CURSO DE PREPARAÇÃO DE OBREIROS
Fiel é esta palavra: Se alguém almeja ao episcopado, excelente obra almeja.”1 Tm 3.1
Objetivos: Este curso tem por objetivo preparar
obreiros para o serviço do Senhor em nossas congregações; dar o
crescimento em qualidade ao Ministério das nossas igrejas; evitar os
escândalos no Corpo de Cristo; e orientar a vida ministerial dos amados
irmãos.
Introdução: Sempre foi necessário ao ministério
das igrejas evangélicas um curso preparatório para os obreiros, tudo em
virtude do crescimento ministerial que tem ocorrido nas igrejas, e da
crescente onda de mundanismo que tenta invadir as congregações em nosso
país e ao redor do mundo. Como se vê, este trabalho não está voltado ao
simples conhecimento teológico acerca das doutrinas cristãs, mas o
objetivo central é preparar o obreiro no exercício das funções
ministeriais. Haja vista que a estrutura social da Igreja tem tomado
muito mais forma do que a espiritual.
Aqueles que tem aceitado a Cristo hoje, já não se parecem nada com o
cidadão que o aceitava há vinte anos atrás, geralmente ele conhece as
leis civis, os códigos de conduta sociais e às vezes alguns aspectos da
fé. É comum atualmente ouvirmos termos como: ética, respeito, educação,
postura, etc, sendo exigido de nossos obreiros, por parte dos membros da
igreja. Essa é uma característica do tempo presente, o lado social vai
crescendo enquanto o espiritual vai ficando para o segundo plano, isso
deve ser combatido, e só com obreiros preparados isso será possível. É
fácil observar pessoas tristes e frustradas por não receberem uma
oportunidade ou não serem convidadas para esse ou aquele evento na
igreja.
A idéia com esse estudo, é mostrar o que a Bíblia nos ensina, pois é
possível ser social e altamente espiritual At 6.5. Hoje o Obreiro deve
aprender que “estar ligado” nem sempre é estar em espírito, às vezes é
“estar prestando atenção!”
Definições: Damos aqui algumas definições para
facilitar o e Obreiro Em um sentido genérico, seria todo aquele que
trabalha na Obra do senhor, mas o termo é usado especificamente no meio
evangélico para designar os que foram consagrados para exercerem cargos
ministeriais de qualquer natureza, seja pastor, presbítero, diácono ou
auxiliar de trabalho, (cooperador(a) seja homem ou mulher) todos são
obreiros do Senhor, é muito comum na igreja de Deus o uso do termo para
designar apenas o auxiliar de trabalho ou cooperador.
Pastor: É o anjo da Igreja, ou líder espiritual do rebanho, o que
tem a função principal de apascentar as ovelhas e recebe orientação do
Senhor no desempenho dessa missão Ap 2.1. Em o Novo Testamento equivale a
bispo e presbítero At 20.17,18, mas atualmente nas igrejas pentecostais
se diferencia do presbítero nas funções ministeriais, e vem depois do
bispo na hierarquia funcional das denominações que possuem o sacerdócio
episcopal. Tem a função também de administrador da Igreja de Cristo 1 Pe
5.1-3. Devido à necessidade da obra de Deus e ao chamado, o pastor
também recebe designações especiais como Evangelista e Missionário.
Evangelista: O Evangelista é equivalente ao cargo
de pastor e muitas vezes é chamado de pastor evangelista, tem a função
de coordenar os trabalhos de evangelismo como na área de influencia da
igreja local como cultos ao ar livre, culto nos lares e etc. pode também
ser enviado para abrir ou dirigir algum trabalho de oração ou até mesmo
alguma congregação.
Missionário: O missionario é obreiro comissionado
para uma obra de missão, dentro ou fora do país, para evangelização
e/ou abertura de congregações, e é também atribuído às irmãs
consagradas para essa obra.
