sábado, 30 de janeiro de 2016

Os sete aspectos do Andar do Cristão

Os sete aspectos do Andar do Cristão 
1. Vida nova
(Rm 6.4) De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte, para que como Cristo ressurgiu dentre os mortos, pela gloria do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida. – (Rm 8.1)

“Se alguém está em Cristo, e nova criatura” (2 Co 5:17).

A primeira menção da nova criação no Novo Testamento é categórica: cada um dos que estão em Cristo ”é uma nova criação”(2 Co 5:17, tradução literal do texto original grego).

Não urna nova criatura, mas sim uma nova criação. O estilo do apóstolo é muito vigoroso. Ele omite o verbo ser e, com alegria exclama: “De modo que se alguém está em Cristo. nova criação”. A nossa posição em Cristo não implica nada menos que isso.

A Epístola aos Romanos apresenta claramente a posição do crente em Cristo Jesus: está colocado além de toda condenação. Não obstante, não podemos compreender verdadeiramente essa posição sem entender o que é a nova criação. Estamos nEle porque somos criados nEle. “Somos feitura dEle, criados em Cristo Jesus” (Ef 2:10). A velha criação era obra de Deus.

Foi criada pelo Filho, mas não criada nEle. O pecado pôde introduzir-se nela, mas jamais entrará na nova criação, porque esta recebe de Cristo a vida e a natureza dEle.

O final de 2Coríntios 5 mostra que existe estreita relação entre a reconciliação e a nova criação (ver também Ef 2:15-16). A reconciliação consiste em que todas as coisas fiquem em harmonia com Deus. Isso só é possível por meio de uma nova criação que extraia tudo de Deus, uma criação em Cristo. Contudo, esta não pode ser estabelecida senão sobre uma base justa, depois de ter sido julgado o pecado que marcou a velha criação. A nova criação, como a reconciliação, tem a sua origem no amor de Deus e se fundamenta na justiça dEle.

Assim como a reconciliação é um dos frutos da obra de Cristo por nós, a nova criação é o fruto da obra de Deus em nós, como demonstra 2Coríntios 5 e Efésios 2. Todos estávamos espiritualmente mortos, é a mesma comprovação (2 Co 5:14; Ef 2:1). Deus nos deu uma vida nova e nos estabeleceu em Cristo; tal é a obra de Deus em nós: “Somos feitura dele”. A nova criação tem como fundamento a ressurreição de Cristo. Deus opera maravilhosamente nos crentes, os quais serão eterno testemunho de Sua justiça (2 Co 5:21) e da “suprema riqueza da sua graça” (Ef 2:7).

“Eis que tudo se fez novo” (2 CO 5.17 ).
A nova criação não é um “remendo” da velha. As coisas velhas desaparecem e dão lugar às novas, que são inteiramente de Deus. Isso é também verdade com respeito a Cristo.

Ele se humilhou uma vez nas circunstâncias da velha criação, estando entre nós segundo a carne (Rm 9:5).

No final de Sua vida perfeita e santa, morreu sob a sentença que condenava a velha criação, “o justo pelos injustos” (1 Pe 3:18). Dessa forma, Ele estabeleceu os fundamentos da nova criação nEle mesmo, ressuscitando dentre os mortos. Adquiriu, assim, um caráter novo e celestial.

Para nós também todas as coisas se fizeram novas. Antes de tudo, recebemos uma vida de natureza diferente.

A vida do homem natural é baseada no egoísmo, pois ele vive para si mesmo. Fundamentalmente, a nossa vida de crentes tem como centro a Cristo: não vivemos mais para nós mesmos, mas sim para Ele, estando constrangidos pelo Seu amor (2 Co 5:14-15).

Em seguida, a vida nova também conduz a novas relações. Para compreender isso, comparemos os discípulos nos evangelhos e no livro de Atos. Entre a primeira e a segunda situação, o Senhor soprou neles o Espírito Santo, operação da nova criação (Jo 20:22), e o Espírito Santo mesmo veio à Igreja.

