Respostas bíblicas aos ensinamentos da Nova Era
Há muitas respostas diferentes que têm sido dadas aos ensinamentos da Nova Era, pois a Igreja tem estado na linha de frente resistindo ao ocultismo por quase 2.000 anos. E correto dizer que a maioria dos erros modernos são apenas antigas heresias e doutrinas em diferentes roupagens, talhadas para a época em que vivemos.
Portanto, não deveria surpreender-nos que as antigas respostas da sabedoria acumulada e da autoridade teológica dos apóstolos, dos Pais da Igreja, e dos reformadores sejam os melhores meios de combater o ocultismo antigo em suas formas modernas. É difícil, se não impossível, melhorar o que a erudição da igreja cristã tem a dizer sobre o reavivamento do ocultismo na seita Nova Era.
O Deus Trino e Pessoal
Na teologia da Nova Era, o Deus trino da Bíblia não pode ser descrito apropriadamente em termos pessoais. “…Ele não é um indivíduo, mas uma energia gestalt.” Deus é visto como um campo impessoal de energia cuja única verdadeira estrutura pessoal é a soma de suas partes. Tanto o judaísmo quanto o cristianismo abominam essa concepção essencialmente hindu, afirmando um monoteísmo inabalável — uma divindade pessoal, benevolente e amorosa que é imanente dentro de sua criação, e contudo a transcende em infinidade por ser o seu criador.
As maiores autoridades sobre a natureza e identidade de Deus são seu Filho e sua Palavra. Jesus Cristo é o Verbo vivo de Deus e a Bíblia é a Palavra escrita de Deus. Ambos testificam que a mais elevada de todas as verdades é a unidade divina. O grande mandamento é este: “Ouve, ó Israel: o Senhor nosso Deus é o único Senhor” (Deuteronômio 6:4; Marcos 12:29).
Estudiosos cristãos através dos séculos têm reconhecido o fato de que se Jesus Cristo não conhece a natureza de Deus, e alguma outra pessoa alega conhecer, fica claramente aparente que o contestador colocou-se acima de Cristo. Os gurus e avatares da Nova Era fazem essa alegação. O cristão precisa responder revisando a superioridade da vida e da influência de Jesus Cristo sobre este mundo, um mundo cujo próprio calendário é datado por seu nascimento.
Que o Deus da Bíblia é um ser pessoal, que ele se designa como Criador do Universo, e que o conceito bíblico da criação é cientificamente preferível a todas as versões citadas pelos líderes da Nova Era, é claramente evidenciado. O conceito do mundo mantido por fontes pagas, às quais a Nova Era deve recorrer, falham em todos os critérios científicos.
Os personagens e atributos do Criador estão detalhados no Antigo e no Novo Testamento, e merecem ser repetidos.
No terceiro capítulo de Êxodo, Moisés encontrou a Deus na experiência da sarça ardente, e Deus identificou-se como um ser pessoal, dizendo: “Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó… Eu Sou O Que Sou” (Êxodo 3:6, 14).
Quando Moisés persistiu em fazer perguntas como “quando eu voltar à terra do Egito, quem devo dizer que me enviou?”, Deus respondeu dizendo: “Assim dirás aos filhos de Israel: Eu Sou me enviou a vós” (Êxodo 3:14).
Estudiosos judeus traduziram apropriadamente isso como “o Eterno”, visto ter Deus afirmado que “este é o meu nome eternamente, e este é o meu memorial de geração em geração” (Êxodo 3:15).
Ao contrário do que declara a seita Nova Era, Deus é um espírito pessoal (João 4:24). Disse-nos ele: “Eu sou o Deus Todo-poderoso; anda na minha presença, e sê perfeito” (Gênesis 17:1).
Esse Deus eterno revelou-se na Bíblia como Pai, Filho e Espírito Santo (Mateus 28:19).
O Deus da criação tem memória reflexiva: “Pois eu sei os planos que tenho para vós, diz o Senhor…” (Jeremias 29:11).
