DIVÓRCIO E O SEGUNDO CASAMENTO. É PERMITIDO POR DEUS?
A lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo “(João 1:17).
"Será que os que estão sofrendo tragédias matrimoniais também receberam a graça, como descreve a Lei no Novo Testamento?” É claro que sim! Então, como predomina a graça naqueles que sofreram a tragédia de um fracasso no matrimônio e um subsequente divórcio? Cristo não ensinou apenas com palavras, mas também com sua vida. Ele foi um grande revolucionário e trouxe novas ideias a seus seguidores, rejeitando o antigo ditado que diz: “olho por olho, dente por dente” e enfatizou o amor. Ele tirou a mulher da condição em que se encontrava e a fez ser reconhecida como pessoa, mas também ensinou o respeito para com a antiga lei judaica.
Quando estudamos o que Jesus disse acerca do divórcio, devemos também estudar a vida que Ele levou junto àqueles que viveram desastres matrimoniais. O que encontramos em suas palavras? Se uma pessoa divorciada se casa novamente, o que Ele nos diz? “Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério contra aquela. E, se ela repudiar seu marido e casar com outro, comete adultério?” (Marcos 10:11-12).
Nós devemos imitar a natureza compassiva e misericordiosa de Cristo, que enviou a mulher do poço em Samaria - que já estava em seu sexto relacionamento - até a cidade para ser sua testemunha. Será que sua palavras negam suas ações? Por acaso as pessoas divorciadas que casam com outra estão vivendo em adultério? Estão proibidas de servir a Cristo? Devemos igualmente ouvir as palavras do apóstolo Paulo: “É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher”(I Tim. 3:2). Será que ele está falando de uma pessoa que se divorciou ou casou novamente? Sobre este aspecto, Lucas faz somente um comentário muito conciso: “É mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til sequer da lei. Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério: e aquele que casa com a mulher repudiada pelo marido também comete adultério” (Lucas 16:17-18).
Mas Jesus deixou claro que o Antigo Testamento tinha algo significativo a dizer. Existe uma lei! Quando foi perguntado pelos fariseus, no Evangelho segundo Marcos, se “é lícito ao marido repudiar sua mulher”, Jesus respondeu com uma pergunta: “Que vos ordenou Moisés?” Tornaram eles: “Moisés permitiu lavrar carta de divórcio e repudiar” (Mc. 10:2-4). Há uma lei! A lei se encontra em Deuteronômio 24:1-4, escrita bem antes de Jesus vir ao mundo. Josefo, que viveu um pouco depois da época de Jesus, referiu-se a ela como a “lei dos judeus”: “Aquele que deseja divorciar-se de sua esposa, por qualquer motivo (muito comum nos homens), deve registrar por escrito que nunca voltará a casar com aquela mulher. Portanto, ela terá a liberdade de casar com outro homem. Entretanto, enquanto essa carta de divórcio não lhe for dada, não poderá fazê-lo”. Esta é a lei de que fala Deuteronômio: “Se um homem tomar uma mulher e se casar com ela, e se ela não for agradável aos seus olhos, por ter ele achado coisa indecente nela, e se lhe lavrar um termo de divórcio, e lho der na mão, e a despedir de casa; e se ela, saindo de sua casa, for e se casar com outro homem...”
Essa lei ainda estava vigente na época de Jesus. Portanto, temos de tratar dos “títulos” da lei. A Bíblia fala apenas de um divórcio. Deus diz que Ele o fez. Em Jeremias 3, Deus recordou a Judá que estavam procurando problemas. Israel tinha sido levado cativo. Deus disse a Jeremias que prevenisse a Judá de que ela tinha sido testemunha da infidelidade de sua irmã Israel, e que Deus a havia mandado embora e lhe dado carta de divórcio; mesmo assim, Judá não se arrependeu (Jr. 3:6-8).
