segunda-feira, 14 de setembro de 2015

A Prosperidade dos Bem-aventurados

A Prosperidade dos Bem-aventurados

Objetivos
Saber quais são os fundamentos das bem-aventuranças.
Explicar as bem-aventuranças da mansidão e da misericórdia.
Conscientizar-se de que a prosperidade dos bem aventurados firma-se nas coisas espirituais e não nas materiais.
Ser bem-aventurado é…
1. Ter paz e comunhão com Deus (1 Co 1.9).
2. Ser regenerado (Tt 3.5).
3. Experimentar uma mudança interior (2 Co 5.17).
4. É ter a certeza de que Jesus supre todas as necessidades (Sl 23.1).
5. É ter alegria em toda e qualquer situação (1 Ts 1.6; Hc 3.17,18).
6. É cantar e adorar ao Senhor em todo o tempo (At 16.23-25).
INTRODUÇÃO
Palavra Chave – Bem-aventurança: Do gr. makarismós; felicidade perfeita.
Veremos:
– As bem-aventuranças de Jesus destacam os princípios que fundamentam a Lei e os Profetas.
– Em cada expressão de bem aventurança, enfatizam as riquezas espirituais em detrimento das materiais.
– As bem – aventuranças ensinadas por Jesus, rompe com os ensinamentos dos fariseus, estes eram muito ligados à Lei e tradições ();
– Após esta aula veremos a necessidade de observamos o Sermão do Monte, chamado por muitos de A CARTA MAGNA DO REINO DOS CÉUS.
– Se não recorrermos aos ensinamentos do Nosso Mestre diariamente, jamais seremos verdadeiros discípulos (Mt 10.25a).
I. O FUNDAMENTO DAS BEM-AVENTURANÇAS
1. O significado das bem-aventuranças.
– Nesse primeiro momento veremos o significados para expressão no latim, grego e hebraico, veremos também o seu significado cultural nos tempos da Grécia Clássica e bem-aventurado:
a) Bem aventurado, vem da palavra latina beatus que originou o termo beatitude.
b) No original grego, o vocábulo usado por Mateus é makarios, cujo significado lembra felicidade, alegria divina e perfeita;
c) No hebraico, por outro lado, o vocábulo esher é traduzido, no salmo primeiro, com o sentido de quão felizes são! O sentido, portanto, é o de alguém que é feliz aos olhos de Deus por amar intensamente ao Senhor;
d) Na literatura grega clássica, (entre os séculos VI e IV a.C), a palavra referia-se prosperidade material;
e) Na literatura sapiencial hebraica, ela se refere a uma condição de bem-estar espiritual com Deus (Sl 1.1; 32.1; 112.1). Jesus mantém esse último sentido.
2. Bem-aventurados os pobres (Mt 5.3).
– Na ótica do Sermão do Monte, a pobreza não é vista como escassez de bens materiais; mas como necessidade da alma.
– Pobre, é o que tem uma carência espiritual e reconhece suas necessidades espirituais e conseqüentemente almeja um relacionamento profundo com Deus;
– Temos o exemplo do salmista:
– Sl 42. 1-5.
Aplicação:
– Como servos de Deus, devemos entender que a nossa intimidade com Ele é inegociável e indispensável à nossa vida espiritual, devemos desejar ardentemente conhecer o Santíssimo lugar, pois o véu do templo foi rasgado (Mc 15.38), isso nos dar liberdade de chegarmos diante dEle com confiança e ousadia (Ef 3.12), se buscarmos esse lugar termos experiências marcante, e quem sabe falar sabe, semelhante a que Paulo teve (Ef 3.14-19).
3. Bem-aventurados os que choram (Mt 5.4).
– Por que um crente chora?
Motivos:
– Em decorrência de nossa própria situação espiritual, quando aprofundar nossa comunhão com o Senhor querendo estar mais próximos dEle e suspiramos por uma intimidade maior com o Pai celeste.
– Por causa da situação espiritual em que o mundo se encontra (Is 6.5);
– Quando reconhecem a miséria do “eu” corrompido pelo pecado. Sua tristeza é resultado daquele susto abissal diante da natureza pecadora cabalmente decaída e condenável do ser humano, diante do abismo cheio de veneno do pecado. Nessa situação totalmente desesperadora da pessoa, unicamente o Senhor pode proporcionar o consolo;
– Mas apesar de tanto sofrimento, o consolo certamente virá (Ap 7.17).
II. A BEM AVENTURANÇA DA MANSIDÃO E DA MISERICÓRDIA
1. Bem aventurados os mansos (Mt 5.5).
– Manso é aquele que demonstra total submissão à vontade de Deus, mesmo quando esta parece contrariar seus interesses pessoais;
