sábado, 19 de março de 2016

O Arrebatamento da Igreja e a Cronologia do fim

O Arrebatamento da Igreja e a Cronologia do fim
 

O arrebatamento da igreja é um mistério só plenamente compreendido quando realmente ocorrer. Quando ocorrer este evento iniciará um serie de acontecimentos, abrangendo a igreja, Israel e as nações em geral. No céu ouvir-se-á o brado de Jesus, a voz do arcanjo e a trombeta de Deus. E os mortos em Cristo ressuscitarão. O Senhor Jesus trará consigo os fiéis que estavam com Ele, os quais unir-se-ão a seus corpos, já ressuscitados e glorificados. A seguir, os fiéis que estiverem vivos na ocasião serão transformados e glorificados num corpo semelhante ao do Senhor Jesus e subiremos com o Senhor ao céu.

Arrebatamento é uma palavra de origem grega para descrever o rapto dos fiéis ao céu ou a transladação da igreja. Será invisível e repentina. É comparado na Bíblia com um abrir e fechar de olhos. No original grego diz: como um piscar de olhos, é um milésimo de segundo. Será exclusividade da igreja santa lavada, purificada e remida no sangue do Cordeiro. Com o arrebatamento haverá um período desenvolvido com quatro importantíssimos acontecimentos que envolverão diretamente a igreja arrebatada:

1. Ressurreição dos fieis que morreram
2. Transformação dos fieis vivos
3. A recepção no Tribunal de Cristo
4. A recepção das Bodas do Cordeiro


Ressurreição dos fiéis vivos

Com o toque da trombeta, os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro( 1 Ts. 4. 13 ,18).
A Bíblia diz que haverá duas ressurreições, uma para a vida eterna e a outra para o desprezo e vergonha eterna (Jô 5: 28, 29, Ap.20:6).
No arrebatamento será a primeira ressurreição. Paulo é claro quando diz que irão ressuscitar os mortos em Cristo(1 Ts 4:16). Esta será a ressurreição para a vida eterna (Dn. 12.12).

A ressurreição será uma evidência dos atributos ativos de Deus, isto é, da junção da sua onisciência e onipotência que de modo sobrenatural levantarão dos sepulcros os mortos em Cristo.

Não pode ser dogmático no que diz respeito à hora, dia, mês ou ano em que Cristo voltará.
A Bíblia é enfática em dizer que não nos compete avaliar os tempos em que o Pai reservou a sua exclusiva autoridade (At: 1.7, Mt: 24,26). E a mesma Bíblia que cita uma serie de razões pelas quais à volta de Cristo é uma verdade imprescindível.

Ele voltará porque prometeu (Jô: 14.1,3)

Ele voltará porque o Pai determinou (Mt: 24,36)

Ele voltará porque os anjos declararam (At: 1.11,12)

Ele voltará porque a criação o aguarda (Rm: 8.19,32)

Ele voltará porque a igreja e o Espírito aguardam na expectativa de um gemer profundo (Rm: 8.23,26).

E finalmente voltará sim, por causa dos vários sinais precedentes deste dia que estão escritos na Bíblia, preferidos pelos apóstolos e pelo Senhor Jesus Cristo.

Guerras: Mt. 24.6,7
Fomes: Mt. 24.7 ; Am: 8.11
Terremotos: Mt. 24.7
Distúrbios familiares: Lc. 21.16
Falsos ensinadores: Mt. 24.11
Sinais no céu: Lc: 21.11
Ódio e ausência do amor: Mt. 24.9-12
Apostasia: 1Tm. 4.1-3
Declínio moral dos homens: 2º Tm. 3.1-9
Israel ? o brotar da figueira: Mt 24.31, Lc 21,29

Diante de tudo concluímos que ?aquele que há de vir virá e não tardará? (Hb 10.37).
A primeira carta os Corintios 15.52-54 descreve os corpos que virão dos mortos em Cristo que ressuscitaram: corpos incorruptíveis e imortais, ou seja, um corpo que não será sujeito à corrupção nem a morte.