Muitos se casavam com mais de uma mulher, sem sequer incomodar-se de pensar em divórcio. Alguns destes foram servos de Deus: Salomão, Davi, Abraão e Jacó, por exemplo. Heróis das revelações de Deus, mas também produto da sua cultura. Se não se divorciava, o que fazia um homem daquela época com a primeira esposa quando tomava outra? Punha-a de lado. Há uma palavra para isto no Antigo Testamento, a palavra hebraica shalach. Ela é diferente da palavra que significa divórcio, que é keriythuwth (como em Jer. 3:8), que literalmente significa excisão ou corte do vínculo matrimonial. O divórcio legal era feito por escrito, como pedia Deuteronômio 24, e o novo matrimônio era permitido. Shalach normalmente é traduzido por “repudiar”.
As mulheres eram “repudiadas” quando seu marido se casava com outra, para estarem disponíveis quando este necessitava dela ou a desejasse novamente, repudiadas para serem sempre propriedade, como escravas, ou ficando em isolamento total. Eram dias cruéis para elas. Eram “repudiadas” para favorecer outras, mas não lhes era dada carta de “divórcio” e, consequentemente, não tinham o direito de se casarem novamente. Essa palavra descreve uma tradição cruel e comum, mas contrária à lei judaica. Deus odeia o repúdio.
O profeta Malaquias, com seu coração compadecido, implorou ao povo de Deus que parassem com isso. A palavra traduzida por “repúdio” em Malaquias 2:16 não é a palavra hebraica para divórcio, mas é shalach - repúdio. Veja como Malaquias responde aos líderes que perguntavam como tinham cometido abominação em Israel e profanado a santidade do Senhor: “Perguntais: por quê? Porque o Senhor foi testemunha da aliança entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira e a mulher da tua aliança. Não fez o Senhor um, mesmo que havendo nele um pouco de espírito? E por que somente um? Ele buscava a descendência que prometera. Portanto, cuidai de vós mesmos, e ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade. Porque o Senhor, Deus de Israel, diz que odeia o repúdio e também aquele que cobre de violência as suas vestes, diz o Senhor dos Exércitos; portanto, cuidai de vós mesmos e não sejais infiéis” (Mal. 2:14-16).
Depois veio Jesus, e suas palavras não negaram suas ações! “Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério; e aquele que casa com a mulher repudiada pelo marido, também comete adultério” (Lucas 16:18). Essa prática era cruel e adúltera, porém não se tratava de um divórcio. A palavra do Novo Testamento traduzida por “repúdio” vem do verbo grego apoluo. Esta é a palavra que os autores do Novo Testamento usaram como equivalente a shalach (“deixar”ou “repudiar”).
Existe uma palavra hebraica para divórcio no Antigo Testamento, keriythuwth, equivalente a uma palavra grega no Novo Testamento, apostasion. Apoluo, a palavra grega que significa deixar de lado ou repudiar, não significava tecnicamente um divórcio, apesar de às vezes ser usada como sinônimo. Tratava-se de um termo de domínio total masculino: o homem com frequência tomava outras esposas e não dava carta de divórcio quando abandonava as anteriores. A lei judaica que exigia que se concedesse carta de divórcio (Dt. 24:1-4) era amplamente ignorada. Se um homem se casasse com outra mulher, quem se importava? Se um homem repudiasse (apoluo) sua esposa, sem incomodar-se de lhe dar carta de divórcio, quem se oporia? A mulher? Jesus se opôs. Disse Ele: “É mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til sequer da lei” (Luc. 16:17) e “Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério; e aquele que casa com a mulher repudiada pelo marido também comete adultério”(Lucas 16:18).
A diferença entre “repudiar” e “divorciar” (no grego apoluo e apostasion) é crítica. Apoluo indicava que a mulher era escrava, repudiada, sem direitos, sem recursos, roubada em seus direitos básicos ao casamento monogâmico. Apostasion significava que o casamento terminava, sendo permitido um casamento legal subsequente. O papel fazia a diferença. A mulher que tinha saído de casa podia casar-se com outro homem (Dt. 24:2). Essa era e lei. Como foi que começamos a ler “todo aquele que se divorcia da sua mulher” na passagem em que Jesus disse literalmente “todo aquele que repudia ou abandona a sua mulher?”
