sábado, 19 de setembro de 2015

O que é o Batismo com o Espírito Santo

O que é o Batismo com o Espírito Santo

O Batismo com o Espírito Santo é um presente concedido por Cristo Jesus ao crente salvo, revestindo-o de poder e autoridade para evangelização dos pecadores.
Podemos afirmar que todos os salvos podem alcançar o batismo com o Espírito Santo, porém é necessária uma busca contínua, sem desanimo, cultivando hábitos saudáveis para uma vida dinâmica com Deus, como por exemplo: orar constantemente, ler e estudar a Bíblia com regularidade; jejuar, ter uma vida consagrada abstendo-se do pecado.
Há quem mistifique o Batismo com o Espírito contando “triste-munhos”, causando confusão e temor entre os irmãos. Infelizmente, é comum ouvir relatos do tipo: “a minha língua embolou quando fui batizado”. Outros afirmam ter perdido a consciência, caindo no chão “no poder de Deus”. Poderíamos citar outros absurdos semelhantes, porém vale ressaltar que devemos examinar tudo e reter o que é bom.
Asseguro que não existe fórmula mágica para o recebimento do batismo, porém em Atos 2 o relato nos permite enxergar o modus operandi de Deus ao derramar sobre os discípulos o Espírito Santo.
A Bíblia diz que os crentes foram primeiramente “cheios”, isso fala da presença da Terceira Pessoa da Trindade, que nos faz transbordar de alegria e de poder. Após o enchimento espiritual“começaram a falar”Note que primeiro foram cheios, depois falaram em línguas.
Mas o que eles falaram? “o que Espírito Santo lhes concedia que falassem”. O crente falar o que Deus lhe dá. É como se o Espírito bradasse (no momento do batismo a voz do Espírito no íntimo do crente não é como uma “brisa suave”, mas como um trovão) em seu coração, concedendo as “expressões inicias” em línguas estranhas.
O crente recebe a presença do Consolador, que o enche de alegria e de poder. A alegria conferia pelo doce Espírito é como uma fonte que jorra – de dentro para fora – impelindo o crente a falar em línguas estranhas. Lembre-se: quem fala é o crente!
Agora, contrariando aqueles que afirmam que no momento do batismo com o Espírito Santo o crente sofre um “apagão”, perdendo os sentidos, no versículo 3 do mesmo capítulo, Lucas esclarece: “E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo…”, o texto em negrito comprova que nenhum dos irmãos que estavam no cenáculo perdeu a consciência.

1. Definição
Batismo, do grego baptisma, consiste no processo de imersão, submersão e emersão.
Considerando que o batismo em água significa literalmente ser imerso na água, colocado dentro dela, ou até mesmo ficar ensopado nela. O Batismo com o Espírito Santo é ficar totalmente envolvido no Espírito dinâmico do Deus vivo, e nEle saturado.
É importante compreender que a expressão “Batismo com o Espírito Santo” não se acha na Bíblia, porém não se pode afirmar que ela é extra-Bíblica. A expressão tem origem na fraseologia empregada pelos Evangelhos sinópticos de Mateus 3.11, Marcos 1.8 e Lucas 3.16.
A terminologia foi utilizada por Lucas em Atos 1.5 e 11.16, originando daí a expressão “Batismo com o Espírito Santo”.
Para reforçar o entendimento, a distinção entre a terminologia “Batismo com o Espírito Santo” e a expressão “batizar com o Espírito Santo” citada nas referências, é que “batismo” é substantivo, e “batizar”, verbo.

2. O falar em línguas como evidência
Atos é um livro imprescindível à normatização da igreja evangélica-pentecostal, ele estabelece o padrão doutrinário para o batismo com o Espírito Santo, fixando o falar em línguas estranhas como evidência inicial.
A fala precisa ser audível, testemunhada por dois ou mais irmãos idôneos, caso contrário, é recomendável aconselhar a pessoa à buscar a confirmação – por meio da oração.
Gemidos, soluços, gritos, lágrimas, sons inaudíveis, pulos ou quedas, não podem ser confundidos com o genuíno Batismo com o Espírito Santo. Biblicamente quem é batizado com o Espírito Santo fala em línguas estranhas!
Apenas para fortalecer o comentário, considere que no AT os santos recebiam esporadicamente a visitação do Espírito Santo, muitos deles na força do Espírito faziam proezas e maravilhas, porém nenhum falou em línguas estranhas.
Somente no dia de Pentecostes os santos do NT começaram a falar outras línguas, causando admiração e temor na multidão ouvinte.
Portanto o falar em línguas é o sinal padrão estabelecido pela Bíblia para afirmar se alguém foi ou não batizado com o Espírito Santo.

3. O dom de variedade de línguas
A teologia define a palavra “dom”, do grego charisma, como “donativo de caráter imaterial, dado de graça”.
Biblicamente há distinção entre o Batismo com o Espírito Santo e o dom de línguas, o primeiro é o dom o Espírito Santo, o segundo faz parte dos dons espirituais, concedido ao crente após o Batismo com o Espírito Santo.
A língua estranha como evidência é uma coisa, o dom de língua é outra coisa.
O crente batizado poderá não possuir o dom de línguas, e a fala em línguas pode ser repetitiva, sofrendo poucas alterações ao passar do tempo.
Conheço irmãos que desde o batismo falam sempre as mesmas palavras em línguas estranhas – é a língua do batismo, sem o dom de variedade de línguas.
Entretanto, o dom de línguas, classificado como “dom de elocução”, seguido pelos dons de profecia e interpretação, é um desdobramento da língua inicial do Batismo com o Espírito Santo. É como se o crente possuísse a fluência da “língua celestial”.
O dom de línguas permite ao crente, por intermédio do Espírito, um diálogo fluente e diversificado com Deus, orando com eficácia, mas sem entendimento, pois quem falar em línguas, fala em mistérios com Deus.
Tanto o falar, como o cantar em línguas estranhas são virtudes deste dom imprescindível a todos os crentes batizados com o Espírito Santo, porque o dom de línguas garante fortalecimento ao portador; portanto devemos buscá-lo com dedicação e instancia.

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