sábado, 19 de setembro de 2015

O Pentecostalismo e o perigo do emocionalismo

O Pentecostalismo e o perigo do emocionalismo

11JAN
O pentecostalismo é o movimento de ordem religiosa que mais cresce em todas as partes do mundo. Só no Brasil, somamos 24 milhões de fiéis, o que faz deste país o mais pentecostal do mundo. O que caracteriza o pentecostalismo é a crença de que o falar línguas estranhas, fenômeno ocorrido com os discípulos de Jesus no dia de Pentecostes (At 2) está à disposição dos crentes de hoje, ou melhor, esteve à disposição dos crentes de todos os tempos, o que acontece como evidência do batismo com o Espírito Santo, que consiste no revestimento de poder para evangelizar (At 1.8). Não só o batismo com o Espírito Santo, mas também os dons do Espírito, catalogados por Paulo no capítulo 12 de sua primeira carta aos coríntios, estão ainda hoje em evidência na vida da igreja de Cristo.
Os pentecostais, diferentemente dos protestantes históricos que defendem a ideia cessacionalista (A concessão do batismo e dons do Espírito Santo aos crentes se restringiu aos dias dos apóstolos) acreditam que Deus continua a agir, por meio de seu Espírito, da mesma forma que agia na igreja primitiva, batizando crentes com o Espírito Santo, curando enfermos, expulsando demônios, distribuindo dons e bênçãos espirituais, realizando milagres, dialogando com seus servos, interferindo na história e concedendo evidências gritantes de seu supremo poder no mundo e negócios dos humanos.
Portanto a ênfase pentecostal está na experiência pós-conversão do batismo com o Espírito Santo (At 2.1ss), com a posterior concessão dos dons espirituais (1Co 12), sendo os principais deles o falar noutras línguas (glossolalia) e os dons de curar. As manifestações desses sinais faz com que os cultos pentecostais normalmente sejam barulhentos, com “movimentos espirituais” como saltos, danças, sapateados, carreiras, choros, risos, levantar de mãos, bater de palmas, etc., e os pregadores normalmente mostram uma eloquência que parecem de ordem sobrenatural na pregação, ministração de curas, expulsão de demônios (libertação) e declaração de bênçãos. Em casos mais extremos, acontecem arrebatamentos de sentidos e êxtases. Isso faz com que os pentecostais sejam conhecidos como povo barulhento e criticados por alguns seguimentos do cristianismo histórico, alguns chegando mesmo a comparar as manifestações pentecostais com fenômenos ocorridos em trabalhos religiosos afrodescendentes.
ORIGEM DO PENTECOSTALISMO
Os sinais deveriam seguir todos os que cressem (Mc 16.15). E assim, todo indivíduo, independente de seu grau de maturidade, teria o privilégio de se relacionar diretamente com Deus e ser portador dos oráculos divinos.
A gente pode começar analisando a grande diferença entre o culto do Antigo Testamento e o culto do Novo Testamento. Dois fatores básicos diferenciam um do outro. O primeiro acontece em relação ao número limitado de pessoas que tinham acesso aos oráculos divinos. Lembremos que numa ocasião, quando dois homens leigos profetizaram no arraial de Israel, o fato causou escândalo entre o povo (Nm 11.25-29). Isso porque apenas alguns “iluminados” detinham este poder. Então, como se pode ver, alguns tinham um relacionamento mais estreito com Deus e eram encarregados de transmitir ao povo. O povo se relacionava com Deus indiretamente por meio do relacionamento dos escolhidos. Invariavelmente, estes escolhidos eram pessoas bem preparadas para fazer o que faziam e sobre as quais pesava grande responsabilidade, ou seja, não eram leigos. No Novo Testamento, de acordo com a profecia de Joel (Jl 2.28,29), o poder do Espírito Santo seria derramado indiscriminadamente sobre todos, até sobre os filhos e os servos. E Deus fez isso para que cada crente se tornasse numa testemunha poderosa do evangelho e que este mesmo evangelho se disseminasse em todo o mundo (At 1.8). Sem essa descentralização geradora da explosão de poder vista no livro de Atos, a igreja de Cristo não teria alcançado o mundo com a mensagem do evangelho. Os sinais deveriam seguir todos os que cressem (Mc 16.15), e assim, todo indivíduo, independente de seu grau de maturidade, teria o privilégio de se relacionar diretamente com Deus e ser portador dos oráculos divinos.
