quarta-feira, 2 de setembro de 2015

ESTUDO SOBRE O ABORTO

ESTUDO SOBRE O ABORTO
Salmo 139.13-16

INTRODUÇÃO
   Aborto! Eis um tema polêmico, quando se leva para o terreno médico, social ou ético-religioso. Porém, quando bem entendido à luz das Sagradas Escrituras, é possível perceber que não há espaço bíblico para sua prática. Em nenhum momento os textos bíblicos abrem espaço para a prática do aborto. Vamos estudar esse tema.

1 – Argumentos dos que são favoráveis ao aborto
a)     A criança, fruto de uma gestação indesejada, ficará futuramente muito vulnerável à negligência e abuso dos pais. Para ser maltratada, é melhor que nem chegue a nascer.
b)    Em caso de estupro, a mulher fica livre do fardo de gerar um filho do homem que a violentou (a lei brasileira prescreve este caso).
c)     A mulher tem direito à privacidade do corpo e pode decidir se quer, ou não, carregar o bebê que concebeu por vontade própria.
d)    O aborto é aceito quando a vida da mãe estiver ameaçada pela gravidez ou parto (a lei brasileira também prevê esta situação).
e)     Em algumas situações há evidências de que a criança nascerá com alguma doença incurável ou defeito físico.
f)     O aborto não é uma questão moral, mas médica.
g)    A adolescente foi seduzida, ficando grávida, não possui condições psíquicas para educar uma criança.
h)     O feto é parte do organismo materno e a mulher tem livre disposição de seu corpo.
i)      Há no ventre materno apenas protoplasma, que é uma substância indefinida contendo os processos vitais contidos no interior das células. Não pode haver homicídio onde não há vida humana.
j)      O feto é apenas um amontoado de células.
2 – O que a lei prevê
     A lei brasileira reconhece alguns casos onde o aborto é necessário:
a)     Em caso de estupro;
b)    Quando a vida da mãe está ameaçada pela gravidez ou pelo parto.
c)     Outra questão envolvendo o aborto é concernente aos bebês anencefálicos (bebês que não têm cérebro). Pessoas no mundo inteiro querem o aborto para os bebês que nascerão sem cérebro.
d)    O STF aprovou (8 votos a favor e 2 contrários) em 12 de abril de 2012 o direito ao aborto de fetos anencéfalos.
3 – O que a ciência comprova
     O bebê tem todas as características humanas até o 30º dia da gestação, o próprio coração já está batendo, e os órgãos foram iniciados.
4 – Argumentos bíblicos contra o aborto
a)     A Bíblia diz: “Não Matarás” (Ex 20.13) O aborto é um assassinato.
b)    Na Bíblia não encontramos diferença entre bebê e feto. A Palavra de Deus trata os dois por igual. A palavra que a Bíblia usa é brephos. Por exemplo, Em Atos 7.19, brephos¸ refere-se às crianças mortas pelo Faraó. Mas, em Lucas 1.41,44 a mesma palavra é empregada para João Batista que ainda não havia nascido.
c)     Em Êxodo 21.22-24 a vida no ventre materno deve ser respeitada como uma vida humana.
d)    Em Jr 1.5 Deus mostra que desde o ventre ele considera a vida humana.
e)     Outros versículos que nos mostram que Deus considera sagrada a vida de crianças ainda não nascidas (Êx 4.11; 21.21-25; Jó 10.8-12; Sl 139.13-16; Mt 1.18).
f)     Davi era uma pessoa desde o momento de sua concepção (Sl 51.5). Jó era uma pessoa desde o momento de sua concepção (Jó 3.3). João Batista era uma pessoa enquanto no ventre de sua mãe (Lc 1.13-17, 36-44). Jesus era uma pessoa enquanto no ventre de sua mãe (Mt 1.18-25).
g)    Deus odeia “mãos que derramam sangue inocente (Pv 6.17).
5 – Argumentos teológicos, éticos e sociais contra o aborto
a)     Se a existência de uma pessoa sucede no momento da concepção então o aborto desfaz uma verdadeira personalidade humana, e, com a. única exceção da necessidade de se salvar a vida da mãe, é uma forma de homicídio.
b)    O aborto envolve sofrimento, pois estamos informados que o feto pode sentir, e muito deve sofrer ante os métodos que são utilizados. As mesmas pessoas que defendem o aborto são contra os maus tratos aos animais. Por que querem provocar sofrimento no feto?
c)     Dificilmente se pode justificar uma mulher que mata o filho de suas entranhas por querer evitar o escândalo ou a carga financeira extra.
d)    Somos informados de que o aborto origina sérias tensões psicológicas, mesmo em mulheres que não antecipavam qualquer reação negativa. Sem importar a razão, isso deveria servir de aviso de que o aborto, tal como muitos outros pecados, envolve pelo menos parte de sua própria punição.
e)     No juramento de Hipócrates, que é o juramento dos médicos, o médico diz o seguinte: “Não darei a ninguém nenhum preparo mortal, nem mesmo se me for pedido, e nunca darei tal conselho. Também não darei às mulheres pessários para provocar aborto”.
f)     Os Pais da Igreja, que vieram logo após os apóstolos, foram contra o aborto, como aparece claramente nos escritos de Tertuliano, Jerônimo, Agostinho, Clemente de Alexandria e outros.
g)    Em 314 o concílio de Ancira (moderna Ankara) decretou que deveriam ser excluídos da ceia do Senhor durante 10 anos todos os que procurassem provocar o aborto ou fizesse drogas para provocá-lo. Anteriormente, o sínodo de Elvira (305-306) havia excluído até a morte os que praticassem tais coisas. Assim, a evidência biológica e bíblica é que crianças não nascidas são seres humanos, são pessoas, e que matá-las é assassinato.
6 – O aborteiro, o abortifaciente e o perdão
    É possível que alguém tente dizer para alguém que já provocou ou incentivou o aborto que para esse tipo de pecado não há perdão. Isso não é verdade, pois a Bíblia diz que há perdão para todo pecado, exceto para a blasfêmia contra o Espírito Santo (Mt 12.31). Portanto, há perdão para um aborteiro (médico ou cureteiro que pratica o aborto), bem como para a abortifaciente.
CONCLUSÃO
     Aborto é infanticídio. A Bíblia condena. Mesmo que as leis do país cheguem a aprovar, continuará sendo um infanticídio, continuará sendo um assassinato

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