Introdução
Muitas pessoas costumam perguntar: “Por
que estudar sobre o Tabernáculo de Moisés”?. “Por que devemos estudar o Antigo
Testamento”?
O Novo Testamento apresenta várias
evidências sobre a importância de se estudar o Antigo Testamento.
Precisamos ter em mente que a igreja
primitiva (At 2) não tinha em suas mãos o Novo Testamento. O “novo testamento”
deles estava implícito no Antigo Testamento. Assim, pelo fato do cânon do N.T
não ter sido escrito nem completado na época da igreja primitiva, os apóstolos
recorriam continuamente aos escritos do Antigo Testamento para compreender tudo
que Deus estava fazendo entre eles.
Um estudioso desenvolveu uma relação
bastante apropriada entre o Antigo Testamento e o Novo Testamento:
O Novo está contido no Antigo,
O Antigo é explicado no Novo,
O Novo está escondido no Antigo,
O Antigo é revelado no Novo,
O Novo está implícito no Antigo,
O Antigo é esclarecido pelo Novo.
O Antigo é explicado no Novo,
O Novo está escondido no Antigo,
O Antigo é revelado no Novo,
O Novo está implícito no Antigo,
O Antigo é esclarecido pelo Novo.
Apresentarei algumas razões a seguir:
1.Porque todas “essas coisas ocorreram
como exemplos [no grego, ‘tipos”] para nós ….. e foram escritas como
advertência para nós, sobre quem tem chegado o fim dos tempos” (I Co 10.6,11)
2. Porque o próprio Cristo deu
aos discípulos uma tríplice divisão das Escrituras quando disse: “Era
necessário que se cumprisse tudo o que a meu respeito está escrito na Lei de
Moisés, nos Profetas, e nos Salmos” (Lc 24.44). A palavra “Tanakh” no hebraico,
é a totalização dos livros do Antigo Testamento, e dessa palavra temos o
acróstico das três referências de Jesus [Lei, Profetas, Salmos], de Lc 24.44.
Vejamos:
T: Toráh [Lei, Pentateuco]
N: Nevi’im [Profetas]
K: Ketuvi’im [Escritos]
3. Porque a revelação do Tabernáculo de
Moisés é parte integrante das Escrituras – “Toda Escritura é inspirada por Deus
e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na
justiça” (II Tm 3.16).
4. Porque Jesus disse: “Não pensem que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim abolir, mas cumprir. Digo-lhes a verdade: Enquanto existirem céus e a terra, de forma alguma desaparecerá da Lei a menor letra ou o menor traço, até que tudo se cumpra” (Mt 5.17,18)
5. Porque a lei era uma “sombra” [no grego “figura”] dos benefícios que hão de vir (Hb 10.1). O propósito da sombra é trazer-nos para a realidade, assim como o propósito da profecia e levar-nos ao seu cumprimento. É função do tipo revelar o antítipo. A Lei corresponde à época da “sombra”, indicando-nos o que é real. A sombra de um objeto não contém algo real propriamente, apenas indica o objeto que lança a sombra.
6. Porque “Eles [os sacerdotes] servem num santuário que é cópia e sombra daquele que está nos céus (Hb 8.5). “Portanto, era necessário que as cópias das coisas que estão nos céus fossem purificadas com esses sacrifícios, mas as próprias coisas celestiais com sacrifícios superiores” (Hb 9.23). O santuário terreno era simplesmente uma cópia do santuário celestial.
7. Porque o Tabernáculo era
também uma parábola. “Isso [o primeiro tabernáculo] é uma ilustração [no grego
“parábola”] para os nossos dias (Hb 9.9). Parábola é uma história ou narrativa
usada como comparação ou ilustração de uma verdade.
8. Porque todas as coisas no Tabernáculo eram tipos
daquilo que estava por vir, até mesmo o próprio Cristo. Como Deus disse a
Moisés: “De acordo com o modelo [tipo] que ele tinha visto (At 7.44)”.