O segundo fator, mostra-nos o pastor Ed René Kivitz, diz respeito ao culto concentrado do Antigo Testamento, primeiro numa só pessoa (o sacerdote); a um só lugar (o templo); terceiro, a um único dia (o sábado). A ideia de culto concentrado carrega a ideia de culto controlado, uniforme e ordeiro. Um único homem arbitrava em relação à manifestação do sagrado, no único lugar que propiciava a manifestação do divino, num dia reservado para tal. Com o advento da Nova Aliança, Jesus descentraliza o culto, faz de cada crente um sacerdote do sacerdócio real de Deus (1 Pe 2.9), estabelece que qualquer lugar é lugar de culto (Jo 4.21-24), bastando que dois ou três estejam reunidos em seu nome em qualquer dia da semana (Mt 18.20), e, como já visto acima, confere o poder extraordinário do Espírito Santo a todos os que o invocam. Desta forma, cada um é árbitro de si mesmo no que se refere à manifestação do divino sobre a sua própria vida. Repito que somente essa concessão indiscriminada do poder do Espírito Santo cumpriria o propósito de Deus de encher o mundo com o conhecimento de sua Palavra (ver At 1.8).
Notemos que na Antiga Aliança o culto era configurado a partir da compreensão, visão e experiência com Deus de poucos indivíduos. Na Nova aliança, cada indivíduo faz um recorte do sagrado de acordo com sua própria experiência, visão e compreensão. É desse jeito que, como veremos mais adiante, o culto carrega elementos da cultura onde ele está inserido, é permeado pelos conceitos e preconceitos individuais, ou seja, a manifestação do sagrado é filtrada pela peculiar compreensão e visão de mundo de cada indivíduo envolvido. Hoje, cada um tem a sua própria experiência com o sagrado. Mas é claro que em tudo isso há primordialmente o trabalhar de Deus. É o Deus infinito agindo em criaturas extremamente limitadas.
Quando o culto deixa de ser centralizado em determinados elementos, extrapolando os limites do templo, do sábado e da regência de um único homem, ele tende a ser menos formal e menos racional, cedendo a uma espiral de emoções fortes que vai caminhando para um emocionalismo. No culto pentecostal, a liturgia é meio informal, com espaços para os leigos catarem, darem testemunhos e fazerem outras apresentações. Por isso, vai surgir na história da igreja uma necessidade de, não obstante celebrarmos essa descentralização do culto que permite a qualquer um ter sua própria experiência com Deus, trazer o culto de volta às rédeas do racionalismo a fim de que as emoções descontroladas originadas no coração que, segundo o profeta Jeremias é enganoso, não lancem as pessoas num oceano de enganos. .
A necessidade de limites e ordem no culto (1Co 14).
Os crentes de Corinto começaram a misturar elementos da cultura com as manifestações do divino, gerando um culto exótico e desordenado
Em um culto em que todos manifestam a dom do Espírito simultaneamente e as emoções estão nas alturas, faz necessário o estabelecimento de diretrizes que tragam o povo de volta à razão mantenham a ordem. Na igreja de Corinto, temos um episódio que mostra que os elementos pentecostais podem ser filtrados pela cultura e costumes de um povo. A cidade de Corinto era constituída de um povo festivo, idólatra e irreverente. Quando o evangelho de Cristo chegou ali e os convertidos formaram a primeira igreja, batizados com o Espírito Santo e agraciados pelos dons, aqueles crentes começaram a misturar elementos da cultura com as manifestações do divino, gerando um culto exótico e desordenado, o que levou o apóstolo Paulo a falar sobre a necessidade de ordem no culto. A grande questão levantada pelo apóstolo e que mereceu sua correção é que cada um fazia o que bem entendia com a graça que havia recebido, cada um ao seu jeito, irracionalmente, totalmente controlados pelas emoções. Paulo os adverte a devem ter controle sobre si mesmos, lembrando que o espírito do profeta é sujeito ao profeta (v 32).