Nos evangelhos, os discípulos conhecem o Senhor “segundo a carne”; no livro de Atos, conhecem-NO segundo o Espírito.

Nessa altura também ocorrera uma mudança na condição do Senhor, mas é preciso notar a grande mudança ocorrida na condição dos discípulos. Com efeito, o apóstolo declara: “a ninguém conhecemos segundo a carne” (2 Co 5:16).

Contudo, as suas relações habituais não tinham mudado, a única mudança se via neles mesmos. Como somos uma nova criação em Cristo, conhecemos a cada um de maneira nova. Por assim dizer, observamos todos os homens e todas as coisas com os olhos da nova criação.

“O novo homem, criado segundo Deus” (Ef 4:24).
Somos “criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” (Ef 2:10).

Este é o aspecto prático da nova criação. Como somos criados em Cristo Jesus, temos capacidade para fazer boas obras segundo Deus. Essas obras foram feitas por Cristo no mais elevado grau. mas nós também podemos fazê-las. Para nos, Deus as preparou de antemão. Se permanecemos dependentes, devemos andar nessas boas obras, isto é, deixar-nos dirigir para elas e praticá-las pela fé.

Se nós nos despojamos do velho homem, fomos renovados e nos revestimos do “novo homem, criado segundo Deus” (Ef 4:21-24; ver também Cl 3:10).

Essas operações se efetuaram em nós uma vez para sempre. Antes pertencíamos à ordem do velho homem e apresentávamos a sua natureza corrompida. Agora pertencemos à ordem do novo homem e trazemos suas qualidades de santidade, justiça e verdade.

O novo homem forma parte da nova criação; é “criado segundo Deus”. Ainda que sejamos exortados a nos revestir dele, isto não diz respeito somente ao exterior das coisas, mas também ao profundo de nosso ser, particularmente ao espírito do nosso entendimento.

Revestidos dessas características da nova criação, devemos comportar-nos de maneira responsável. Há coisas que devemos repudiar completamente: a ira, a maldade, as injúrias. Há outras que convém cultivar: a bondade, a humildade, a mansidão e, acima de tudo, o amor, que é o vínculo da perfeição” (Cl 3:14).

2. Espiritualidade
(Gl 5.16) Digo, porém: andai no Espírito, e não satisfareis à concupiscência da carne.

“Digo, porém: Andai no Espírito, e não haveis de cumprir a cobiça da carne. Porque a carne luta contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes se opõem um ao outro, para que não façais o que quereis”(Gl 5:16,1).

Vivemos em guerra vinte e quatro horas por dia; sete dias por semana. Trata-se de uma batalha ininterrupta, não só contra os demônios mas contra a nossa própria carne. O apóstolo Paulo declarou que via em seu corpo uma guerra entre seu homem interior - que tinha prazer na lei de Deus, e a sua carne - que se via dominada pela lei do pecado.

Deus nos comissionou a vencer a carne; e podemos fazê-lo! Esta é uma das áreas onde o Espírito Santo veio ministrar em nossas vidas para nos conduzir a um viver santo, vitorioso. E os benefícios do uso da linguagem de oração no espírito estão diretamente ligados às áreas de ação do Espírito do Senhor em nós.

Em suma, se é ministério do Espírito nos fazer vencer a carne, então é certo que o falar em línguas nos auxiliará no tocante a esta área. E somente andando no Espírito venceremos os desejos e inclinações da carne.

O capítulo áureo na Bíblia sobre andar no Espírito e massacrar a carne é Romanos 8. No capítulo 7 Paulo declara que passava o conflito interior que todos nós também passamos: “o bem que quero este não faço, e o mal que não quero este faço”. Depois faz a pergunta:

“quem me livrará do corpo desta morte?”, externando assim a sua incapacidade de vencer a carne. Muitos pensam que esta pergunta ficou sem resposta; mas não! Logo a seguir, ele mesmo afirma: “graças a Deus, por Jesus Cristo nosso Senhor”(Rm.7:25). E o capítulo 8 revela como Jesus Cristo nos dá esta vitória.