Presbítero: O nome vem do grego que significa “o
mais idoso” era o ancião responsável pela observância da justiça nas
cidades gregas, em o Novo Testamento, equivale ao pastor e ao bispo At
20.17,18, e por essa equivalência em muitas denominações atualmente o
presbítero se constitui em um auxiliar e substituto direto do pastor e
exerce funções administrativas e de ministro, responsável pelo ensino da
Palavra, aconselhamento, direção dos trabalhos da igreja e unção com o
óleo, entre outras. No tempo apostólico o presbítero era o dirigente das
congregações Tt 1.5-7, atualmente vem depois do pastor na hierarquia
funcional, há quem critique as denominações evangélicas de tirarem o
sentido real e a importância da palavra ao criarem o cargo de pastor.
Diácono: O nome vem do grego e significa
“servidor”, leia At 6.1-7. Entende-se nesta passagem que o objetivo da
instituição dos diáconos era basicamente para servir as mesas, mas
devido à ascensão social da Igreja as funções do diácono tiveram seu
caráter modificado, embora mantenha a mesma essência, agora o diácono é o
principal responsável pelos meios que fazem o culto funcionar, como
água, som, limpeza da igreja, organização, e anotações diversas entre
outras.
Diante do aqui exposto o diácono é o cargo ministerial que melhor
expressa a intenção do Senhor em Jo 13.12-15. O ideal é que todo obreiro
antes de alcançar qualquer função de maior responsabilidade ou
relevância na Obra de Deus, tenha passado pela escola do diaconato,
assim como Moisés passou quarenta anos no deserto aprendendo a servir em
humildade para só depois então, ser enviado pelo Senhor para libertar e
conduzir o povo de Deus pelo deserto até a terra prometida Ex 3.2,10.
Diaconisa: É o equivalente ao diácono e diz
respeito às irmãs consagradas com as mesmas funções dos diáconos,
algumas denominações não adotam este cargo por não encontrarem
referência Bíblica dele, porém existem tarefas que são peculiares às
irmãs, como cozinhar, tomar conta de berçário entre outras. Várias
mulheres na Palavra de Deus, foram cooperadoras do Senhor Jesus no seu
ministério terreno Mt 27.55,56.
Auxiliar de Trabalho (Cooperador) O Auxiliar de
Trabalho é uma função que precede ao Diácono, o termo é relativamente
novo e não se encontra na Bíblia, por conta disso, algumas denominações
mais rígidas quanto à doutrina, não o reconhecem como cargo ministerial.
Embora não haja referência bíblica sobre o cargo, ele pode ser inferido
no contexto de 1 Tm 3.10. Baseado neste conceito, o cargo de auxiliar
de trabalho ou cooperador foi criado com o objetivo de experimentar o
obreiro para o diaconato, é como se o obreiro ficasse em um período de
observação, para ao ser aprovado como obreiro, fosse então consagrado a
Diácono. É óbvio que alguns auxiliares de trabalho se destaquem tanto,
que a própria igreja local o considerem como diácono antes mesmo da sua
consagração.
Obs.: Convém observarmos antes de iniciarmos o estudo propriamente
dito, que o corpo de obreiros, está sob a liderança do pastor e tem como
atribuição principal a de liderar e organizar a comunidade dos remidos,
sendo como auxiliares do pastor no desempenho de sua missão, que é a de
conduzir o povo de Deus ao céu, para que essa atribuição seja
desempenhada com êxito, é necessário que no ministério haja organização,
e por isso os obreiros obedecem a uma hierarquia funcional
eclesiástica, onde viria na seguinte ordem: pastor presidente, pastor
auxiliar, evangelista ou missionário, presbítero, diácono e auxiliar de
trabalho. Convém lembrar que a hierarquia aqui exposta é apenas
funcional e não pessoal, é apenas para fins de organização e trabalho, a
hierarquia no reino de Deus obedece ao critério da humildade Lc
22.24-27.
Conduta do obreiro nas atividades da igreja: É
durante o culto e eventos, da igreja, que o obreiro mais tem contato com
os membros de uma forma geral, é nesse momento que ele é observado e
julgado por suas atitudes pela igreja, podemos minimizar ao máximo os
danos causados pelo julgamento precipitado, observando, além daquilo que
a Bíblia coloca como requisitos para o ministério e das tarefas
específicas do obreiro, alguns procedimentos diante da igreja, que
passaremos a apresentar a seguir.
