segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito diz o Senhor dos Exércitos

Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito diz o Senhor dos Exércitos 
 
Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!

Nesta matéria estaremos abordando um assunto extremamente importante para os obreiros do Senhor, que é a forma e o modelo de como devemos realizar a sua obra. Vamos acompanhar!

“Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos” (Zc 4.6).

Por muitas vezes em nossa vida somos levados a confiar na força do nosso braço, ou seja, em nossa capacidade física, intelectual, emocional e espiritual. Sabemos que a nossa confiança está diretamente ligada à nossa força, quanto maior a força maior é a confiança, por vezes esta confiança nos leva a derrota.

É incrível como dia após outro é impossível não lidarmos com a mania de tentarmos fazer as coisas do nosso jeito!

Uma vida vitoriosa vai além de conhecermos a verdade, abrange a prática dessa verdade, pois somente a prática trará os resultados positivos que esperamos.

Uma vida direcionada pelo Espírito de Deus traz verdadeira satisfação, e é o que todos buscam.

"A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder", 1 Co 2,4.

Se, ao pregarmos o evangelho, substituirmos a confiança no poder do evangelho pelo conhecimento que temos do próprio caminho da salvação, impediremos que as pessoas cheguem à verdade por nós e por Cristo.

Precisamos ter aquele cuidado especial de que, ao proclamar nossos conhecimentos sobre o caminho da salvação, nós mesmos estejamos arraigados e alicerçados na fé em Deus para nossa própria defesa contra o pecado.

Jamais confiemos na clareza de nossa exposição; mas, ao sabermos desen¬volvê-la, certifiquemo-nos de que nós estamos confiantes na obra do Espírito Santo em nós, apenas.

Confiemos na certeza do poder redentor que vem com Deus e ele reproduzirá da vida dele em quantos nos ouvem também.

Ninguém que tenha ouvido falar de um Deus tão grande, poderá conformar-se com esse mundo, mas aceitar ser transformado pela renovação de sua maneira de pensar, conforme Romanos 12:2.

Mas a questão é que quando temos habilidade em alguma área, costumamos "confiar" nessa habilidade ou até eficiência.

Quando Deus em Zacarias 4:6, lançou essa Palavra "Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito diz o Senhor dos Exércitos" , queria literalmente que abandonássemos toda força própria, toda habilidade, toda eficiência e confiássemos integralmente na força do Espírito Santo que deseja liderar nossas vidas em todas as áreas que ela possua.

Já pensou se parássemos de perder tempo "tentando" resolver as coisas, e contássemos com esse auxílio maravilhoso a todo o momento?

Se Ele tem te direcionado a fazer algo, e em seu coração existe paz, e se Sua Palavra concorda com essa atitude, porque ainda resistir à Sua direção?

Nunca romperemos por nossa força, mas pela força de Seu Espírito em nós!

Quando Golias foi enfrentar Davi, aquele por sua estatura (apontando uma força falsa) desprezou Davi, como está escrito em 1Sm 17:42 ‘‘ E olhando o filisteu e vendo Davi, o desprezou, porquanto era jovem ruivo e de gentil aspecto‘‘.

A força (falsa) de Golias gerou nele uma autoconfiança muito elevada que o levou a uma derrota memorável.

Em contrapartida, Davi no alto de sua pequenez, declarou que ele estava na batalha confiando no Senhor dos Exércitos e não em sua força própria, como está escrito em 1Sm 17:45 ‘‘Disse Davi ao filisteu: Tu vens a mim com espada, com lança, e com escudo, MAS VENHO A TI EM NOME DE SENHOR DOS EXÉRCITOS, O DEUS DE ISRAEL, quem tens afrontado"

Davi sabia que a força não era dele e sim de Deus, por isso as batalhas que ele combatia eram sempre vencidas, porque ele deixava Deus agir.

O príncipe deste mundo puxa as pessoas para o caminho inverso, fazendo-as buscar demonstrações de força e poder. Pensemos apenas no poder do dinheiro.

Por trás dos pequenos negócios estão as grandes empresas, e, por trás delas as grandes multinacionais, esperando por suas vítimas como o fazem as serpentes.

Apocalipse 18.23b as desmascara: “…pois os teus mercadores foram os grandes da terra, porque todas as nações foram seduzidas pela tua feitiçaria.”

Ou pensemos no controle eletrônico da população mundial. Apesar de se falar muito em proteção de dados, armazenam-se dados e informações em todos os lugares.