Temos a provisão de Cristo para vencermos. E da mesma forma como havia dito aos gálatas que o segredo de não cumprir os desejos da carne é ANDAR NO ESPÍRITO, o apóstolo também o diz em outras palavras aos crentes de Roma.

“Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte” (Rm 8.2).

Há duas leis em funcionamento na vida dos que servem a Deus: a de vida e a de morte. Enquanto a lei do Espírito vivifica, a lei do pecado mata. No v.6 lemos: “porque a inclinação da carne é morte, mas a inclinação do espírito é vida e paz”. Mas nesta exposição das leis, temos mais do que um mero contraste entre uma e outra; as Escrituras estão nos dizendo que uma lei é maior e sobrepõe a outra. A lei do Espírito da vida NOS LIVRA da lei do pecado e da morte!

Graças a Deus! Embora a lei operante na maioria dos homens seja a do pecado, nós temos o antídoto: a lei do Espírito da vida. Quando a segunda entra em operação, a primeira é anulada. Basta andar no Espírito, acionando voluntariamente esta lei, e você experimentará a vitória. Caso contrário, jamais agradará a Deus:

“Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem em verdade o pode ser; e os que estão na carne não podem agradar a Deus” (Rm 8:7,8)

O que é estar na carne? É viver a vida sem Cristo, desprovida por completo da lei do Espírito. Este não é o caso dos cristãos verdadeiros, pois o texto prossegue dizendo:

“Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele”. Romanos 8:9

Depois desta declaração profunda, de que ninguém que serve a Cristo está desprovido do Espírito Santo para vencer, Paulo estabelece claramente ONDE cada uma das duas leis opera: a do pecado, na carne; e a do Espírito da vida, em nosso próprio espírito.

“Ora, se Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça” (Rm 8:10).

O quê, exatamente, significa a expressão “corpo morto por causa do pecado”?

Fala da operação da lei do pecado na nossa carne; mais à frente o escritor usa o termo “corpo mortal”. Mas assim como a carne está sob a lei do pecado, nosso espírito, por sua vez, está sob a vida; ou seja, tem nele a operação do Espírito da vida! Enquanto a Bíblia chama nossa carne de corpo morto (ou mortal), chama nosso espírito de vivo (ou vivificado) e diz que esta vida do espírito pode fluir para o corpo, anulando a lei da morte.

“E, se o Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo Jesus há de vivificar também os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita”. (Rm 8:11).

Durante muito tempo achei que este versículo só se aplicava à ressurreição do corpo, por ocasião da vinda de Jesus. Mas hoje vejo claramente que este “vivificar o corpo mortal” fala da lei do Espírito da vida anulando a lei do pecado e da morte na carne já neste tempo presente.

Resumindo, só vencemos a carne pelo operar do Espírito Santo em nós: “porque, se viverdes segundo a carne, haveis de morrer; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis” (Rm.8:13). Não há outro meio de vencer a carne, a não ser anulando esta lei mortal do pecado mediante o poder e ação do Espírito de vida.

3. Estabilidade
(Ef 4.1) Portanto como prisioneiro do Senhor rogo-vos que andeis como digno da vocação com que fostes chamados.

Aqui vemos o clamor do apóstolo pela necessidade do povo de Deus numa direção que corresponda a sua vocação, que implicará com certeza numa jornada de comunhão com Deus e contínuo aprendizado de Sua vontade revelada na sua Palavra , além de, principalmente, dar-nos o entendimento de que nós, servos do Senhor, devemos viver esta vida de forma a dignificar o nome daquEle que nos chamou, obedecendo suas palavras e seus conselhos para as nossas vidas.

Andar de forma digna, no contexto, inclui pelo menos quatro características básicas:
Um andar digno da vocação c/ que fomos chamados é um andar:

A. Com toda humildade: ( v2) Com toda a humildade....
É interessante notarmos que, em geral, no mundo antigo a humildade não era uma virtude, muito menos era bem vista (na verdade era uma fraqueza), porém, em Cristo, tornou-se uma das mais notáveis características de um cidadão dos céus. A humildade aqui nos faz olhar para a grandeza e santidade de Deus, e entendermos o quão pequenos, ou, melhor dizendo, inúteis, são nossos méritos na presença do Senhor de toda vida.

