Jogos de Azar e o Cristão
Por Eduardo Feldberg - Março/2009
É muito importante que um cristão tenha pontos de
vista e convicções definidas dentro de si, a respeito daquilo que crê e julga
ser correto, principalmente com relação àqueles assuntos mais polêmicos e
divididos na opinião das pessoas. Não é fácil ter opinião definida a respeito
de tudo, afinal, são muitos os temas que exigem uma postura cristã, e, muitas
vezes, só atentamos à importância destas convicções e posicionamentos quando
passamos por algum tipo de confronto. A questão dos Jogos de Azar é um destes
assuntos, e é sobre ele que escreverei neste artigo. Há algum tempo, vi um
jovem vivenciando um destes confrontos num programa televisivo de perguntas e
respostas. No momento do jogo, o rapaz se deparou com o apresentador, e
seguiu-se um diálogo parecido com este:
- No bate-papo que tivemos lá no camarim, você me
disse que é cristão, né?!
- Isso mesmo! Sou evangélico.
- Então você é um seguidor da Bíblia Sagrada!
- Sou sim!
- Entendi. Mas a Bíblia condena a prática de jogos
de azar. Você não cumpre essa regra?
- Er... Ahn... A gente tenta, né... Mas acho que
não tem problema.
- Puxa. Você acha que não tem problema praticar
algo que sua religião condena? Que estranho...
- Er...
Embora o jovem tenha assumido sua postura cristã,
infelizmente foi pego num assunto que nunca tinha refletido, e acabou
enfrentando certo constrangimento por não conhecer as Escrituras, nem ter um
conceito formado acerca do assunto. Ele não estava munido de argumentos
coerentes para responder às indagações do apresentador, como eu também não
estaria, pois nunca tinha ponderado seriamente a respeito deste tema, e acabou
passando por este desgosto publicamente.
Ressalto que são muitos os assuntos que precisamos
ter opinião, e não é fácil ter resposta para tudo, mas se acomodar e não buscar
posicionamento para nada é sem dúvida a pior das opções, portanto apresentarei
neste artigo algumas informações que considero cruciais a respeito deste tema,
especificamente, dividindo o artigo em seis partes:
- O que são jogos de azar?
- Tipos de Jogos de Azar
- Argumentos e Contra-argumentos
- A Bíblia condena os jogos de azar?
- Há jogos de azar apropriados para os cristãos?
- Conclusão
A princípio, apenas resolvi estudar um pouco sobre
este tema, mas à medida que procurava informação sobre isso, percebi a carência
de textos formativos, mais que meramente informativos, ou seja, textos que
dessem uma posição formativa para o leitor, e não apenas um material com
informações gerais. Há muitos textos e livros a respeito de assuntos polêmicos
como este, mas na maioria dos casos, se vê uma condenação sumária das práticas,
com afirmações rápidas do tipo “nem precisa ler o resto, afinal, jogo de
azar é pecado e pronto”, ou “a Bíblia condena a jogatina, e Deus tenha
misericórdia da sua alma se você, miserável, ainda não sabe disso”,
valendo-se de frases irrefletidas, sem argumentações, justificativas e
fundamentações racionais, mas apenas expressões e posições populares muitas
vezes levianas, que não seguem de uma análise lógica, nem de premissas válidas
que levem à veracidade destas conclusões, e isso me levou a escrever logo um
artigo, em vez de tão somente refletir sobre essa questão. Sinceramente, de
irracionalidades, o meio evangélico já está cheio, para a vergonha de nossos
antepassados como Aquino, Agostinho, Wesley e outros, que tanto trabalharam
para mostrar que, como disse John Stott, “crer é também pensar!”
1) O QUE SÃO JOGOS DE AZAR?
Segundo o Dicionário Aurélio, “jogos de azar são
aqueles em que a perda ou o ganho depende mais da sorte que do cálculo, ou
somente da sorte, como, por exemplo, o jogo da roleta e do monte”. O
Dicionário de Ética, da Editora Vida, define o Jogo de Azar como “uma
transação entre duas partes, em que algo de valor é transferido de uma pessoa
para outra unicamente com base numa consequência incerta de algum
acontecimento, ou com base na simples possibilidade”. Em outras palavras,
jogos de azar são aqueles em que, além do bom raciocínio e estratégia, o
jogador precisa contar com a sorte, e fatores imprevisíveis e incontroláveis.
