AS DUAS MORTES OU A VIDA ETERNA
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“Pois para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Filipenses 1:21).
No princípio do século XX, o mundo conheceu uma de suas principais poetisas: Florbela Espanca. Florbela nasceu, viveu e morreu em Portugal e a sua vida está cercada de tragédias pessoais e consequentemente muito sofrimento. Da mesma forma, também, toda a sua produção poética não raro expressa suas dores e angústias; chegando ao extremo em evocar a morte numa grandeza impressionante: “Morte, minha Senhora Dona Morte, / tão bom que deve ser o teu abraço! / Lânguido e doce como um doce laço / E, como uma raiz, sereno e forte” (À Morte. Sonetos). Assim como Florbela, muitos foram os artistas que, ao longo do tempo, expressaram em suas criações o profundo desejo de morrer. No Brasil, destacamos, em literatura, o pernambucano Manuel Bandeira e o paulista Álvares de Azevedo. Enquanto para uns a morte representa um mistério, um medo pelo desconhecido, uma indesejável presença; para outros, a morte é o fim de todas as coisas, um refúgio e uma saída para todos os problemas que, ora adquirimos no mundo, ora em situações biológicas adversas. Há poucos anos, a justiça pernambucana autorizou uma mãe interromper a sua gravidez porque o bebê era portador de anencefalia (sem cérebro). Diariamente os noticiários brasileiros registram casos de pessoas que preferem a morte a viver uma vida impregnada de adversidades. Mas será mesmo que a morte pode representar o fim de todos os problemas que nos afligem o viver? Por que o apóstolo Paulo, um homem muito temente a DEUS, teria afirmado, no versículo de abertura da nossa reflexão, que “morrer seria lucro?” Segundo a Bíblia Sagrada existem dois tipos de morte: a morte física e a morte espiritual. No Livro Santo, morte significa separação. Isso equivale afirmar que um homem pode estar vivo fisicamente, porém morto em seu estado espiritual. Ao contrário, também, a morte física nem sempre significa morte espiritual, embora tenha ocorrido a separação do corpo e do espírito. DEUS nos alerta sobre a importância de não morrermos espiritualmente. E o que provoca a morte espiritual (separação do homem com DEUS)? O pecado. Metaforicamente, a morte é o salário, a consequência de quem peca: “Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, em Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 6:23). No princípio, DEUS criou o homem com vida espiritual: “Formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida, e o homem tornou-se alma vivente” (Gênesis 2:7) e o advertiu que o resultado da desobediência seria a morte no mesmo dia do pecado: “mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás, pois no dia em que comeres, certamente morrerás” (Gênesis 2:17). Com certeza, DEUS cumpriu a sua promessa. Por causa do pecado do primeiro casal humano, o Senhor o expulsou do Jardim do Éden e dele se afastou. Mesmo tendo Adão vivido em seu corpo físico por 930 anos, ele e a sua esposa morreram no mesmo dia do pecado, no sentido em que eles foram separados de DEUS. Observe como é possível estarmos vivos fisicamente e mortos em nosso espírito: “Ele nos vivificou, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência” (Efésios 2: 1-2). Nascemos mortos em nossa essência, pois sobre nós habita a morte do pecado original; e mortos nos tornamos dia-a-dia no mundo em que vivemos. Ainda morto nesse mundo, o homem é educado a seguir uma doutrina religiosa; passando a frequentar missas, cultos, reuniões espíritas, umbandas; crendo, equivocadamente, que a religiosidade é o meio dele estar com DEUS. E quantos passam uma existência inteira sem saber nem conhecer a plenitude da verdadeira Vida? Quantos corpos descem à sepultura sem nunca ter experimentado o indescritível sabor de viver? A todos que morrem física e espiritualmente, os que nunca quiseram experimentar o novo nascimento, há um lugar de tormento eterno reservado após a vinda de JESUS CRISTO e o Juízo que se estabelecerá com DEUS: o inferno, geena em grego. Esta palavra aparece 12 vezes no Novo Testamento, sendo 11 vezes pronunciada por JESUS e uma por Tiago. Não confundi-la, porém, com Hades (mundo invisível dos mortos), lugar para onde vai a alma sem o corpo até a volta do Filho de DEUS. Não admitir a existência do inferno é não crer em DEUS, em JESUS e na Sagrada Escritura. Por mais triste e desanimador que o mundo pareça, nem de longe os tormentos atuais se comparam com os do inferno. Sobre a morte física, ela é comparada a um sono profundo. Veja o que diz o livro de Eclesiastes: “e o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu” (12:7). É claro que o espírito do homem um dia volta a DEUS, que o julgará e o encaminhará para sua morada eterna: “Quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória. Todas as nações do mundo se reunirão diante dele, e ele apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes (os desobedientes) as ovelhas (os obedientes a Deus). Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. (...) Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” (Mateus 25:31-34; 41) (grifo meu). No livro do profeta Daniel também está revelado o destino de todos os espíritos ressuscitados: “Muitos dos que dormem no pó da terra ressurgirão, uns para a vida eterna, e outros para a vergonha e o desprezo eterno” (12:2). Como fazer para escapar da morte espiritual, já que da física ninguém escapará? Nascendo de novo.JESUS CRISTO disse: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim” (João 14:6). No mesmo livro do apóstolo João, o Filho de DEUS também afirmou: “Eu sou a porta. Todo aquele que entrar por mim, salvar-se-á. Entrará e sairá, e achará pastagens. O ladrão só vem para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância” (10:9-10). Está mais que explicado: quem recebe a JESUS como Senhor e Salvador tem seus pecados perdoados e é presenteado com uma nova vida, um novo nascimento pelo Espírito de DEUS. E dessa forma, compreendemos também porque o apóstolo Paulo afirmou que o morrer para ele seria lucro. Não há dúvidas de que a morte a que o apóstolo se referiu era a do corpo físico. Ele sabia que, morrendo o seu físico, o seu espírito um dia se encontraria com JESUS e, após a Sua segunda vinda, entrará no Reino de DEUS. Paulo não tinha medo de morrer. Como você também não deve ter medo da morte. Para que essa certeza seja verdadeira nessa existência, você precisa arrepender-se de uma vida entregue aos pecados e à ignorância. Agora preste bem atenção ao que disse JESUS: “Não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma. Temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo” (Mateus 10:28). Um conceituado médico de um dos hospitais públicos mais conhecidos do Nordeste (ele ainda não é cristão) mostrou a incrível diferença existente entre o óbito de uma pessoa cristã para um ser humano que nunca experimentou o novo nascimento. Os cristãos, segundo ele, expressam um semblante de tranquilidade, de profundo refrigério, momentos antes de morrerem. Já a morte de um ímpio gera uma imagem agonizante, algo triste de se ver. A questão não é viver e morrer, pois desses dois extremos ninguém escapará, seja a morte física ou espiritual. O problema é morrer sem CRISTO, sem ter experimentado o novo nascimento como o próprio JESUSafirmou a Nicodemos no evangelho de João, capítulo 3; acreditando que a religiosidade salvará a sua alma da perdição eterna. Enquanto vivo em CRISTO, posso afirmar o mesmo que disse Paulo: o morrer para mim também é lucro, pois sei o reino que está reservado para mim após essa existência terrena. Mas sei que até essa hora, DEUS completará todos os propósitos reservados para a minha existência. Vida não é só provar do oxigênio, do ar que respiramos. A vida não se resume somente às batidas do nosso coração e ao bom funcionamento do nosso cérebro. Viver vai muito além que isso: consiste em renunciar a si mesmo, obedecer a Santa Palavra de DEUS, morrer para este mundo para nascer pelo Espírito Santo. Nunca mais creia em lendas nem em falsos ensinamentos religiosos. A Bíblia ignora a doutrina da reencarnação, muito ensinada nas religiões orientais, Filosofia “Nova Era” e no espiritismo; assim como nega e abomina também a comunicação com quem já morreu. Isso é engano; pura ilusão. Como também não há nada, no Livro Sagrado, referente ao purgatório (uma espécie de prisão para onde vão alguns espíritos e depois soltos, como os padres ensinam nas missas). Creia em DEUS e viva exclusivamente para ELE. Só em JESUS você pode encontrar a Vida. Não se influencie por aqueles que morreram sem nunca conhecerem a verdade sobre a Vida, como ocorreu com Florbela Espanca e tantos outros artistas mundiais. Nascemos, vivemos e um dia morreremos. Se no físico, certamente. Se no espírito, isso dependerá exclusivamente de sua atitude diante de DEUS nessa existência. Que você possa afirmar o que disse o salmista, quando na certeza de que a Vida estava sempre com ele: “Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam” (Salmos 23:4). Amém, Senhor JESUS! |
sábado, 21 de novembro de 2015
AS DUAS MORTES OU A VIDA ETERNA
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