Transformação dos fiéis vivos

Em seguida ao tal acontecimento, segue a transformação dos fiéis vivos que juntamente como os ressurretos serão levados ao encontro do Senhor nos ares ( 1 Ts 4.17).
A igreja receberá um corpo glorificado a semelhança do corpo de Cristo ressurreto. Um corpo que não estará sujeito às coisas materiais.
É obvio notar que na transformação dos vivos a Bíblia diz que Deus transformará. Isto significa que os corpos dos fiéis não ficarão no chão de onde foram arrebatados, mas sim que Deus transformará este corpo natural e carnal em corpo espiritual e glorificado e tomará para Si.

A recepção no Tribunal de Cristo

A igreja arrebatada terá destino em primeiro lugar ao Tribunal de Cristo, nome dado na Bíblia ao lugar onde Cristo recepcionará os fiéis com seus galardões e lauréis.
Note-se que este julgamento é para julgar as obras e não os obreiros.

A ? O tempo

A época bíblica para este tribunal, situa-se da seqüência do arrebatamento, na época também da primeira ressurreição, quando Cristo voltar para levar sua igreja. ( 1 Cor 4.5 Lc 14. 14; Ap 3.10).


B ? O lugar

O lugar deste tribunal será nos ares, onde a igreja arrebatada encontrar-se-á com Cristo (1 Ts 4.17; Dn 7.13,22). Existem muitas divergências entres os comentaristas quanto ao local exato do Tribunal de Cristo. Tenho que para mim será na porta e nos ares. Onde me baseio na Bíblia ? Na antiguidade os juizes e anciãos de uma nação costumavam julgar seus súditos e suas causas na ?porta da cidade? (Gn 19.1,9; 1 Sm 4. 13, 18; 2Sm 15.2). Boaz, chamado o remidor, e mais dez testemunhas da cidade de Belém, julgaram a causa de Rute, a moabita, na ?porta da cidade? de Belém (Rt 4.1,2) E ali, diante desse tribunal, ela recebeu?... o galardão do Senhor Deus de Israel? (Rt 2.12).
Muitas coisas nas Escrituras foram escritas?... para nosso ensino? (Rt 15.4), pois algumas delas são sombras das coisas celestiais? (Hb 8.5), e outras são ?...figuras das coisas do céu? (Hb 9.23). Se o nosso pensamento é acertado nesta interpretação, é evidente, embora pouco provável que o Tribunal de Cristo terá lugar ainda nos ares, especialmente na ?porta formosa do Céu.

Neste tribunal a base do julgamento será o serviço do crente. Será galardoado mediante a sua diligência em administrar os dons, os bens, os talentos, etc que o Senhor lhe confia aqui na terra. ( Rm 3: 23,24).

O amado irmão Paulo escrevendo aos crentes de Corinto na primeira carta capitulo três, e nos versículos dez a quinze, neste texto, duas coisas estão ditas de suma importância acerca de nossas obras.

1. O texto apresenta dois tipos de obras que podemos estar realizando (v 12)

A ? Ouro, prata e pedra preciosa, símbolo de obras eficientes, firmes e permanentes. Fala do testemunho sólido, da firmeza espiritual e da fé inabalável.

B - Madeira, feno e palha, símbolo de obras relaxadas, inseguras e passageiras. Fala do testemunho negligente, infértil e escandaloso, da vida espiritual sem vigor e da fé mista.

Meu amado(a) que tipos de obras eu e você estamos fazendo para o Senhor?

2. O texto declara que o fogo provará nossas obras (v13).

Assim como o ourives prova ouro, serão também provadas as obras dos crentes. Outrassim declaramos: desde que este é um estudo de tipologia dado por Paulo dentro da escatologia, ressaltamos que o fogo neste texto é uma referência do Espírito Santo de Deus que por sua vez acompanha e incentiva cada crente capacitando-o para fazer melhor a obra de Deus. Portanto após o fogo passar nas obras de cada crente, representado pelas matérias relacionado acima, haverá um resultado preciso, as boas permanecerão e serão recompensadas, porém as inúteis se desfarão. Isto é (sem galardão).
C ? O Caráter
Finalizando, consideremos o caráter deste tribunal. Em primeiro lugar não esquecemos que no tribunal de Cristo só irá participar os crente que foram arrebatados, portanto não tem finalidade de condenar ou punir, pois todos quanto estiverem ali são salvos e irão morar na glória.
Aquele crente que foi salvo por ter aceitado a Cristo e permanecido na fé, mas não trabalhou, não se se esforçou, nada fez para o empreendimento da obra do Senhor, não terá recompensa, ou galardão. O caráter deste tribunal é galardoador, porém sua base é nossas obras ou serviços prestados para Deus aqui na terra.