Muitos pensam que os jogos de azar são aqueles que sujeitam o praticante a
perder tudo, como naqueles casos em que pais de família viciados perdem bens,
penhoram imóveis, e veem-se dominados e desesperados atrás de uma saída, mas
embora jogos de azar também tenham a ver com estas práticas, não se limitam a
elas! Podem ser simplesmente jogos neutros, em que o jogador desconhece o
porvir, sem saber o resultado. Jogos em que os jogadores não estão
necessariamente sujeitos a grandes derrotas ou prejuízos, mas também se veem
diante da possibilidade de ganhar muito ou pouco, sem prejuízo do que já tem,
como no caso do programa que convocou o jovem citado acima.
Os jogos de azar têm uma conotação popularmente
pejorativa, pois a palavra “azar” já transmite a ideia de coisa ruim, mas a
própria palavra “azar” não se relaciona especificamente com resultados
negativos. Como nos revela o Dicionário Michaelis, “azar” pode equivaler
a “acaso”, ou seja, um acontecimento incerto ou imprevisível, como é o
caso de muitos jogos, que não permitem que o jogador perca tudo o que tem, mas
simplesmente não permitem que ele saiba o que ganhará, nem se ganhará. Termos
mais apropriados para estes tipos de jogos seriam “Jogos de Acaso”, ou “Jogos
Imprevisíveis”, mas como já se convencionou o nome Jogo de Azar, é assim
que são conhecidos. Para todos os efeitos, é válida a seguinte definição:
Jogos de Azar são jogos que dependem da sorte e do
acaso, cujos participantes desconhecem o resultado. Não são necessariamente
viciantes e ruins, tampouco trazem inerentemente a possibilidade de prejuízos.
Em alguns casos, isso pode acontecer, mas em outros, há apenas a chance de
ganhar, sem riscos para os participantes.
02) TIPOS DE JOGOS DE AZAR
Como vimos acima, jogos de azar não são
necessariamente jogos que possibilitam um prejuízo, empobrecimento ou perda do
que se tem. Jogos assim também são conhecidos como jogos de azar, mas outros
tipos de jogos que não geram esse risco igualmente se encaixam na definição de
Jogo de Azar, portanto precisamos distinguir entre estas duas vertentes. Há
jogos de azar que apresentam a possibilidade de o jogador perder ou
ganhar muito ou pouco, ou a possibilidade de apenas ganhar
muito ou pouco. Repare, então, que há jogos que geram risco de
prejuízo, mas também, jogos de azar que apenas geram a possibilidade de se
ganhar muito ou pouco, mas não de se perder algo, e há uma grande diferença
entre essas possibilidades. Reflita comigo:
- Você está andando na rua, e, de repente, se dá conta que perdeu R$100,00. Isto é bom ou ruim?
- Você está andando na rua, e, de repente, se dá conta que perdeu R$1,00. Isto é bom ou ruim?
- Você está andando na rua, e, de repente, encontra uma nota de R$100,00. Isto é bom ou ruim?
- Você está andando na rua, e, de repente, encontra uma nota de R$1,00. Isto é bom ou ruim?
