sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

O sinal do Profeta Jonas

O sinal do Profeta Jonas 



INTRODUÇÃO:

O presente texto faz uma abordagem simples, facilitando a interpretação por parte do leitor, sobre um tema bastante curioso “o sinal do profeta Jonas”. O objetivo deste texto é conseguir decifrar o que Jesus queria falar quando se referiu ao tema.
Boa leitura,
Antes de adentrarmos na análise da questão, e para melhor compreensão do assunto abaixo, gostaríamos de conceituar a palavra sinal, sinal é o que serve de advertência, ou possibilita conhecer ou prever algo. 2. manifestação ou prova.

1.    PERGUNTA

E, CHEGANDO-SE os fariseus e os saduceus, para o tentarem, pediram-lhe que lhes mostrasse algum sinal do céu. (Mateus 16:1)

Quando os fariseus, os saduceus e os escribas chegaram a Cristo e pediram um sinal, ele lhe respondeu que nenhum sinal seria dado senão o do profeta Jonas. Na resposta de Jesus aos fariseus você nota a magistral inteligência de Jesus, que mais uma vez fala por parábolas, a qual mais tarde explicaremos, na realidade os fariseus não queriam que Jesus demonstrasse que era o Messias, para que logo após o sinal o seguissem, ou seja, não tinham boa intenção na pergunta, não era uma pergunta construtiva e sim destrutiva, queriam tentá-lo, descredenciá-lo perante o povo, o interessante é que mesmo que Jesus fizesse o sinal eles não iam crer nele, porque tinham visto vários sinais que o legitima como o messias, como os vários milagres que Jesus fez, como está em Is 35:4-6, o qual relata que o messias teria que fazer vários milagres, por isso, eles ficaram pensando como fazer o povo desacreditar de Jesus, então várias vezes tentaram derrotá-lo na palavra de Deus, mais não conseguiram porque Jesus era perfeito e tinha um conhecimento da palavra fora do normal, que nem o satanás poderia disputar com ele, então tentaram armar uma pergunta silada, queriam prová-lo, se ele não fizesse o sinal diriam que ele não tinha o poder para ser qualificado como o messias, porém eles não esperavam uma resposta com um nível intelectual tão alto, e talvez até por vergonha ou melhor por falta de humildade de reconhecer publicamente que não entenderam a resposta de Jesus, perderam uma ótima oportunidade de conhecer de uma forma mais detalhada o que aconteceria no futuro e, conseqüentemente, adquirir sua salvação.


2. A RESPOSTA DE JESUS


Então, com uma magistral inteligência, superior a qualquer outro que existiu ou existirá na terra, incluindo Salomão, até porque Cristo sempre esmagava seus opositores com uma retórica impossível de se opor, motivo este que os fariseus não conseguiam responder ou retrucar uma pergunta feita por ele, mas sim abaixavam suas cabeças e saiam desanimados, e nessa pergunta não foi diferente Jesus elevou o nível intelectual da resposta não deixando sua interpretação restrita e sim abrangente, a qual cabe várias interpretações:


2.a - Interpretação Explícita

Mateus 12:40 :Pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim estará o Filho do homem três dias e três noites no seio da terra.

O ministério de Jonas é uma prefigura do ministério de Jesus, nessa interpretação mais clara notamos isso, da mesma forma que Jonas esteve no ventre da baleia três dias e não morreu, assim Jesus esteve no seio da terra por três dias, com um corpo transformado, mas não morreu, foi cortado do mundo dos viventes, mas não para si mesmo, esse foi um dos sinais, ao terceiro dia o corpo de cristo sumiu, como relata Mateus 27:


62 E no dia seguinte, que é o dia depois da Preparação, reuniram-se os príncipes dos sacerdotes e os fariseus em casa de Pilatos,
63 Dizendo: Senhor, lembramo-nos de que aquele enganador, vivendo ainda, disse: Depois de três dias ressuscitarei.
64 Manda, pois, que o sepulcro seja guardado com segurança até ao terceiro dia, não se dê o caso que os seus discípulos vão de noite, e o furtem, e digam ao povo: Ressuscitou dentre os mortos; e assim o último erro será pior do que o primeiro.
65 E disse-lhes Pilatos: Tendes a guarda; ide, guardai-o como entenderdes.
66 E, indo eles, seguraram o sepulcro com a guarda, selando a pedra.