Ele É Tudo em todos, e nós devemos nos colocar em condição de completa dependência dEle.

B. mansidão: v2 Com toda a ... mansidão...
Podemos utilizar a preposição toda e aplicar também a mansidão. De uma forma geral, a mansidão é uma expressão física da humildade, pois somente quem é humilde consegue ser manso. Também é uma virtude citada no Sermão da Montanha, como a terceira bem aventurança (Mt 5.5 Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;).

Inclui a docilidade nos relacionamentos, denota uma pessoa submissa a disciplinas e que possui auto-controle. Cristo afirmava ser manso e humilde de coração (Mt 11.28-29 Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.29 Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.).

C. Longanimidade: v2 ... com Longanimidade...
É uma característica que é citada por Paulo na lista do fruto do Espírito (Gl 5.22) Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.

Deforma simplificada, é uma expressão do constante perdão e da prática da misericórdia, e pode ser entendido quando vemos a longanimidade como atributo de Deus, que, por misericórdia, tolera diariamente nossas faltas (Lm 3.22-23 As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; (V.23) Novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade.)

A pessoa longânime reconhece o tratamento que recebe de Deus e o aplica ao seu próximo. É uma das mais belas expressões de um caráter transformado pela obra do Espírito no homem interior.

D. Suportando uns aos outros: ( v2) ...suportando-vos uns aos outros em amor...

Diz respeito à tolerância com o nosso irmão que também é parte da família de Deus, e, assim como a mansidão é para a humildade, suportar é uma expressão da longanimidade, pois sem ela não somos capazes de suportar as fraquezas do nosso irmão ou do nosso próximo.

É notável que a expressão termine com as palavras “em amor”, pois realmente somente pelo amor esses requisitos característicos da vocação na qual fomos chamados para viver podem ser plenamente cumpridos.

4. Amor
(Ef 5.2 ) E andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nos, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave.

Um dos grandes diferenciais do Cristianismo comparado com outras religiões é a Convicção que tem os seus seguidores de que são, de fato, filhos de Deus. Esta certeza se dá pelo conhecimento das Escrituras Sagradas e se confirma pela experiência prática do cristão.

Foi por isso que Paulo escreveu o texto acima para os Efésios, com a intenção de motivá-los a imitarem o Pai, como filhos amados. Em geral, as crianças imitam os seus pais, repetindo na prática o que vêem os pais fazerem.

Certamente não podemos fazer tudo o que Deus faz, mas o texto aponta para algo que Deus fez e que pode ser feito por nós também. O texto aponta para a vida em AMOR. Devemos buscar uma vida em amor. Existem 04 palavras em grego, para traduzir AMOR. A primeira é storgê, o amor amizade.

A segunda é Filia, que se refere ao amor de irmãos. A terceira é Eros, que se refere ao amor da atração física e da paixão. Porém a quarta palavra é Ágape que está relacionada com o amor divino, amor eterno, amor incondicional e amor sacrificial.

Creio que devemos voltar a nossa atenção para esta recomendação de Paulo a qual se torna a condição primeira para a Igreja de Cristo ser frutífera: amarmo-nos uns aos outros como Cristo nos amou.

"Andai em amor" é uma expressão que sugere o amor no movimento da vida, na ação continua, nas passadas diárias de alguém que está vivo e caminhando para um alvo. A vida cristã se apresenta assim dinâmica, inserida num contexto histórico pessoal de relacionamentos inter-pessoais onde acontece a raiva, o desentendimento, o conflito, mas andando em amor também se manifestará o perdão, a reconciliação, o diálogo e a interação dos sujeitos sociais, expondo ao mundo de forma eficaz o poder do Evangelho de Cristo.