 Sob o domínio de Seu Espírito

“Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito…”

Veja a vitória que Deus concedeu a Gideão quando este se encontrava aparentemente derrotado:
Em Juízes, Deus deu vitórias a Israel empregando meios e instrumentos estranhos:

1) Em 7.16, o exército usou trombetas, cântaros e tochas: “Dividiu os trezentos homens em três companhias e pôs nas mãos de todos eles trombetas e jarros vazios, com tochas dentro”.

2) Em 15.4 e 5, Sansão usou raposas: “Então Sansão saiu, capturou trezentas raposas e as amarrou aos pares pela cauda. Depois prendeu uma tocha em cada par de caudas, acendeu as tochas e soltou as raposas no meio das plantações dos filisteus. Assim ele queimou os feixes, o cereal que iam colher, e também as vinhas e os olivais”.

Em Juízes 15.15, Sansão usou ossada de jumento: “Encontrando a carcaça de um jumento, pegou a queixada e com ela matou mil homens”.

Eu lhe pergunto: Que instrumentos você tem usado nas suas batalhas espirituais? Você tem vencido o pecado, a falta de fé, a inércia, e a falta de compromisso sério com Jesus ?

Analisemos o Capitão Gideão como líder do exército de Israel, a batalha e a vitória:

I) GIDEÃO ERA CAPITÃO DO EXÉRCITO E SERVO DE DEUS – Juízes 6

1. Gideão era piedoso, temente a Deus, capaz de ouvir a voz de Deus: “Então o Anjo do SENHOR apareceu a Gideão e lhe disse: O SENHOR está com você, poderoso guerreiro” (v. 12).

2. Como servo de Deus, sentia profundamente a degradação moral e espiritual de seu povo: “Gideão respondeu, se o SENHOR está conosco, por que aconteceu tudo isso? Onde estão todas as suas maravilhas que os nossos pais nos contam…?” (v. 13).

3. Não podia desfrutar do resultado de seu trabalho, a colheita, porque os midianitas lhe roubavam tudo: “…Gideão estava malhando o trigo num tanque de prensar uvas, para escondê-lo dos midianitas” (v. 11). Irmão, preste atenção nas pessoas que estão roubando sua colheita, o fruto de seu trabalho, seu tempo, seus recursos.

4. Era de bom senso e acostumado a encarar os fatos, a vida e a olhar as coisas além das palavras: “…se o SENHOR está conosco, por que aconteceu tudo isso? Onde estão todas as suas maravilhas que os nossos pais nos contam…?” (v.13).

5. Era prudente pois queria ter a certeza de estar fazendo só a vontade de Deus: “Se de fato posso contar com o teu favor, dá-me um sinal de que és tu que estás falando comigo” (v. 17). Irmão, podemos pedir sinais para Deus, para confirmar Sua vontade em nossa vida!

6. Ficava impressionado com o poder de Deus. O segredo da vitória na vida é andar na presença de Deus: “Quando Gideão viu que era o Anjo do SENHOR, exclamou: Ah, SENHOR Soberano! Vi o Anjo do SENHOR face a face!” (v. 22). Irmão, quando foi a última vez que você ficou maravilhado com o poder de Deus em sua vida?

7. Buscava a santificação própria e de sua família, condição essencial do guerreiro no exército de Deus.

II) A IGREJA É O ISRAEL DE DEUS NA DISPENSAÇÃO DA GRAÇA

No texto de Juízes 6 e 7, a maioria do povo de Israel foi desclassificada para o serviço militar porque não passou nos testes. Como é a Igreja de nossos dias? Está passando nas provações ou não? Deus quer pessoas qualificadas no Seu exército para enfrentar o inimigo e alcançar a vitória.

A qualificação inclui a fé, a coragem, a força de vontade, a moral elevada, a santificação, o bom testemunho de Jesus.

Em Juízes 7.3, o exército israelita era de 32 mil, dos quais 22 mil eram medrosos e, por isso, foram desqualificados para guerrear; 9.700 se mostraram sem a força necessária, sem o desprendimento das comodidades. Ao se deitarem no chão e lamberam a água como cão o faz, deixando a arma no chão (v.5).

Trezentos soldados valentes agacharam-se e lamberam a água levando-a na boca com uma das mãos e, com a outra, seguravam a espada: “O número dos que lamberam a água levando-a com as mãos à boca foi de trezentos homens. Todos os demais se ajoelharam para beber” (v.7).

Deus conta com homens e mulheres depreendidos, que não considerem sua vida preciosa para si mesmos, que estejam dispostos a rastejar, se humilhar e obter as forças necessárias para enfrentar o inimigo sem se descuidar.

III) 300 SOLDADOS DISCIPLINADOS CONQUISTARAM A VITÓRIA SOBRE MILHARES

1. A vitória não resultou de nenhuma proeza humana, mas da irrestrita obediência à Palavra de Deus e à liderança de Gideão.