28:11 E, quando iam, eis que alguns da guarda, chegando à cidade, anunciaram aos príncipes dos sacerdotes todas as coisas que haviam acontecido.
12 E, congregados eles com os anciãos, e tomando conselho entre si, deram muito dinheiro aos soldados,


Jesus mostrou o sinal do céu o qual eles pediram, não foi do jeito que eles desejaram, mas foi o que lhe foi apropriado ver, eles preferiram ocultar, pagaram um valor em dinheiro aos soldados para que eles mentissem e ocultassem o ocorrido, se dizendo fazer isso para o engrandecimento do reino de Deus, porém Deus não precisa de ajuda para manter sua obra, nem de mentira, nem faz nada às escuras, por isso, disse anteriormente que mesmo que Jesus fizesse o sinal pedido naquele exato momento eles não iam crer nele, pois cristo cumpriu o sinal prometido, mas eles preferiram encobrir o sinal que foi dado a eles.


2.b - Interpretação Implícita

LUCAS 11:30: Porquanto, assim como Jonas foi sinal para os ninivitas, assim o Filho do homem o será também para esta geração.

Antes de explanarmos esta interpretação é importante relatar que o sinal de Deus para gerações más, sexualmente despudoras, cheias de violências, avarentas, corrompidas diante da face do senhor é o castigo, exemplo não é difícil de encontrar: Sodoma e Gomorra, o mundo pré-diluviano de Noé, a própria sociedade Judaica várias vezes.
Apesar de ser uma interpretação latente, observada nas entre linhas, uma inferência, ela é bastante clara, evidente, a base para essa interpretação está no evangelho de Lucas no capítulo 11:

29 E, ajuntando-se a multidão, começou a dizer: Maligna é esta geração; ela pede um sinal; e não lhe será dado outro sinal, senão o sinal do profeta Jonas;
30 Porquanto, assim como Jonas foi sinal para os ninivitas, assim o Filho do homem o será também para esta geração.
   
Ou seja, Jonas pregou por três dias para os ninivitas (Jonas 3:3), assim como Jesus pregou por três anos para os Hebreus, Jonas anunciou a destruição de Nínive em 40 dias (Jonas 3:4), e da mesma forma, Cristo anunciou a desolação de Israel em 40 anos, ou melhor, Jesus falou a respeito do sinal do profeta Jonas no primeiro ano de seu ministério, isto é, em 30 D.C, e em 70 D.C Israel foi destruída, Cristo deu o sinal do arrependimento ao povo Judeu para que eles se convertessem do seu mau caminho e viesse a seguir verdadeiramente o Deus vivo, Cristo falou isso em Lucas 11, deu o tempo para o arrependimento do povo Judeu, contudo eles não se vestiram de saco, não jejuaram, não se arrependeram das suas más obras, por isso, veio o juízo no cap. 21 de Lucas, a desolação de Israel, Israel seria destruída, pereceria, como tantas outras sociedades e gerações.
Só retornando como nação nos finais dos tempos, em Lucas 21:24, quando Jesus relata que Jerusalém seria pisada pelos gentios até que o tempo dos gentios se completem.


3. A INCRÉDULIDADE DOS JUDEUS

41 Os ninivitas ressurgirão no juízo com esta geração, e a condenarão, porque se arrependeram com a pregação de Jonas. E eis que está aqui quem é mais do que Jonas.
42 A rainha do meio-dia se levantará no dia do juízo com esta geração, e a condenará; porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. E eis que está aqui quem é maior do que Salomão.