É bem provável que você concorde comigo que as
respostas são respectivamente RUIM – RUIM – BOM – BOM. Por quê? Porque, excluindo-se
estranhas exceções, perder dinheiro é sempre ruim, independente do valor
perdido, ao passo que ganhar dinheiro é sempre bom, independente do valor
adquirido. Seguindo este raciocínio, afirmo que os jogos de azar a serem
evitados são aqueles em que colocamos nosso patrimônio em risco, sujeitando-nos
a alguma perda, o que não é uma regra para todos os jogos. Vou
exemplificar:
No antigo programa Show do Milhão, os participantes
não corriam o risco de perder o que já tinham antes de ir ao programa (seu
dinheiro, sua casa, seus bens materiais, etc.), mas simplesmente de ganhar
muito ou pouco, a partir do momento que fossem sorteados. Você concorda comigo
que dificilmente seria algo prejudicial ganhar uma viagem a São Paulo,
com direito a uma hospedagem familiar num hotel de luxo, ganhar R$300,00 sem
fazer nada, e ainda participar de um programa que te dá chance de ganhar de
R$500,00 a R$1.000.000,00? Em nenhum momento este jogo te será prejudicial. O
que você pode é ganhar muito ou pouco, e a possibilidade de você perder o que
já ganhou no programa dependerá exclusivamente do seu autocontrole,
nível de conhecimento e inteligência, a ponto de optar por continuar ou não na
próxima rodada, e não da sorte ou do azar, portanto o Show do Milhão não pode
prejudicar a vida e o patrimônio de seus participantes, tampouco torna o
participante dependente da sorte ou acaso para perder ou ganhar, mas sim do seu
conhecimento.
Com base nisso, faço a distinção entre dois tipos
de Jogos de Azar, e em seguida, analisarei diversos tipos de jogos de azar
conhecidos, e os enquadrarei na categoria adequada:
1) Jogos de Azar “Arriscados” (Jogos em que você pode perder
algo que já tem, ou ganhar algo);
2) Jogos de Azar “Seguros” (Jogos em que você não corre o
risco de perder o que tem, mas apenas de ganhar).
- Loteria
Jogar na loteria é um tipo de Jogo de Azar
Arriscado, pois o jogador pode ganhar ou perder dinheiro. Pense comigo: Se
você pagar R$5,00 por uma aposta e ganhar R$100,00, terá um lucro de R$95,00,
afinal, R$5,00, você já terá gasto para comprar seu bilhete. Por outro lado, se
você não ganhar nada, terá simplesmente um prejuízo de R$5,00, pois gastou esse
valor num bilhete que não te trouxe nenhum benefício.
- Bingo
Assim como na loteria, neste jogo você gasta seu
dinheiro para participar, mas pode sair de lá sem nenhum lucro, pelo contrário,
com um prejuízo no valor do ingresso. Vale observar que algumas pessoas (em
especial as senhoras idosas) praticam esta atividade sem intuito de
enriquecimento, mas simplesmente pelo lazer e diversão, e nestes casos, os
parâmetros são outros. Se o indivíduo joga bingo visando enriquecer, a prática
pode se tornar arriscada, pois ele pode perder dinheiro na busca do
enriquecimento, mas se o faz apenas por diversão, sem uma forte ambição pelo
dinheiro, não será um risco, mas apenas um custo voltado para o entretenimento.
Adiante, escreverei sobre esse ponto de vista.
- Sorteios
Sorteios podem ser considerados como práticas de
sorte ou azar, mas não necessariamente como jogos. De qualquer forma,
reputando-os como jogos de azar, veremos que são “apropriados”, pois são o tipo
de jogo em que você pode simplesmente ganhar ou não ganhar, não estando sujeito
a perder algo que já tenha, a não ser naqueles casos onde há algum tipo de taxa
ou cobrança de participação. Vou dar quatro exemplos:
Exemplo 1: Você abastece seu veículo num posto, ou faz uma
compra num supermercado, e recebe um cupom para concorrer a uma casa. Você não
terá custo nenhum ao preencher o cupom (exceto alguns segundos de seu tempo), e
poderá ganhar um imóvel novinho! Risco de prejuízo: Zero!
Exemplo 2: Você compra um número de uma rifa, para concorrer
a uma televisão. Neste caso, você pode ter um prejuízo no valor do número da
rifa, caso não ganhe. É claro que o seu lucro será compensador, caso ganhe, mas
a probabilidade de derrota sempre sobressai a de vitória. Neste caso, temos um
exemplo de jogo arriscado, ou seja, com alta possibilidade de um baixo, mas
real, prejuízo.
Exemplo 3: Preencher cadastros ou questionários para
concorrer a viagens ou outros prêmios não nos dão gasto financeiro algum, mas
tão somente a possibilidade de ganhar ou não. Risco de prejuízo: Zero!