O pentecostalismo pós igreja primitiva.
Com exceção de fagulhas isoladas de manifestações pentecostais que aconteciam algures, a igreja passou toda a Idade Média desprovida do poder revestidor do Espírito Santo.
Finda a evangelização do mundo de então, com a oficialização do Cristianismo como religião do império romano, houve o arrefecimento total das manifestações pentecostais. A igreja começou a se envolver em controvérsias teológicas e escanteou a doutrina do Espírito Santo. Parecia mesmo razoável que com a instituição de igrejas espalhadas por toda a parte e com o grande triunfo do Cristianismo, poderia-se prescindir dos dons do Espírito Santo. Sendo assim, com exceção de fagulhas isoladas de manifestações pentecostais que aconteciam algures, a igreja passou toda a Idade Média desprovida do poder revestidor do Espírito Santo. Somente no final do século 18 e início do século 19, um grande avivamento fez ressurgir o movimento pentecostal como nós o conhecemos hoje, o qual por algum tempo se restringiu aos limites das fronteiras norte americanas até que ganhou proporções mundiais a partir do histórico Avivamento da Rua Azusa.
O Movimento da Rua Azusa
O movimento pentecostal na Rua azusa se configura conforme as características do grupo que o iniciou devido a sua capacidade de reinventar.
As manifestações espirituais ocorridas na Rua Azusa entre 1906 e 1913 foram tão intensas e tiveram tanta repercussão que tornou-se um referencial histórico conhecido como O Avivamento da Rua Azusa. Em Azusa street, em um edifício quadrangular, outrora um depósito de cereais, homens e mulheres começaram a se reunir, sob a liderança de W. J. Seymour, para interceder pelos pecadores e clamar por um avivamento (Conde, 2000).
Em resposta às orações sinceras dos que ali se congregavam, Jesus começou a batizar crentes com o Espírito Santo, os quais falavam em outras línguas, chamando a atenção da imprensa local, por se tratar de uma novidade na época. Um repórter do Los Angeles Times foi enviado a Azusa para reportar o que estava acontecendo. A matéria que escreveu tornou-se uma semente em solo fértil. Informados sobre o avivamento outras pessoas começaram acorrer ao local, alguns desejosos de experiências mais profundas com Deus, outros eram apenas curiosos.
Em Azusa, os cultos eram longos e, de forma geral, espontâneos. Nos seus primeiros dias, a música era à capela, embora um ou dois instrumentos fossem tocados. Os cultos incluíam cânticos, testemunhos dados por visitantes ou lidos daqueles que escreviam para a Missão, oração, momento de apelo para pessoas aceitarem a Cristo, apelo à santificação ou ao batismo no Espírito Santo, e, obviamente, pregação. Os sermões normalmente não eram preparados antecipadamente e eram tipicamente espontâneos (…). A oração pelos enfermos era também uma parte frequente nos cultos. Muitos gritavam. Outros ficavam “rindo no espírito” ou “caídos no poder” Algumas vezes havia momentos de prolongado silêncio ou de cânticos em línguas (…). (Araújo, 2007, p. 605).
Convém atentar para o fato de que o movimento da Rua Azusa tinha a cara daqueles que o começaram. Era um pequeno grupo de afro descendentes que, sob o poder de Deus, provocavam barulhos eletrizantes e estridentes. Atente para o fato de que começou com um pequeno grupo de crentes afro americanos, expulsos da Primeira Igreja Batista de Los Angeles, liderados primeiramente por uma mulher, depois por um humilde pregador, filho de ex escravos, sem cultura, com limitados dotes de oratória e cego de um olho. Como observa Aderi Souza de Matos, era o tempo da discriminação racial no sul dos Estados Unidos, e o professor de Seymour era simpatizante deste sistema, permitindo que seu aluno negro assistisse suas reuniões somente no corredor ao lado da sala onde as aulas aconteciam.
