ESTUDO BIBLICO
Quando é que a família precisa de cura?
INTRODUÇÃO Lc 15.11-32
· Se
a família é um projeto de Deus e existe para a sua glória, qual a
resposta que daremos às pessoas que freqüentemente perguntam: "Por
que famílias de pessoas boas fracassam? Por que bons casamentos
terminam em divórcio? Como prevenir o adoecimento do relacionamento
familiar? Quais são os sintomas que revelam que a família está doente?
· NA parábola do filho pródigo Jesus desenhou uma família que precisava de cura.
· Apesar de ser um pai que todo filho gostaria de ter, a sua família estava doente.
I) QUANDO A FAMÍLIA PRECISA DE CURA?
1. Quando em nosso coração há uma desvalorização daquilo que ontem era precioso e de muito valor. (Ap 2.4)
· O pai se torna descartável.
· O lar perde sua importância.
· O irmão se torna dispensável.
O
filho pródigo vendeu barato tudo isso, o pai, o irmão, o lar etc... Eis
a razão porque o divórcio é a apostasia do amor. Porque é a rejeição
daquele(a) que um dia foi apaixonadamente desejado. Eu preciso sempre
estar fazendo um auto-exame para conferir se o que tinha muito valor
para mim ontem continua tendo o mesmo sentido, o mesmo valor.
2. Quando o desejo de ir embora é maior do que o desejo de ficar, mesmo sem ter um motivo aparente. O que o filho pródigo tinha?
· ele tinha um campo, v.25
· estava cheio de novilho, v.30
· tinha uma casa para qual ele voltava no final do dia, v.25
· ele tinha amigos, v.29
· ele tinha empregados, v.26
· ele tinha acesso a boa música, v.25
Ele tinha proteção, conforto, amor, segurança, perdão, festa, mesa farta, carinho... Por que ele saiu? Por que ele foi embora? E porque tantos vão embora sem um motivo certo? A Bíblia, diz: " Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?
Quando Jesus disse vigiai, era para vigiar o coração. Nada é tão
perigoso como o nosso próprio coração. O filho pródigo foi traído pelo
próprio coração. Sansão foi traído pelo seu coração. Davi foi traído
pelo seu coração. Está escrito em Pv 4.23 "Sobre tudo o que se deve
guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida".
3. Quando começamos a desejar "a morte do outro". "...pai, dá-me a parte a parte que me cabe dos bens..." (Lc 15.12)
Pedir
a herança antes da morte do pai era desejar que ele morresse. Quantos
maridos, esposas, filhos e pais vivem pensando e até dizendo: "Que bom
se ele (a) morresse". Há pessoas que até ora, Senhor prepara e leva meu
cônjuge, meu pai, meu filho, meu irmão etc.
4. Quando dentro da família a festa do outro incomoda. "Ele se indignou e não queria entrar; ..." (Lc 15.28) No coração do irmão mais velho havia quatro fortalezas que precisam ser derrubadas na família.
(1) A fortaleza da inveja.
1)
A inveja não me deixa entrar na festa onde eu não sou o "centro das
atenções". A inveja é o mal de muitos lideres que não aceitam o sucesso
na vida do outro. Há pessoas que só valorizam a "festa" que ela promove
ou que promovem para ela.
2)
A inveja nos leva a amar o irmão quando o mesmo está na "pior", mas,
passamos a odiá-lo quando ele esta celebrando uma grande vitória. Há
pessoas que são capazes de chorar com os que choram, mas não são capazes
de se alegrar com os que se alegram. Você sabia que há aqueles que
"amam" você quando você está sofrendo, e que o "odeiam" quando você
está feliz? (Ilustrar com o vaga-lume e a cobra)
3) A inveja pode nos levar a investir contra a festa do outro.
4) A inveja sempre diz: "Se fosse eu seria muito melhor..."
5) A inveja deforma, ela pode fazer um "querubim ungido" se tornar "um anjo caído", foi isso que aconteceu com satanás.
6) A inveja não deixa o invejoso participar da festa que Deus está patrocinando.
Thomas
Brooks disse: "A inveja tortura as afeições, incomoda a mente, inflama o
sangue, corrompe o coração, devasta o espírito; e assim se torna, ao
mesmo tempo, torturadora e carrasco do homem".