Quero relacionar as coroas que a Bíblia identifica a serem recebidas pelos fieis que terão suas obras aprovadas no tribunal de Cristo.

A coroa da vida (Ap 2:10; Tg 1: 12).

A coroa da justiça (2ª Tm 4: 8)

A coroa de glória (1ª Pe 5: 4).

A coroa incorruptível (1ª Co 9: 25)

A coroa da alegria (1ª Ts 2: 19,20; Fl 4:1).


A Recepção nas Bodas do Cordeiro


A seguir, a igreja será conduzida á casa do Pai (Jô 14: 1,2) com semelhança do fato de Isaque ter levado Rebeca á casa da Abraão para o casamento, após ter recebido-a no campo da mão de Eliezer.

Agora será realizada a grande festa das bodas do Cordeiro, que contará com a presença da igreja do Velho Testamento e todos os seres celestiais. A igreja, como a noiva, será retumbantemente em memória do triunfo eterno do Cordeiro (Ap 19: 17; Ap 5). Será uma festa sem igual. O vocabulário humano torna-se subjetivo para descrevê-lo.
As bodas do Cordeiro é cumprimento das palavras de Jesus na última ceia celebrada com os discípulos (Mt 26:29), quando prometeu ceiar com eles na casa do Pai. Na ceia com os discípulos, Jesus serviu para dar exemplo na boda do Cordeiro. Ele servirá para demonstrar sua alegria em ter na casa do Pai aquela que constitui o alto valor de sua morte na cruz: a igreja (Lc 22:26, 27, Is 53:11).

As bodas do Cordeiro constitui a união total e absoluta de Cristo e sua igreja (Lc 22:20-23). O casamento é uma instituição divina, e existe somente duas coisas que poderão rompê-lo dentro do padrão bíblico: a morte e infidelidade conjugal, pois bem dentro deste principio bíblico, torna-se claro que as bodas do Cordeiro será a união eterna da igreja com Cristo, visto ser impossível sua violação, isto porque a igreja estará num corpo glorificado que nunca vai morrer e também jamais se corromperá (1ª Cor 15:52-54).
Portanto que, como igreja-noiva, possamos manter nossas veste limpas e branqueadas, pois Cristo, o noivo espera contar com a nossa fidelidade restrita (Ap 19:7, 8; Ap 2:10).
Com as bodas do Cordeiro, encerra-se a cadeia de acontecimento que envolve a igreja arrebatada no primeiro aspecto da volta de Cristo.
No entanto, queremos expor que tais acontecimentos serão desenrolados na eternidade, do outro lado da vida entre Cristo e sua igreja. Porém aqui na terra, desencadear-se-a umas outras séries de acontecimentos estarão a desenrolar-se envolvendo a humanidade e os crentes que ficaram do arrebatamento. A esta série de fatos, a Bíblia chama de ?A grande Tribulação?, sobre que trataremos a seguir.


A Grande Tribulação 

A Bíblia diz no evangelho de Marcos, capitulo 13 e versículo 19: ? Porque naqueles dias haverá uma aflição tal, qual nunca houve desde o principio da criação, que Deus criou, até agora nem jamais haverá?.
Após o arrebatamento da igreja se desencadeará um período sombrio e medonho de sofrimentos sobre a humanidade, que os escritores tanto do Antigo Testamento como do Novo Testamento, denominam de ?Grande Tribulação?.
A grande tribulação envolverá a terra toda. Este evento está dividido em duas grandes secções que se subdividem em fatos distintos e abrange um período de sete anos, tempo este equivalente à última semana da profecia de Daniel (Dn 9:27).
Consideramos a grande tribulação em alguns de seus respectivos aspectos:

1 ? Definição

Grande tribulação é o termo da escatologia bíblica para descrever a época mais agonizante da terra, quando o caos social, político, econômico e espiritual apavorarão habitantes da terra. Este período, que culminará com o auge pleno dos juízos apocalípticos, a Bíblia chama de:

Hora de tribulação (Ap 3:10)

Tempo de angustia (Dn 12:1)

Dia do Senhor (Ob 15; Ez 30:3).