2. Foi uma batalha estranha à razão e aos olhos humanos:

a) O vale estava coberto de soldados inimigos como gafanhotos: “Os midianitas, os amalequitas … eram numerosos como nuvens de gafanhotos” (v. 12).

b) Gideão creu na revelação de Deus quando ouviu a interpretação do sonho do soldado midianita: “Quando Gideão ouviu o sonho e a sua interpretação, adorou a Deus.

Voltou para o acampamento de Israel e gritou: Levantem-se! O SENHOR entregou o acampamento midianita nas mãos de vocês” (v. 15). Você crê na atualidade dos dons do Espírito Santo no meio da Igreja?

c) Trombetas na mão direita; cântaros vazios com tochas acesas dentro na mão esquerda: “Dividiu os 300 homens em três companhias e pôs nas mãos de todos eles trombetas e jarros vazios, com tochas dentro” (v. 16).

d) Todos tinham que prestar atenção no líder Gideão:“Observem-me. Façam o que eu fizer. Quando eu chegar à extremidade do acampamento, façam o que eu fizer” (v. 17). O líder tem de ser exemplo do grupo, de ir à frente, de indicar ao povo a direção de Deus!

e) Tocaram as trombetas e quebraram os cântaros: “Então tocaram as suas trombetas e quebraram os jarros que tinham nas mãos; as três companhias tocaram as trombetas e despedaçaram os jarros.

Empunhando as tochas com a mão esquerda e as trombetas com a direita, gritaram: À espada, pelo SENHOR e por Gideão!” (vs. 19 e 20). A trombeta é o testemunho que tem que soar bem alto e coerente com a vida cristã. A tocha é a luz que tem que brilhar. O cântaro quebrado é nosso ego que precisa ser quebrantado diante de Deus.

f) Pela obediência, fidelidade e fé, a vitória aconteceu: o inimigo bateu em retirada, correram e mutuamente se mataram com suas próprias espadas: “Cada homem mantinha a sua posição em torno do acampamento, e todos os midianitas fugiam correndo e gritando” (v. 21).

O que impressionou o inimigo foi o repentino brilhar das 300 luzes e o toque estridente das 300 trombetas: unidade no testemunho de vida e na pregação do Evangelho! Mas o mais importante em tudo isso foi a obediência à voz de comando e à ação do poder de Deus.

Irmãos, ao concluir esta Pastoral gostaria de dizer-lhe o seguinte: Que qualidades dos 300 Homens de Gideão você considera que tem hoje?

Você está entre os 22 mil medrosos, entre os 9.700 desqualificados ou entre os 300 valentes de Israel?

Quais os inimigos que mais ameaçam sua vida espiritual? Seria a indiferença, o conformismo, a falta de compromisso, o pecado oculto, o espírito crítico, a maledicência, a fofoca, a indisposição para mudar?

A passagem bíblica mencionada no início era dirigida a Zorobabel; o texto completo diz o seguinte: “Prosseguiu ele (o anjo) e me disse: Esta é a Palavra do Senhor a Zorobabel: Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos.”

Zorobabel (significa nascido na Babilônia) era da linhagem real e havia nascido na Babilônia durante o exílio. Ele havia sido o líder da primeira leva de 50.000 exilados judeus que voltaram do cativeiro para Jerusalém.

E o que encontraram em Jerusalém? Uma montanha de escombros! E Zorobabel reconheceu como prioridade reconstruir o templo e restabelecer o sacerdócio e o ministério dos levitas. Assim, Zorobabel ficou sendo o administrador da cidade.

Aqueles para quem o trabalho do Senhor é a prioridade máxima de suas vidas podem estar certos de ter a ajuda do Senhor de seu lado, conforme Jesus o disse em Mateus 6.33: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas cousas vos serão acrescentadas.” “Buscar primeiro” é uma ordem muito clara para nós, cristãos.

Mas junto com a ordem vem a promessa: “…e todas estas cousas vos serão acrescentadas.” E o que o Senhor promete Ele cumpre! Será que a edificação do Reino de Deus ocupa realmente o primeiro lugar em nossas vidas? Se o ministério cristão é nossa maior prioridade, não precisamos ter medo de que algo possa nos faltar.

Mas age erradamente quem faz o caminho inverso, buscando em primeiro lugar seu próprio conforto e tentando atender em primeiro lugar às suas próprias necessidades.

E estas pessoas ainda pedem que Deus as abençoe! Nós desonramos a Deus quando agimos de modo calculista e humano, contando apenas com nossos próprios meios e recursos!