Ele afirma a sua singularidade: “Eu sou o Senhor; este é o meu nome! A minha glória a outrem não a darei” (Isaías 42:8).
O conhecimento que este ser todo-poderoso possui é declarado sem limites: “Deus… conhece todas as coisas” (1 João 3:20).
Ele possui uma vontade (Romanos 12:2) à qual até mesmo seu Filho está sujeito: “Aqui estou… para fazer, ó Deus, a tua vontade” (Hebreusl0:7).
Longe de o Deus trino ser “Pai-Mãe-Filho”, como afirma o movimento Nova Era, o Deus vivo e pessoal proclama: “Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Isaías 44:6).
Deus, o Criador, nos ama; Deus, o Criador, lembra-se de nós e não tolerará nenhuma interferência em seus decretos. Como disse o Senhor Jesus: “Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mateus 6:10).
O Deus da Bíblia é também o juiz do universo. Escreve Ezequiel: “Por isso o Senhor Deus assim lhes diz: Eu, eu mesmo, julgarei…” (Ezequiel 34:20; Atos 17:31).
O apóstolo Paulo chama a nossa atenção para o fato de que precisamos todos comparecer perante o tribunal de Cristo (2 Coríntios 5:10), que todos os reinos serão sujeitos ao controle absoluto do reino de Cristo, e que seu reinado será eterno (Apocalipse 11:15).
Essas são apenas algumas das descrições dadas na Escritura, mas são mais do que adequadas para revelar o nítido contraste existente entre deuses modelados à imagem dos homens ou Satanás, e o “Deus vivo, que é o salvador de todos os homens, principalmente dos fiéis” (1 Timóteo 4:10).
Freqüentemente, os adeptos da Nova Era dirão que rejeitam o conceito bíblico de Deus e até mesmo a autoridade das Escrituras, mas sua incoerência emerge porque eles persistem em citar passagens para reforçar sua própria posição. Por que citar como prova o que se diz não ser confiável? A verdade é que eles acham impossível funcionar sem certa referência básica ao Deus eterno, c não devemos hesitar em citar exemplos do uso que fazem da Bíblia como prova de incoerência e falta de integridade espiritual e acadêmica.
Jesus Cristo
O ensinamento da Nova Era com relação a Jesus Cristo, embora variado, tem áreas básicas de acordo. Nenhum adepto da Nova Era aceitará Jesus Cristo como “o unigênito Filho de Deus sacrificado por seu Pai amoroso para salvar a humanidade dos resultados de seus pecados.”
O ataque da seita Nova Era à pessoa de Jesus Cristo — e ataque é claramente o que é — concentra-se na reivindicação singular de Cristo ser divino. O Senhor Jesus de fato é proclamado no Novo Testamento como “o unigênito Filho de Deus” em virtude do termo grego monogenes (cf. João 1:1,14,18; 3:16). A segunda pessoa da trindade não reparte seu trono com Krishna, Buda, Maomé, Zoroastro ou qualquer personagem da infinda variedade de gurus e deuses. Como Salvador do mundo, ele levou os nossos pecados em seu próprio corpo sobre a cruz (1 Pedro 2:24), e seus milagrosos poderes jamais foram duplicados; ele é de fato singular entre os filhos dos homens.
Em resposta àqueles que lhe desafiaram a identidade e autoridade durante seu ministério terreno, o Senhor Jesus declarou: “Mas se as faço [as obras], e não credes em mim, crede nas obras” (João 10:38).
Ele deixa que os fatos falem por si mesmos. A um inquiridor de João Batista na prisão, Cristo enumerou as obras milagrosas que havia feito. A fim de eliminar a dúvida de João, ele disse: “Ide, e anunciai a João as coisas que ouvis e vedes: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são limpos, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados e aos pobres é anunciado o evangelho” (Mateus 11:4-5).
