Ai dos que ao mal chamam bem!
Em Isaías 5.20 está escrito: “Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal! Que fazem da escuridade luz, e da luz, escuridade, e fazem do amargo doce, e do doce, amargo!”
Fiquei espantado, recentemente, com a declaração de um renomado televangelista brasileiro. Ao defender-se de acusações feitas pela Internet, ele afirmou que o líder do movimento G-12 no Brasil — na verdade, líder do M-12, posto que este rompeu com o colombiano César Castellanos há algum tempo — é um homem de Deus tanto quanto ele. Disse ainda que o tal líder gedozista (ou emedozista) prega o evangelho como ele prega; que ama o Reino de Deus como ele ama; e que não precisa abrir mão de uma vírgula sequer das suas posições para andar com ele!
Concordo que, como servos do Senhor, devemos respeitar a todos, sendo capazes de conviver com qualquer pessoa que pense de maneira diferente. Minha ponderação não é quanto a ter amizade com quem quer que seja. Entretanto, creio que o telepregador foi longe demais ao dizer que o líder gedozista não precisa mudar em nada, haja vista estar pregando o evangelho. Quer dizer então que os propagadores do erro estão corretos, podem permanecer como estão e também são pregadores do verdadeiro evangelho?
Ora, o líder gedozista precisa, sim, abandonar os seus desvios da Palavra de Deus! E, quanto ao blasfemo ensinamento de que devemos perdoar a Deus, só para citar uma das heresias propagadas pelo gedozismo? É do tal líder a antibíblica afirmação, citada e refutada pelo meu amigo, o pastor Esequias Soares, no Mensageiro da Paz deste mês (p.21), em seu Curso de Apologética Cristã: “O ministrador deverá instruir os encontristas a se lembrarem de momentos difíceis, amargos, traumatizantes, etc. Eles precisam liberar perdão às pessoas envolvidas em cada fase e até mesmo a Deus” (grifo meu).
O líder do M-12 não deve abandonar essa blasfêmia de que devemos liberar perdão a Deus? Ora, se foi o ser humano quem se rebelou contra o Todo-Poderoso (Rm 3.23; 5.12), por que é o pecador quem deve liberar perdão ao Santo e Justo? De acordo com a Palavra de Deus, o homem se queixa de seus próprios pecados (Lm 3.39). E, por isso, é o Senhor quem nos perdoa (Sl 103.3; 1 Jo 1.7-9), por suas infinitas graça e misericórdia (Ef 2.8,9; Lm 3.22).
Portanto, que o Senhor Jesus nos guarde de atitudes ecumênicas, contemporizadoras, visando, talvez, a interesses comerciais, que levam expoentes tidos como referenciais da sã doutrina a afirmarem que propagadores de heresias de perdição não devem abandonar os seus desvios. Reflitamos, pois, à luz de 2 Pedro 2.1-3 e 2 Coríntios 2.17.
Respeitosamente,
Ciro Sanches Zibordi
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