Tudo o que a Bíblia ensina como comportamento e ordenanças para o
povo de Deus, deve ser primeiramente evidenciados nos obreiros para que
estes sirvam como exemplo para todos os membros, assim o obreiro será
também um agente motivador. Obs:
Todas as recomendações apresentadas aqui, devem ser seguidas por
todos os obreiros seja homem ou mulher, basta que esteja a serviço do
Senhor.
Aspectos Pessoais a) Apresentação individual
Qualquer empresa ou instituição zela pela boa apresentação de seus
funcionários, pois isso por si só já se constitui em um cartão de
visita, é correto afirmarmos que a roupa não salva, mas também devemos
observar na casa de Deus o que a Bíblia chama de “ordem e decência,” até
mesmo pela ênfase que a Palavra de Deus dá ao assunto At 6.3. Detalhes
como roupa limpa e passada, barba bem feita, cabelo cortado, sapato
engraxado e unhas cortadas, podem fazer muita diferença diante de Deus e
dos homens.
Diante de Deus: pela importância que demonstramos a
tudo aquilo que se relaciona com nosso Deus e diante dos homens pela
ação motivadora e glorificação ao nome de Deus 2 Cr 9.3,4. b)
Gentileza: Há razões simples para sermos gentis no
trato com todos, uma delas seria a própria fé que pregamos, pois seria
no mínimo incoerente falarmos que o fruto do espírito é amor,
benignidade, bondade, paz, etc, Gl 5.22, e assumirmos uma atitude hostil
ou ranzinza para com os irmãos.
Existe principalmente a questão do exemplo, é fácil notar quando
existe o clima fraternal entre os irmãos, pelo sorriso espontâneo, pelo
abraço, entre outros gestos, e isso também pode ser percebido pelos de
fora, a exemplo disso existem muitos irmãos que ao procurarem uma igreja
para congregarem, acabam preferindo aquela onde além de serem, melhor
recebidos, também observaram as atitudes uns para com os outros.
As pessoas estão procurando os lugares onde se prega e se vive a
Palavra de Deus, esperamos convencê-las que isso ocorre em nossas
igrejas, porém sabemos que o exemplo fala mais que as palavras 1 Jo
3.18, além do mais para aquele que é gentil o Senhor está pronto para
abrir as portas 1 Sm 16.18. c)
Educação: O obreiro deve observar regras simples de
boa educação como aguardar sua vez de falar, pedir licença ao sair e ao
entrar, cumprimentar a todos quanto for possível, evitar gritarias,
respeitar a hierarquia funcional usando os pronomes de tratamento
corretos (Sr ou você), nisso estaremos todos em uma só ligação, além
dessas regras existem outras, é só ter um pouco de bom senso e seguir a
Palavra de Deus, Mt 7.12. d)
Ética: Ética são códigos de conduta para o bom
relacionamento entre as pessoas dentro dos grupos, variam de grupo para
grupo, existem ética empresarial, ética política, etc e também existe a
ética cristã. São códigos que se forem quebrados podem danificar os
relacionamentos, prejudicar a imagem da instituição e até trazer
escândalos ao Corpo de Cristo, convém estar atento a alguns
procedimentos.
Celulares: os obreiros devem colocar seus aparelhos para o modo silencioso ou desligarem durante o culto;
Evitar conversas a parte com irmãs casadas ou entre obreiros casados
e irmãs solteiras, a não ser quando for necessário e por breve período
de tempo;
Evitar beijos no rosto e abraços com as irmãs, que se conhece há
pouco tempo ou novas convertidas. Evitar ficar do lado de fora da igreja
durante o culto;
Evitar andar sem necessidade no meio da igreja durante o culto;
Ser breve nas oportunidades, evitando principalmente histórias
particulares e infindáveis; - Nas oportunidades, nunca se referir ao
problema particular de um irmão por mais que seja do conhecimento de
todos;
Não chamar a atenção dos obreiros diante da igreja, deve-se falar em
particular, na presença de outro obreiro ou nas reuniões; -
Evitar o uso de apelidos; - Respeitar a dor dos outros; -
Ao orar em grupo, deve ser feito com ordem e em comum acordo com os irmãos, para evitar os falatórios sem objetivo; -
Evitar quaisquer atividades que tirem a ligação do culto, como
trocar uma lâmpada, arrastar uma mesa, afinar uma guitarra ou bateria,
salvo o que for necessário, todo preparo do culto deve ser feito antes;
Além dessas normas, poderíamos citar muitas outras, mas por hora
essas parecem ser as mais comuns. O obreiro deve aprender que a ética a
ser praticada entre os irmãos do Ministério e destes para com os membros
da igreja, é aquela que leva em consideração a pessoa do próximo, seu
nível social, seus costumes, seu patamar espiritual, etc.
