceridade de mente, livre de paixão, pretensão, simulação, falsidade, engano, sofisma. Cegar no grego é tuphloo, que significa obscurecer a mente; embotar o discernimento mental. Como alguém que coloca uma venda nos olhos para não poder ver. O deus deste século (Satanás) vedou, cegou, obscureceu o entendimento (a mente) dos seus ministros para que lhes não resplandeça a luz do evangelho. Por está razão o diabo usa seus ministros para enganar e corromper o Evangelho de Jesus para que não resplandeça a luz da Verdade. Quando um ministro adultera o sentido da Palavra ele está deixando de ser verdadeiro, ou seja, ele não ensina a verdade segundo a Bíblia. Se ele prega seus sermões alterando, sem o verdadeiro sentido da Palavra; ele passa ser um mentiroso. E para estes a Bíblia é clara ao dizer que serão lançados no lago de fogo (Ap 21.8). Uma das armas que o diabo usa através dos falsos ministros é a proibição do estudo sistemático da Bíblia. Qualquer pregador que despreza a hermenêutica bíblica é presa fácil para Satanás. Um pregador qualificado é difícil de se enganar. Mas o desqualificado está sem conhecimento e preparo. E sem o bom conhecimento o pregador pode mudar o verdadeiro sentido da Palavra de Deus e assim tornar um adúltero no sentido bíblico”[4]. Os falsos mestres e profetas utilizam vários disfarces para semear suas heresias (2 Ts 2.1 5). Desde a fundação da Igreja, os falsos mestres vêm disfarçando-se entre os filhos de Deus para disseminar suas heresias. Jesus disse que os mestres do erro apresentam-se "vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores" (Mt 7.15). A Bíblia classifica os tais como "falsos apóstolos" e "obreiros fraudulentos", identificando-os como agentes de Satanás que se transfiguram "em ministros de justiça" (2Co 11.13-15). Devemos, por isso, acautelar-nos deles. Dissimuladamente, escondem suas reais intenções e apresentam-se como ovelhas; interiormente, porém, são lobos predadores (Mt 7.1 5). Oremos e vigiemos (Mt 26.41 a) para não virmos a cair nas muitas ciladas do diabo. 2. Palavras persuasivas. Os falsos mestres, a quem o apóstolo se refere em Cl 2, estavam envolvidos com o legalismo judaico: circuncisão (Cl 2.11), preceitos dietéticos e guarda de dias (Cl 2.16). Há também várias referências ao gnosticismo (Cl 2.18, 23). O verbo grego paralogizomai, "enganar, seduzir com raciocínios capciosos", descreve com precisão a perícia dos falsos mestres na exposição de suas heresias. O nosso cuidado deve ser contínuo para não nos tornarmos presas desses doutores do engano. Paulo adverte os crentes de Colossos a que não sejam enganados pelos falsos mestres (Cl 2.4). Que falta nos faz um pastor como Paulo... ele expressa emoções de angústia e alegria em Cl 2.1-5, além de preocupação com o bem-estar espiritual daquela igreja, ele agoniza em oração pelos crentes de Colossos e Laudicéia os quais estavam ameaçados por falsos mestres. Não obstante sua dor, ele expressa alegria pela força que aquela igreja tinha em lutar firmes pela preservação da sã doutrina (v.5). Firmes na Palavra, poderemos desmascarar as sutilezas e os ataques de Satanás contra a Igreja de Cristo. 3. “Ninguém vos faça presa sua”. “Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim também andai nele, Arraigados e edificados nele, e confirmados na fé, assim como fostes ensinados, nela abundando em ação de graças” (Cl 2.6-7 6). O apóstolo insiste que devemos andar de acordo com o evangelho, a fim de ficarmos arraigados, edificados e firmados na Palavra de Deus. Entretanto, a mensagem dos agentes de Satanás é sempre contra tudo o que cremos, pregamos e praticamos. Às vezes, há alguns pontos aparentemente, comuns entre nós e eles, e nisso reside o perigo, visto que é por onde tais ensino se introduzem. E satanás lança mão de todos os meios possíveis para induzir ao erro o povo de Deus. A mensagem do evangelho é simples e qualquer ser humano independentemente de seu preparo intelectual e origem, é capaz de entender; basta dar lugar ao Espírito Santo, que convence o homem "do pecado, da justiça e do juízo" (Jo 16.8). O significado de "presa" em Cl 2.8 revela o que acontece, ainda hoje, com os adeptos das seitas. O verbo grego sylagõgeõ, "levar como despojo, prisioneiro de guerra, seqüestro, roubo", descreve o estado espiritual dos que seguem os falsos mestres. Um dos