5. Cautela
Ef 5: 15 Portanto, vede prudentemente como andai, não como néscios, mas como sábios (Cl 2.6).

As prioridades da nossa vida. Quando pensamos em como usar o nosso tempo ou como usá-lo melhor para o Senhor, uma primeira coisa que precisamos ver é quais são as prioridades do nosso coração, quais são as coisas mais importantes. E poderíamos nos perguntar: Será que o Senhor tem algum critério para nos dizer qual é a coisa mais importante?

Ainda que sejamos família celestial, povo celestial, nós estamos vivendo na terra. Não somos deste mundo, mas vivemos aqui. E precisamos olhar para o Senhor e perguntar a ele qual é a ordem de prioridades que Ele tem para a nossa vida

.Eu creio que quando o Senhor, pelo Espírito Santo, levou Paulo a escrever Efésios, a partir do versículo 5:18, o Senhor o conduziu a colocar as coisas em uma ordem de prioridades para nós. A primeira delas está no versículo 18 a 21:

"Não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução; mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, com hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando ao Senhor em vossos corações; dando sempre graças por tudo a Deus e Pai, no nome de nosso Senhor Jesus Cristo. Submetei-vos uns aos outros no temor de Deus" (v. 18-21).Quando nós pensamos em prioridades, no que gastar o nosso tempo, então precisamos ver o que Deus coloca em primeiro lugar para nós. Eu entendo que aqui a primeira coisa que o Senhor coloca é a nossa vida diretamente com ele.

A prioridade número um para nós é a nossa vida com o Senhor.
A segunda coisa da qual Paulo fala é a relação entre marido e mulher. (Ef. 5: 22-33). Esta é uma segunda prioridade para nós, para aqueles que são casados. E a terceira que Paulo fala é sobre os filhos, a família. (Ef. 6:1-4).

A quarta prioridade na seqüência é com respeito ao nosso trabalho, a respeito dos servos e os patrões. (Ef. 6:5-9). E por último, ele fala do nosso ministério, da nossa guerra espiritual, do nosso serviço aos santos, da nossa vida de oração.

(Ef. 6:10-20).Então, se hoje desejamos ordenar o nosso tempo segundo a vontade de Deus, é importante que vejamos estas prioridades. Por isso o Senhor está dizendo que devemos viver prudentemente, como sábios, e não como néscios. Precisamos procurar conhecer a vontade do Senhor.

Qual é a vontade do Senhor para nós? Há muitos anos atrás, quando comecei a seguir ao Senhor, eu não tinha clareza a respeito destas prioridades. Então, por algum tempo, as prioridades da minha vida estavam invertidas, e sempre há um prejuízo quando isso acontece. Neste assunto de remir o nosso tempo, necessitamos em primeiro lugar ver as prioridades do Senhor.

Muitas vezes temos percebido no meio do povo de Deus muitos prejuízos, muitos desastres, muitas pessoas feridas, porque essas prioridades estão invertidas.É muito natural que em primeiro lugar nós tenhamos ao Senhor.

Isto está claro na Palavra. Precisamos buscar em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça, e todas as demais coisas nos serão acrescentadas. Mas muito freqüentemente invertemos essa ordem, procuramos as outras coisas e não procuramos o reino de Deus; e ficamos sem o reino de Deus e também sem as outras coisas. Se procurarmos as outras coisas e não o reino de Deus, não recebemos nem as outras coisas nem o reino de Deus.

6. Iluminação
(I Jo 1.7) Mas se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado.

Quando chegamos à presença da luz, tudo se torna claro. A verdade se manifesta, embora isso seja doloroso. Mas, nessa mesma proporção, nosso interior é purificado pelo sangue de Jesus, de acordo com a citação acima. O grande problema de inúmeras pessoas, não só de pessoas descrentes, mas também de cristãos, consiste em suas tentativas de se apresentarem bem.

Isso abrange a vida profissional. Cada um tenta se apresentar da maneira mais favorável possível. Mas se você tenta se embelezar ou melhorar o seu interior por si mesmo, você se afasta da presença de Deus.