Diante disso entendemos que alem da Ética Cristã, que é comum a
todos os crentes, existem também a ética social e a cultural que variam
de indivíduo para indivíduo ou entre grupos, nem sempre o que é certo
pra mim, será para o meu irmão, um exemplo clássico disso é aquele irmão
que tem o costume de cumprimentar as irmãs com beijos no rosto ou às
vezes com abraços, esse costume geralmente vem do convívio familiar e
não representa nada para aqueles que o praticam, sendo apenas uma mera
saudação, mas sabemos que nem todos vêem com bons olhos esse hábito,
sendo então recomendável que não se use dessa prática no convívio entre
os irmãos em Cristo quando se tratar de novos convertidos ou irmãs,
cujos maridos não são convertidos ainda.
A manutenção da ética independe do que eu penso ou considero, e sim, leva em conta a Palavra de Deus e o meu próximo.
Postura: O obreiro representa a própria igreja e
por isso deve sempre manter uma postura condizente com o cargo, função
ou atividade que estiver desempenhando, precisa o obreiro estar atento a
detalhes como a forma de estar sentado no Ministério ou em pé na
portaria.
O obreiro deve evitar ficar encostado ou sentado de qualquer
maneira, deve manter uma postura ereta, decisiva, séria na sua função
mas sem perder a “gentil presença”, também deve evitar conversas
desnecessárias, tudo que o obreiro fizer durante o culto deve ser em
prol da realização deste, salvo em algumas ocasiões quando algum assunto
externo urgente requer a sua atenção.
Atenção No transcorrer do culto: o obreiro deve
estar atento nas atividades do mesmo, há situações que requerem atitudes
imediatas, como falta d’água para o ministério, som do microfone
falhando, crianças fazendo bagunça na porta do banheiro, fio do
microfone embolado, bêbado falando alto desvirtuando a atenção dos
membros entre outras, milhares de situações possíveis, por isso é
necessário que o obreiro tenha atenção constante.
Em contra partida é necessário que o obreiro mantenha também uma
ligação espiritual, como é praticamente impossível que haja atenção aos
detalhes do culto e ao mesmo tempo ligação espiritual, recomenda-se que a
liderança da igreja mantenha uma escala de obreiros responsáveis pela
execução do culto, onde seriam escalados dois ou mais obreiros por
culto, dependendo do tamanho do templo e disponibilidade de obreiros,
para trabalharem no apoio direto à liturgia enquanto os outros ficariam
livres para manterem a disciplina espiritual, se ligando na oração, nos
louvores, na palavra e no agir do Espírito Santo.
Essa escala não livra em absoluto os outros obreiros de atuarem,
podendo ser acionados a qualquer momento para ajudarem em alguma tarefa.
Os obreiros devem, a todo custo, evitar o desligamento (desatenção),
principalmente estando assentado ao Ministério, ou o obreiro vai estar
no apoio direto ao culto, ou vai estar em ligação espiritual, é estranho
ver um obreiro no Ministério ou na portaria com o olhar distante,
distraído, disperso, talvez preocupado com alguma coisa ou pensando em
algo que para ele no momento é mais importante ou interessante do que o
culto.
O ideal no culto é que todos estejam unidos em um só propósito, que é
o de adorar ao Senhor e os obreiros devem ser os primeiros a colaborar
neste sentido, se isso não for observado pelos obreiros, corre-se o
risco de oferecermos um culto frio e arrastado ao nosso Deus.