objetivos dos promotores de heresias é escravizar suas vítimas para terem domínio sobre elas (Cl 2.18; Gl 4.17). Hoje, muitos estão nos grilhões das seitas como verdadeiros escravos. E não apenas das seitas, mas muitos pentecostais estão debaixo de jugo – do legalismo, do coronelismo, do não pode-não faças-não toques. A Bíblia adverte-nos: "Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas [...]" (Cl 2.8). Um dos maiores desafios da igreja nestes últimos dias é lutar contra os ardis e enganos do Inimigo. Como Igreja do Senhor devemos estar preparados, alicerçados na Palavra, para detectar e combater as sutilezas de satanás. III. A IGREJA É A GUARDIÃ DA SÃ DOUTRINA 1. A sã doutrina. Independente do que os legalistas façam ou digam, independente do que os tele-pregadores e cantores do gospel espalhem como verdade, a igreja deve preservar a sã doutrina, deve continuar com a doutrina saudável do evangelho. É preciso estar preocupados com que a sã doutrina, que é segundo o evangelho, seja transmitida e que haja o comprometimento para com a mesma. Duas atribuições da liderança da Igreja que, em função dos falsos mestres infiltrados em nosso meio, são de especial relevância: o ensino da sã doutrina e a refutação da que é falsa (Tt 1.9). Um motivo forte para aquela igreja se comportar de acordo com a sã doutrina, de acordo com Paulo, era evitar qualquer ocasião para os incrédulos acusarem os discípulos de impiedade (Tt 2.5, 8). Em vez de fazerem com que a palavra de Deus fosse difamada pela conduta pecaminosa, os cristãos poderiam “adornar” a doutrina de Cristo através de sua obediência (Tt 2.10). O Senhor adverte-nos, em sua Palavra, de que nos últimos tempos haveria grande rebeldia e apostasia: "Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios" (1 Tm 4.1). Paulo continua observando em geral por que os cristãos deveriam viver de acordo com a sã doutrina (Tt 2.11-14). Deus demonstrou sua graça para com a humanidade enviando seu Filho para morrer na cruz. Jesus morreu para redimir os homens de sua iniqüidade, assim provendo para ele próprio um povo especial purificado e zeloso das boas obras (Ef 5.25-27). A mensagem do evangelho é que podemos tornar-nos parte deste povo especial se quisermos deixar a impiedade e as paixões pecaminosas do mundo e viver de acordo com a sã doutrina. 2. Examinemos tudo. Paulo exortou a igreja de Tessalônica: "Examinai tudo. Retende o bem" (1Ts 5.21). Toda e qualquer manifestação espiritual deve ser analisada, a fim de evitar os efeitos do engano da falsa profecia dentro da igreja. O desdobramento deste artigo mostrará que os falsos profetas simulam uma espiritualidade, sabem falar a linguagem do povo cristão, apresentam uma suposta autoridade espiritual e falam em nome de Jesus. Porém, esses mesmos profetas não apresentam uma piedade genuína, seus frutos são carnais, e o amor está longe de seus corações. Precisamos estar atentos, porque uma profecia proferida falsamente pode trazer conseqüências destrutivas à vida de qualquer pessoa. Lembre, que a profecia de acordo com o princípio bíblico é para edificar, exortar (animar) e consolar (1Co 14.3). “Mas o que profetiza fala aos homens, para edificação, exortação e consolação” (1Co 14.3); “Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo” (1Jo 4.1). O apóstolo Pedro deixou claro que a presença do verdadeiro não é suficiente para impedir a manifestação do falso. Ao falar dos autênticos profetas hebreus do Antigo Testamento, o apóstolo ressaltou que “também houve entre o povo falsos profetas” (2Pe 2.1). Ao longo dos séculos, percebeu-se que onde há o verdadeiro, há também o falso. Para cada Moisés, há um Janes e Jambres (2Tm 3.8); para cada Micaías, há um Zedequias, filho de Quenaana (1Rs 22.11); para cada Jeremias, há um Hananias, filho deAzur. O crente não pode deixar-se levar pelos sinais e manifestações sobrenaturais, sem antes ter a certeza de que a sua origem é divina (1 Jo 4.1-3). 