Mesmo hoje, os milagres comprovados de Jesus de Nazaré proclamam-no como o Verbo de Deus encarnado. Os adeptos da Nova Era buscarão em vão qualquer guru em sua história que tenha alimentado 5.000 pessoas com cinco pãezinhos e dois peixes, que diante de inúmeras testemunhas tenha curado enfermos, purificado leprosos, ressuscitado mortos, aberto os olhos de cegos e os ouvidos de surdos, expelido demônios, e demonstrado o amor de Deus aos pobres de tantas maneiras maravilhosas. E quantos deles algum dia caminharam sobre a água?
Existe bom motivo para a grande antipatia da parte da Nova Era no que diz respeito ao Cristo histórico e à revelação bíblica. Jesus simplesmente desafia todas as suas categorias e humilha todas as suas obras. Isto ele faz precisamente por ser o Filho unigênito de Deus. O registro do Novo Testamento testifica que ele recebeu a adoração de homens (João 20:28), que é o nosso grande Deus e Salvador (Tito 2:13), que venceu a própria morte (Mateus 28:1), e com a vinda do seu Espírito, no Pentecoste, iluminou o mundo como uma tocha inflamada. Essa chama se espalhou aos confins da terra e arde brilhantemente até hoje.
O homem de Nazaré não foi apenas uma pessoa extraordinariamente boa, um profeta ou sábio habitado pelo Cristo ou pela Consciência Cósmica, como proclama a Nova Era. E o Rei dos Reis e o Senhor dos Senhores, Criador de todas as eras (Hebreus 1:1-3), e permanece o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por ele (João 14:6).
A Degradação da Humanidade
É um ensinamento cardinal da Nova Era que o homem nasce neste mundo tanto bom quanto divino em sua natureza. A salvação depende de ele olhar dentro de si para a sua natureza espiritual, e reconhecer que é deus. Um escritor da Nova Era declara:
O homem como a imagem de Deus já está salvo com salvação perene… O homem é a imagem e semelhança de Deus; o que for possível a Deus, é possível ao homem como o reflexo de Deus.
O registro bíblico reflete constantemente o fato de que o homem é pecador, que ele transgrediu a lei de Deus. Jesus Cristo reconheceu isso e disse: “Não vim chamar os justos, e, sim, os pecadores ao arrependimento” (Mateus 9:13).
O apóstolo Pedro nos informa que Cristo morreu por nossos pecados com o propósito de reconciliar a nós, os injustos, com Deus (I Pedro 3:18). Paulo concorda, escrevendo: “Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus… Não há um justo, nem um sequer” (Romanos 3:23,10).
O pecado, a transgressão da lei, é descrito como “toda injustiça” (1 João 5:17), e Isaías nos diz que foi por nossas transgressões que Jesus, o Messias, sofreu e morreu (Isaías 53).
O movimento Nova Era nega a doutrina bíblica do pecado e apresenta a reencarnação como meio de expiação, na tentativa de fugir ao significado da cruz. É como disse um escritor da Nova Era: “Ninguém que se veja como culpado pode evitar o medo de Deus.”
Não é que o movimento Nova Era seja ignorante do que a igreja cristã tem estado a dizer e do que Jesus Cristo fez; é antes que eles se recusam a “temer a Deus e guardar os seus mandamentos” (Eclesiastes 12:13), e escolheram não “fazer as obras de Deus” conforme Deus prescreveu que deveriam ser feitas (João 6:28-29).
A doutrina da redenção ou salvação pessoal do pecado é o cerne do judaísmo e do cristianismo, e das mais antigas religiões monoteístas. Não admira que esse conflito seja inevitável, dada a definição de salvação do movimento Nova Era. O apóstolo João falou a palavra final sobre isso quando escreveu: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda injustiça. Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós” (1 João 1:9).
Juízo, Céu e Inferno
O problema do mal, do juízo dos erros e de recompensa da retidão é tratado no movimento Nova Era essencialmente sob o conceito da reencarnação. Segundo a lei do carma, declarada em termos cristãos, “aquilo que o homem semear, isso também ceifará.” O ensinamento da Nova Era elimina o céu e o substitui pelo nirvana, a idéia budista de que todas as almas humanas serão eventualmente absorvidas na grande “alma mundial”. O inferno é o que colhemos aqui na forma de “carma ruim” ou castigo por erros cometidos em vidas passadas. Isso é o mais próximo que o movimento Nova Era chega do conceito de juízo divino.