Nesta época há de cumprir-se os ais dos selos, das trombetas e das taças do livro de Apocalipse. Este tempo começara sobre a terra com o rompimento dos selos, eles serão a introdução dos grandes acontecimentos que terão lugar durante os sete anos de tribulação. Porém a Noivo do Cordeiro não passará porá tais acontecimentos (Ap 3:10) ela subirá ao Céu, antes que as ?sombras caiam?.

2 ? Dois aspectos da Grande Tribulação

A septuagésima semana da profecia de Daniel possuirá dois períodos iguais há três anos e meio, que são também mostrados na Bíblia, equivalente a quarenta e dois meses, ainda com mil duzentos e sessenta dias e, ainda por um tempo, tempos e metade de um tempo (Ap 11:2, 3 ; Ap 12:2,3,6-14; Ap 13:5 ; Dn 12:6).
Estes dois aspectos não terão simplesmente caráter cronológico, mas de fatos e propósitos, isto é, na primeira metade da grande tribulação haverá um período de paz e segurança, mais uma paz falsa está simbolizada pelo primeiro cavaleiro do Apocalipse, o cavalo branco, que significa uma falsa paz. Será um período introdutório para o anticristo adquirir a confiança, o respeito e a amizade de muitos. Segundo o profeta Daniel ele fará neste período uma aliança com muitos. Creio ser uma espécie de acordo ou tratado diplomático-politico com muitas nações da terra. Inclusive com Israel.
Falando desta época disse o apostolo Paulo que ? quando disserem há paz e segurança sobrevirá repentina destruição? (1ª Ts 5:3; Dn 9:27).

Já na outra metade teremos, propriamente dito, a grande tribulação com todas as sua agruras, quando este ditador mundial governar o mundo da eficácia e poder de satanás (2ª Ts 2). A primeira metade desta semana revolucionará o mundo. O diabo plagiará o bem e ganhará os aplausos do mundo. O proprio Israel se iludirá fazendo uma aliança com o anticristo, talvez quem sabe até pensando ser ele o verdadeiro Cristo que ainda esperam. Este será o segundo e mais triste passo daquela nação. O primeiro foi crucificar o Filho de Deus.

3 ? A Tríade infernal

Assim como nesta dispensação o Pai, o Filho e o Espírito Santo coordenam os destinos do mundo, na época da grande tribulação o mundo todo estará no controle do inferno
Disse Lutero que ?o diabo é o melhor imitador de Deus?. Esta é uma verdade incontestável que se tem provado pela história. Na grande tribulação esta verdade se repete na figura de tríade diabólica, como se segue.
A tríade diabólica é composta pelo dragão, o anticristo e o falso profeta.
O dragão é uma espécie de imitador e opositor de Deus-pai.
A besta que sob do mar é uma espécie de imitador e opositor de Deus Filho (Cristo).
A besta que sob da terra é uma espécie de imitador e opositor de Deus Espírito Santo (Ap 13).
O dragão é o diabo, também chamado de a antiga serpente (Ap 12:9). Ele dominará o mundo através de seus acessores, as bestas, a quem dotará de poder e majestade para realizarem grandes sinais (Ap 13:4, 12,13).
A primeira besta que sobe do mar é o anticristo, um ditador mundial, chamado também, na Bíblia, de o homem do pecado, o filho da perdição e o iníquo (2ª Ts 2:3-9).

A segunda besta que sobe da terra é o falso profeta, um líder religioso que promoverá e autenticará o reinado do anticristo, assim o anticristo exerce um domínio religioso (Ap 13:12-14). A junção destes dois lideres é com o propósito de fazer do carisma religioso um trampolim para galgarem o carisma político. O falso profeta vive em função da glória e exaltação do anticristo (Ap 13:12-17).
Portanto, assim compõe-se a triade-infernal: o dragão, um tipo de plagiador do Pai, se tornará um auto-deus pai, a primeira besta, um tipo de plagiador do Filho, se tornará um anticristo e a segunda besta, um tipo de plagiador do Espírito Santo, se tornará um anti-Espirito Santo.