Existem outras passagens, além de Lucas 16:17-18 em que Jesus falou desse assunto. Essas incluem Mateus 19:9, Marcos 10:10-12 (onde Marcos diz que Jesus determinou a validade da lei do homem igualmente para a mulher) e Mateus 5:32. Nessas passagens Jesus usou onze vezes alguma forma da palavra apoluo. Em todas as ocasiões Ele proibiu o apoluo - o repúdio. Ele nunca proibiuapostasion - a carta de divórcio, requerido pela lei judaica. Devemos traduzir a palavra grega apoluopor “divórcio”? Kenneth W. Wues, em sua tradução expandida do Novo Testamento, sempre vertia “repudiar” ou “deixar”, nunca “divorciar”. A tradução Revista e Corrigida de Almeida, a mais antiga em português, sempre usou “deixar” ou “repudiar”, da mesma forma a Revista e Atualizada.
Na versão mais antiga em inglês, produzida em 1611 por encomenda do rei Tiago (King James) temos um problema: em uma das onze vezes em que Jesus usou o termo, os tradutores escreveram “divorciada” em lugar de “repudiada” ou “abandonada”. Em Mateus 5:32 eles escreveram: “E aquele que casar com a divorciada comete adultério”. A palavra grega não é apostasion (divórcio), mas é uma forma de apoluo, a situação que não inclui carta de divórcio para a mulher. Ela, tecnicamente ainda estaria casada. Mateus 19:3-10 relata que os fariseus perguntaram a Jesus sobre esse assunto. Depois que Ele afirmou: “De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem” (v. 6), eles indagaram: “Por que mandou então Moisés dar carta de divórcio (escrita apostasion) e repudiar {a mulher}?” (v.7). Jesus respondeu: “Por causa da dureza do vosso coração” (v.8).O primeiro direito básico humano que Deus nos concedeu foi o de nos casarmos. Nenhuma outra companhia era adequada. Nos dias de Jesus os direitos humanos estavam concentrados apenas nos homens. Jesus mudou isso. Ele exigiu obediência à lei: demandou direitos iguais para a mulher no matrimônio.
A graça é abundante em Cristo Jesus! Jesus disse a esses homens que repudiar a esposa e casar-se com outra era adultério. Adultério! A lei (Deut. 22:22) prescreve a pena de morte como castigo para o adultério, tanto para o homem como para a mulher. Isso foi difícil de engolir para os homens que faziam com sua mulher o que lhes comprazia. Mateus 19:10 registra a seguinte reação: “Se essa é a condição do homem relativa à sua mulher, não convém casar!” Eles não viviam em uma cultura que esperava que o homem vivesse apenas com uma mulher por toda a vida, muito menos que desse direitos iguais à mulher se o casamento acabasse. Como foi que começamos a ler “aquele que divorciar sua mulher” nas passagens em que Jesus na verdade disse “aquele que repudiar ou abandonar sua mulher?”
Parece que o processo começou ali onde apoluo foi traduzido erroneamente como “divórcio” pela primeira vez, em 1611. A versão Standard Americana corrigiu o erro em 1901, mas nunca chegou a ser suficientemente popular para fazer muita diferença. Wuest teve o cuidado de evitar os erros mencionados, como vimos acima. Porém, quase tudo o que foi impresso sofreu a influência da versão King James, e até os léxicos gregos americanos e os tradutores mais modernos parece que se deixaram influenciar por essa ocorrência, traduzindo apoluo por “divórcio”, mesmo quando o significado da palavra não inclui o divórcio por escrito (apostasion).