A Bíblia descreve o juízo quando o Senhor Jesus Cristo presidirá e separará as ovelhas dos bodes, os crentes dos descrentes. Os crentes entrarão para o reino de Deus tendo o céu por lar, e os outros entrarão para aquele reino que Jesus disse estar “preparado para o diabo e seus anjos desde a fundação dos tempos” (Mateus 25:41). Cristo também disse claramente: “E irão estes para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna” (Mateus 25:46). (Para mais discussão sobre este assunto, ver Capítulo 5.)
O Problema do Mal
Ao discutir o problema do porquê da existência do mal e por que Deus permite que Satanás e os poderes demoníacos tenham qualquer controle neste mundo, o movimento Nova Era assume uma posição muito definida:
É importante ver que Lúcifer, do modo como estou usando este termo, E um anjo, um ser, uma grande e poderosa consciência planetária. Não é aquele vulto mental popular de Satanás, que procura levar o homem pelo caminho de pecado e erros… O homem é o seu próprio Satanás da mesma maneira que o homem é a sua própria salvação.
Ao reconhecer Lúcifer como uma “consciência planetária”, os escritores da Nova Era reconhecem a história bíblica da origem do mal e, provavelmente de maneira muito inconsciente, adotam as descrições bíblicas de Satanás.
Na teologia da Nova Era, Satanás torna-se a “outra face escura da Força”, para usar o vernáculo de Guerra nas Estrelas, de George Lucas. Essa Força enche todo o universo e o sustenta por ser uma com o universo. Por conseguinte, Benjamim Creme pode escrever muito despreocupadamente:
Naturalmente, sim, as forças do mal fazem parte de Deus. Elas não são separadas de Deus. Tudo é Deus.
A Bíblia, contudo, pinta um quadro bem diferente da “Força”. A Bíblia enfaticamente descreve Satanás como “o deus deste século” (2 Coríntios 4:4), ou, nas palavras de Jesus, “o príncipe deste mundo” (João 12:31). Ele é rotulado “homicida desde o princípio” (João 8:44) e “inimigo do seu Autor” (Isaías 14:13-14).
Seus títulos “filho da alva” (Isaías 14:12) e “querubim da guarda” (Ezequiel 28:14) nos diz que ele caiu de um lugar de grande glória e poder. Após sua expulsão do céu, ele assumiu o título de “príncipe das potestades do ar” (Efésios 2:2).
Com seu grande poder e pretensa benevolência, ele entrou no jardim do Éden e, não fosse pela graça divina, teria destruído a criação que Deus havia projetado à sua própria imagem e semelhança.
Por seus atos malignos, ele será inevitavelmente derrotado pelo último Adão, o “Senhor do céu” (1 Coríntios 15: 47-49), que é a “semente da mulher” manifesta (Gênesis 3:15). O Novo Testamento proclama que o Senhor Jesus Cristo é essa semente que derrotará finalmente Satanás e o lançará no lago de fogo (Apocalipse 20:10).
O Novo Testamento praticamente se encrespa com as atividades de um Satanás pessoal, não a criação vazia do pensamento da Nova Era. Foi essa entidade pessoal que tentou o Senhor Jesus Cristo e resistiu-lhe durante os anos de seu ministério terreno (Lucas 4:1-13).
O Senhor Jesus deu poder à igreja sobre esses demônios em seu nome (Lucas 9:1). Paulo insta a que nos armemos para a batalha espiritual contra o príncipe das trevas. Satanás se adorna como um anjo de luz a fim de, se possível, enganar até mesmo os escolhidos de Deus. O apóstolo Paulo descreve esse embuste final como “o homem do pecado… Ele se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus… de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus” (2 Tessalonicenses 2:3-4). O capítulo treze do livro de Apocalipse cataloga sua perseguição à igreja durante a primeira parte da tribulação que provará toda a terra, e João o mostra abatido e derrotado eternamente com todos os seus seguidores (Apocalipse 20:10).