4 ? O Governo Mundial

O governo do anticristo será o último governo humano da terra que terá propagando universal. Ele dominará o mundo politicamente, no livro de Apocalipse 13:7, esta escrito de seu domínio sobre toda tribo, nação e língua. Ele terá uma alta e extraordinária liderança, o diabo lhe adornará de uma oratória persuasiva e revolucionaria (Ap 13:5).
Ele dominará o mundo religiosamente. Ap 13:8, 12 fala que os habitantes da terra o adorarão. Hoje com a porta da graça escancarada o homem prefere viver no pecado e não quer saber de fazer a vontade de Deus. Imagine na grande tribulação... Adorarão o filho da perdição, embora a dispensação da graça tenha fechado, mais a graça de Deus é eterna. Ainda haverá um grupo de redimidos (Ap 7:9-17) diz: ?Depois destas cousas vim e eis uma grande multidão que ninguém podia enumerar de todas as nações, tribos, povos e línguas em pé diante do trono e diante do Cordeiro vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos? (v.9). Esse grupo é o de gentios salvos durante a grande tribulação. Uma vez martirizados, como vemos no cap 6. 9 ?11, aparecem agora perante o trono de Deus. Ressurgirão (isto é, seus corpos) antes do Milênio, com um dos grupos de ressuscitados da primeira ressurreição. Ler Ap 20.4.

?Com palmas nas mãos? (v.9). Palmas são símbolo de vitória. Venceram. João os viu no céu (vv. 5,9). Não tinham coroas; somente palmas. Coroas são galardões por algo feito por Deus, e estes não tiveram oportunidade para isso, porque uma vez professando sua fé em Cristo foram mortos.
Pois voltemos falar sob o anticristo. Eele promoverá o culto a sua própria pessoa e ao seu governo, se oposicionará contra tudo que se chama Deus ou o adora (2ª Ts 2:4).
Ele dominará o mundo religiosamente. Ap 13:8, 12 fala que todos os habitantes da terra, sem exceção de tamanho físico, de situação financeira e posição social, receberão na direita ou na testa um sinal que será o nome ou número da besta. Será uma espécie de controle comercial que regerá a vida sócio-econômica de todos os habitantes da terra( Ap 13:16, 17; 14:11, 15:2 ).
No versículo 2 do capitulo 13, encontramos uma descrição da besta indentificando-a como 3 feras selvagens que aparece também no capitulo 7 do profeta Daniel.

Acredito que aqui neste texto bíblico temos uma demonstração do caráter do governo do anticristo, como uma espécie de confederação de normas e critérios adotados pelos impérios representados na Bíblia nesta visão.
Sua natureza se descreve na conjuntura das três feras de Daniel cap. 7. ?- Leopardo, perigosamente malévolo; - pés de urso, grande força; - boca de leão, devora tudo, mostra a maneira satânica de dominar?. Esta descrição é tipificada no rei Ântico Epifânio, cuja a perseguição os fiéis judeus foi profetizada por Daniel (Dn 6: 9-14) e prefigurava os imperadores romanos que deliberadamente desafiaram a Deus, quebrando suas leis e martirizando os santos. Finalmente, prenuncia o anti-cristo na época da grande tribulação que precede a segunda vinda da segunda fase. Já dissemos que na segunda vinda de Jesus haverá duas fases: A primeira fase só os salvos verã. A segunda fase todo o olho verá. É desta que estamos falando. Esta segunda fase é que fala o profeta Zacarias cap 14:4 que diz: ?E naquele dia estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; e metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade se apartará para o sul?.

5 ? O Ápice da Grande Tribulação

Os três anos e meio finais da grande tribulação serão de juízos e irão culminar com o que chamamos de sua ápice, isto é, o Armagedom, palavra de origem hebraica e significa ?monte Megido?.
A associação histórica com as sangrentas batalhas de megido, levaram João a empregar este nome para descrever as futuras dores e o futuro triunfo do poder de Deus. Esta batalha é o grande cumprimento da profecia de Ezequiel 38, como também da profecia de Zacarias 14, e ainda do profeta Obadias e da visão de João no Apocalipse 19.
Será uma confederação de nações sobre o comando do anticristo, como o duplo propósito de externar os judeus e oposicionar-se contra o Messias que estará preste a manifestar-se.
Este será o tempo da angustia de Jacó. A metade dos judeus serão levados cativos. Jerusalém será tomada, as casas saqueadas, as mulheres serão forçadas, e os reis da terra estarão reunidos para peleja contra o Senhor e seus ungidos (Ap 7:14; Jr 30:7; Zc 14:2; Ap 16:14; 17:14).
Quando tudo parecer sem rumo, sem saída, quando estiver um caos, manifestar-se-á o Senhor Jesus Cristo com toda hierarquia celestial e com a igreja que agora não é mais a noiva e sim a esposa do Cordeiro. É o que vamos tratar a seguir.