O Senhor distribui entre nós tarefas grandes ou pequenas e, às vezes, nos sentimos incapazes de realizá-las. Mas, nesses momentos, pela fé, podemos confiar na ajuda e na promessa de Deus assim como Zorobabel o fez.

Na carta de Tiago lemos: “Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida.

Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento. Não suponha esse homem que alcançará do Senhor alguma cousa” (cap. 1.5-7).

Podemos imaginar que surgiram dúvidas e tentações no coração de Zorobabel, e ele deve ter se questionado se era capaz de acabar o que estava iniciando. E nessa situação o Senhor lhe enviou esta maravilhosa palavra de ânimo: “Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos.”

A inteligência e a capacidade humanas são de grande valor, mas quem não as sujeita ao Senhor e não as coloca a Seu serviço, perde a bênção que poderia receber e não alcança o alvo proposto.

Uma vida assim fica sem frutos espirituais e as obras realizadas serão avaliadas diante do tribunal de Cristo e serão queimadas por serem madeira, feno e palha. Quem pensa conseguir realizá-las com suas próprias forças vive em grande engano.

A sentença de Deus sobre essa pessoa é a seguinte: “Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor!” (Jr 17.5).

Portanto, firme-se na Palavra de Deus e aceite Seu conselho de deixar-se guiar e capacitar para toda e qualquer tarefa pelo Seu Espírito Santo. Tome como exemplo a humildade do rei Davi, e clame ao Senhor pedindo Sua ajuda: “Não me desampares, Senhor, Deus meu, não te ausentes de mim.

Apressa-te em socorrer-me, Senhor, salvação minha” (Sl 38.21-22). E, veja só, Sua ajuda nunca veio tarde demais, pois Davi testemunha: “No dia em que eu clamei, tu me acudiste, e alentaste a força de minha alma” (Sl 138.3).

Em uma dependência humilde como essa vivemos felizes e protegidos! Por isso, faça diariamente o que Davi fez: “Davi se reanimou no Senhor seu Deus” (1 Sm 30.6b). Davi era um herói de grandes façanhas: “As mulheres se alegravam e, cantando alternadamente, diziam: Saul feriu os seus milhares, porém Davi os seus dez milhares” (1 Sm 18.7).

Essas vitórias militares ou o acerto de contas com Golias foram os atos mais marcantes de Davi? De jeito nenhum! Sua maior vitória foi quando ele, com a força que vem de Deus, não fez uso da sua espada quando surpreendeu seu inimigo mortal Saul na caverna de En-Gedi (1 Sm 24)!

O apóstolo Paulo, que passou grandes dificuldades ao levar o Evangelho de país a país, recebeu a animadora promessa: “A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2 Co 12.9a).

O poder de Deus no Espírito Santo é o maior poder que Ele quer dar a você e a mim! Se contássemos mais com o Seu poder, experimentaríamos vitórias maiores!

 O matrimônio e a família no sufoco anticristão

Quantos pais cristãos gemem hoje em dia sob a pressão maciça de nossa sociedade! Educação anti-autoritária ainda é “in”, apesar de qualquer pessoa sóbria reconhecer que essa semeadura traz frutos assustadores. A reivindicação por “democracia” no casamento e na família está dentro das tendências da época, mas se encontra em oposição à ordem divina.

Se o homem é o cabeça da mulher conforme 1 Coríntios 11.3, é lógico que ele é também o cabeça de toda a família. Mesmo que as feministas continuem cuspindo fel sobre o patriarcado e afirmem cada vez mais que o mesmo está definitivamente superado, isso nada muda na ordem divina, que é e continuará a ser um imperativo para nós, cristãos.

Através de um estilo “democrático” de viver em família, a autoridade natural, que Deus deu ao homem, é ignorada.

Mas ai do homem que abusa dessa autoridade e se aproveita de sua posição de liderança usando da força bruta! Um déspota desses, que procura elevar sua auto-estima com extravagâncias ditatoriais, que oprime sua esposa e seus filhos, esquece que o próprio Senhor é o cabeça da família!

Deus quer o melhor para nós; com Suas ordens Ele pensou em nosso bem! O patriarcado bíblico é uma instituição maravilhosa, pois pode ser uma fonte de alegria e de vida abundante.

Mas Satanás soube muito bem como espalhar suas sementes venenosas bem dentro do paraíso que é a família – e o faz inclusive nas famílias cristãs.

Cônjuges são separados uns dos outros pelas tendências da sociedade – pensemos apenas no alvoroço em torno da auto-realização.

A educação dos filhos é solapada pelo que aprendem na rua ou na escola – quem não participa de tudo é um excluído.