Assim, a tradição nos ensinou a ter em mente “divórcio”, mesmo quando lemos “repúdio”. Seria o divórcio por escrito a solução para a prática cruel do repúdio, como indica Deuteronômio? O capitulo 24 é uma evidência de que, assim como Deus ouviu as queixas no Egito e proveu libertação da sua escravatura, também ouviu as súplicas das mulheres escravizadas e as libertou do abuso, por meio de uma necessidade trágica, o divórcio. Trágica porque termina com algo que nunca deve terminar o matrimônio; necessária para proteger as vítimas daqueles que não obedecem as regras do nosso Criador, o Todo-Poderoso. Necessária, originalmente porque o homem repudiou a mulher, enredando-as em matrimônios ilegais, múltiplos e adúlteros. O divórcio é uma tragédia.
O divórcio é um privilégio, previsto como um corretivo para situações intoleráveis. É um privilégio que pode ser, e com frequência é, abusado. O divórcio não é um quadro bonito, na maioria dos casos. Solidão, rejeição, um profundo senso de ter falhado, perda de autoestima, crítica dos familiares, problemas com a educação dos filhos e muitos outros problemas assaltam os divorciados. O divórcio pode ser mais traumático que a morte de um cônjuge. A morte do cônjuge é difícil de ser superada, mas um cônjuge falecido não retorna mais. O divorciado normalmente retorna, e assim prolonga a situação.
O divórcio é, porém, como no tempo de Jesus, uma solução parcial para uma situação séria e cruel, e pode ser a única solução razoável. Pode ser necessária, mas sempre é uma tragédia. É fácil pregar contra o divórcio, mas é difícil para a igreja ser construtiva, provendo preparo para o casamento. Temos de estar prontos para prevenir alguns divórcios, ajustando nossas leis de divórcio ou proibições religiosas contra o divórcio, mas essas ações não preveem o rompimento de matrimônios. Quando os casais permanecem juntos somente por preocupação com a notoriedade requerida pelas leis de divórcio, ou pela “segurança dos filhos”, o resultado pode ser uma tragédia.
Desastrosos triângulos amorosos, crueldade doméstica, abuso de crianças, discussões infernais e constantes, homicídio e suicídio são algumas das consequências documentadas de casamentos que falharam, mas não terminaram. Que opção mais terrível! Um lugar em ruínas é uma tragédia, mas nunca esquecerei de um jovem que pôs uma pistola na boca, acabando, assim, com seu casamento como alternativa ao divórcio. Sua igreja tinha proibido o divórcio. Nossa taxa elevada de divórcios não é um problema real. O fracasso nos casamentos vem primeiro, depois o divórcio.
A taxa de divórcios é unicamente um indício da nossa alta taxa de casamentos ruins. Para corrigir isso temos de fazer mais do que pregar contra o divórcio: temos de revigorar os casamentos. Esse é o nosso desafio!
Uma pessoa divorciada pode ser ordenada diácono ou pastor? O apóstolo Paulo, um homem instruído, conhecia a palavra grega para divórcio (apostasion) e conhecia sua cultura. Também sabia que Cristo aceita qualquer pessoa, até ele, o “maior dos pecadores” (I Tim. 1:15). É inquestionável que, naquela época, os homens tinham muitas esposas, escravas e concubinas. Cada uma dessas relações, abarcadas pelo termo poligamia, constituía adultério. Paulo rejeitou a escolha de homens nessa condição como líderes da igreja. A instrução de dar carta de divórcio em Deuteronômio 24 limitou o homem a uma só mulher, e ainda proibiu a poligamia e o adultério inerente a ela. Parece que Paulo concordava plenamente com isso quando diz: “É necessário, portanto, que o Bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar...” (I Tim. 3:2). Ele rejeita a poligamia, não o divórcio. Apesar de sérios abusos, a lei do divórcio (Dt. 24) ainda tem validade.