3. Sólido mantimento. O crescimento espiritual inicia-se a partir do momento da conversão o cristão coloca em desenvolvimento sua vida espiritual até que chegue a estatura de Cristo (Ef 4.13). Para tal, é necessário abandonar as coisas de menino (I Co 13.11; Ef 4.14) e perseguir o crescimento como um ideal cristão (Hb 5.14). Deus está sempre pronto a nos dar o crescimento. Nós cresceremos espiritualmente se fizermos assim: a. É preciso desejar crescer (1Pe 2.2). A palavra “maduro” significa “cheio”, “completo”, “que atingiu o alvo”, “íntegro”. Assim entendemos que o cristão maduro é alguém que tem sido enriquecido pelas experiências com Deus, que está alcançando o alvo que Deus estabeleceu para tal pessoa. A verdade é que Deus tinha um propósito para as nossas vidas quando Cristo nos salvou. (Fp 3.12-18). É impossível alcançar o alvo divino se não apontarmos em direção a ele. Talvez a distância entre nós e o alvo estabelecido por Deus seja grande, mas a distância entre nós e o próximo passo não é tão grande. Nunca alcançaremos o alvo se não dermos o primeiro passo e depois o segundo e assim sucessivamente. Alcançaremos a maturidade cristã quando a estabelecermos como prioridade em nossas vidas. b. Ingerindo alimento sólido e deixando o leite (1Co 3.2; Mt 4.4). A má alimentação atrapalha o crescimento. É preciso ter alimentação equilibrada para não ter crescimento anêmico ou retardado. O cristão que almeja o crescimento tem na Palavra de Deus a fonte de sua alimentação, pois dela emana boa doutrina que sustenta, dando força para as tempestades da vida. Estudarmos e meditarmos na Bíblia todos os dias (Js 1.8-9; Sl 1.1,2); aprendendo de Jesus (Mt 11.29); aplicando a palavra na vida e guardando-a no coração (Ap 1.3); são algumas formas de alimentar-se solidamente para crescer fortemente. c. Mortificando as obras da carne (Gl 5.24). Não falar palavras torpes (Ef 4.29), não enganar ninguém (I Ts 4.6), não mentir (Cl 3.9), ser fiel na vida matrimonial (Ml 2.14-15), manter para com os vizinhos, seus familiares e em seu trabalho a mesma conduta que tem na igreja, buscar a libertação de todos os males (Jo 8.32,36), vestir-se de modo decente, honesto, com pudor e modéstia (1Tm. 2.9,10) d. Mantendo com Cristo uma comunhão ininterrupta (Jo 15.4,5). É de Cristo que vem toda suficiência para o crescimento espiritual. É da videira que vem substância capaz de fortalecer os ramos, para que os mesmos sejam vistosos, fortes e frutíferos. Esteja crucificado com Cristo (Gl 2.20). O crescimento espiritual é o processo de despertar interno, e de tornar-se consciente do nosso ser interno. Significa o aumento da consciência além da existência ordinária, e o despertar para algumas verdades universais. Significa ir além da mente e do ego e realizar quem você é realmente. O crescimento espiritual é o direito de sucessão de todos. É a chave a uma vida de felicidade e de paz de espírito, e a manifestação do poder enorme do espírito interno. Este espírito está igualmente atual dentro da pessoa a mais materialista, e dentro da pessoa a mais espiritual. O nível da manifestação da espiritualidade é dependente de quanto o espírito interno é próximo à superfície, e de quanto é coberto e escondido, por pensamentos, por opinião e por hábitos negativos[5]. A Igreja de Cristo é responsável pela preservação da sã doutrina. O dever de examinar as coisas espirituais é fortemente recomendado pelo apóstolo Paulo repetidas vezes. "O homem espiritual julga (examina, ou como está no grego, investiga e decide) todas as coisas" (1Co 2.15). O crente espiritual deve usar seu julgamento, que é uma faculdade renovada se ele é um homem espiritual. Esse exame ou julgamento espiritual é mencionado em relação às "coisas do Espírito de Deus" (v. 14), o que nos mostra como o próprio Deus honra a personalidade inteligente do homem que Ele recriou em Cristo, convidando-o a julgar e a examinar as obras de Seu próprio Espírito, de modo que até mesmo as "coisas do Espírito" não devem ser recebidas como provenientes Dele sem serem examinadas e espiritualmente discernidas como sendo de Deus. ‘Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios‘ (1Tm 4.1). Paulo escreveu ao jovem Timóteo, há quase dois mii anos, alertando quanto aos perigos da apostasia — gr. apostasia — ‘desvio‘, ‘afastamento‘, ‘abandono‘; no texto bíblico, sempre significa abandono ou desvio da fé em Jesus. N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus”(Ef 2.8), Que Deus tenha misericórdia de nós e que a Igreja da pós-modernidade não venha a se conformar com este século mas se transformar pela renovação do nosso entendimento em nome de Jesus. |
quinta-feira, 24 de março de 2016
Um apelo aos líderes
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