LÍDERES DA ÚLTIMA HORA: USADOS E APROVADOS
“Nem todo
o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que
faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão
de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em
teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não
fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos
conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade.” Mateus
7:21-23
Vivemos no tempo do fim, a última hora se
aproxima, as trombetas dos céus estão sendo preparadas para a
convocação dos anjos, que farão o arrebatamento da igreja, e assim a
terra passará pelo período que a Bíblia chama de ‘a grande tribulação’.
O tempo do fim é um período difícil, onde
sobrepuja o pecado e a proliferação do mal na terra, onde o bom
parecerá mal, e o mau chamará de bom.
Tempo onde os valores éticos serão
desprestigiados, a moral cristã será banalizada, e os justos serão
ridicularizados, serão tidos como seres retrógados e ultrapassados nos
valores pós-modernos.
Muitos líderes reputados como cristãos se
levantarão e pregarão coisas contrárias as doutrinas da Bíblia,
profetizarão, farão milagres, expelirão demônios, ao ponto de
convencerem muitos e arrebanharem multidões ao seu redor.
O espírito de engano cegará milhões ao
ponto de não saberem distinguir o falso do verdadeiro, o profeta
enganador e do verdadeiro mensageiro de Deus.
Como saber, no meio de milhares de
líderes que tem se levantado nesses dias, dizendo-se homens de Deus, se
são profetas verdadeiros ou falsos? Como saber se esses homens que
muitas vezes conhecemos são aprovados por Deus ou reprovados?
Como saber se minha vida cristã, o que eu
sou e o que eu prego são de fato aprovado de Deus, ou se não já estou
reprovado por algo que fiz ou que deixei de fazer?
O apóstolo Paulo tinha essa preocupação quando disse: “Mas
esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a
outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado.” I Cor 9:27
Em outra parte ele fala da convicção que tinha de que suas obras estavam sendo aprovada por Deus. “Pois
a nossa exortação não procede de engano, nem de impureza, nem se baseia
em dolo; pelo contrário, visto que fomos aprovados por Deus, a ponto de
nos confiar ele o evangelho, assim falamos, não para que agrademos a
homens, e sim a Deus, que prova o nosso coração.” I Ts 2:3,4
O objeto maior que produz esse engano em
muitos, está justamente naquilo que se vê saltando aos olhos, que
produziu o mesmo pecado de Eva que foi fisgada pelos olhos.
A Bíblia fala que os falsos líderes farão
coisas extraordinárias aos olhos humanos. Profetizarão em nome do
Senhor, farão milagres e expelirão demônios. Esses sinais serão para
muitos suficientes como certificados que seus operadores são de fato,
enviados de Deus.
“Todos os três pontos demonstram que
haverá imitação dos poderes de Cristo e de seus verdadeiros discípulos.
Mas todos eles juntos não provam a presença e a aprovação de Deus. Tudo
pode ser mera imitação.” Champlin
Em suma, as obras externas têm servido como testemunho autêntico de que ali está um profeta de Deus.
“ A grande lição é que o poder e o
sucesso que o mundo vê não serve de critério legítimo sobre o
conhecimento que alguém tem de Cristo, e nem mesmo a relação que mantém
com Ele. Pesquisas feitas sobre essa questão mostram que tais poderes
sempre foram comuns a todas as civilizações, mesmo as separadas da fé
cristã. Portanto, cabe uma palavra de cautela, dirigidas a todos: a
própria existência dos fenômenos de natureza verdadeiramente
sobrenatural, não é prova de cristianismo autêntico, pois esses
fenômenos tem várias fontes, ou seja, a própria personalidade humana em
sua porção espiritual, o poder dos demônios e o poder do Espírito de
Deus”. R. Champlim
Quando olhamos o contexto de Mateus
7:21-23 no ensino de Jesus aos seus discípulos vamos identificar vários
indicativos de como distinguir o falso ou verdadeiro profeta de Deus.
O primeiro ensino que Jesus nos passa é
que não devemos entrar pela porta larga, mas a estreita, referindo-se as
nossas escolhas em seguir-mos sempre na Sua vontade e não nas entradas
que o mundo com seus pecados oferecem, e as facilitações de um evangelho
sem sacrifícios, sem renúncias. Vs 13,14
O segundo ensino é do discernimento que
devemos exercer, é olharmos os frutos interiores, frutos de caráter
daqueles que se apresentam como profetas de Deus. “Acautelai-vos
dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas
por dentro são lobos roubadores. Pelos seus frutos os conhecereis.
Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?”
Mateus 7:15,16
O que somos é mais importante do que o que fazemos. Porque o que somos é que revela o nosso caráter e as nossas motivações.
As obras têm muitas motivações que só Deus sabe. “Alguns,
efetivamente, proclamam a Cristo por inveja e porfia; outros, porém, o
fazem de boa vontade; estes, por amor, sabendo que estou incumbido da
defesa do evangelho; aqueles, contudo, pregam a Cristo, por discórdia,
insinceramente, julgando suscitar tribulação às minhas cadeias.” Fil
1:15-17; Atos 20:28-35
Ser é mais importante que fazer. “Porque não é aprovado quem a si mesmo se louva, e sim aquele a quem o Senhor louva.” II Cor 10:18
“Procura apresentar-te a Deus
aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem
a palavra da verdade.” II Tm 2:15
Há uma grande aceitação por parte de
muitos líderes no relativismo teológico onde tudo é permitido e
aceitável, desde que se mostre frutos externos, frutos que enchem os
olhos e também os bolsos.