Ou seja, o fenômeno sofre um processo de aculturação, de alguma forma se manifesta muito de acordo com a maneira de ser de um grupo ou povo. O interesse de Deus com o movimento barulhento era atrair a atenção de todos para o que estava acontecendo ali. Deus não faz nada sem propósito. A semente do pentecostalismo havia encontrado terreno fértil para se propagar.
O Movimento Pentecostal goza de uma diversidade impressionante, por causa de sua capacidade de se reinventar de acordo com a época e as características da comunidade que o recebe.
Ao chegar no Brasil em 1910, não foi diferente, a mensagem pentecostal encontraria terreno fértil numa nação formada em grande parte por pessoas afro descendente, índios, negros e mulatos, de maioria pobre. Alderi de Matos aponta dentre as razões da expansão pentecostal na América Latina, as vicissitudes históricas da obra evangelística e pastoral católica, o limitado trabalho das denominações protestantes, o misticismo das culturas ibero-americanas, os graves problemas econômicos, políticos e sociais. Ou seja, o pentecostalismo vai proliferar a partir da ineficiência de igrejas históricas, dos graves problemas econômicos e sociais, do misticismo característico de nosso povo e de seu caráter festivo. Inicialmente o crescimento se dá lentamente, até que estoura a partir da década de 50.
Logo, logo, as manifestações pentecostais, barulhentas, chamaria a atenção de igrejas históricas que já estavam por aqui e acabaria por gerar cismas e perseguições. Por isso que o movimento pentecostal goza de uma diversidade impressionante, por causa de sua capacidade de se reinventar de acordo com a época e as características da comunidade que o recebe.
O movimento pentecostal na esteira da pós modernidade
O Pentecostalismo se prolifera no terreno fértil do pluralismo e hibridismo religioso de nossa época. Estamos também na esteira da Pós modernidade.
Neste novo século o Movimento Pentecostal vem ganhado proporções impressionantes na esteira de um fenômeno chamado Pós Modernidade. As principais características desta nova época: o pragmatismo, a ênfase no aspecto subjetivo em detrimento da objetividade, a relativização da verdade em detrimentos de valores absolutos, o pluralismo que facilita a troca de ideias, ritos e doutrinas levadas de um lado para outro pela mídia, impossibilitando discernir quais elementos pertencem a qual movimento religioso, a explosão da espiritualidade que chega a lembrar os tempos primitivos, a ênfase no emocionalismo e o paulatino abandono da razão que caracterizou a Idade Moderna, a facilidade de transmissão de informações que mistura costumes e práticas de várias crenças num caldeirão de cultura, numa velocidade tão grande que se torna impossível monitorar, a ascensão do movimento Nova Era que dissemina o hibridismo religioso, o misticismo.
Como podemos ver, todas essas características têm afetado, como não poderia deixar de ser, a igreja de Cristo, principalmente o Movimento Pentecostal que tem vestido roupagem nova de tempos em tempos com a sua capacidade de se reinventar. Precisamos estar atentos e estabelecer limites. É verdade que não tem como não sermos afetados, pois este é o nosso mundo, a nossa época, mas a gente pode e deve estabelecer limites.
O CULTO PENTECOSTAL E A ÊNFASE NA EMOÇÃO
A religiosidade pentecostal enfatiza ao extremo o aspecto afetivo, a sugestão, as emoções e interpretam com muita facilidade os acontecimentos como intervenções milagrosas de Deus. Isso leva ao risco constante de as fantasias humanas se apresentarem como revelações divinas e de os oráculos se misturarem com compreensões, preconceitos e tendências humanos. São os riscos do emocionalismo.
Há um esforço deliberado no sentido de estimular as emoções por meio de cânticos, ou fórmulas, fundo musical ou qualquer outra coisa, algo parecido com rituais religiosos de povos primitivos, através de danças e outros procedimentos.