A MANIFESTAÇÃO EM GLÓRIA

Na primeira fase da segunda vinda, Jesus vem e arrebata a igreja. Já na segunda fase da segunda vinda, a igreja vem com o Senhor, pois ela não é mais a noiva e sim a esposa do Cordeiro, aonde o Cordeiro vai trazer sua esposa (a igreja). Só que nesta batalha quem peleja é só o Cordeiro. A igreja apenas assiste.
Esta, propriamente dita, é a vinda de Cristo, quando Ele manifestar-se-á glorioso, visível e poderosamente. Este será chamado o grande dia do Filho do Homem (Mt 24:29, 30; Ap 1:7; At 1:11; Dn 7:13). Jesus subiu do Monte das Oliveiras e para lá terá destino na sua manifestação (At 1:11). Esta manifestação culminará no fim da grande tribulação e da batalha do Armagedom quando o anticristo estará no auge do seu governo aqui na terra.

O profeta Zacarias no cap. 14 diz que o Senhor sairá a pelejará em favor do seu povo que clamará por socorro (Is. 10: 20,21; Os 5:15; Zc 13:9).
O mesmo profeta declara que os seus pés estarão sobre o Monte das Oliveiras o qual será fendido, e haverá um vale muito grande que a Bíblia identifica como ?O Vale de Jeosafá e o Vale da Decisão? (Joel 3:12-14).
O profeta Joel e Obadias recebeu de Deus uma visão real de como acontecerá tal dia (Joel 3; Obadias 1). O Senhor pisará o monte de onde fará seu trono de julgamento para as nações do mundo.

O Julgamento das Nações


1- O juízo das Nações vivas

?Movam-se às nações, subam ao vale de Josafá; porque ali me assentarei, para julgar as nações em redor? (Jl 3:12).
Após os sete anos de angústia, Cristo descerá para terminar com a guerra do Armagedom e, após aprisionar o anticristo e seu falso profeta (Ap 19:20), jogando-os no ardente Lago de fogo, nosso Senhor seguirá direto para o ?vale de Josafá?, onde segundo nos é dito, terá inicio o julgamento daquelas nações que sobreviveram aquelas catástrofes da grande tribulação. Este julgamento trata-se do ?Juízo das Nações? logo após a grande tribulação e é imediatamente seqüenciado pelo Milênio.
Quero deixar bem esclarecido que este julgamento, não é o julgamento do ?Grande Trono Branco?. O julgamento do Trono Branco é após o Milênio, e este que estamos tratando é antes do Milênio, pois O juízo das Nações vivas é descrito em Mateus 25: 31-46 e dar-se-á no fim da grande tribulação, que terminará com a vinda gloriosa de Cristo em glória.

2- Quem será julgado

Diante deste tribunal, três classes estarão presentes: as ovelhas (v 33); os bodes (v33b); e os irmãos (v40).
a.....As ovelhas (os justos) ficarão ao lado direito do Rei.

b. ....O bode (os ímpios) ficará ao lado esquerdo do Rei.

c. ...Os irmãos (os judeus); ficarão diante do Rei. Este julgamento, como já tivemos ocasião de ver, diz respeito aos vivos e não os mortos. Será feito tendo em vista como as nações tratarão Israel na presente era. Isto é sem duvida, uma ?espécie de seleção? para o Milênio, a fim de que não inicie essa nova dispensação com pessoas de mau caráter.
Lembrando que este julgamento é como uma espécie de ?tribunal intermediário?, pois sem dúvida, muitos destes passarão ainda pelo julgamento do grande trono branco. Isso se dará conforme se vê em Apocalipse 20.8 e ss, com o que, convertidos do Milênio, aderirão a revolta de Satanás.