9. Porque Jesus disse: “No livro está escrito a meu respeito” (Hb 10.7 e Sl 40.6-8). Portanto o Tabernáculo, sendo parte do livro, é também uma profecia de Cristo e da Igreja.
10. Porque o princípio de Deus é: “Não foi o espiritual que veio antes, mas o natural; depois dele, o espiritual” (I Co 15.46,47). Nós olhamos para o natural, para o material, para o que é temporal, para as coisas que se vêem, com o objetivo de descobrir, pelo Espírito, a verdade, que é espiritual e eterna; coisas que não são compreendidas pela mente natural do homem (II Co 4.18).
Para esclarecer melhor o que estou
dizendo, veremos alguns exemplos de como Deus, em sua sabedoria, usou as coisas
naturais do Antigo Testamento para revelar Cristo e a Igreja:
1) A rocha ferida, da qual Israel
bebeu, apontava para Cristo (I Co 10.1-4)
2) O maná que veio do céu apontava para Cristo (Jo 6.55-58). Não é difícil ver o maná como uma imagem do Senhor Jesus Cristo. O maná era algo misterioso para Israel; tanto que a palavra maná no hebraico significa “O que é?” (Ex 16.15). Jesus também era um mistério para os que o viam. O maná descia do céu durante a noite, e Jesus veio ao mundo quando os pecadores encontravam-se em trevas morais e espirituais. O maná era pequeno (isto fala da humildade de Cristo), redondo (fala da sua eternidade) e branco (fala da sua pureza). Era adocicado (Sl 34.8) e supria devidamente as necessidades do povo.
O maná era enviado a um povo rebelde; era uma dádiva da graça de Deus. Tudo o que precisam fazer era se abaixar e recolher o alimento. Se não o recolhessem, pisariam nele.O Senhor Jesus não está longe dos pecadores. Tudo o que precisavam fazer é humilhar-se [abaixar-se] e aceitar a dádiva oferecida por Deus.
2) O maná que veio do céu apontava para Cristo (Jo 6.55-58). Não é difícil ver o maná como uma imagem do Senhor Jesus Cristo. O maná era algo misterioso para Israel; tanto que a palavra maná no hebraico significa “O que é?” (Ex 16.15). Jesus também era um mistério para os que o viam. O maná descia do céu durante a noite, e Jesus veio ao mundo quando os pecadores encontravam-se em trevas morais e espirituais. O maná era pequeno (isto fala da humildade de Cristo), redondo (fala da sua eternidade) e branco (fala da sua pureza). Era adocicado (Sl 34.8) e supria devidamente as necessidades do povo.
O maná era enviado a um povo rebelde; era uma dádiva da graça de Deus. Tudo o que precisam fazer era se abaixar e recolher o alimento. Se não o recolhessem, pisariam nele.O Senhor Jesus não está longe dos pecadores. Tudo o que precisavam fazer é humilhar-se [abaixar-se] e aceitar a dádiva oferecida por Deus.
3) O cordeiro sacrificial da Páscoa
tipificava o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29)
Conclusão.
Embora o Tabernáculo e seus utensílios
tenham perecido e cessado de existir, as verdades espirituais e realidades
eternas tipificadas na habitação de Deus ainda permanecem, pois a verdade é
eterna. Essa é uma das razões que devemos estudar a revelação de Deus no
Tabernáculo de Moisés. Desta forma, o Tabernáculo se apresenta como o “código
secreto de Deus” para revelar verdades a todos que o buscam de modo sincero e
dedicado. O Senhor Jesus Cristo é a chave hermenêutica para compreendermos o
Tabernáculo de Moisés. Que o Espírito Santo nos revele as maravilhas do
Tabernáculo de Moisés. Que seja assim. Amém!
“A glória de Deus está nas coisas
encobertas; mas a honra dos reis, está em descobri-las” (Pv 25.2)
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