sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Maioridade Espiritual

Maioridade Espiritual

Texto básico: Números 1: 1-3.
 
   No segundo ano após a saída dos filhos de Israel do Egito, no primeiro dia do segundo mês, falou o SENHOR a Moisés, no deserto do Sinai, na tenda da congregação, dizendo: Levantai o censo de toda a congregação dos filhos de Israel, segundo as suas famílias, segundo a casa de seus pais, contando todos os homens, nominalmente, cabeça por cabeça.   Da idade de vinte anos para cima, todos os capazes de sair à guerra em Israel, a esses contareis segundo os seus exércitos, tu e Arão. (Números 1:1-3 RA).

Só poderiam ser arregimentados para o Exército de Israel os jovens ou adultos acima de vinte anos de idade.
 
Em alguns países, ainda hoje, vinte anos é a idade na qual os jovens têm obrigação com o serviço militar. A idade pode variar um pouco de acordo com cada país; no Brasil é a parir dos 18 anos.

Primeiramente, o jovem se alista numa junta do Serviço Militar, depois é convocado e avaliado por uma junta médica, então, se reconhecido como capacitado para portar armas, o recruta passa a ter obrigação com a defesa de sua pátria. Para tanto ele presta um juramento à bandeira, renunciando sua vida pessoal e sua família.
 
Segue-se, então, um treinamento onde ele aprende o respeito e obediência aos seus superiores, o conceito de disciplina, de serviço e honra, e é treinado para o combate.

Nós também fomos arregimentados por Cristo para fazermos parte de Seu exército, por isso precisamos aprender a obedecê-lo, honrá-lo, renunciando nossa vida pessoal e nossa família. É claro que isso não significa abandonar nossa família, ou nosso emprego, mas sim, priorizarmos as coisas de Deus.
 
Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade. (1 Timóteo 2:3-4 RA).

Assim como para o jovem Timóteo, esse compromisso tem uma aplicação espiritual para cada jovem cristão.
 
É óbvio que não será no dia de sua conversão, que esse “bebê em Cristo” será totalmente capaz de “partir para a batalha”. Alguns têm um crescimento muito rápido, outros são mais lentos. Paulo se admirava que os cristãos de Coríntios tivessem crescido tão pouco.

Leite vos dei a beber, não vos dei alimento sólido; porque ainda não podíeis suportá-lo. Nem ainda agora podeis, porque ainda sois carnais. (1 Coríntios 3:2 RA).
 
Também o autor da carta aos Hebreus os adverte pela falta de crescimento.

A esse respeito temos muitas coisas que dizer e difíceis de explicar, porquanto vos tendes tornado tardios em ouvir. Pois, com efeito, quando devíeis ser mestres, atendendo ao tempo decorrido, tendes, novamente, necessidade de alguém que vos ensine, de novo, quais são os princípios elementares dos oráculos de Deus; assim, vos tornastes como necessitados de leite e não de alimento sólido.   Ora, todo aquele que se alimenta de leite é inexperiente na palavra da justiça, porque é criança.   Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal. (Hebreus 5: 11-14 RA).
A família de Deus é composta de “filhinhos”, de “jovens” e de “pais”.

Filhinhos, eu vos escrevo, porque os vossos pecados são perdoados, por causa do seu nome. Pais, eu vos escrevo, porque conheceis aquele que existe desde o princípio. Jovens, eu vos escrevo, porque tendes vencido o Maligno. Filhinhos, eu vos escrevi, porque conheceis o Pai. Pais, eu vos escrevi, porque conheceis aquele que existe desde o princípio. Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em vós, e tendes vencido o Maligno.(1 João 2: 12-14 RA).

Assim como os vários filhos numa família se classificam em diversos estágios de crescimento, também a família de Deus, embora unidos pela mesma vida e privilégios, também possuem diversos níveis de capacidade e responsabilidade. Mas em todos deveria se manifestar crescimento.
 
Crescia o menino e se fortalecia, enchendo-se de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele. (Lucas 2: 40 RA)

E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens. (Lucas 2: 52 RA).
 
Esse crescimento só acontece quando nos alimentamos do pão vivo que desceu do céu. Quando buscamos a intimidade do Senhor.

antes, crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno. (2 Pedro 3: 18 RA).
 
Depois que crescemos que nos preparamos para a batalha, ainda precisamos de maturidade para exercer o serviço a Deus.

Para exercer o serviço na tenda da congregação, também era estabelecida certa idade.
 
Levanta o censo dos filhos de Coate, do meio dos filhos de Levi, pelas suas famílias, segundo a casa de seus pais; da idade de trinta anos para cima até aos cinqüenta será todo aquele que entrar neste serviço, para exercer algum encargo na tenda da congregação. (Números 4: 2-3 RA)

Levanta o censo dos filhos de Gérson, segundo a casa de seus pais, segundo as suas famílias.  Da idade de trinta anos para cima até aos cinqüenta será todo aquele que entrar neste serviço, para algum encargo na tenda da congregação. (Números 4: 22-23 RA)
 
  Da idade de trinta anos para cima até aos cinqüenta contarás todo aquele que entrar neste serviço, para exercer algum encargo na tenda da congregação. (Números 4: 30 RA).

Também o Senhor Jesus começou o ministério com essa idade:
 
Ora, tinha Jesus cerca de trinta anos ao começar o seu ministério. Era, como se cuidava, filho de José, filho de Eli; (Lucas 3: 23 RA).

A maturidade de cada um é que leva a distribuição do serviço.
 
E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro. (Efésios 4: 11-14 RA).

Chegará um momento em que um “filhinho” se tornará um “jovem” no sentido espiritual, forte, com a experiência de ter vencido o maligno (1 João 2: 14), que há de se desenvolver num adulto (Hebreus 5: 14). Um varão perfeito (Efésios 4: 13).
 
Como estará o nosso crescimento, será que já atingimos a maioridade? Ou, ao contrário, sofremos de nanismo, e permanecemos estagnados desde a nossa conversão?

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