Há uma palavra de julgamento aos que assim procedem levando multidões ao engano e tentando passar-se por discípulos de Cristo.
“ Naquele dia” Mt 11:24 No dia do juízo, esses falsos obreiros prestarão contas daquilo que Deus não mandou falar ou fazer. “Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade.” MT 7:23
“Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim,” João 10:14
Como conhecer os verdadeiros discípulos
de Cristo, ou melhor, como saber se no dia do juízo serei tido como
aprovado por Deus através de minhas obras?
A resposta a essas perguntas está no próprio texto de Mateus 7:21: Fazendo a vontade de Deus ” mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.”
Experimentando (praticando) a vontade de Deus. “Rogo-vos,
pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso
corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto
racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos
pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa,
agradável e perfeita vontade de Deus. Rm 12:1,2;
A vontade de Deus para ser cumprida nos leva ao comprometimento do ser integral: espírito, alma e corpo. “O
mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e
corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso
Senhor Jesus Cristo.”I Ts 5:23
Procurar compreender qual a vontade de Deus. “Sede,
pois, imitadores de Deus, como filhos amados;…. Por esta razão, não vos
torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor.
Ef 5:1,17
Compreender a vontade de Deus é promover
através de seu comportamento a prática dos valores que são aceitáveis e
aprovados por ele. Ou como o próprio apóstolo Paulo nos incita a
fazermos. “Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados.”
Em Efésios cinco Paulo nos dar várias práticas que são para serem exercidas pelos que buscam fazer a vontade Deus.
O que se deve fazer: “Andar em
Amor…” Vs 2 “ Andar como Filhos da Luz…” Vs 8 (bondade, justiça e
verdade) Vs 9 “Andar como sábios…” Vs 15 “ Reprovar as obras das
trevas”. Vs 11 “ Aproveitar bem o tempo..” Vs 16 “ Encher-se do Espírito
Santo”. Vs 18 “ Falar uns ao outros com salmos, cantar cânticos
espirituais de todo coração” Vs 19 “ Dando sempre graças ao Senhor, por
tudo em nome de Jesus Cristo” Vs 20
O que não se deve praticar: “Impudicícia,
impureza, cobiça..” Vs 3 “ Conversação torpe, palavras vãs ou
chacarrice…” Vs 4 “Incontinente e avarento” Vs 5 “ Não se associar com
os maus elementos..” Vs 11 “Não se embriagar com o vinho” Vs 18
Nas relações fraternais: “Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo.” Vs 21
Nas relações familiares: Esposa
deve obedecer ao marido. E o marido amar a esposa como Cristo amou a
sua igreja. Vs 22,23 Os filhos devem obedecer e honrar seus pais. E os
pais não deve provocar seus filhos a ira. Ef 6 :1-4
Relações trabalhísticas. Empregados
devem trabalhar com zelo e dedicação obedecendo aos seus empregadores.
Os empregadores devem tratar bem seus empregados não tratando com
ameaças. Ef 6: 5-9
Como percebemos, fazer a vontade de Deus
implica no conjunto de comportamento e ações do nosso ser integral,
tanto naquilo que julgamos ser na nossa vida espiritual, como também em
nossas relações sociais e fraternais. “Ora, tendo Cristo sofrido na
carne, armai-vos também vós do mesmo pensamento; pois aquele que sofreu
na carne deixou o pecado, para que, no tempo que vos resta na carne, já
não vivais de acordo com as paixões dos homens, mas segundo a vontade de
Deus.” I Pedro 4:1,2
“Porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade.” Fil 2:13;
Devemos sempre buscar através da oração o pleno conhecimento de sua vontade. “Por
esta razão, também nós, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de
orar por vós e de pedir que transbordeis de pleno conhecimento da sua
vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual;” Cl 1:9;
“Saúda-vos Epafras, que é dentre vós,
servo de Cristo Jesus, o qual se esforça sobremaneira, continuamente,
por vós nas orações, para que vos conserveis perfeitos e plenamente
convictos em toda a vontade de Deus.” Colossenses 4:12
O que faz a vontade de Deus permanece eternamente. ”
Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que
faz a vontade de Deus permanece eternamente.” I João 2:17
E também é reconhecido como aprovado por Ele.
“Aquele que deste modo serve a Cristo é agradável a Deus e aprovado
pelos homens.” Rm 14:18; “Saudai Apeles, aprovado em Cristo. Saudai os
da casa de Aristóbulo.” Rm 16:10
A nossa preocupação como líder no
trabalho cristão, não é somente discernirmos os enganadores que se
apresentam transvertidos de cordeiros, mas por dentro são lobos vorazes,
mas também vigiarmos sempre nosso comportamento a fim de não sermos
reprovados por Deus no dia do juízo.
Que o amado Deus, levante líderes nesse
tempo do fim, comprometido com sua obra, com o coração abrasado pelo
Espírito Santo, sempre buscando fazer a vontade daquele a quem devemos
dar honra, glória e louvor eternamente.
Deus precisa de líderes assim. Você é esse líder? Deus pode contar com você?
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