Podemos ter a certeza da salvação?
Texto
básico: 1 João
5.6-13
Texto
devocional: Romanos
8.12-17
Versículo-chave:
Hebreus
10.22
“Aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza da fé.”
“Aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza da fé.”
Há muita
gente em nossas igrejas que não tem “plena certeza de fé”. Tais pessoas não têm
certeza de que seus pecados foram perdoados, e certamente não podem dizer com
convicção que vão para o céu.
Quando
fazemos a pergunta: “Você tem certeza da sua salvação?”, muitas vezes, vem a
resposta “Acho que sim, espero que sim”. Tais respostas mostram que essas
pessoas não conhecem a Bíblia.
Há
pessoas que têm dúvidas. Podem ser dúvidas a respeito do amor de Deus ou a
respeito da realidade da sua própria experiência de salvação. Outros insistem
que é presunçoso dizer que sabem que seus pecados já estão perdoados ou que
sabem que vão para o céu. Medo de ser considerado presunçoso tem impedido
muitas pessoas de entrar na “plena certeza da fé”. Mas há também o contrário –
pessoas presunçosas que acham que são crentes e não são.
I. Presunção
O Novo
Testamento está cheio de exemplos de pessoas que pensaram que eram salvas, mas,
de fato, estavam enganando a si mesmas.
1. O
fariseu (Lc 18.9-14)
Ele
confiava em si mesmo e não hesitou em aproximar-se de Deus, com plena certeza,
mas faltou-lhe o coração quebrantado do publicano arrependido.
2. O
judeu (Rm 2.17-23)
Um homem
zeloso e religioso, gloriando-se em Deus, este acha que é um “guia dos cegos…
instrutor de ignorantes”, mas infelizmente não pratica aquilo que prega e
ensina (v.21). É possível professar ser crente, mas de fato ser hipócrita e
ignorante da fé verdadeira.
3. Os
professos (Mt 7.21-23)
No Sermão
do Monte, Jesus falou desta possibilidade: “Nem todo o que me diz: Senhor,
Senhor! entrará no reino dos céus… Muitos, naquele dia, hão de dizer-me:
Senhor, Senhor!… Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci”. Isso
mostra que nem palavras corretas: “Senhor, Senhor!”, nem obras
impressionantes (“expelimos demônios… fizemos muitos milagres”) são evidências
suficientes de pertencer a Cristo. O que é essencial é obediência à vontade de
Deus e um conhecimento pessoal de Cristo. Infelizmente, Cristo diz que há
“muitos” que pensam que são crentes e não são.
Vamos
aplicar esse ensino aos nossos dias: muitos, naquele dia, hão de dizer a
Cristo: “Senhor, será que nós não cantamos no coral da igreja tal, dirigimos o
louvor, fomos professores da escola bíblica, etc.” e Ele pode nos dizer: “nunca
vos conheci”. Qual é a sua verdadeira situação perante Cristo?
4. As dez
virgens (Mt 25.1-13)
Mais uma
vez notamos que metade das dez que estavam esperando a volta do noivo ficou do
lado de fora quando “fechou-se a porta”. Sim, há pessoas que esperam a volta de
Jesus, mas não estão preparadas e, na hora da volta Dele, ficarão fora.
Aplicação
Você já nasceu de novo? É bom que estejamos em estado de alerta ao fato de que a Bíblia dá muitos avisos contra pessoas que presumem que são crentes, mas nunca experimentaram o novo nascimento. Então, onde você está? Dentro ou fora?
Você já nasceu de novo? É bom que estejamos em estado de alerta ao fato de que a Bíblia dá muitos avisos contra pessoas que presumem que são crentes, mas nunca experimentaram o novo nascimento. Então, onde você está? Dentro ou fora?
II. Dúvidas
Dúvidas
são o contrário de presunção. Há alguns que não têm “plena certeza de fé” porque
lhes falta um “sincero coração”, enquanto há outros que não têm “plena
certeza” porque não têm se aproximado de Deus – são pessoas cheias de
dúvidas. Há muitos em nossas igrejas assim. Correram bem na vida cristã por
algum tempo, mas, depois, começam a ter dúvidas a respeito da sua salvação –
“Será que sou crente mesmo?”.
Às vezes,
isso é resultado de frieza de coração, de esterilidade espiritual, de fraqueza
em testemunhar. Às vezes, a causa é de falta de conhecimento da Palavra do
Senhor.
1. Dúvida
é uma situação muito comum
a) Pedro (Mt
14.31), que se
tornou um grande líder, no início foi repreendido por Jesus: “Homem de
pequena fé, por que duvidaste?”
b) Tomé (Jo 20.24-29) é o maior exemplo
de um discípulo que duvidava – “não sejas incrédulo, mas crente”. Mas se
temos, no meio das nossas dúvidas, um amor por Cristo como Tomé tinha, então
chegaremos à mesma confissão: “Senhor meu e Deus meu!”
c) Os primeiros
crentes em Antioquia (At
11.23). Barnabé “exortava a todos a que, com firmeza de coração, permanecem
no Senhor”, porque reconhecer que eles tinham a tendência de vacilar na fé.
