Salmo 139.13-16
INTRODUÇÃO
Aborto! Eis um tema polêmico, quando se leva para o terreno médico,
social ou ético-religioso. Porém, quando bem entendido à luz das Sagradas
Escrituras, é possível perceber que não há espaço bíblico para sua prática. Em
nenhum momento os textos bíblicos abrem espaço para a prática do aborto. Vamos
estudar esse tema.
1 –
Argumentos dos que são favoráveis ao aborto
a)
A
criança, fruto de uma gestação indesejada, ficará futuramente muito vulnerável
à negligência e abuso dos pais. Para ser maltratada, é melhor que nem chegue a
nascer.
b)
Em
caso de estupro, a mulher fica livre do fardo de gerar um filho do homem que a
violentou (a lei brasileira prescreve este caso).
c)
A
mulher tem direito à privacidade do corpo e pode decidir se quer, ou não,
carregar o bebê que concebeu por vontade própria.
d)
O
aborto é aceito quando a vida da mãe estiver ameaçada pela gravidez ou parto (a
lei brasileira também prevê esta situação).
e)
Em
algumas situações há evidências de que a criança nascerá com alguma doença
incurável ou defeito físico.
f)
O
aborto não é uma questão moral, mas médica.
g)
A
adolescente foi seduzida, ficando grávida, não possui condições psíquicas para
educar uma criança.
h)
O feto é parte do organismo materno e a mulher tem livre
disposição de seu corpo.
i)
Há no ventre materno apenas protoplasma, que é uma substância
indefinida contendo os processos vitais contidos no interior das células. Não
pode haver homicídio onde não há vida humana.
j)
O
feto é apenas um amontoado de células.
2 – O
que a lei prevê
A
lei brasileira reconhece alguns casos onde o aborto é necessário:
a)
Em
caso de estupro;
b)
Quando
a vida da mãe está ameaçada pela gravidez ou pelo parto.
c)
Outra
questão envolvendo o aborto é concernente aos bebês anencefálicos (bebês que
não têm cérebro). Pessoas no mundo inteiro querem o aborto para os bebês que
nascerão sem cérebro.
d)
O
STF aprovou (8 votos a favor e 2 contrários) em 12 de abril de 2012 o direito
ao aborto de fetos anencéfalos.
3 – O
que a ciência comprova
O
bebê tem todas as características humanas até o 30º dia da gestação, o próprio
coração já está batendo, e os órgãos foram iniciados.
4 –
Argumentos bíblicos contra o aborto
a)
A
Bíblia diz: “Não Matarás” (Ex 20.13) O aborto é um assassinato.
b)
Na
Bíblia não encontramos diferença entre bebê e feto. A Palavra de Deus trata os
dois por igual. A palavra que a Bíblia usa é brephos. Por exemplo, Em
Atos 7.19, brephos¸ refere-se às crianças mortas pelo Faraó. Mas, em
Lucas 1.41,44 a mesma palavra é empregada para João Batista que ainda não havia
nascido.
c)
Em
Êxodo 21.22-24 a vida no ventre materno deve ser respeitada como uma vida
humana.
d)
Em
Jr 1.5 Deus mostra que desde o ventre ele considera a vida humana.
e)
Outros
versículos que nos mostram que Deus considera sagrada a vida de crianças ainda
não nascidas (Êx 4.11; 21.21-25; Jó 10.8-12; Sl 139.13-16; Mt 1.18).
f)
Davi
era uma pessoa desde o momento de sua concepção (Sl 51.5). Jó era uma pessoa
desde o momento de sua concepção (Jó 3.3). João Batista era uma pessoa enquanto
no ventre de sua mãe (Lc 1.13-17, 36-44). Jesus era uma pessoa enquanto no
ventre de sua mãe (Mt 1.18-25).
g)
Deus
odeia “mãos que derramam sangue inocente (Pv 6.17).
5 –
Argumentos teológicos, éticos e sociais contra o aborto
a)
Se
a existência de uma pessoa sucede no momento da concepção então o aborto desfaz
uma verdadeira personalidade humana, e, com a. única exceção da necessidade de
se salvar a vida da mãe, é uma forma de homicídio.
b)
O
aborto envolve sofrimento, pois estamos informados que o feto pode sentir, e
muito deve sofrer ante os métodos que são utilizados. As mesmas pessoas que
defendem o aborto são contra os maus tratos aos animais. Por que querem
provocar sofrimento no feto?
c)
Dificilmente
se pode justificar uma mulher que mata o filho de suas entranhas por querer
evitar o escândalo ou a carga financeira extra.
d)
Somos
informados de que o aborto origina sérias tensões psicológicas, mesmo em
mulheres que não antecipavam qualquer reação negativa. Sem importar a razão,
isso deveria servir de aviso de que o aborto, tal como muitos outros pecados,
envolve pelo menos parte de sua própria punição.
e)
No
juramento de Hipócrates, que é o juramento dos médicos, o médico diz o
seguinte: “Não darei a ninguém nenhum preparo mortal, nem mesmo se me for
pedido, e nunca darei tal conselho. Também não darei às mulheres pessários para
provocar aborto”.
f)
Os
Pais da Igreja, que vieram logo após os apóstolos, foram contra o aborto, como
aparece claramente nos escritos de Tertuliano, Jerônimo, Agostinho, Clemente de
Alexandria e outros.
g)
Em
314 o concílio de Ancira (moderna Ankara) decretou que deveriam ser excluídos
da ceia do Senhor durante 10 anos todos os que procurassem provocar o aborto ou
fizesse drogas para provocá-lo. Anteriormente, o sínodo de Elvira (305-306)
havia excluído até a morte os que praticassem tais coisas. Assim, a evidência
biológica e bíblica é que crianças não nascidas são seres humanos, são pessoas,
e que matá-las é assassinato.
6 – O
aborteiro, o abortifaciente e o perdão
É
possível que alguém tente dizer para alguém que já provocou ou incentivou o
aborto que para esse tipo de pecado não há perdão. Isso não é verdade, pois a
Bíblia diz que há perdão para todo pecado, exceto para a blasfêmia contra o Espírito Santo (Mt 12.31).
Portanto, há perdão para um aborteiro (médico ou cureteiro que pratica o
aborto), bem como para a abortifaciente.
CONCLUSÃO
Aborto é infanticídio. A Bíblia condena. Mesmo que as leis do país cheguem
a aprovar, continuará sendo um infanticídio, continuará sendo um assassinato
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