Iniciativa: A iniciativa é uma qualidade que faz
com que o indivíduo tome atitudes preventivas ou corretivas, sem que
para isso seja preciso alguma ordem. Essa uma das qualidades que mais se
espera de um obreiro, isso é que ele desenvolva a iniciativa, a Obra de
Deus sofre por causa de obreiros que não tem iniciativa. Todo obreiro,
ao verificar algo que precise ser feito ele deve imediatamente fazer, o
trabalho é o que não falta.
Veja como deve se considerar aquele que espera uma ordem de alguém
para executar alguma tarefa: “Porventura agradecerá ao servo, porque
este fez o que lhe foi mandado? Assim também vós, quando fizerdes tudo o
que vos for mandado, dizei: Somos servos inúteis; fizemos somente o que
devíamos fazer” Lc 17.9,10 A aplicabilidade dessa palavra é
impressionante para os nossos dias, pois alguns obreiros por não
conhecerem esta temática vão se tornando inúteis para o serviço da Casa
do Senhor.
Tarefas simples são simples de se executar, tais como, bancos
desarrumados, banheiro sujo, secretaria desorganizada e etc, para isso é
necessário que os obreiros estejam atentos a esses detalhes que podem
passar desapercebidos. O interessante dessa Palavra é que esse
ensinamento é cobrado no meio secular, fica evidente essa verdade:
Aquele de souber desenvolver a iniciativa, terá grande sucesso em sua
vida em todas as áreas.
Envolvimento O obreiro deve procurar se envolver
nas atividades da igreja, como em um jogo de futebol quando algum
jogador está com a bola, os outros correm para se desmarcar e ficar em
condições de receber o passe, também nas atividades da igreja, o obreiro
deve estar sempre em condições receber a bola, sempre se apresentar
para os trabalhos.O obreiro deve ser aquele membro com quem o pastor
pode contar para auxiliar nos projetos e realizações.
Proatividade: Esse é um termo relativamente novo,
diz respeito às atitudes preventivas em um determinado projeto ou
tarefa, é o ato de se prever possíveis necessidades ou falhas no futuro.
Diríamos que proatividade é a soma de iniciativa e envolvimento nos
diversos projetos e realizações da igreja.
Ex: ao ser marcado um culto ao ar livre, o obreiro deve, antes de
tudo, pensar em coisas como som, folhetos, ponto de luz para a
instalação do som e etc, ainda que não seja da sua alçada. O obreiro não
deve se comportar como se não fosse responsabilidade dele, a realização
de algum trabalho na igreja.
Equilíbrio: O obreiro deve a todo custo ter um
comportamento equilibrado, ele deve saber identificar o momento de
descontração e o momento de assumir a postura séria para as atividades, e
ao descontrair deve evitar brincadeiras extravagantes, piadas a fora de
tempo, ou com temas duvidosos (infames, com mentiras Pv 26.18,19 , com o
Espírito Santo ou com algum personagem bíblico)
O obreiro deve se lembrar que: “Na multidão de palavras não falta pecado, mas o que refreia os lábios é prudente” Pv 10.19
Prontidão: O obreiro pode, na sua essência, ser
comparado ao soldado e em qualquer atividade da igreja ele é como o
soldado em combate, por isso ele precisa estar sempre em prontidão para
atuar em qualquer frente, seja para trazer a igreja uma saudação da
Palavra de Deus, tirar dois ou três hinos da Harpa, fazer abertura do
culto, iniciar a EBD, etc, nenhuma atividade deve deixar de ser
realizada por falta de obreiros, é necessário o obreiro estar preparado.
Pontualidade: O quesito que rapidamente aparece no
obreiro é a sua pontualidade, na etiqueta secular, tolera-se um atraso
de no máximo dez minutos, mas nas atividades da igreja os obreiros devem
sempre chegar antes que os membros, ainda que isso não tenha sido
anunciado. Alguns ministérios elaboram a escala com dois ou mais
obreiros escalados para cada evento, para chegarem mais cedo, abrirem a
porta, prepararem o som e etc, porém o restante que não estão escalados
devem no entanto chegar no horário marcado ou para a oração, ou para o
início do culto.