(2) A fortaleza da vingança. O grande problema do irmão mais velho da parábola, era sua dificuldade para perdoar.
1) Ele não concordou com o perdão do pai. Na sua opinião aquela era uma oportunidade para o pai se vingar e não perdoar.
2) Ele não estava disposto a perdoar. Para
ele, aquele que afrontou o pai e saiu de casa, já não merecia ser
considerado seu irmão, por isso ele disse: "... aquele seu filho..."
3) Quem não perdoa sempre fica para o lado de fora da festa. Faz da vida um funeral que nunca acaba.
Um
dia um pastor me disse: "Eu fui em determinada casa, quando me
encontrei com uma certa pessoa descobri que ainda não tinha perdoado
como ensina as Escritura".
(3) A fortaleza da amargura. Quem não perdoa faz do coração um poço de amargura.
1)
Pessoas amarguradas são "tóxicas". Elas sempre tentam estragar a festa
no coração do outro. O filho mais velho ao lançar no rosto do pai os
pecados do filho que voltou, tentou provocá-lo para estragar a festa. "...vindo, porém, este teu filho que desperdiçou os teus bens com meretrizes, tu mandaste matar para ele o novilho cevado". (Lc 15.30)
2) Pessoas amarguradas passam a vida reclamando de um "cabrito", quando se tem um rebanho para usufruir. "...nunca me deste um cabrito..."
(Lc 15.29) Os convidados estavam comendo churrasco e celebrando a
vitória e o moço lá fora falando do "cabrito". A amargura é a raiz que
dá origem à toda murmuração. Joice Mayer disse: "Murmure e não saia do
lugar, louve e Deus te exaltará".
3) Pessoas amarguradas são mal humoradas. "Ele se indignou (ficou zangado) e não queria entrar... (na festa)". (Lc 15.28 - Grifo do autor)
4) Pessoas amarguradas não conseguem enxergar o que tem, por isso vivem como se não tivessem. "...tudo o que é meu é teu..." (Lc 15.31)
II) QUANDO A CURA ACONTECEU NESTA CASA.
1.
Quando aquele que se perdeu se encontrou consigo mesmo caindo em si.
(Lc 15.17). Toda mudança passa pelo reconhecimento, e o reconhecimento
leva ao arrependimento.
(1) Reconhecimento. Reconheceu que foi estúpido, precipitado, ingrato, desonrou, entristeceu, machucou, marcou etc....
(2) Arrependimento:
1) Tristeza pelo pecado.
2) Confissão do pecado.
3) Abandono do pecado.
2. Quando se tem a coragem de colocar para fora o que está envenenando a alva. O
filho mais velho colocou para fora o que estava o matando dentro de
casa. Na sua ignorância ele fez aquilo que pode desencadear um processo
de cura. Ele jogou para fora toda sua.
(1) Inveja
(2) Vingança
(3) Amargura
(4) Descontentamento com o pai.
Será
que nós pais sabemos como vai o coração de cada filho? Será que por
detrás do silêncio dos nossos filhos não há uma alma em estado de
angustia, amargura e dor? Essa conversa franca e honesta pode
desencadear um processo de cura. Não adianta entrar na festa, manter a
fachada e continuar morrendo por dentro.
3. Quando alguém escolhe ser o "agente de transformação" da casa.
(1) O pai não desistiu da família como um projeto de Deus.
(2) O pai não desistiu do filho que se rebelou e foi embora. (Esperou, recebeu, perdoou, restituiu e celebrou.)
(3) O pai não desistiu do filho mais velho que estava cheio de amargura. Como o pai cura o filho infeliz: Primeiro: Chama-o de filhos; Segundo: Lembra a intimidade, tu sempre estás comigo; ás comigo; Terceiro: Ele mostra a herança - "...tudo o que é meu é teu...". Não viva como escravo sendo filhos.
(4) O pai escolheu ser o canal da "graça" dentro daquela casa.
(5)
O pai sabia que o perdão era o caminho para curar a família. Não existe
outro caminho que leva a cura de uma família a não o do perdão.
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