– Manso também é aquele que, apesar de injustiçado, não procura a própria vingança, mas confia em Deus como seu legítimo defensor (Is 41.17; Lc 18.1-8);
– Manso nesse contexto é submissão consciente ao querer divino;
– Os mansos são bem-aventurados porque são capazes de suportar sem amargura e sempre de modo amigável as cargas pesadas que lhes são impostas.
Aplicação:
– Se agirmos com mansidão e submetermos à vontade divina; Seremos verdadeiramente prósperos, assim seremos ricos, diante de Deus, possuidores de bens que não se compram com dinheiro dessa terra – mas nos foi concedido pelo Sangue de Cristo.
2. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça (Mt 5.6).
– Os verdadeiramente prósperos são os que têm um forte desejo pela justiça divina e a buscam ansiosamente, sendo conscientes de que a verdadeira prosperidade só é alcançada com a instauração do Reino de Deus.
– Ter fome e sede é o mesmo que “perseguir a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14). Satisfação e refrigério por meio de Jesus há somente quando temos fome e sede, quando desejamos ardentemente agir em tudo como agrada ao Senhor, em pensamentos, palavras e ações. Por conseguinte, a justiça é dádiva, que não se conquista com esforço, e sim se recebe de presente. Justiça não é produzida, mas recebida.
– Contrasta com a “justiça dos fariseus” (Mt 5.20)
3. Bem-aventurados os misericordiosos (Mt 5.7).
– Misericordioso, grego, “boa vontade ao miserável e ao aflito associada ao desejo de ajudá-los”.
– Em o Novo Testamento, a expressão ocorre com freqüência no sentido de perdão;
– O bem-aventurado tem um coração perdoador e ao mesmo tempo disposto a socorrer os mais necessitados.
Aplicação
– É momento de nós olharmos para o principio da religião pura e sem mácula, que nos diz: “A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e guardar-se da corrupção do mundo” (Tg 1.27).
III. A BEM-AVENTURANÇA DA PUREZA E DA AFLIÇÃO
1. Bem-aventurados os limpos de coração (Mt 5.8).
– Nesse contexto, Jesus se refere ao homem que se acha limpo e isento de culpa. É uma pureza que vem de dentro, origina-se na alma.
– O termo “coração” refere-se ao pensar, sentir e querer. Assim como no próprio Deus tudo é verdade, sinceridade e pureza, também os de coração limpo têm a vida cheia de verdade, sinceridade e pureza! O exterior é revelação do interior. O ser é tudo! Aparência não é nada.
– Impureza é estar separado de Deus. Porém, aos que são verdadeiros e puros de coração, terão o privilégio inefável de ver a Deus. Em Jesus já se pode ver Deus agora. Como é maravilhoso contemplar o Senhor desde já través da sua palavra. Mas um dia o veremos como Ele é (1 Co 13.12; 1 Jo 3.2).
2. Bem-aventurados os pacificadores (Mt 5.9).
– A Peshita, tradução aramaica de Mateus feita em 150 d.C, traduz essa expressão como os que fazem a paz! O pacificador é alguém que não somente ama a paz, mas encontra-se comprometido com o processo que a ela conduz entre as pessoas.
Aplicação
– Temos que semear e seguir a paz (Hb 12.14), pois servimos a um Deus de Paz (1 Co 14.33).
3. Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça (Mt 5.10,11).
– O princípio que o Senhor Jesus expõe é frontalmente contrário à filosofia materialista deste século. Sofrer injustiça, ser perseguido e até mesmo martirizado por causa do Reino de Deus são evidências de uma bem-aventurança eterna.
– É o que ensina Jesus. Dificilmente os pregadores da prosperidade aceitarão tais coisas. No entanto, eles se esquecem da advertência do Senhor: “Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16.33).
As bem-aventuranças de Jesus contrariam totalmente os conceitos da Teologia da Prosperidade. A grande lição que aprendemos com o Mestre é que o homem realmente próspero não é aquele que pode ser avaliado de forma superficial e materialista, mas aquele que encontrou a paz em Cristo (Rm 5.1). Isso não significa que Deus não queira que os seus filhos prosperem materialmente. Mas a prosperidade material nada representa sem a espiritual.

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