O divórcio é uma solução radical para problemas maritais insuperáveis. Ele termina com toda a esperança de que o matrimônio deve ser conservado, e declara publicamente que ele falhou. É preciso estar contrito nesse momento da verdade. O pecado relativo a essa falha tem de ser confessado. “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça” (I João 1:9). Isso também inclui o perdão de fracassos no casamento.
Ao contrário do repúdio, a carta de divórcio, exigida pela lei, provê um grau de dignidade humana para mulheres sujeitas ao abuso cruel da poligamia adúltera e aos caprichos de homens de coração endurecido. Não há nada tão atordoante como “quero divorciar-me de você”, não é verdade? O divórcio declara o término legal do matrimônio, portanto, se houver qualquer acusação de adultério ou bigamia, qualquer das partes pode voltar a casar-se novamente. O divórcio rompeu todos os laços maritais e todo controle da esposa anterior. O divórcio exigia monogamia estrita, prevenia o término unilateral e preservava o direito básico de casar-se. O mesmo ocorre hoje: abandono, negligência, deserção, o que se queira dizer do coração duro que deixa a esposa por outra mulher sem divorciar-se foi e está proibido pelo mesmo Senhor Jesus Cristo (Mat. 5:32; 19:9; Mar. 10:11-12; Luc. 16:18).
Durante séculos, muitas comunidades cristãs têm interpretado esses ensinos de Jesus da seguinte maneira:
1. O divórcio é absolutamente proibido, ou melhor, é permitido somente no caso em que se admite ou comprova o adultério.
2. Uma pessoa divorciada não tem permissão para casar novamente;
3. Uma pessoa divorciada que casa novamente vive em adultério;
4. Alguém que se divorcia não pode ser ordenado diácono ou pastor;
Todas as pessoas que mantêm essas convicções estão erradas!
As três primeiras são contrárias à lei de Moisés e estão baseadas em um versículo em que Jesus nem sequer usou a palavra grega para divórcio (apostasion); a quarta está baseada em um versículo em que Paulo também não a usou. A palavra que Jesus usou foi apoluo, “repudiar”.
O problema do qual Ele estava tratando é o repúdio, não o divórcio. Uma pessoa divorciada deve ter muita graça e determinação para servir em uma igreja que adota as quatro posições mencionadas acima. Como isso é possível, quando a igreja é o corpo de Cristo na terra, que deve funcionar e servir como Ele o fez em pessoa? Cristo, que aquela vez levantou sua voz em Jerusalém, precisa olhar do céu para baixo e levantar a voz para nós. Ele veio e chamou Simão o zelote, um radical anti-romano, e Mateus, um rejeitado servo de Roma, uma dupla tão incompatível como dificilmente se pode encontrar em nosso mundo de hoje; mas Ele os pôs para trabalharem juntos em seu Reino.
Depois eles foram para a Samaria. Ele se revelou diante de uma mulher cujos antecedentes de fracassos matrimoniais eram vergonhosos, e enviou-a para compartilhar a revelação de Deus em Cristo, como se ela fosse como qualquer outra pessoa. Ele tem de levantar sua voz quando vê que desperdiçamos nosso tempo tentando calcular a quem podemos proibir de servir em sua igreja. Jesus ministrou abertamente a todos os que se achegaram a Ele. Hoje, muitos dos nossos amigos divorciados têm medo das nossas igrejas. Podemos estar corretos, estando tão opostos a Cristo?
Nossas interpretações tradicionais nos separam das pessoas que receberam a Cristo? Se for assim, estamos equivocados. Ele veio para salvar os pecadores. As únicas pessoas que Ele sempre rejeitou foram os que queriam justificar a si mesmos, os religiosos “justos”. Será que nossa compreensão das suas palavras é correta, simplesmente porque não está de acordo com a sua vida? Pessoas divorciadas são gente! Por séculos, elas têm sido excluídas da comunhão e do serviço, da alegria e da igualdade, e até da salvação; pessoas pelas quais Cristo morreu.
O Senhor nos deu a sua graça para sermos canais da graça de Cristo Jesus para os divorciados.
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