segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

CRESCIMENTO, INCHAÇO OU GORDURA?

CRESCIMENTO, INCHAÇO OU GORDURA?



Crescer é o imperativo de Deus para a sua Igreja. “Ide e fazei discípulos de todas as nações” – ordenou o próprio Jesus. “Ele quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” – ensinou-nos o apóstolo Paulo. É, sim, uma questão de quantidade. Cada pessoa no Reino do Filho do Amor é uma pessoa a menos no Império das Trevas. Haverá alguma explicação razoável a respeito de nossa inércia evangelística para aqueles que não forem contados entre os Benditos de meu Pai?

Há, no entanto, diferença significativa entre os conceitos “crescer”, “inchar” e “engordar”. Quem cresce, desenvolve-se, amadurece, adquire novas habilidades e capacidades. Veja o que acontece ao corpo humano: seu crescimento está ligado ao desenvolvimento dos órgãos internos; envolvem alimentação, atividade, aprendizado e cuidados com a saúde. Se uma criança não cresce, logo entendemos que está doente e precisa de tratamento. Quando a Igreja cresce, seus membros são saudáveis e seus ministérios estão em pleno desenvolvimento.

Inchaço é anomalia. Um reflexo de que algo não vai bem. Quando o corpo, ou parte dele, incha, é sinal de uma entre várias razões preocupantes: retenção de líquido, inflamação, tumor, ou enfermidades de ordens diversas. Todo o esforço, então, passa a ser no sentido de resolver o problema e devolver o organismo à condição normal. Igrejas incham quando fazem promessas com base no interesse mesquinho das pessoas, enchendo-se de gananciosos e não de cristãos. Incham quando atraem pessoas a si mesmas e não a Cristo.

A gordura é sempre uma ameaça à saúde do corpo. Resulta de um processo útil, necessário, mas exercido de modo desequilibrado. É conseqüência do alimento, fundamental para a vida, mas ingerido em excesso e sem que seja acompanhado da devida atividade física. Quem engorda está comendo demais e exercitando-se de menos. Chamamos “vida sedentária” a este padrão de comportamento. Igrejas gordas são aquelas onde há alimento em abundância, mas pouco serviço cristão dedicado. Vida espiritual sedentária.

O objetivo de uma igreja deve ser o de crescer. Alcançar vidas para o Senhor. Ajudar a levar o evangelho aos quatro cantos do mundo. Mas não crescerá se não propuser uma vida cristã saudável. Não crescerá se não tratar-se aos primeiros sinais de enfermidade. Não crescerá se não trabalhar com afinco e disposição. E não adianta alegar que possui alguns membros que trabalham bastante, assim como não adianta ao corpo alegar que um único braço é bastante exercitado. Terá problemas no futuro, até para aquele braço.

A energia vital que garante crescimento ao corpo é fruto da presença do Espírito Santo no corpo. Seu poder gerador e fortalecedor garante o desenvolvimento de cada órgão e de cada membro. Sem Ele, nada de crescimento. Sem Ele, nenhuma vida. Cadáveres já não crescem mais. Pelo contrário, apenas diminuem. Assim que, se uma Igreja quer crescer, deve orar, meditar na Palavra, buscar os dons do Espírito e exercita-los com Sua ajuda e direção. Ele acrescentará, dia a dia, na Igreja, os que forem sendo salvos. Nossas portas continuarão abertas e, nosso corpo, desejando crescer.

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