2. Causas
de dúvidas
a) Um
começo falso – Simplesmente
porque uma pessoa levanta a mão na hora de apelo (ou vai à frente) não quer
dizer que é nascida de novo. Tornar-se crente não é recitar uma fórmula mágica
a pedido do pregador. É possível ir à frente por causa de pressão psicológica.
b) Uma
falsa ideia da vida cristã – Há crentes que acham que depois de aceitar a
Cristo não terão mais problemas ou sofrimentos, e não sabem que provações fazem
parte do nosso amadurecimento cristão (Hb 12.4-13; Tg 1.2-4).
c) Falha
em compreender a base do nosso perdão – Perdão vem da imerecida graça de Deus. O problema
surge quando o novo crente peca – “Não sou mais crente!”. Temos que confessar o
nosso pecado de novo ao Senhor. Perdão é algo constante – o sangue de Jesus
Cristo continua a nos purificar de todo pecado (1Jo 1.7,9).
d) Falha
em compreender a base de nosso perdão – Às vezes, a falta de “plena confiança” é por causa
de pecado que ainda não foi confessado. O crente tem cometido pecado contra a
orientação da palavra de Deus, mas o pecado nunca foi repudiado ou confessado.
Foi assim na história de Davi (Sl 32.3-4).
e) Falha
em apropriar-se dos “meios da graça” – Deus tem providenciado os meios pelos quais a alma
pode ser abençoada, mas se o crente começar a negligenciar a leitura da Bíblia,
a oração e os cultos na igreja, então vai esfriar na fé e duvidar da salvação
(Hb 10.25).
III. Plena certeza da nossa salvação
Podemos
ter plena certeza da nossa salvação? Podemos! Aqui seguem três motivos por que
podemos saber com certeza que uma vez salvo, sempre sou salvo.
1. As
promessas da palavra de Deus declaram a nossa salvação
A Bíblia,
embora não nos dê lugar para presunção ou dúvidas, fornece muitas provas para
que tenhamos plena confiança da nossa salvação.
a) João
3.36 – “Por
isso, quem crê no Filho tem a vida eterna”. Jesus não disse: Talvez tenha a
vida eterna, mas sim, tem a vida eterna agora ( Jo 5.24; 6.47; Rm 10.9-10).
b) João
10.28-29
– “Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da
minha mão…”. Nem Satanás pode nos tirar das mãos do Senhor.
c) 1 João
5.13 – “Estas
coisas vos escrevi a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que
credes em o nome do Filho de Deus”. Não é “talvez tenhais a vida eterna”.
Sim, você pode saber que tem a vida eterna. Aleluia!
2. A
perfeição da obra de Cristo assegura a nossa salvação
Quando
Cristo morreu na cruz, pagou a penalidade de todo o nosso pecado – a Sua obra
na cruz foi perfeita e completa. Isaías 53.6 diz: “Todos nós andávamos
desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor
fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos” (Ef 2.8-9; Tt 3.4-7;
Hb 9.26-28). Romanos 5.10 afirma: “Porque, se nós, quando inimigos, fomos
reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais,
estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida”.
3. O testemunho do Espírito Santo
no íntimo confirma a nossa salvação
O
terceiro garantidor, o Espírito Santo, acompanha-nos para verificar a nossa
chegada segura nos céus. Ele pessoalmente está conosco para nos ajudar e opera
em nós, preparando-nos para o céu e para ficar na presença do Pai. Fomos
selados pelo Espírito, o que indica que pertencemos ao Senhor, e Ele é o
garantidor “da nossa herança” (Ef 1.13-14). Romanos 8.16 diz: “O
próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus”.
Não seremos, mas sim somos. O Espírito Santo confirma a decisão no coração,
porque conversão é obra do Espírito. E uma vez filhos, sempre somos filhos.
Mas que
acontece quando a gente peca? Não perdemos a salvação? Não, de jeito nenhum!
Quando um filho é desobediente, e mesmo chega a brigar com seu pai, que
acontece? Ele continua sendo filho, mas o ambiente na casa fica carregado. É a
mesma coisa em nosso relacionamento com Deus: quando pecamos, a nossa comunhão
com Ele é afetada. Devemos, então, restabelecê-la, pedindo perdão, mas nunca
deixamos de ser filhos.
Aplicação
Você tem a plena certeza da sua salvação?
Você tem a plena certeza da sua salvação?
Conclusão
A Bíblia contém tanto
encorajamento quanto avisos – que nunca devemos vacilar numa agonia de dúvidas,
nem perecer numa certeza que foi mal colocada.
Em vez de
manter os nossos olhos fixos no Senhor Jesus Cristo e através Dele gozar a
plena certeza da nossa salvação, tantas vezes voltamos nossos olhos para nós
mesmos e para a nossa incapacidade e nossas falhas. Por isso duvidamos.
Precisamos confiar totalmente nas promessas preciosas da palavra de Deus, na
perfeição da obra redentora de Cristo e na confirmação do testemunho do
Espírito em nosso coração
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