“Emocionalismo, segundo Martin Lloyd-Jones, é um estado e uma condição em que as emoções estão descontroladas. As emoções estão no controle. Estão numa espécie de êxtase. E se emocionalismo é ruim, muito pior é a tentativa deliberada de produzi-lo. Portanto, qualquer esforço que deliberadamente tenta estimular as emoções, seja através de cânticos, ou fórmulas, ou qualquer outra coisa, ou, como vemos nos povos primitivos, através de danças e coisas assim – tudo isso, naturalmente é condenado pelo Novo Testamento. Jogar com as emoções é errado. É algo que é condenado através da Bíblia toda. As emoções devem ser constatadas através da compreensão, através da mente, da verdade. E qualquer assalto direto sobre as emoções é necessariamente falso e inevitavelmente resultará em problemas”.
É verdade que experiência com Deus afeta o indivíduo como um todo, corpo, mente e emoções. Seria bobagem pensar uma religiosidade extremamente racional, pois seria a fragmentação do indivíduo. Como não se emocionar diante da grandeza de Deus, de seu poder, do contato direto com o Espírito Santo? A Bíblia mostra que Davi, diante da Arca de Deus, foi tomado por uma avalanche tão forte de emoções que causou escândalo em Mical, sua esposa. Também no dia de Pentecostes, os discípulos de Jesus, após receberem o batismo com o Espírito Santo, estavam como que embriagados e falavam todos, de uma vez, várias línguas conhecidas daqueles que os ouviam. Jesus se emocionou várias vezes no seu ministério. E sem dúvida, Deus usa essas coisas para chamar a atenção para a obra que Ele realiza. Agora o que não podemos esquecer é que as emoções devem ser sempre controladas pela razão, não o contrário. Quando a ênfase é deliberadamente posta nas emoções e elas ficam descontroladas, perde-se a razão e abre-se caminho para o fanatismo de pessoas que se julgam inspiradas por Deus e para mercenários que promovem essas coisas com o intuito de fazerem os crentes de reféns. Tomemos cuidado, porque a espiritualidade anda lado a lado e, às vezes, se confunde com emocionalismo, impulsividade e fanatismo.
CUIDADO COM NOSSAS EMOÇÕES
O coração é mais enganoso que qualquer outra coisa e sua doença é incurável. Quem é capaz de compreendê-lo? (Jr 17.9).
1. Nossas emoções podem nos levar a confundir o que é nosso com aquilo que é de Deus. Nossas frustrações, questões e ansiedades vão querer aparecer como sendo expressão da vontade de Deus e revelação do Espírito.
2. Nossos preconceitos vão querer aparecer como verdade absoluta vinda da parte de Deus mediante iluminação do Espírito.
3. Nossos interesses vão querer aparecer como expressão da vontade e interesse de Deus. Exemplo da jovem que pede uma orientação sobre seu relacionamento ou o desejo de querer ver alguém curado. Um rosto triste é um chamariz de profecias.
4. Nossa sede de poder e necessidade de se impor vão querer buscar endossamento nos dons do Espírito Santo.
5. Muitos dos movimentos repetidos no culto podem ser comportamentos aprendidos e condicionados que respondem automaticamente a determinados estímulos, principalmente os musicais, o que muitos pregadores conhecem muito bem e usam e abusam disso.
6. A exploração de nossas emoções pode nos tornar vulneráveis a toda sorte de mercenários (técnica de hipnose, sugestionabilidade, etc.).
Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo (Cl 2.8).
7. A ênfase nas emoções faz dos pentecostais uma massa facilmente manipulável. Nós, pentecostais, somos mais movidos a paixões que à razão. Os que têm mais esclarecimento entre eles jogam com as emoções, abusam de ideologia e de supostas revelações para manipular um povo simples cuja maioria é constituída por gente de baixíssima instrução.
CONCLUSÃO
Precisamos estar atentos para não prescindir do poder que Deus colocou à disposição de sua igreja com o intuito de promover seu Reino, mas também para não virarmos reféns dos enganos de nosso próprio coração, confundindo aquilo que é nosso com o que é de Deus. Cuidemos para que nossas emoções não nos façam presas dos mercenários de plantão que entendem das técnicas psicológicas adequadas de manipulação das massas. É verdade que se emocionar faz parte da constituição do indivíduo, principalmente quando da experiência com o divino, mas a razão tem que estar sempre no controle, aliás, o espírito do profeta deve estar sempre sujeito ao próprio profeta (1 Co 14.32).

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