Quero estabelecer aqui para que fique bem esclarecido entre o julgamento das Nações e o julgamento do Grande Trono Branco.

Observemos a diferença que existe entre esse juízo das Nações e o Juízo do Grande Trono Branco:

Julgamento das Nações Mt 25:31-46 Mt 25: 31-46Julgamento do Trono Branco Ap 20:11
Na terraNo espaço
Antes do MilênioDepois do Milênio
Não é precedido por ressurreição: com exceção de Ap 20.4Precedido pela segunda ressurreição
Trata-se dos vivosTrata-se dos mortos
Três classes serão julgadas: ovelhas, bodes, e irmãosUma só classe: os perdidos
Um julgamento nacional: meus irmãosUm julgamento individual: cada ?um?
Ausência de livrosLivros abertos


Os Mil Anos

O Milênio será a sétima despensação. Será a dispensação da ?plenitude dos tempos? (Is 2:2; Mt 19:28). A palavra Milênio vem do termo grego ?CHILLIAD?e do latim ??MILLENIU?, que significa mil anos. Nessa época Jerusalém será o centro de adoração para todos os povos (Jr 3:17; Zc 14:14-21). Será o governo do Senhor Jesus sobre a terra durante mil anos. Assim o Reino do Messias será universal.

O Milênio será, de acordo com as Escrituras, um tempo de restauração para todas as coisas. Ao invés do pecado, a justiça encherá a terra. Satanás terá sido amarrado (Ap 20:1-3). O anticristo e o falso profeta como já dissemos terão sido lançados no ardente lago de fogo (Ap 19:20). Por conseguinte, a injustiça cederá lugar á justiça que esteve de luto durante o tempo sombrio da grande tribulação. A violência à quietude, o ódio e a inimizade ao amor e á doce amizade e o mundo ficará em descanso, sob o domínio daquele cujo poder se estenderá de mar a mar e cujo reino trará alegria e tranqüilidade aos corações de todas pessoas, que haverão de aclamá-lo como Senhor e Rei.

Durante aquele período, o próprio Senhor Jesus dirá ás nações: ? não se fará mal nem dano algum em todo o monte da minha santidade, porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar? (Is 11:9).
O muito importante no Milênio é que as nações perderão a noção bélica, a estratégia da guerra. Serão um povo pacifico que transformará a terra inteira numa imensa cultura de mantimentos. A vida humana será prolongada como no principío da história humana no livro de Gênesis (Is 65:20-22 e Zc 8:4). Haverá abundância de saúde para todos. Isso em muito contribuirá para prolongar a vida (Is 33:24). Outros fatores contribuintes são as bênçãos especiais de Deus como: as mudanças climáticas, redução do efeito do pecado, da ação dos demônios, condições mais favoráveis de vida, melhor nutrição. Álcool, fumo e drogas serão proscritos. Não haverá deformados, paralíticos, aleijados (Is 35:5, 6).

Outra fonte de saúde será o rio sanador que fluirá de debaixo do templo, o texto de Jl 3:18 diz: ?E há de ser que, naquele dia, os montes destilarão mosto, e os outeiros manarão leite, e todos os rios de Judá estarão cheios de água; sairá uma fonte da casa do Senhor, e regará o vale de Sitim?. O leito desse rio será aberto por terremoto no momento da revelação de Cristo (Zc14:4). Dividir-se-á em dois, correndo um canal para o Mar Morto, e o outro pra o Mar Mediterrâneo (Zc14:8). O Mar Morto, onde atualmente nenhuma forma de vida existe, terá muito peixe. Noutras palavras: suas águas serão transformadas (Ez 47:8-12).
Haverá mudança no reino animal durante o Milênio. Será uma mudança de natureza dos animais. A ferocidade deles será removida. Não mais se atacarão, nem atacarão o homem (Is 11:6-8; 65: 25; Ez35: 25).
Há muitas mais coisas para nós tratarmos sobre o milênio, mas só comentei as preliminares. O espaço não nos permite. Pois bem, vamos mais adiante para a soltura de Satanás por pouco tempo.