Exemplo 4: Você compra um bem (revista, objeto, etc.) e com
ele, ganha um cupom para um sorteio. Alguns podem comprar o bem, pensando no
cupom, ou seja, pagando por ele, e não pelo bem, mas outros podem estar
comprando um bem que os interessa (revista, objeto...) e consequentemente
ganhando um cupom que não lhes gerou custo. Vai depender da motivação da
pessoa. Se alguém comprar o bem visando o cupom, a ação passará a ser um
prejuízo em potencial, pois o bilhete pode não ser sorteado. Outros podem
comprar o bem, pensando e se interessando neste bem, e simplesmente preencher o
bilhete que veio grátis com sua aquisição, sem nenhum custo extra.
- Investimentos
Comumente, associamos jogos de azar apenas a jogos
e atividades de lazer, pois o próprio termo nos induz a isso, mas vale lembrar
que algumas ações e negociações, como as aplicações financeiras e
investimentos, também podem ser consideradas práticas de azar. Apesar de não
serem jogos, no sentido primário do termo, tratam-se de atividades em que os
investidores correm riscos, muitas vezes mais danosos e prejudiciais que os
jogos citados acima. Diariamente, pessoas, sejam instruídas a respeito do
mercado financeiro ou não, perdem milhares, e até milhões em investimentos mal
feitos ou imprevisivelmente prejudiciais, portanto, trago este tipo de prática
ao nosso estudo, e o faço incluindo-o na opção de Jogo de Azar Arriscado,
embora, em algumas exceções, estes investimentos possam ser opções seguras.
03) ARGUMENTOS E CONTRA-ARGUMENTOS
O leitor pode reparar que, em alguns momentos,
minhas análises sugerem que determinados jogos são “errados”, ou “devem ser
evitados”, e então, pode reclamar:
- Ora, o dinheiro é meu e eu o gasto como quiser!
Ninguém tem nada a ver com isso!
O desabafo é até compreensível, afinal, se o
dinheiro é do indivíduo, por que ele não pode gastar como quiser? Isso me faz
pensar em certos argumentos contra os jogos. Vejamos alguns deles, e seus
respectivos contra-argumentos e defesas:
- Gastar com jogos de azar é errado, pois é um desperdício com coisas fúteis que não são prioridade!
Algumas pessoas são contra os jogos de azar, pois
dizem que é um grande desperdício gastar dinheiro com essas coisas, mas essa
posição é complicada, pois tende demais ao subjetivismo. Quem afirma isso terá
a difícil tarefa de definir de forma objetiva o que é desperdício e o que não
é. Por exemplo, eu gasto R$30,00 por mês para jogar futebol, e com base em quê,
diria que gastar R$30,00 com jogos futebolísticos é correto, mas com jogos
carteados é errado? Como provar que eu, que gosto de gastar com futebol, estou
certo, mas quem gosta de jogar bingo está errado? Como demonstrar de forma
consensual que gastar R$3,00 numa “fezinha”, uma vez por mês, é mais fútil do
que gastar R$100,00 por mês com suplementos, a fim de dar uma “bombada” no
corpo? A princípio, o argumento usado é o do desperdício, afirmando que “é
uma grande insensatez gastar com essas futilidades que não são prioridade”,
porém, se para alguns, gastar R$20,00 por mês com jogos é desperdício, para
outros, gastar R$40,00 numa sessão de cinema é que é uma perda inútil. Para
uns, pagar R$50,00 numa sessão de massagem é o ápice da prodigalidade, enquanto
para outros, comprar uma jaqueta de R$200,00 é que representa o cúmulo do
esbanjamento, então fica difícil avaliar a questão com base nesse argumento do
desperdício ou prioridade, pois cada um tem seu próprio gosto. Eu mesmo acho o
cúmulo gastar R$60,00 num rodízio de comida japonesa, quando se pode comer
razoavelmente bem, e se satisfazer com um prato de R$15,00, mas por outro lado,
não acho o cúmulo pessoas que compram instrumentos de mais de R$2.000,00, mesmo
havendo opções mais baratas por um décimo deste preço! É tudo questão de ponto
de vista, e por mais que algumas pessoas considerem medíocres as opiniões das
outras, cada um pensa de um jeito, e não há como padronizar o que de fato é
prioridade na subsistência, prazer ou lazer de cada um.