Mas não fiquemos inseguros, porém firmemo-nos em princípios bíblicos, mesmo que para isso tenhamos de nadar contra a correnteza. E como podemos fazê-lo? Resposta: “Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos.”

A atual pedagogia, alheia à existência de Deus, humanística e anti-autoritária, levou os jovens a uma postura desafiadora e rebelde contra toda e qualquer autoridade. E isto deve ser debitado na conta de nós, adultos, nós que negligenciamos os princípios de Deus.

Se deixarmos as coisas tomarem seu próprio rumo, dirigimo-nos ao ponto que é descrito por Isaías 3.4 da seguinte maneira: “Dar-lhes-ei meninos por príncipes, e crianças governarão sobre eles.”

O espírito de desrespeito, de chantagem, destruição e violência atinge mais e mais também os nossos filhos.

E eles são, por sua vez, vítimas, por lhes faltarem os exemplos e os valores tão fundamentais para suas vidas. E isto representa uma clara acusação para nós, pais cristãos, pois exatamente nós é que deveríamos ser exemplos, segundo a vontade de Deus.

Para uma educação no temor do Senhor é preciso ensinar aos filhos a auto-disciplina e não negligenciar o castigo.

“O que retém a vara aborrece o seu filho, mas o que o ama, cedo o disciplina” (Pv 13.24). Disciplina bíblica é muito difícil de ser praticada em nossos dias, mas realmente promete bons frutos no futuro!

O 6º capítulo de Deuteronômio nos revela de modo maravilhoso a pedagogia divina (lendo-o, você vai entender por quê).

Transpondo para os dias de hoje, isso pode nos ensinar resumidamente o seguinte: quando seu filho lhe pergunta (e ele pode e deve perguntar!): “Pai, porque você quer que seja assim e não de outro jeito?”, então responda-lhe: “Porque Deus quer assim.”

Com isso, seu filho não apenas terá respeito por você, mas aprenderá também o temor do Senhor. E é isto o que faz tanta falta hoje em dia! Pais: disciplina orientada pela Bíblia, disciplina que deve ser justa e sincera tem maravilhosas promessas e não faz com que as crianças se aborreçam da casa paterna.

Mas como será possível, como cabeça da família, ao mesmo tempo exercer a auto-disciplina e manter a autoridade? Também aqui a resposta é: “Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos.”

A verdadeira fonte de poder A eterna Palavra de Deus é nossa fonte de poder! Você se sente fraco e estressado? Então a promessa a seguir se aplica a você, que é vaso frágil: “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós” (2 Co 4.7).

E esta fonte de poder Deus coloca à disposição de Seus filhos, para que possamos cumprir nossas tarefas e obrigações à Sua maneira. Fique ligado à videira como o ramo, e você viverá e trará frutos! “Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?” (Lc 11.13).

O Senhor quer lhe dar Sua plenitude: “Pois ao que tem se lhe dará, e terá em abundância; mas, ao que não tem até o que tem lhe será tirado” (Mt 13.12).

Quem despreza o que é pequeno, não merece as coisas grandes e maravilhosas. As grandes conquistas da vida obtêm-se a partir de fundamentos escondidos e iniciados com pequenas pedras toscas.

A Obra de Deus no homem também principia com a pequena semente da Palavra da fé, semeada no mais íntimo do coração. Alimentada, disciplinada e sustentada pelo Espírito Santo do Senhor, pode atingir a glória de uma grande catedral.

"Não por força, nem por violência, mas pelo Meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos..."

Zacarias, na visão que recebe de Deus, vê a Obra como um pequeno candelabro de ouro e alimentado com azeite, símbolo do Espírito Santo. Pequeno, mas valioso e capaz de dar luz ao mundo!..

"Eu sou a Luz do mundo", a Luz que brilha em nós, por isso, "assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, de maneira que todos vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está no céu".

A Obra de Deus não pode ser feita pela força das armas, nem imposta com a violência brutal da humanidade, mas, sim, implantada pelo amor cristão. Esse amor, neste mundo de violência e brutalidade, só pode subsistir pela presença do Espírito Santo nas nossas vidas.

Não entristeçamos o Espírito Santo com as nossas vidas de pecado, nem O extingamos das nossas vidas, mas, antes, vivamos sob a Sua orientação, adornando-nos com a beleza de Cristo.

Portanto aprendemos que não será por meio de um poderoso exército nem pela nossa própria força que faremos o que temos de fazer, mas pelo PODER DO ESPÍRITO SANTO.

Entregue seus caminhos ao Senhor, confia Nele e o mais Ele fará. Amém!

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