O movimento Nova Era deixa de reconhecer que os chamados “seres superiores”, fazendo-se passar por avatares (mensageiros) divinos ou mesmo pelos espíritos dos mortos são, na realidade, anjos caídos, controlados diretamente por Satanás e inimigos declarados da igreja de Jesus Cristo.
Mahareeshi Mahesh Yogi, em suas meditações, fala de estudar as escrituras e de praticar a meditação transcendental hindus com a finalidade de entrar em contato com “seres superiores ou deuses” em outros níveis de realidade espiritual.
As palavras da Bíblia retornam com força espantosa: “Antes digo que as coisas que os gentios sacrificam, é aos demônios que sacrificam” (1 Coríntios 10:20), e “Pois ainda que haja alguns que se chamem deuses, quer no céu, quer na terra… para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo” (1 Coríntios 8:5-6).
Os adeptos da Nova Era empregam as ferramentas do ocultismo (cartas taro, cristais, tábuas de ouija, médiuns e canalizadores, astrólogos, e adivinhadores) e estão, na realidade, procurando os poderes do “deus deste século”. Precisamos nos lembrar do antigo provérbio: “Aquele que janta com Satanás faria bem em ter uma longa colher.” Práticas como projeção astral — deixar seu corpo físico durante o sono e viajar a outras esferas de realidade, conforme ensinado por alguns grupos da Nova Era (Eckankar, por exemplo) — colocam a alma em perigo e entram naquela dimensão de trevas espirituais governadas por Satanás, o inimigo de toda a justiça (cf. Efésios 6: 11-12).
O profeta ocultista Nostradamus predisse que em 1999 um grande e poderoso líder mundial se ergueria, submetendo a si todas as coisas. Pode bem ser que o anticristo seja uma figura como Maitréia que conseguirá consolidar toda autoridade e então se revelará com “todo poder, e sinais e prodígios de mentira” (2 Tessalonicenses 2:9), ludibriando o mundo com o seu carisma maléfico.
Não importa como todas essas coisas ocorram, elas virão a se passar, e por trás de tudo estarão aqueles que são descritos pelo apóstolo Paulo como “falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo. E não é de admirar, pois o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus ministros se transformem em ministros da justiça. O fim deles será conforme as suas obras”(2 Coríntios 11:13-15). A seita Nova Era se encaixa nessa descrição, e somente o tempo revelará a extensão do seu poder.
A Segunda Vinda de Cristo
Através dos tempos, a doutrina da ressurreição de Jesus Cristo tem incomodado os inimigos do cristianismo. Ela tem sido atacada vigorosamente em todas as eras por ser tanto a pedra fundamental quanto o ponto crucial da fé cristã. Essa doutrina está inextricavelmente ligada à doutrina da segunda vinda de nosso Senhor para livrar a sua igreja da perseguição e castigar com fogo flamejante e perdição eterna aqueles que “não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus” (2 Tessalonicenses 1:6-10).
A teologia da Nova Era tenta neutralizar esse evento cósmico espiritualizando-o, ligando-o ao aparecimento de “mensageiros divinos” como o Maitréia, ou tentando apontar um evento específico como sendo o seu cumprimento. David Spangler, respeitado escritor da Nova Era, exprime isso de outra maneira:
Num sentido muito real, Findhorn representa a segunda vinda.
Isso é perfeitamente aceitável da perspectiva da visão que a Nova Era tem do mundo, que ignora a pessoa histórica de Jesus Cristo e o fato de que ele prometeu pessoalmente: “Virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estou estejais vós também” (João 14:3).