Os complexos psicológicos e os obscuros sentimentos de impotência e inferioridade vêm porque você ainda tenta se apresentar diante de Deus com uma aparência melhor do que é na realidade, por lhe faltar um sadio conhecimento de si mesmo. Mas o Senhor rejeita essa tentativa fajuta de renovação.

O rompimento das barreiras para uma vida verdadeiramente nova só se torna realidade se você estiver disposto a se despir totalmente de sua velha vida, identificando-se de maneira completa com a morte do Senhor Jesus.

7. Semelhança de Cristo

(I Jo 2.6) Aquele que diz que está nele, também deve andar como ele andou.
O verso que serve de base para esta reflexão – Aquele que diz que está nele também deve andar como ele andou - tem profundo significado para a vida do crente.

A exortação do apostolo João nos leva a uma verificação intima, a um auto-exame que também foi ordenado por Paulo aos da Igreja de Corinto: Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não reconheceis que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados.

(2 Co 13:5). “Estar em Cristo é o inicio da vida cristã. Isso foi realizado por Deus uma vez por todas, como nos diz a Palavra: Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção. 1.Co 1:30. Permanecer nEle é a continuação da vida cristã.

Isso é da nossa responsabilidade em nosso andar diário, um andar que seja a cópia do andar de Cristo na terra. Por Deus nos ter colocado em Cristo uma vez por todas, nós agora devemos assumir a responsabilidade de permanecer Nele”. “Nossa vida espiritual é vivida através do Espírito Santo.

A nós é conferida a mesma forma espiritual que Deus tem, e isso envolve irresistivelmente a sua forma de conduta moral. Quando vivemos a vida moral de Deus, então estamos “andando” como verdadeiros crentes”.

O coração do homem é tão enganoso que pode levá-lo até a uma falsa sensação de ser um cristão ou então, se orgulhar da fé e ser soberbo. Paulo escrevendo aos Gálatas fez uma dura pergunta: Vós corríeis bem; quem vos impediu de continuardes a obedecer à verdade? Gl 5:7.

O escrito a Igreja em Laodicéia, é uma grave advertência, pois o Senhor Jesus Cristo expôs a soberbia que imperava na igreja: pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu. (Ap 3.17).

A vida Cristã exige uma vigilância diuturna e a Santa Palavra fala claramente a respeito: Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. Sede sóbrios e vigilantes.

O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar( Mt 26:41 ; 1 Pe 5.8). A comunhão intima com Deus e o seguir a sua Palavra são requeridas de todo o crente.

Andar como Cristo andou é diferente de andar por onde Cristo andou. Ao cristão é emocionante passar pelos sítios onde Jesus exerceu o seu ministério, mas isso não contribui para sua santificação. Martinho Lutero (1483-1546) observou que não “nos cumpre imitar o andar de Cristo por sobre o mar, mas a sua maneira normal de andar.

Assim também devemos buscar a santidade e a bondade, ainda que não possamos praticar coisas maravilhosas, conforme Ele fez”.

Andar como Ele andou é o imperativo moral do evangelho é a santificação em ação. O apostolo Paulo com grande coragem e convicção nos deixou seu testemunho: Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo.

Quanto ao mais, ninguém me moleste; porque eu trago no corpo as marcas de Jesus( 1 Co 11:1 ; Gl 6:17). A vida do apóstolo foi de completa dedicação, submissão e identificação com Cristo.

“A fé verdadeira produz transformação moral e espiritual e um testemunho interno inconfundível. A fé verdadeira não é passiva, mas ativa. Exige que preenchamos certas condições, que permitamos que os ensinos de Cristo dominem totalmente as nossas vidas, desde o instante em que cremos.

A mudança experimentada por um homem verdadeiramente convertido é igual à alguém que se muda para outro país. A alma regenerada não se sente mais em casa no mundo, à semelhança de Abraão quando deixou Ur dos Caldeus e partiu para a terra da promessa.