Satanás é Solto por um Breve espaço de Tempo


Aqui temos a última investida do príncipe deste mundo contra Cristo. Deus permitirá para mostrar a sua última vitória contra as forças do mal, quando define o destino final de satanás e seus aliados.
Satanás não muda de ambição durante o milênio. Outra vez usa as suas mais eficientes armas que é a sedução e a mentira e as exerce sobre as nações de Gogue e Magogue. As dirige na revolta contra Deus, mas será outra vez derrotado como o foram seus aliados, isto é, o anticristo e o falso profeta.

Quem é Gogue e Magogue?

O texto de Apocalipse 20:7, 8 diz: ?Quando, porém, se completarem os mil anos, satanás será solto da sua prisão, e sairá a seduzir as nações que há nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, a fim de reuni-los para a peleja. O número desses é como a areia do mar?.
Gogue e Magogue em Apocalipse 20:8 são as nações rebeladas contra Deus, instigadas por satanás, e conduzindo um furioso ataque contra os santos. Não se trata absolutamente de Gogue e Magogue de Ezequiel 38 e 39. Vejamos as razões disso num quadro comparativo.

Gogue, em Ezequiel 38-39Gogue, em Apocalipce 20
Ez 38:2-6 - Gogue é um bloco de naçõesAp 20:8 ? Gogue é todas as nações
Ez 38:6-15- Gogue vem do norteAp 20:8 ?Gogue envolve toda terra
Ez 38:16 - Gogue age por ato divino.Ap 20:7,8- Gogue é movido pelo diabo
Ez 38:21,22 Gogue é destruído por espadaAp 20:9 Gogue é destruído por fogo do céu
Ez 39:11-13 Gogue pe sepultado em IsraelAp 20:9 Gogue é totalmente consumido pelo fogo
Ez 30,39 Gogue vem antes do MilênioAp 20 Gogue vem depois do Milênio


É evidente que em Apocalipse 20, a expressão ?Gogue e Magogue? é empregada simbolicamente, representando os últimos inimigos de Deus e do seu povo. É também evidente que Ezequiel trata de um evento, e Apocalipse, de outro.
Pois bem, aqui termina a carreira de satanás para todo e sempre Amém...

O Trono Branco o Juízo Final

? Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles.

?Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então se abriram livros. Ainda outro livro, o livro da vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as sua obras, conforme o que se achava escritos nos livros? Ap 20:11-12.

Nesta ocasião os ímpios de todas as épocas ressuscitarão com seus corpos literais e imortais, porém carregados de pecado (Ap 20:11, 15; Mt 10:28). Esse julgamento é para aplicação de sentença, pois o pecador já esta condenado desde quando não crê no Filho de Deus como seu Salvador. João 3:16 diz: ?Quem nele crê não é julgado; o que não crê já esta julgado; porque não crê no nome do Unigênito Filho de Deus?.

Consideremos agora que no trono branco, a Bíblia fala ?dos Livros? e ?do livro da vida?. Creio eu que estes serão os documentos mediante os quais Deus julgará os homens.
O livro da vida é o registro do nome dos salvos que haverão de gozar a vida eterna.

Os livros creio ser o registro da historia da vida de todos os homens. Neles estarão inseridos todas as palavras, pensamentos e atitudes que serão pesados na justiceira e fiel balança de Deus. A Bíblia é enfática e precisa na conclusão deste assunto, quando revela a sentença final do juiz de toda a terra. ? E se alguém não foi achado escrito no livro da vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo? (Ap20: 12-15).


Novos Céus e Nova Terra

Agora haverá um novo começo, uma nova ordem universal. Chegamos ao tempo do fim e ao começo da eternidade, isto na linguagem humana, porque para Deus só existe o eterno presente.
Na carta de Pedro fala de um dia em que o céu e a terra passarão e darão lugar a um novo céu e uma nova terra onde habita a justiça.
Quero fazer uma consideração quanto ao céu: Em primeiro lugar, precisamos considerar que este céu não trata do Céu de Deus. O céu de Deus nunca precisou e jamais precisará de uma renovação ou restauração. Ele sempre será um lugar de santidade, paz e de alegria espiritual.
O importante é estarmos em santidade, buscando sempre a Palavra do Senhor e andando em novidade de vida para receber as gloriosas bênçãos que desfrutarão a igreja em seu novo lar.

Ora vem Senhor Jesus...

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