O quadro de Cristo descendo das nuvens do céu conforme registra João em Apocalipse 1:7, e Paulo em 1 Tessalonicenses 4:16-17, depende diretamente da doutrina da ressurreição de Cristo. Repetidas vezes no Novo Testamento, Cristo profetizou sua ressurreição corporal dos mortos, não sua reencarnação! (Mateus 20:19; Marcos 8:3; 9:31; 10:34).
Uma das mais poderosas mensagens sobre esse assunto e a única que descreve a natureza da ressurreição encontra-se no segundo capítulo do Evangelho de João. Após Cristo haver purificado o templo de Jerusalém e os judeus terem pedido um sinal dele para justificar sua autoridade em executar aquele ato, ele lhes respondeu: “Destruí este templo, e em três dias o levantarei de novo. Disseram-lhe os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este templo, e tu o levantarás em três dias? Mas ele falava do templo do seu corpo” (João 2: 19-21).
Visto podermos presumir que os discípulos e apóstolos de Cristo fossem homens como nós — capazes de pensamento racional, lógico — podemos presumir que se Jesus não voltasse dos mortos em seu próprio corpo dentro de três dias, teria sido considerado um falso profeta pelos padrões do Antigo Testamento e digno de rejeição por seus seguidores. É significativo que João 2:22 nos mostra que os apóstolos se lembraram dessa declaração a respeito de levantar o templo quando Cristo se ergueu dentre os mortos e apareceu-lhes com “provas infalíveis” (Atos 1:3).
Os adeptos da Nova Era inclinam-se a pensar que se a ressurreição de fato chegou a ocorrer, foi uma ressurreição do espírito pressagiando a futura reencarnação do Cristo ou consciência cósmica. Eles não estão, de forma alguma, preparados para confessar a ressurreição corpórea de Cristo.
Visto os escritores da Nova Era falarem acerca da sobrevivência espiritual do Cristo após a morte do seu corpo, os únicos registros para os quais eles se podem voltar são as narrativas de seus aparecimentos após aquele evento. Considerando Lucas 24, precisamos notar que Cristo disse a seu próprio respeito que um espírito não tem carne e ossos como ele tinha — e isso veio em resposta ao fato de os discípulos o terem percebido apenas como espírito. A pessoa racional precisa rejeitar a redefinição da ressurreição feita pela Nova Era com base no que as Escrituras nos mostram.
O evangelho de João registra que Cristo apareceu aos seus discípulos e apóstolos, chegando a apresentar seu corpo para ser examinado por Tome, o incrédulo (João 20:24-28), confirmando assim a profecia de João 2:19-27 com exame incontestável. Em suma, Cristo refuta todos os argumentos sobre a natureza de sua ressurreição e o fato de sua ressurreição apenas por estar lá! O apóstolo Paulo nos diz em 1 Coríntios 15 que Cristo foi ressurreto dentre os mortos e “foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte” (1 Coríntios 15:6). Não é de admirar que Satanás e aqueles que estão sob seu cativeiro (2 Timóteo 2:26) temam a ressurreição de Jesus Cristo. Ela é o penhor da redenção da igreja e do próprio julgamento de Satanás.
A Era de Aquário teme acima de tudo o mais a pregação do evangelho de Jesus Cristo e o fato da sua ressurreição. A filosofia hindu e a revelação cristã postam-se face a face hoje no campo de batalha espiritual do tempo e da eternidade; mas a batalha é do Senhor (1 Samuel 17:47), o reino de Deus virá, e sua vontade será feita na terra como no céu.
Preparemo-nos para dar “a razão da esperança que há” em nós (1 Pedro 3:15); estudemos as Escrituras, nossa constante fonte de força, sob a orientação do Espírito que as inspirou, e resistamos ao diabo, e ele fugirá de nós. Nas palavras do grande hino da igreja:
Coroai-o Senhor da vida, que sobre a tumba triunfou; Que se ergueu vitorioso para a luta dos que veio salvar. As glórias agora cantamos, de quem morreu e se elevou; Que morreu para vida eterna trazer e vive para que a morte possa cessar.
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