O cristão nascido de novo é um migrante; ele entrou no reino de Deus vindo do seu antigo lar no reino do homem e precisa aprestar-se para as violentas mudanças que se seguirão inevitavelmente. Lenta ou repentinamente, mas com toda a certeza, ele desenvolverá um novo padrão de vida. As coisas antigas passarão e, eis, todas as coisas se farão novas, primeiro interiormente, depois externamente; pois a mudança dentro dele logo começará a expressar-se por meio de correspondentes mudanças em sua maneira de viver”.

Paulo fez um apelo aos crentes de Éfeso, para que tivessem consciência que suas vidas haviam sido mudadas: Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor. Pois, outrora, éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz.( Ef 4:1-2 ; 5.8).

A sociedade identifica logo aquele que tem a vida de Cristo, a luz, por mais débil que seja é notada. Isto aconteceu com os primeiros apóstolos: Ao verem a intrepidez de Pedro e João, sabendo que eram homens iletrados e incultos, admiraram-se; e reconheceram que haviam eles estado com Jesus. At 4:13.

Estevão o primeiro mártir do cristianismo, mesmo em meio ao julgamento foi identificado como alguém que tinha a vida de Cristo: Todos os que estavam assentados no Sinédrio, fitando os olhos em Estêvão, viram o seu rosto como se fosse rosto de anjo ( At 6:15).

E quando do seu apedrejamento pronunciou as mesmas palavras de Cristo na cruz perdoando os seus algozes: Então, ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor, não lhes imputes este pecado! Com estas palavras, adormeceu. At 7.60. A história bíblica deixa o registro de Estevão, realmente um regenerado.

Vejamos alguns aspectos do caráter de Cristo Jesus que devem marcar a vida daquele que diz estar nele.

Humilde:

Depois de lhes ter lavado os pés, tomou as vestes e, voltando à mesa, perguntou-lhes: Compreendeis o que vos fiz? Vós me chamais o Mestre e o Senhor e dizeis bem; porque eu o sou. Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também (Jo 13.12 – 15).

Orador: (Homem de oração)

Naqueles dias, retirou-se para o monte, a fim de orar, e passou a noite orando a Deus. (Lc 6:12).

Disse-lhes Jesus uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer: (Lc 18.1)

Conhecedor da Palavra de Deus:

Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto MT 4:10).

Perdoador:

Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete ( Mt 18:21,22).

Contudo, Jesus dizia: Pai perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. Então, repartindo as vestes dele, lançaram sortes ( Lc 23:24).

Íntegro: (pregador e praticante)

Disse-lhes, então, Jesus: Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. E muito se admiraram dele( Mc 12:17).

Tendo eles chegado a Cafarnaum, dirigiram-se a Pedro os que cobravam o imposto das duas dracmas e perguntaram: Não paga o vosso Mestre as duas dracmas? Mas, para que não os escandalizemos, vai ao mar, lança o anzol, e o primeiro peixe que fisgar, tira-o; e, abrindo-lhe a boca, acharás um estáter. Toma-o e entrega-lhes por mim e por ti ( Mt 17.24).

Servo:

Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos ( Mc 10.45).

Obediente ao Pai:

Disse-lhes Jesus: A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra. João 4:34. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneço ( Jo 15.10).

Amoroso:

Ora, antes da Festa da Páscoa, sabendo Jesus que era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim ( Jo 13.1).

Viva como Jesus Viveu, ande como Jesus andou, tome decisões como Jesus tomaria, faça o que Jesus fez e receba de Deus o que Jesus Recebeu! Uma coroa te espera no final da batalha, passe pela via da crucificação, passe pelo vale da sombra da morte, suporte a humilhação, suporte a dor, uma coroa te espera, só os vencedores receberão uma coroa no final de tudo, “Ao que vencer, receberá a coroa da vida” Dar-te-ei assentar-se comigo no meu trono”.

Deus promete e cumpre, Ao que vencer! Ao que vencer, o mundo, a concupiscência, a dor, o desespero, a humilhação, a carne, este será o vencedor que se assentará com Jesus na glória, este se assentará com Jesus no trono!

Que Deus nos ajude a andar como Jesus andou para a glória do Senhor, amém

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