- Gastar com jogos de azar é errado, pois essa prática gera pobreza na vida de muitas pessoas!
Há ainda os que afirmam que jogar é errado, pois o
jogo gera desgraça na vida de muitas pessoas, porém, uma prática não deve ser
considerada intrinsecamente errada só porque algumas pessoas fazem mau uso
dela! Isso é um argumento errado chamado falácia da generalização, onde se
parte de um caso individual e o aplica a todos. Não é só porque uma pessoa
ficou pobre no jogo de azar que todos ficarão. Seria o mesmo que dizer que “jogar
futebol é errado, pois um rapaz de Presidente Prudente quebrou a perna enquanto
jogava”. De fato, muitas pessoas perderam muito, mas se isso aconteceu,
provavelmente foi porque jogaram um jogo não conveniente, do tipo que pode
trazer altos riscos de prejuízo ao praticante, ou porque não se controlaram, e
apostaram tudo o que tinham e mais um pouco na jogatina, sem autocontrole, mas
o fato de pessoas com personalidade ou domínio próprio fraco perderem tudo não
faz da prática em si um erro, afinal, muitas outras práticas normalmente
aceitas também podem trazer prejuízos, se não forem feitas de forma correta e
controlada.
- Gastar com jogos de azar é errado, pois há muita máfia e corrupção por trás destes jogos!
Outros acham que o jogo é errado porque há muita
máfia e corrupção envolvida nas casas de jogos, mas até aí, se seguirmos esse
raciocínio, teremos que parar de fazer muita coisa, afinal, a corrupção está em
todos os lugares, desde o Palácio do Planalto até às casas de “jogo do bicho”.
Desde a Copa do Mundo até os campeonatos de bairros! Esse é outro argumento que
se vale da falácia da generalização, e isso é um grave erro. Podemos pegar o
exemplo dos antirreligiosos. Muitos raciocinam erradamente que não devem ir à
igreja, pois muitos pastores são corruptos e pilantras. De fato, muitos o são,
mas não é porque um ou outro, ou muitos pastores são corruptos, que todos os
demais se encaixam nesta mesma condenação. O mesmo vale para os jogos. Não é
porque muitos jogos ou casas de jogos se valem da corrupção, que todos eles são
corruptos. Este argumento pode até nos fazer pensar, mas não passa de outra
falácia, e esta posição não é comprovadamente racional e fundamental para
condenar esta prática, se usarmos a Lógica como crivo para esta verificação.
- Gastar com jogos de azar é errado, pois essa prática gera vício e compulsão psicológica nos praticantes!
É importante analisar isso, afinal, realmente há
muitas pessoas viciadas em jogos, psicologicamente compulsivas, mas também há
pessoas que se controlam tranquilamente, que jogam pelo simples prazer, ou pelo
desejo de ganhar um dinheiro, mas de forma regrada. Desta forma, este argumento
traz uma fundamentação mais subjetiva do que objetiva. Assim como há pessoas
que perdem o controle e se empolgam demais na jogatina, conheço pessoalmente
outras pessoas que jogam no máximo três vezes por mês, com apostas baixas, de
R$3,00, e agem de forma autocontrolada. São cristãos exemplares, mas algumas
vezes, optam por participar de um sorteio, que, embora tenha um custo não muito
alto, e uma possibilidade de vitória ainda menor que este custo, não se
condenam nisto, e agem com consciência tranquila diante deste jogo. Algumas
pessoas começaram assim, e quando viram que a coisa começou a ter proporções
maiores e mais descontroladas, deixaram de lado esta prática e pararam de
jogar, ou seja, não chegaram a achar o jogo inconveniente, e o praticaram, mas
não se deixaram dominar por ele.
- Gastar com jogos de azar é errado, pois a Bíblia condena esta prática!
Sem dúvida, nossa maior fonte de conhecimento a
respeito do que é certo e errado é a Palavra de Deus. Ela é a lâmpada para os
nossos pés, nosso manual, nosso guia de fé e prática, e começarei uma nova
seção deste artigo para analisarmos o que ela diz a respeito disso.
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