A pontualidade é um ponto fraco no movimento pentecostal, a maioria
das igrejas pentecostais, sofrem com atraso, geralmente ao iniciarem os
cultos, o total presente na igreja é sempre abaixo dos 50 % do total dos
membros, uma forma de combater isso é o ministério trabalhar a questão
da pontualidade, iniciando os cultos no horário previsto e terminando
também na hora determinada e os obreiros dando o exemplo de pontualidade
para o restante do Povo de Deus.
Amor: O obreiro não deve esquecer nunca do amor,
tanto para com Deus, como para com os irmãos e entre os próprios
obreiros, é lamentável quando um obreiro busca o rápido crescimento
ministerial e por conta disso toma atitudes que não estão nos padrões da
Palavra de Deus, a própria Palavra do Senhor nos assegura que toda uma
vida na obra pode ser perdida se não tiver amor 1 Co 13.1-3, é
necessário que o obreiro se examine e procure dentro de si mesmo, os
reais motivos que o levam a fazer a obra do Senhor. Encontramos muitos
obreiros, com longos anos de trabalho na obra e que são homens e
mulheres usados pelo Senhor, mas que de repente se desviam, muitas vezes
o que motiva essa atitude é o fato de eles estarem muito tempo na obra
do Senhor, por outras razões e não o amor às almas e a obra de Deus, ou
então no decorrer da caminhada eles se esfriaram no amor Mt 24.12.
Aspectos Funcionais do Dirigente do culto: Essa
função normalmente é desempenhada pelo pastor da igreja ou por algum
presbítero, mas isso não quer dizer que nenhum diácono possa receber
essa incumbência, contudo aquele que estiver na responsabilidade de
dirigir o culto, seja por escala prévia ou por determinação pastoral
imediata, deve observar os seguintes requisitos: estar preparado para
essa importante tarefa, mesmo que tenha sido pego de surpresa, não deve o
obreiro estar despreparado;
observar a liturgia do culto, que normalmente segue esta seqüência simples:
oração pelo início, louvor da Harpa Cristã ou outro hinário, palavra
devocional ou introdutória, apresentação dos visitantes, distribuição de
oportunidades, recolhimento dos dízimos e ofertas, mensagem da Palavra
de Deus, anúncios e benção apostólica.
Com certeza esta seqüência litúrgica, não será a mesma em todas as
denominações, damos aqui somente uma base para a compreensão;
para a Palavra devoçonal, que é a palavra introdutória, o dirigente
deve pedir que um irmão ou irmã ore por aquele que irá ler a Palavra e
passar a oportunidade para este. É interessante, que o irmão ou irmã que
fizer menção da Palavra introdutória seja o de maior ascendência
funcional, um pastor, missionário(a), evangelista ou presbítero e não
deve ser o mesmo que ministrará a Palavra na hora da pregação.
haverá um ou dois obreiros que conduzirão o culto: o responsável,
que é o obreiro de maior ascendência funcional e o dirigente do culto,
que é o obreiro escalado para esse fim, geralmente um obreiro faz as
vezes de responsável e dirigente do culto. o dirigente pode a qualquer
momento, convocar a igreja para fazer uma oração específica, mas é
imprescindível que se faça oração pelo início, pela palavra devocional,
recolhimento de dízimos e ofertas, pelo pregador e pelo término;
ao adentrar ao templo algum obreiro com ascendência funcional ao
dirigente e que seja do mesmo campo ministerial, este deve passar a
direção do trabalho para aquele; após a mensagem da palavra do Senhor o
dirigente do culto deve entregar a direção do trabalho para o
responsável ou para aquele de maior ascendência funcional;
o dirigente deve evitar que o culto esfrie, ou seja, o ambiente do
culto deve estar sempre numa atmosfera de adoração, para isso é
interessante que o dirigente anuncie com antecedência qual irmão ou
grupo receberá a próxima oportunidade, e pedir que um obreiro, peça o
respectivo CD para a ministração do louvor, isso para evitar aqueles
momentos vagos enquanto play-back está sendo preparado; e a apresentação
dos visitantes deve ser feita pelo porteiro ou por algum obreiro
encarregado destas anotações,
Obs: Apontamos aqui alguns procedimentos genéricos
para a boa direção de culto, algumas denominações tem em seus regimentos
litúrgicos internos, outros procedimentos e outras têm seus próprios
costumes.
DEUS abençoe a todos:
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