Apesar do maior profeta está entre os judeus, eles não creram, ao contrário dos ninivitas que não tinham o Cristo exclusivamente e especificamente dedicado para pregar para eles, mas sim o profeta Jonas pregando desolação, num período curto de três dias, e com no mínimo uma má vontade de levar a palavra do senhor aquele povo, Cristo pelo contrário veio com zelo de Deus, com uma vontade imensa de converter a todos, alémda demonstração de todos os sinais que o credenciava como o messias, o enviado de Deus, contudo, os ninivitas acreditaram no profeta Jonas com uma autoridade, eloqüência muito inferior a Jesus, porém, se auto-avaliaram e reconheceram que estavam em pecado, deixando seus maus caminhos, da mesma forma a rainha da Etiópia percorreu um longo percurso para conhecer um Governo assentado no Deus verdadeiro, o governo de Salomão, só em escutar a respeito do governo de Salomão, a rainha teve fé e esperança que em Israel teria um contato que jamais tivera tido em outro momento da sua vida.
Por isso, tanto ela como esta geração dos ninivitas, que buscaram a Deus e se arrependeram dos seus maus caminhos, saíram sem culpa do juízo divino, ao contrário desta geração de Israel que submergirão ao juízo.


4. OS SINAIS DOS TEMPOS

Mateus 16:1 E, CHEGANDO-SE os fariseus e os saduceus, para o tentarem, pediram-lhe que lhes mostrasse algum sinal do céu.
2 Mas ele, respondendo, disse-lhes: Quando é chegada a tarde, dizeis: Haverá bom tempo, porque o céu está rubro.
3 E, pela manhã: Hoje haverá tempestade, porque o céu está de um vermelho sombrio. Hipócritas, sabeis discernir a face do céu, e não conheceis os sinais dos tempos?


Mais uma vez neste momento Jesus se revela como o messias prometido, explicando que o messias teria que vir num período pré – determinado e com alguns sinais que o credenciariam, o qual se eles tivessem lendo e entendendo as escrituras sagradas saberiam discernir que era Jesus. E como se ele nos remete-se ao livro de Daniel:

"Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar, e para edificar a Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, haverá sete semanas, e sessenta e duas semanas; as ruas e o muro se reedificarão, mas em tempos angustiosos." (Daniel 9 : 25)


O livro de Daniel é um livro de uma clareza imensa, um dos que trazem mais profecias a respeito do futuro e dos fins dos tempos, em relação ao Messias foi mais além, ele delimitou o tempo exato que o messias estaria na terra, ou seja, da saída da ordem para restaurar e para edificar a Jerusalém até o messias haveria sete e sessenta e duas semanas, a saída para restaurar Jerusalém ocorreu em 444 A.C, quando o rei Artaxerxes autorizou Neemias a reconstrução de Israel (Neemias 2:1-6). A visão das setenta semanas é simbólica como você nota abaixo:
   
   
Interpretação Normal    Interpretação Simbologia

        1 dia =    1 ano
1 semana    7 dias    1 semana =    7 anos
7 semanas    49 dias    7 semanas =     49 anos
62 semanas    434 dias    62 semanas =    434 anos
69 semanas    483 dias    69 semanas =    483 anos


As primeiras sete semanas foi à reconstrução de Israel, que durou 49 anos, por isso, Daniel vai separar o período das sessenta e nove semanas, em dois períodos um de sete semanas e outro de sessenta e duas, se você fizer a contagem de 444 A.C a 33 D.C verá que houve 483 anos judeus, porque a contagem é sobre o povo judeu, por isso, é importante saber que um ano para o judeu equivale a 360 dias, isto é , o ano lunar.
Outro fator interessante dessa profecia de Daniel é que o messias teria que vir quando a cidade de Jerusalém estivesse reconstruída (as ruas e os muros se reedificarão, mas em tempo angustiosos). Como Jerusalém foi destruída 70 D.C, ninguém mais poderia se credenciar como o messias porque careceria desse requisito, consequentemente, só poderia ser o messias o homem que morresse antes de 70 D.C.
Além dessa precisão do livro do profeta Daniel, Jesus falou não apenas dessa passagem, quando ironizou que os fariseus não sabiam observar os sinais dos tempos, mas várias outras, como as que falam a respeito de João Batista:

Malaquias 3:1 EIS que eu envio o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim; e de repente virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais; e o mensageiro da aliança, a quem vós desejais, eis que ele vem, diz o SENHOR dos Exércitos

Isaías 40:3 Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do SENHOR; endireitai no ermo vereda a nosso Deus.

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